O Primeiro-ministro guineense General Úmaro Sissoco Embaló, disse hoje, 06 de Novembro 2017, que não é terrorista e nenhum membro do seu governo é terrorista, em alusão às acusações proferidas fim-de-semana último pelo Coletivo de Partidos Políticos Unidos contra Ditadura.
Sissoco assegurou que ele e membros do executivo apenas são “terroristas pelo desenvolvimento”. Sissoco falava durante um pequeno comício organizado pelo “Movimento de Amigos de General Sissoco”.
Num comício popular a 4 do mês em curso, o recém criado Colectivo de Partidos Políticos acusou o chefe do governo de ter ligações com organizações terroristas da sub-região.
O Colectivo admite ainda a possibilidade de processar o chefe de Estado guineense no Tribunal Penal Internacional por ligação com redes terroristas.
Em resposta aos ataques de 18 partidos políticos, o movimento organizou um comício com vista a solidarizar-se com os trabalhos desenvolvidos pelo executivo de Sissoco.
Dirigindo-se aos presentes, o Primeiro-ministro disse que as preocupações levantadas pelas populações sobre as questões da água potável, postos de iluminação pública, reabilitação das estradas, posto de saúde são igualmente as suas preocupações enquanto governante. Lembrou que algumas pessoas passaram pelo poder e apenas se preocuparam em adquirir apartamentos em Portugal, sem se interessar em resolver os problemas do povo guineense.
“Eu não sou terrorista e nenhum membro do meu governo é terrorista! Somos terrorista pelo desenvolvimento. Onde já viram um terrorista a discursar na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas? Quando é que viram um terrorista a discursar no Parlamento de Israel? Quando é que viram um terrorista a ser recebido no Palácio dos países como Portugal, Espanha, França, Bélgica e, entre outros”, interrogou o chefe do governo guineense.
Explicou na ocasião que o diferendo entre o Presidente José Mário Vaz e o líder dos libertadores (PAIGC), Domingos Simões Pereira, deve-se à questão do passado.
“A esposa de um político roubou o dinheiro público no período em que JOMAV exercia as funções do ministro das Finanças. Ele tomou a iniciativa de deter a mulher que roubou o dinheiro do povo e esta é a razão do conflito entre o Presidente JOMAV e alguns líderes políticos. Jamais terei a esposa que rouba o dinheiro do povo, porque eu não roubo e por isso nunca vou ter a mulher que rouba”, notou.
Sissoco assegurou que nunca a Guiné-Bissau está dividida como neste momento por causa da liderança falhada do PAIGC. Aproveitou igualmente a ocasião para informar aos presentes que o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, João Alage Fadia é considerado melhor em termos do bom trabalho nas finanças públicas a nível da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).
Lembrou ainda que durante as eleições presidenciais de 2014 deu cinco milhões de dólares norte-americanos ao Nuno Gomes Nabiam, para fazer a campanha eleitoral. Acrescentou que Nabiam usou o referido dinheiro para a construção da sua casa, que até agora não terminou.
Em representação do grupo de partidos políticos sem assento no Parlamento que apoia o executivo de Umaro Sissoco Embaló, o presidente do Partido Democrático Guineense (PDG), Sebastião Silva enalteceu as ações desenvolvidas pelo governo dirigido pelo General Umaro Sissoco Embaló em prol da consolidação da paz e tranquilidade do país.
“Há pessoas que querem danificar a paz consolidada no país, mas que saibam que nunca vão conseguir. Há pessoas que lutam todos os dias para sabotar e nós estamos aqui para lutar todos os dias para que isso não aconteça”, contou Vaz.
Em nome dos moradores do bairro de Missira, Júlia Quió, explicou ao chefe do governo as dificuldades do dia a dia dos moradores daquele bairro, nomeadamente a falta de água potável, a falta de postos de iluminação pública nas estradas, reabilitação de estrada, posto de saúde e mercado para os morradores.
Por: Assana Sambú
Fotos: Marcelo Na Ritche
Odemocratagb.com
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