O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu no fim da tarde deste domingo, 14 de abril de 2019, perante os membros do Comité Central a necessidade da criação de um governo nacional e não aquilo que qualifica de “somas de governos regionais, tribais ou mesmo religioso”, tendo sugerido ainda o respeito no máximo o equilíbrio do género na formação do executivo.
Advertência do presidente do partido libertador foi tornada pública através da resolução final saída da reunião do Comité Central, que decorreu este domingo na sua sede nacional, em Bissau.
A reunião que contou com a presença de 277 membros daquele maior órgão de consulta dos libertadores, constituído por 351 pessoas, visava analisar a resolução do Bureau Político e a Eleição do candidato de Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), bem como aprovação dos demais membros da Mesa do Parlamento guineense.
A resolução final do Comité Central lida na voz do Porta-voz dos libertadores, João Bernardo Vieira, informa que o presidente do partido defendeu igualmente a criação de um governo compacto, competente e acima de tudo comprometido com a necessidade de institucionalizar e disciplinar as acções de Estado, tendo como a prioridade a restituição de aparelho do Estado e particularmente a três niveis, sendo um virado para a descentralização e desconcentração e principalmente ao nível das regiões.
Segundo a resolução, Simões Pereira, assegurou aos membros daquele órgão que o momento atual exige transparência, competência, dedicação, rigor e desciplina como pressupostos para garantir os entendimentos políticos que, de acordo com ele, “permitarão o PAIGC governar com a capacidade e levar ao cabo reformas importantes que o país precisa para sair definitivamente da pobreza e assim projetar a Guiné-Bissau na via do desenvilvimento sustentavel”.
Defendeu ainda a necessidade de se criar com a urgência uma Comissão de Etica que permita manter um quadro saúdavel e de unidade no seio do PAIGC e que segundo o docemento, servirá de instrumento de balizamento na escolha de qualquer candidato ao exercício dos cargos públicos.
“O Comité Central regista com a apreensão o pronunciamento de várias instancias de um partido político talvez beliscado com o envolvimento dos seus dirigentes no desvio do arroz do povo doado pela china, e lamenta profundamente como um produto tão importante para a nossa população tenha merecido tal tratamento”, refere o comunicado, que entretanto, encoraja ainda as entidades competentes à prosseguirem com o trabalho no respeito pelas regras do processo e sem cedencias as pressões externas de qualquer natureza.
Os membros do Comité Central aprovaram pela unanimidade os nomes de Cipriano Cassamá para a candidatura ao cargo de presidente da Assembleia Nacional Popular e o do líder de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, para primeiro vice-presidente do Parlamento.
Para os cargos da primeira e segunda secretária da mesa de Assembleia Nacional Popular, foram aprovados os nomes de Dam Yalá e Gabriela Fernandes, respectivamente.
Por: Assana Sambú
foto: O Democrata
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