Luís Nancassa
Uma reunião realizada hoje entre sindicatos dos professores e governo da Guiné-Bissau foi inconclusiva e a greve no setor da Educação vai manter-se, disse à Lusa um responsável sindical.
Os professores do ensino público da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de 30 dias úteis, cujo término vai coincidir com o final do ano letivo. Caso a greve seja cumprida na totalidade o ano letivo deverá ser considerado inválido, visto que esta é a terceira greve dos professores neste ano, que levaram a muitos dias de aulas perdidos.
Governo e sindicatos reuniram-se hoje mas segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), Luís Nancassa, a reunião foi inconclusiva porque "os que representaram o governo não tinham nada para oferecer, foram lá só para apelar ao bom senso dos sindicatos".
Os sindicatos reivindicam o pagamento de oito meses de salários em atraso de professores que são novos ingressos e professores que estiveram doentes, e sete meses de atraso para professores em processo de efetivação, entre outras exigências.
Questionado sobre a possibilidade de o ano letivo ser considerado nulo o sindicalista disse à Lusa que a responsabilidade "é de quem deve sanear a situação".
"O governo tem de pagar aos professores que deram aulas. Ninguém aguenta trabalhar oito meses sem ganhar", disse o sindicalista, que ainda assim admitiu flexibilidade nas reuniões com o governo.
Para quarta-feira está marcada mais uma reunião entre sindicatos e governo.
FP // JMR
Lusa
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