Cabo Verde é o melhor lusófono em África e Guiné-Bissau o pior no Índice de Percepção da Corrupção
O documento revela que mais de dois terços dos 180 países e territórios analisados obtiveram uma pontuação abaixo dos 50 pontos numa escala de 0 a 100, em que 100 é a nota maxima.
A lista é encabeçada pela Nova Zelândia e Dinamarca, com 89 e 88, respectivamente, enquanto na cauda estão a Síria, Sudão do Sul e Somália.
No Índice Percepção da Corrupção, Cabo Verde é o terceiro país africano, seguindo-se ao Botswana (34) e Seychelles (36), na posição 48 ex-aequo com o Rwanda.
O arquipélago consegue 55 pontos numa escala de até 100 pontos e fica na parte superior da tabela.
Na situação oposta está a Guiné-Bissau, cuja percepção da corrupção é a pior entre os países africanos de língua portuguesa.
O país que enfrenta uma grave crise política há anos, consegue apenas 17 pontos, o que lhe equivale o lugar 177 num total de 180 Estados.
O arquipélago de São Tomé e Príncipe consegue 46 pontos (abaixo dos 50), mas fica no lugar 64.
Tal como a Guiné-Bissau, Moçambique e Angola estão também na cauda da tabela.
Moçambique consegue 25 pontos e ocupa a posição 153, enquanto Angola não passa dos 19 anos e fica no 167o. lugar.
Por seu lado, Portugal ocupa o 29o. lugar, com 63 pontos, e Brasil a 96a. posição, com 37 pontos.
Esperança na África Subsahariana
A África Subsahariana é a região onde a percepção da corrupção é a mais elevada, mas a Transparência Internacional regista algumas melhorias.
Com o título “Momento de redifinição para a África”, a organização que luta contra a corrupção escreve no capítulo referente à região subsahariana que há “um futuro mais esperançoso para a África”.
“As transformações no Ruanda e em Cabo Verde mostram que a corrupção pode ser combatida com esforço bem sustentado. Os investimentos anti-corrupção a longo prazo em países como a Costa do Marfim e o Senegal também estão a ter resultados constantes”, diz o documento, sublinhando que “abordar a corrupção continua a ser uma tarefa hercúlea para os países na cauda do índice, como Sudão do Sul e Somália”.
A Transparência Internacional realça que alguns países africanos têm melhores resultados do que alguns países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)“, especificamente Botswana, Seychelles, Cabo Verde, Ruanda e Namibia” que estão à frente da Itália, Grécia e Hungria.
“Da aplicação estrita do presidente Paul Kagame ao cumprimento do código de liderança no Ruanda, à promoção aberta da transparência institucional em Cabo Verde do Presidente Jorge Fonseca, ou a abordagem inovadora do Presidente Ian Khama sobre a integração da luta contra a corrupção no Governo do Botswana”, monstra que é possível viver melhor sem corruopção.
VOA
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