Em conferência de imprensa conjunta com o representante do FMI em Bissau (Óscar Melhado), o ministro guineense anunciou «com alegria» o reatar da «cooperação com a instituição financeira mundial», suspensa em junho.
Todavia, o FMI não gostou de algumas medidas tomadas pelos anteriores governos, nomeadamente «a compra da carteira de créditos malparados do setor privado à banca comercial» e ainda o destino que seria dado a toros de madeira cortada nas florestas do país e que foram confiscados pelo Estado.
A instituição exigiu a anulação da operação de compra da divida pública aos bancos e instou o governo de Umaro Sissoco Embaló a vender a totalidade da madeira confiscada e reverter os montantes daí resultantes «para o Tesouro Público».
Ainda assim, o FMI condicionou a retoma de qualquer assistência, após a observância das duas medidas referidas, «bem como o desembolso de um empréstimo de 7,1 milhões de dólares, que deverá acontecer nos próximos dias», anunciou o representante do FMI em Bissau.
Óscar Melhado confirmou, de seguida, o cumprimento das duas medidas, enquanto o ministro das Finanças guineense disse que «o país deve orgulhar-se da resposta que deu às exigências do FMI», alertando, todavia, para «a necessidade de prosseguir com o rigor para evitar novas derrapagens das finanças públicas».
«O país está de parabéns e decidido a lançar-se no desafio de adotar medidas de rigor nas contas públicas», enfatizou Henrique dos Santos, acrescentando que a Guiné-Bissau ganhou «um voto de confiança» do FMI.
Abola.pt
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