Segundo o porta-voz do órgão, José Medina Lobato, aos 11 conselheiros de Estado foi incumbida a tarefa de tentarem falar com as partes envolvidas, durante o fim-de-semana, para levá-las a encontrar o entendimento antes de segunda-feira.
Em causa está a escolha de um nome consensual que será nomeado primeiro-ministro pelo Presidente José Mário Vaz, já que persistem divergências nas três figuras propostas pelo Chefe de Estado.
Mário Vaz propôs os nomes do general na reserva Umaro Cissoko, do político Augusto Olivais e de João Fadiá, director do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) na Guiné-Bissau, mas nenhum mereceu consenso.
“A situação é mais complexa do que um simples nomear do primeiro-ministro”, defendeu Medina Lobato, sublinhando que os conselheiros pediram ao Chefe de Estado que não tome decisões precipitadas.
A reunião do Conselho de Estado, iniciada na quarta-feira e que continuou no dia seguinte, será retomada na segunda-feira, a partir das 10.00 horas (12.00 em Maputo).
Entretanto, a Liga Guineense dos Direitos Humanos diz ser de “uma mediocridade espantosa” o nível da classe política do país perante a crise que foi “forjada gratuitamente pela ganância da nossa classe política. A crise está a corroer as bases da nossa coesão, da nossa independência e o fundamento do nosso Estado”, que assola as instituições da República bloqueadas devido aos conflitos pessoais.
O presidente da Liga, Augusto da Silva, diz ser urgente que a classe política ponha termo à crise antes que a situação traga consequências imprevisíveis para o país.
LUSA
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