sexta-feira, 11 de junho de 2021

DEPUTADO DO PAIGC DENUNCIA QUE O PR SISSOCO PRETENDE CONTROLAR TODOS ORGÃOS DE SOBERANIA

Mauricio Odemocrata  11/06/2021 

O deputado da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Hélder Henrique Barros, denunciou que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, tem um plano bem definido, através do qual pretende concluir o processo da confiscação e concertação de poderes e visa controlar todos os órgãos de soberania, incluindo a Assembleia Nacional Popular.  

Hélder Barros falava esta sexta-feira, 11 de junho de 2021, durante uma conferência de imprensa realizada na sala da reunião da Comissão Permanente, na qualidade de porta-voz das três coligações das bancadas parlamentares do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e da União para Mudança (UM).  

O porta-voz criticou a forma “ditatorial e abusiva” que a presidente em exercício do parlamento, Adja Satu Camará tem conduzido os trabalhos da plenária durante a sessão.

Barros disse que as bancadas que suportam atual executivo têm medo da realização de um debate sério sobre graves problemas político-sociais que o país vive, mas sobretudo querem fugir do debate sobre a situação dos combatentes da liberdade da pátria.

“Três dias consecutivos assistimos a presidente em exercício em suspender a plenária, violando o regimento, com alegação que iria responder a convocatória do Chefe de Estado. No dia seguinte suspendeu de novo, porque há uma necessidade de deputados procederem a vacinação massiva contra a Covid-19 e voltou a suspender hoje a sessão para ir dar a continuidade a missão secreta que lhe foi incumbida por Presidente da República”, criticou.

O deputado lembrou que de acordo com o regimento, a sessão parlamentar só pode ser interrompida, quando o presidente da ANP tiver a necessidade de fazer alguma comunicação urgente, requerimento dos grupos parlamentares para efeitos de concertação, mas não suspender a reunião da plenária devido a uma convocatória do Presidente da República ou de qualquer outro órgão de soberania. Contudo, aproveitou a ocasião para exortar a comunidade nacional e internacional pelos riscos que a “consumação desta deriva ditatorial” poderá acarretar para a estabilidade e a paz no país”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A  

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