domingo, 31 de março de 2019
Uma equipa da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), liderada pelo presidente, Augusto Mário da Silva, visitou este sabado, 30 de março, a aldeia de “Maké”, a 9 quilómetro de sector de Bissorã, onde duas pessoas foram assassinadas acusadas de práticas de feitiçaria na semana passada.
As vítimas foram acusadas de terem causado uma doença a uma mulher da aldeia.
O ativista e dirigente da Liga Guineense dos Direitos Humanos reuniu-se com a comunidade local, na presença do comité da tabanca, Mamadú Seide Cani, mais de três horas para ter informações concretas do que realmente se passou.
Durante a sua intervenção, Mário da Silva condenou o acontecimento e fez lembrar a comunidade de “Maké” de que num Estado de Direito Democrático ninguém tem o direito de fazer a justiça com as suas próprias mãos.
Visivelmente desapontado, Silva revela que a organização que dirige vai seguir o processo e espera que os assassinos sejam traduzidos a justiça.
As regiões de Quinará, no sul, Biombo no nordeste e Bissorã e São Domingos, no norte, são as zonas onde a Liga tem recebido denúncias recorrentes de casos de mortes ligadas com acusações de prática de feitiçaria.
Na quinta-feira passada, o presidente LGDH pediu hoje a rápida intervenção do Ministério do Interior para estancar os casos de mortes acusadas de feitiçaria na Guiné-Bissau.
Num encontro com o ministro do Interior, Edmundo Mendes, Mário da Silva instou às autoridades governamentais guineenses no sentido de arranjar uma estratégia para eliminar esta prática o mais depressa possível em diferentes localidades da Guiné-Bissau.
Alison Cabral
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