segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Guerra na Ucrânia: Kyiv? "Ainda podem vencer. Não acho que vençam, mas ainda podem vencer"... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que tem dúvidas que Ucrânia possa derrotar a Rússia na guerra, embora admita que isso possa acontecer.

© TOM BRENNER/AFP via Getty Images    Lusa  20/10/2025

Os comentários de Trump acrescentaram uma nova onda de ceticismo em relação a Kyiv, enquanto quando o presidente dos EUA planeia encontrar-se novamente, nas próximas semanas, com o Presidente russo, Vladimir Putin, para conversações presenciais em Budapeste, Hungria, visando pôr fim à guerra.   

"Eles ainda podem vencer. Não acho que vençam, mas ainda podem vencer", disse hoje Trump aos jornalistas no início de uma reunião na Casa Branca com o Primeiro-Ministro australiano, Anthony Albanese.  

No mês passado, Trump reviu a sua posição há muito mantida de que a Ucrânia teria de ceder território, considerando que o país poderia reconquistar todas as zonas que perdeu para a Rússia.  

Mas, após uma longa chamada com Putin na semana passada, seguida de uma reunião com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Trump voltou a mudar de posição, e apelou a Kyiv e Moscovo para que "parassem onde estão" e pusessem fim à sua guerra brutal.  

Questionado hoje sobre a sua opinião volátil acerca de Kyiv, Trump deu uma avaliação sombria sobre as hipóteses da Ucrânia. E acrescentou: "Nunca disse que eles iriam ganhar. Disse que poderiam. Qualquer coisa pode acontecer. Sabem que a guerra é uma coisa muito estranha."

Hoje, mais cedo, Zelensky disse que, durante a reunião na Casa Branca, Trump o informou de que a exigência maximalista de Putin para que a Ucrânia cedesse a totalidade das suas regiões orientais de Donetsk e Luhansk, permanecia inalterada.

Ainda assim, Zelensky descreveu a reunião como "positiva", embora Trump também tenha rejeitado o seu pedido de mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance.

Em comentários públicos nas semanas que antecederam a sua reunião com Zelensky, Trump parecia estar inclinado para a possibilidade de enviar os Tomahawks, o que permitiria às forças ucranianas atacar mais profundamente em território russo. Mas o tom do líder dos EUA mudou após a sua última chamada com Putin e ficou claro que estava relutante em enviar à Ucrânia o sistema de mísseis, pelo menos por enquanto.

"Na minha opinião, ele [Trump] não quer uma escalada com os russos até se encontrar com eles [Russos)", afirmou Zelensky aos jornalistas no domingo.

Os seus comentários estavam embargados até hoje de manhã. Zelensky também expressou o ceticismo sobre a proposta de Putin de trocar algum território que mantém nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, se a Ucrânia ceder Donetsk e Luhansk, dizendo que a proposta era pouco clara. As regiões de Donetsk e Luhansk constituem o Donbass.

O líder ucraniano afirmou que Trump, em última análise, apoiava uma pausa ao longo da linha da frente atual. "Partilhamos a visão positiva do Presidente Trump se isso levar ao fim da guerra", afirmou Zelensky, citando "muitas rodadas de discussão durante mais de duas horas com Donald Trump e a sua equipa."

Zelenskyy foi diplomático sobre a sua reunião com Trump, apesar de relatos de que enfrentou pressão para aceitar as exigências de Putin.

A reunião seguiu-se ao desastroso desentendimento na Sala Oval em 28 de fevereiro, quando o presidente ucraniano foi repreendido em direto na televisão por não estar grato pelo apoio dos EUA.

Zelensky disse que espera que a reunião de Trump na próxima semana com Putin na Hungria, que não apoia a Ucrânia, abra caminho para um acordo de paz.

Zelensky disse que não foi convidado a participar, mas consideraria ir se o formato das negociações fosse justo para Kyiv.

O presidente ucraniano também criticou o Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán, dizendo que não acredita que um chefe de executivo "que bloqueia a Ucrânia em todo o lado possa fazer algo positivo para os ucranianos ou mesmo fornecer uma contribuição equilibrada."

Zelensky disse que acha que todas as partes se "aproximaram" de um possível fim da guerra. "Isso não significa que terminará definitivamente, mas o Presidente Trump conseguiu muito no Médio Oriente, e, aproveitando essa onda, quer pôr fim à guerra da Rússia contra a Ucrânia," acrescentou.

A Ucrânia espera comprar 25 sistemas de defesa aérea Patriot de empresas norte-americanas, usando ativos russos congelados e ajuda de parceiros, mas Zelensky disse que adquiri-los exigiria tempo devido a longos prazos de produção.


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O Governo búlgaro manifestou hoje disponibilidade para que o Presidente russo, Vladimir Putin, atravesse o seu espaço aéreo para participar na anunciada cimeira sobre a Ucrânia com o homólogo norte-americano, Donald Trump, em data a definir em Budapeste.


O Primeiro-Ministro, Braima Camará, realiza hoje, segunda-feira, (20.10), uma visita ao Hospital Nacional Simão Mendes, acompanhado por vários membros do Governo. Após a visita, o Chefe do Governo fala à imprensa.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades Carlos Pinto Pereira, fala a imprensa sobre o iniciou do processo de Casa Aberta, pela Embaixada de Portugal em Bissau.

 

Ministro dos Transportes entrega novos equipamentos à Sala de Exames de Condução da DGVTT

Bissau, 20 de outubro de 2025 — O Ministro dos Transportes, Eng.º Marciano Silva Barbeiro, presidiu nesta segunda-feira a cerimónia de entrega de novos equipamentos à Sala de Exames de Condução da Direção-Geral de Viação e Transportes Terrestres (DGVTT).

O ato contou com a presença do Coordenador do Projeto UGP-CN representante do Banco Mundial, Eng.º Malam Banjal, do Diretor-Geral da DGVTT, Sr. Jaimentino Co, dos dirigentes do Ministério dos Transportes e responsáveis da DGVTT.

Durante o evento, o Ministro Marciano Silva Barbeiro destacou que esta entrega representa “um passo concreto na modernização dos serviços de transporte e na promoção da segurança rodoviária no país.”

Esta iniciativa enquadra-se no Projeto UGP-CN, financiado pelo Banco Mundial, que visa reforçar a conectividade nacional, nomeadamente através da reabilitação da estrada que liga Bissau à fronteira com o Senegal — uma via estratégica para o acesso a mercados e para o fortalecimento do desenvolvimento económico nacional.

Segundo o Ministro, a disponibilização destes novos equipamentos “reforça a capacidade institucional da DGVTT, permitindo exames de condução mais eficientes, atendimento de maior qualidade aos cidadãos e um processo de habilitação mais fiável, contribuindo assim para uma condução mais segura nas nossas estradas.”

Com esta ação, o Ministério dos Transportes reafirma o seu compromisso em melhorar a eficiência, a qualidade e a modernização dos serviços públicos, alinhando-se às metas de desenvolvimento sustentável e integração regional.


Encontro entre PAI Terra Ranka e COLIDE-GB . O Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde ( PAIGC), manteve esta segunda feira 20/10/2025, encontro COLIDE-GB para abordar a situação de exclusão do PAI TERRA RANKA e de COLIDE-GB das legislativas marcadas para 23 de novembro... Após o encontro, um dos Coordenadores da Plataforma Inclusiva PAI Terra Ranka, Agnelo Regalla e o Presidente da COLIDE-GB Juliano Fernandes, prestaram declaração à imprensa.

Portugal: Mais de 2.800 pais pediram ajuda por violência dos filhos nos últimos três anos

Por cnnportugal.iol.pt/ 

Silêncio e recusa das vítimas em apresentar queixa junto das autoridades competentes poderá ser explicado pelo facto de os crimes ocorrerem sobretudo em contexto de violência doméstica, em que agressor e vítima partilham habitação

O número de progenitores agredidos pelos filhos que pediram ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) aumentou mais de 27% nos últimos três anos, ultrapassando as 2.800 pessoas, uma média de 2,6 casos por dia.

Segundo as estatísticas da APAV sobre “Filhos/as que agridem Os Pais/As Mães”, a que a Lusa teve acesso, entre 2022 e 2024, o número de vítimas aumentou de ano para ano, registando-se 815 casos no primeiro ano, 962 no ano seguinte e 1.036 em 2024.

Significa que, no global, há um aumento de 27,1% e que, em média, a APAV ajudou cerca de 78 pessoas por mês, 18 por semana e 2,6 por dia.

Em declarações à Lusa, Cynthia Silva, criminóloga na APAV, apontou que este aumento “pode significar que há mais vítimas a procurarem o apoio da APAV”, o que é um “aspeto positivo”, mas chamou a atenção para outra percentagem, a das pessoas que ficam em silêncio.

“Percebemos que, por exemplo, em 48% das situações não há apresentação de queixa, o que significa que, apesar de poder haver maior procura de apoio, ainda há muitas situações que se mantêm silenciadas no que toca à apresentação de queixa junto às autoridades”, apontou.

Na opinião da responsável, esse silêncio e recusa das vítimas em apresentar queixa junto das autoridades competentes poderá ser explicado pelo facto de os crimes ocorrerem sobretudo em contexto de violência doméstica, em que agressor e vítima partilham habitação.

“Os motivos mais comuns para a não procura de apoio ou mesmo para a falta de queixa têm muito a ver com estas questões da vergonha, da culpa, a vergonha de dizer que estão a ser vitimadas ou vitimados pelos próprios filhos ou filhas”, apontou.

Explicou, por outro lado, que também pode haver medo de retaliações ou mesmo das consequências legais que o pedido de ajuda ou a apresentação da queixa possam ter para o filho ou filha.

Segundo Cynthia Silva, apesar da violência de que são vítimas, os progenitores continuam a querer “proteger as próprias pessoas infratoras” porque se trata do filho ou da filha.

“Depois há outros motivos, nomeadamente o querer ainda manter a imagem de que existe harmonia familiar e de que tudo corre bem dentro daquele seio familiar ou situações de dependência”, adiantou.

A responsável adiantou que como a maior parte destes crimes acontecem em contexto de violência doméstica, a APAV também pode apresentar queixa, uma vez que se trata de um crime público, mas referiu que tentam sempre que seja a vítima a fazê-lo com o apoio da APAV.

A criminóloga alertou, por outro lado, para a “questão da vitimação continuada”, apontando que “uma grande parte” das pessoas que procuram a ajuda da APAV pela primeira vez, são vítimas há dois ou três anos, o que “significa que, às vezes, as vítimas demoram algum tempo até conseguir procurar algum tipo de ajuda mais profissional”.

Os dados da APAV mostram que dos 2.813 progenitores ajudados pela associação, 96,8% foram agredidos por um filho, enquanto 3,2% foram vítimas de mais do que um filho ou filha.

A caracterização da vítima mostra que na maior parte dos casos (79,7%) são mulheres, com 65 anos ou mais (58,3%), enquanto os homens estão em maioria (69%) no caso dos agressores, com idade entre os 18 e os 64 anos (62,8%).

Entre os 5.654 crimes ou formas de violência registadas para estas 2.813 vítimas, a violência doméstica sobrepõem-se, representando 82,3% do total.

Cynthia Silva defendeu que deveriam existir mais estruturas de acolhimento para as vítimas, mas apontou que “às vezes também existe a dificuldade de conseguir que as vítimas queiram sair das suas residências”.

Choque no Senegal. Jovem é raptado e morre após mãe não pagar resgate... Cheikh Touré, guarda-redes senegalês, de 18 anos, foi enganado por um conjunto de burlões, depois de ter sido convencido de que iria fazer testes numa equipa profissional em Marrocos. Acabou assassinado no Gana.

Por LUSA 20/10/2025

Uma notícia trágica chegou-nos nos últimos dias do Senegal. Um jovem de apenas 18 anos foi assassinado a sangue frio, na passada sexta-feira, depois da mãe não ter conseguido pagar um resgate, vítima de um esquema elaborado por um grupo criminoso.

As informações reveladas nos últimos dias pela imprensa internacional são algo difusas, mas, ao que tudo indica, Cheikh Touré, uma promessa do Esprit Foot Yeumbeul, terá sido atraído por um grupo de pessoas com a promessa de testes para ingressar num clube profissional em Marrocos.

Touré viajou para Kumasi para cumprir o sonho de ser futebolista Mas o pior acabaria por acontecer e o jovem teve um final de vida trágico. Convencido de que iria viajar para Marrocos, Cheikh Touré acabou por ser raptado e levado para o Gana, onde foi sequestrado e mantido em cativeiro por um grupo de criminosos que se faziam passar por empresários de futebol.

Os raptadores começaram por exigir à mãe do jogador um resgate pelo filho. No dia em que chegou ao local, Cheikh Touré ainda enviou uma mensagem de voz à mãe a dizer que estava tudo bem e só quatro dias depois voltou a dar notícias. Nessa altura, e de novo através de um áudio, o filho enviou o pedido de resgate: 850 mil francos africanos (cerca de 1.300 euros). De acordo com o jovem, este pedido já tinha sido feito pelos supostos agentes a outros jogadores que estariam com ele e serviria para que pudesse continuar a prosseguir o seu sonho. Pediu ainda que a mãe não se preocupasse.

Sem pensar duas vezes, a mãe colocou-se em campo para tentar arranjar esse dinheiro. No dia desta segunda mensagem, a progenitora recebeu, por volta da meia-noite, uma chamada de uma pessoa do Gana a dizer-lhe que o filho tinha tido um acidente. Foi aí que percebeu que o filho tinha caído num esquema. A mãe, que já tinha pago 380 euros pela suposta viagem para Marrocos, conseguiu juntar cerca de 760 euros, valor que não chegava ao exigido pelos raptores. Haveria de receber um novo pedido de mais 228 euros.

Mais tarde, a mãe acabou por receber uma nova mensagem que trazia consigo um vídeo de Cheikh Touré morto depois de ter sido visivelmente torturado.

"Tentei perceber se era seguro para ele porque é o meu único filho. Dei-lhe dinheiro para cortar o cabelo, comprar uma roupa nova, um fato. Rezei muito por ele e pedi-lhe para ter cuidado porque ele é a coisa mais importante do mundo para mim", revelou a mãe, destroçada e lavada em lágrimas, em declarações ao canal 'People 221 TV'.

Entretanto, e através de um comunicado oficial, o Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior deixou uma nota de pesar na qual diz estar ao lado da família do jovem Cheikh Touré

"O Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Estrangeiro tomou conhecimento, neste sábado, 18 de outubro de 2025, do falecimento ocorrido em Kumasi (República do Gana), na sexta-feira, 17 de outubro de 2025, do Sr. Cheikh Touré. As primeiras investigações conduzidas pelos serviços consulares indicam que o Sr. Touré, um jovem futebolista senegalês, teria sido vítima de uma rede de fraude e extorsão de fundos", pode ler-se no comunicado.

De acordo com as informações recolhidas pela Embaixada do Senegal em Acra, o corpo do falecido foi depositado na morgue Ebenezer de Tafo, na região de Ashanti, localizada a cerca de 250 km de Acra. As autoridades ganesas competentes foram oficialmente notificadas para conduzir uma investigação aprofundada sobre as circunstâncias exatas da morte", prossegue a mesma nota.

"Neste contexto, dois agentes da Embaixada serão enviados a Kumasi, a partir de domingo, 19 de outubro de 2025, para ajudar as autoridades locais nas diligências administrativas e judiciais, a fim de preparar, em conjunto com a família, o repatriamento do corpo para o Senegal, assim que as autorizações necessárias forem obtidas. O Ministério deseja expressar a sua profunda compaixão à família enlutada e garantir que este caso está a ser acompanhado de perto", termina o comunicado.

domingo, 19 de outubro de 2025

Zelensky disponível para ir a Budapeste reunir-se com Trump e Putin... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar disponível para, aproveitando o encontro que ambos planeiam realizar em Budapeste, reunir-se com os seus homólogos dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.

Por LUSA 

"Se realmente quisermos ter uma paz justa e duradoura, precisamos das duas partes desta tragédia. Como se vai chegar a algum acordo sobre nós sem nós?", argumentou numa entrevista à cadeia ABC gravada na sexta-feira e transmitida hoje.

Por essa razão, questionado sobre se tentaria estar em Budapeste, Zelensky revelou que disse a Trump, com quem se reuniu na sexta-feira em Washington, que está pronto.

Embora manifestando interesse num encontro cara a cara com o líder russo, Zelensky disse que Putin "é semelhante, embora mais forte, ao (terrorista) Hamas", ao comentar as possibilidades de Trump alcançar um acordo para a guerra na Ucrânia como o que conseguiu para parar a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

"A guerra é maior e o exército russo é o segundo maior do mundo e por isso é necessária mais pressão", argumentou o Presidente ucraniano, insistindo em reclamar a entrega de mísseis norte-americanos de longo alcance Tomahawk.

"É bom que o Presidente Trump não tenha dito 'não' (à entrega dos mísseis), mas até hoje também não disse 'sim'", referiu Zelenski.

À pergunta sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra, o líder ucraniano defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: UE espera que reunião Trump-Putin em Budapeste conduza à paz

A Comissão Europeia saudou hoje a reunião entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, prevista para a próxima semana em Budapeste, esperando que conduza à "paz justa e duradoura".


Drones ucranianos atingem central de gás a 1.200 quilómetros de Moscovo... Um ataque com drones ucranianos atingiu hoje durante a madrugada uma fábrica de gás na região de Oremburgo, a 1.200 quilómetros a sudeste de Moscovo.

Por LUSA 

O governador regional, Yevgueni Solntsev, informou através do seu canal no Telegram que a infraestrutura da fábrica de gás ficou "parcialmente danificada".

"O ataque do drone provocou um incêndio, pelo que todos os serviços de emergência foram mobilizados para lidar com as consequências", referiu o governador regional, citado pela agência EFE.

O responsável, que também comunicou o encerramento do espaço aéreo, indicou ainda que o incêndio estava a ser extinto.

Entretanto, o Ministério da Defesa russo revelou ter derrubado 45 drones ucranianos durante a noite.

De acordo com a informação do Ministério da Defesa russo, a maioria dos drones foi abatida em Samara (12) e Sarátov (11), territórios que se encontram a caminho de Oremburgo.

A nota militar também menciona ter intercetado drones nas regiões de Rostov (cinco), Vorónezh (cinco), Briansk (dois) e Lípetsk (dois).

Na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, foram abatidos três drones e outros foram abatidos sobrevoando Riazán, Tver e Tula.

No sábado, as autoridades russas afirmaram ter abatido 41 drones durante dia.

Hamas lança ataque contra forças israelitas em Rafah. Israel responde... As Forças de Defesa de Israel estarão a responder com ataques aéreos na área. A confirmar-se, constitui uma clara violação do cessar-fogo atualmente em vigor entre Israel e o Hamas.

Por LUSA 

O Hamas terá lançado um ataque contra as forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, este domingo. A informação é avançada pelo Times of Israel, que considera tratar-se de um ataque terrorista, levado a cabo pelo grupo palestiniano.

Segundo referem, terá sido disparado um míssil contra um carro de combate israelita. A confirmar-se constitui uma clara violação do cessar-fogo atualmente em vigor.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) estarão a responder com ataques aéreos na zona. 

As IDF ainda não comentaram a situação. No entanto, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, citado pelo Jerusalem Post, já se pronunciou. "Peço ao primeiro-ministro que ordene as IDF a recomeçarem a luta na Faixa de Gaza com toda a força", afirmou, acrescentando: "A organização terrorista nazi tem de ser completamente destruída - e, de preferência, o mais cedo possível".

Segundo o mesmo meio, o Benjamin Netanyahu prepara-se para uma reunião com o ministro da Defesa, Israel Katz, e o chefe das IDF, o general Eyal Zamir, para decidir qual será a resposta de Telavive ao ataque do Hamas.

Os relatos da violação de cessar-fogo por parte do grupo palestiniano vêm poucas horas após o governo norte-americano alertar para esta mesma situação, dizendo que tinha "informações credíveis" que indicavam "uma violação iminente" do acordo.

No entanto, o movimento islamita palestiniano Hamas rejeitava pouco depois, e categoricamente, as acusações dos EUA de que estava a preparar-se para violar o cessar-fogo acordado com Israel e realizar um ataque contra a população de Gaza.


Leia Também:  EUA alertam para "violação iminente" do cessar-fogo por parte do Hamas

Os Estados Unidos alertaram no sábado para "informações credíveis" que indicam que o Hamas prepara "uma violação iminente" do acordo de cessar-fogo, atacando civis palestinianos em Gaza.


EUA: Coroado e de espada na mão, Trump responde a protestos 'No Kings'... No sábado, mais de sete milhões de pessoas saíram às ruas em protesto contra as políticas do presidente dos Estados Unidos, em mais de 2.700 manifestações por todo o país.

© Instagram/ White House    noticiasaominuto.com  19/10/2025 
O presidente dos Estados Unidos respondeu aos protestos contra as suas políticas, que levaram milhões de pessoas a sair às ruas norte-americanas e pelo mundo. As manifestações fazem parte do movimento ‘No Kings’ ('Não há reis’, em tradução livre).

Os vídeos foram publicados na sua rede social, Truth Social, e gerados por Inteligência Artificial (IA), como já é hábito de Donald Trump. 

© Instagram/ White House    

No primeiro, aparece sentado num caça, de coroa na cabeça, enquanto sobrevoava um destes protestos. Poucos segundos depois, a aeronave lança o que parecem ser fezes sobre os manifestantes na rua.

Pode ver este vídeo na galeria.

Não muito depois de partilhar estas imagens, Trump volta a publicar um vídeo gerado por IA. Desta vez, aparece como se fosse uma publicação do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, onde o chefe de Estado norte-americano aparece a coroar-se a si próprio. De seguida, coloca um manto sobre os ombros, empunhando uma espada.

A última publicação deste género não foi partilhada pelo presidente norte-americano, mas pela própria página de Instagram da Casa Branca. 

Na fotografia, Donald Trump e JD Vance aparecem no topo, ambos com coroas, sentados em tronos. A imagem, também ela gerada por IA, é rodeada por uma moldura trabalhada em tons de dourado.

Por baixo, emoldurados por uma simples linha preta estão os democratas Eric Adams, atual presidente da câmara de Nova Iorque, e Chuck Schumer, líder democrata no Senado. Ambos aparecem com ‘sombreros’, chapéus típicos do México, numa clara crítica à política de imigração defendida pelos democratas.

No sábado, mais de sete milhões de pessoas saíram às ruas em protesto contra as políticas do presidente dos Estados Unidos, em mais de 2.700 manifestações por todo o país.

O partido republicano, e demais apoiantes da direita, criticaram fortemente a mobilização no país, considerando que o movimento ‘No Kings’ representa o “ódio contra a América”.

Esta é a terceira mobilização em massa desde o regresso de Trump à Casa Branca, e acontece num momento em que o atual executivo tem estado a testar o equilíbrio dos poderes, pressionando o Congresso e os Tribunais "em direção ao autoritarismo", segundo os manifestantes.

O primeiro protesto 'No Kings', a 14 de junho, levou às ruas cerca de cinco milhões de manifestantes, com eventos organizados em 2.100 cidades dos Estados Unidos.

Também em Portugal o dia não passou em branco: dezenas de pessoas juntaram-se na Praça do Comércio, em Lisboa, em solidariedade com os americanos nos Estados Unidos. 

O protesto foi organizado pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto, onde os manifestantes empunhavam cartazes e gritavam em coro: "No kings, no crowns" ('Sem reis, nem coroas').


sábado, 18 de outubro de 2025

O líder da APU–PDGB, Nuno Gomes Nabiam, esclareceu este fim de semana a sua posição relativamente à recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e reafirmou o seu apoio ao segundo mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló... A declaração foi feita durante uma visita aos setores de Mansoa e Bissorã, no âmbito das atividades políticas da coligação. Nabiam esteve acompanhado por Félix Blutna Nandunguê, presidente do PRS, com quem partilhou momentos de contacto com as populações locais.

O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", nasceu em 1871 na Guiana Inglesa sem braços nem pernas e superou suas limitações físicas de maneira notável.

 O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", superou as expectativas ao viver uma vida notável, apesar de ter nascido sem braços e pernas na Guiana Inglesa em 1871. 

Ele se tornou um artista de circo talentoso e inteligente, com habilidades para escrever, pintar, barbear-se e acender cigarros com a boca, além de falar várias línguas. Sua vida também incluiu um casamento e quatro filhos, mostrando que ele viveu uma vida plena e resiliente. 

Talentos incríveis: Randian possuía uma destreza e inteligência notáveis, que ele usava para entreter o público.

Habilidades: Apesar de sua condição, demonstrou habilidades notáveis usando sua boca para atividades como pintar, escrever e acender cigarros.

Falava fluentemente inglês, alemão, francês e hindi.

Resiliência e determinação: Ele não permitiu que suas limitações físicas o impedissem de ter uma vida plena.

Casou-se e teve quatro filhos.

Teve um senso de humor afiado e uma atitude otimista.

Fez sucesso em circos americanos, especialmente com P.T. Barnum.

Legado: A vida de Randian é um símbolo de inspiração e força de vontade, demonstrando como é possível superar obstáculos físicos para viver uma vida extraordinária. Ele é lembrado como uma lição de vida para aqueles que se conformam com a situação. 

Tornou-se eternizado no filme de 1932, "Freaks", e é lembrado como um exemplo de como as limitações físicas podem ser transformadas em feitos extraordinários. 

Netanyahu diz que guerra terminará após "desarmamento do Hamas"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a guerra com o Hamas terminará quando estiver concluída a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, que prevê o desarmamento do movimento islamita.

© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images   Lusa   18/10/2025 

"A segunda fase inclui também o desarmamento do Hamas, ou mais precisamente, a desmilitarização da Faixa de Gaza e, antes disso, o confisco das armas do Hamas", disse Netanyahu numa entrevista televisiva ao Canal 14. 

"Quando isto for realizado com sucesso --- espero que de forma simples, mas se não, da forma mais difícil --- então a guerra terminará", acrescentou o chefe do Governo israelita.

O plano de cessar-fogo - mediado pelos Estados Unidos e apoiado pelo Egito, Jordânia e Arábia Saudita - prevê três fases: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a reconstrução gradual do território, sob supervisão internacional.

A segunda etapa, centrada na "desmilitarização", continua a ser a mais controversa e a que Israel considera essencial para pôr fim ao conflito.

Durante a mesma entrevista, Netanyahu confirmou ainda que se recandidatará nas próximas eleições legislativas.

Questionado sobre se tencionava candidatar-se novamente ao cargo de primeiro-ministro, respondeu positivamente e, à pergunta sobre se vencerá, respondeu da mesma forma.

Como líder do Likud e figura dominante da política israelita nas últimas três décadas, Netanyahu soma mais de 18 anos no poder, com interrupções, desde 1996 --- um recorde na história do país.

O atual mandato tem sido marcado por protestos repetidos contra a sua proposta de reforma judicial e, mais recentemente, por fortes críticas das famílias dos reféns mantidos em Gaza, que o acusam de ter demorado a negociar a sua libertação.


Leia Também: Clima de festa em protesto anti-Trump nas ruas de Washington

Milhares de pessoas ocuparam hoje a Avenida Pensilvânia, no centro de Washington, num grande protesto contra o rumo que Donald Trump está a dar aos Estados Unidos e que juntou música, dança e muitas críticas ao Presidente norte-americano.


Amnistia Internacional critica Portugal por proibir uso de véus que cobrem rosto... A organização Amnistia Internacional condenou hoje a aprovação, pelo parlamento português, do projeto-lei do Chega que prevê a proibição da ocultação do rosto em espaços públicos, considerando que é discriminatório e viola os direitos das mulheres.

© OMER ABRAR/AFP via Getty Images    Lusa   18/10/2025 

"A proposta é discriminatória e viola os direitos humanos das mulheres que optam por usar um véu para cobrir o rosto", afirma a organização em comunicado hoje divulgado. 

O parlamento português aprovou na sexta-feira, na generalidade, o projeto de lei do partido Chega para proibir a utilização de burcas e outros véus que ocultem o rosto em espaços públicos, invocando os direitos das mulheres e questões de segurança.

Para a Amnistia, a aplicação desta medida tem também "implicações no direito à privacidade, no direito à liberdade de expressão e no direito à liberdade de reunião e manifestação pacíficas".

Referindo ter sérias dúvidas sobre a compatibilidade desta proibição com as obrigações do país ao abrigo do direito internacional em matéria de direitos humanos, a Amnistia sublinha que "nenhum decisor político deve ditar o que uma mulher pode ou não vestir".

Além disso, defendeu a organização, "nenhuma mulher deve ser punida por exercer a sua fé, identidade cultural ou crenças".

Para a Amnistia Internacional, esta proibição, "longe de defender os direitos das mulheres" viola "os direitos daquelas que optam por usar véus que cobrem todo o rosto, ao mesmo tempo em que pouco contribuiria para proteger aquelas que o fazem contra a sua vontade, que correm o risco de maior exclusão ou confinamento como resultado".

Embora reconheça que os véus que cobrem o rosto, como as 'burcas' e 'niqabs', podem colocar questões de segurança, a Amnistia Internacional sugere que as pessoas "podem ser obrigadas a revelar os seus rostos quando objetivamente seja necessário, por exemplo, para verificações de identidade", lembrando que isso já está previsto na lei portuguesa.

A proibição em Portugal do uso em espaços públicos de burcas e outros véus que cubram o rosto das mulheres segue uma tendência que foi adotada em mais de 20 países nos últimos anos, iniciada pela França em 2011.

Estes países, entre os quais se incluem a Espanha, Itália, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, entre outros, justificam comummente a decisão com a necessidade de proteger os valores seculares, com o combate ao extremismo religioso ou com razões de segurança pública.


Leia Também: Burca, niqab, hijab... O que são e quais as diferenças?

Portugal vai proibir "a utilização, em espaços públicos, de roupas destinadas a ocultar ou a obstaculizar a exibição do rosto”. Com isto, a burca deixa de ser permitida, mas o mesmo não acontece, por exemplo, com o hijab. Saiba quais são as diferenças entre os véus islâmicos.

Hamas vai entregar restos mortais de mais dois reféns... A ala militar do Hamas anunciou hoje que entregará os restos mortais de dois reféns israelitas encontrados em Gaza, depois de Israel ter condicionado a reabertura da fronteira de Rafah, à devolução dos corpos de reféns.

© Lusa   18/10/2025

As brigadas Ezzedine al-Qassam informaram que os corpos de dois prisioneiros israelitas cujos restos mortais foram hoje encontrados na Faixa de Gaza serão entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha. 

Pouco antes, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha confirmado que Rafah permanecerá encerrada "até novo aviso", e que a sua reabertura depende "do cumprimento, por parte do Hamas, das suas obrigações em relação à devolução dos reféns e dos corpos dos mortos, bem como da implementação integral do acordo de cessar-fogo".

A passagem de Rafah, considerada vital para a entrada de ajuda humanitária, encontra-se sob controlo israelita desde maio de 2024 e tem permanecido fechada, com exceção de breves períodos durante tréguas.

Entretanto, o coordenador humanitário das Nações Unidas, Tom Fletcher, visitou a cidade de Gaza, devastada por dois anos de guerra, destacando "a tarefa monumental" das agências internacionais para restabelecer serviços básicos.

Fletcher revelou um plano de 60 dias para distribuir um milhão de refeições diárias, reconstruir infraestruturas médicas e reinstalar centenas de milhares de crianças nas escolas.

Segundo o acordo de cessar-fogo, o Hamas comprometeu-se a libertar todos os reféns, vivos e mortos, até 13 de outubro.

Desde então, o grupo entregou os últimos 20 reféns vivos, mas apenas dez dos 28 corpos que mantinha em seu poder.

Telavive acusou o Hamas de "violar o acordo" por atrasos nas devoluções, garantindo que "não poupará esforços" até ao regresso de todos os reféns.

O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirmou que o movimento mantém o seu compromisso, mas alegou que "a identificação e recuperação dos corpos leva tempo" e denunciou "múltiplas violações do cessar-fogo" por parte de Israel.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelita causou até agora 68.116 mortos, a maioria civis.

As autoridades locais estimam que cerca de 10.000 corpos continuem soterrados sob os escombros.


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A passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá encerrada "até novas ordens", anunciou hoje o Governo israelita, que condicionou a reabertura à devolução dos corpos dos reféns ainda detidos pelo Hamas.


Americanos em Lisboa protestam contra Trump: "Devolvam a democracia"... A manifestação dos norte-americanos contra as polícias de Donald Trump foi organizada pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00, na Praça do Comércio, em Lisboa.

© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images  Notícias ao Minuto com Lusa  18/10/2025 

Dezenas de pessoas manifestaram-se este sábado, na Praça do Comércio, em Lisboa, em solidariedade com os americanos nos Estados Unidos, no dia em que ocorre mais um protesto 'No Kings' ('Sem Reis', em português) contra o presidente Donald Trump. 

O protesto foi organizado pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00. Dezenas de pessoas empunhavam cartazes e gritavam em coro: "No kings, no crowns" (Nem reis, nem coroas, numa tradução livre).

Uma das cidadãs presentes na manifestação exibe um cartaz rodeado de cinco cravos vermelhos, onde se lê "America needs what Portugal knows - Fight for true liberation" (A América precisa o que Portugal sabe - Lutar pela verdadeira libertação).

"Stand up, fight back when fascists attack" (Levanta-te, luta quando os fascistas atacam) é outro dos gritos ouvidos pelos populares, ao mesmo tempo que alguns oradores pediam voluntários para discursar.

"Estamos aqui para nos solidarizarmos com os cidadãos norte-americanos que discordam da política de Trump, apesar de haver quem nos considere terroristas", disse uma das oradoras.

Gerry Walkney, de 71 anos, deslocou-se de Setúbal onde reside há quase dois anos, por ser um "democrata assumido" e considerar necessário uma "grande união de norte-americanos" para destronarem o atual Presidente que "é péssimo no cargo e só tem prejudicado o país e o mundo".

"É necessário que o Congresso faça alguma coisa para destituir este Presidente, o que não tem acontecido, já que o Congresso nada tem feito", sublinhou.

Por trás de Gerry Walkney, um manifestante empunhava alto um cartaz onde se lê: "Above us only sky" (acima de nós só o céu).

"Bring back democracy (Tragam de volta a democracia) e "No Trump/No KKK [Klu Klux Klan]/No fascists in USA" são outras palavras de ordem dos participantes no protesto, organizado pelo Americans in Portugal United in Protest - AMPT.

"Fight ignorants Not immigrants" (Combate os ignorantes, não os imigrantes), declarava-se num cartaz.

Richard Emerson, um septuagenário residente em Lisboa há 30 anos, assumiu-se como independente, nas disse à Lusa ter aderido ao protesto por o país onde nasceu "não poder continuar entregue a um fascista".

"A democracia na América corre um risco muito sério e só é possível derrotar as políticas do 'rei' Trump com um movimento de contestação em massa a nível nacional e internacional".

É a "única forma", tal como aconteceu quando se pôs fim à guerra no Vietname", citou a título de exemplo.

Com cartaz onde se lia "A Cowering Congress Tolerates Tyrannical King Trump" (Um congresso covarde tolera o tirânico rei Trump), encimado por duas pequenas bandeiras dos EUA, Emerson sustentou a necessidade de continuarem a existir protestos destes no país e em todo o mundo para depor um homem que é uma "fonte de ódio para o mundo inteiro".

Chris Dee, natural de Filadélfia, onde a Constituição norte-americana foi redigida, reside em Lisboa há dois anos e meio e foi uma das oradoras no protesto.

Em declarações à Lusa, justificou a presença no evento com dois motivos: primeiro, porque sempre viveu em liberdade, tendo-se visto obrigada a sair dos EUA devido ao regime ditador de Trump.

Sublinhando que cresceu em Filadélfia, onde foi elaborada a Constituição, cujas normas Trump agora "rejeita e deita para o lixo a todo o momento", mostrou-se receosa pelo filho de 21 anos que é estudante universitário no Hawai.

"Tal como eu, o meu filho tem uma pele escura, e receio por ele todos os dias. Porque Trump só gosta de supremacia branca", frisou.

Além disso, não gostava que o meu filho e eventuais netos "vivessem em fascismo num dos países que tem das maiores tradições democráticas do mundo", observou.

Por seu turno, Leslie Sisman, uma das organizadoras e oradoras no protesto, sublinhou "a incompetência" do atual Presidente norte-americano.

Pode ver as imagens do protesto na galeria acima. 


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Centenas de norte-americanos juntaram-se hoje em várias cidades espanholas para protestar contra o Presidente dos Estados Unidos, considerando-o "um tirano" que está a abusar da Constituição.


Ucranianos anseiam por eleições, mas "caem mil drones por noite"... O primeiro vice-presidente do parlamento da Ucrânia, Oleksandr Kornienko, afirma que os ucranianos anseiam por eleições, quase sete anos após a última votação, mas adverte que a organização de um escrutínio é incompatível com mil drones russos por noite.

Por LUSA 

"É um dos principais rumores na Ucrânia: quando serão as eleições?", relata o número dois da Verkhovna Rada (parlamento), em entrevista à agência Lusa, dando conta de que os "ucranianos estão cansados" deste longo ciclo legislativo e desejam ser chamados às urnas logo que possível.

Kornienko, que foi líder entre 2019 e 2021 do partido maioritário Servo do Povo (do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky), esteve em Lisboa na sexta-feira, onde participou na conferencia internacional "Reconstrução da Ucrânia", promovida pelas representações de Kyiv e da Estónia em Portugal.

Sobre o momento politico na Ucrânia, conta como, na verdade, "é simples explicar" a ânsia de eleições, dando conta de um país que, desde a sua independência em 1991, teve numerosos ciclos legislativos interrompidos ao fim de um ano ou dois no máximo e "sete não é de todo habitual".

O responsável parlamentar de 41 anos descreve que muitos deputados apenas desejam terminar a nona e mais longa legislatura da democracia da Ucrânia e seguir outros percursos profissionais, antecedendo a convocatória para uma décima, que será "a mais difícil" da sua história.

"As pessoas já nos odeiam e nós odiamo-nos a nós próprios", declara Kornienko, lembrando o desconforto de ir ao supermercado e enfrentar outros clientes que perguntam "o que estão ainda ali a fazer?" ou das suas filhas que crescem sem assistir a uma renovação política, que, segundo defende, já pedia outro tipo de representação, como os veteranos das forças armadas.

Mais do que a lei marcial, em vigor desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o vice-presidente da Verkhovna Rada assinala problemas técnicos e físicos que impedem a realização de uma votação em tempo de guerra.

Nesse sentido, questiona como é possível realizar eleições quando "caem mil [drones] shahed por noite" na Ucrânia, que tem cerca de 20% do seu território ocupado e que mobiliza centenas de milhares de militares nas zonas de combate, além de mais de cinco milhões de refugiados fora do país.

Kornienko acrescenta que a lei marcial prevê exceções aos direitos constitucionais, mas que "não são promovidas" pela Ucrânia, exemplificando com protestos constantes junto do parlamento de mães e familiares de prisioneiros de guerra e que não são dispersados, mesmo quando bloqueiam deputados, tal como as manifestações antigovernamentais em julho passado, quando Volodymyr Zelensky pretendia aprovar uma polémica reforma institucional na luta contra a corrupção.

"Eu fui um dos que acabou por votar a favor de uma boa decisão", recorda, a propósito da reversão da proposta presidencial, reconhecendo que a sua decisão foi reforçada pelos protestos daqueles "jovens brilhantes sem influências políticas" e que não foram reprimidos, do mesmo modo que destaca que a lei marcial não implicou a censura da comunicação social.

Dos 426 deputados em 2019, o responsável do parlamento refere que restam 395, dos quais três morreram entretanto, outros pertenciam a partidos pró-Kremlin ou tinham nacionalidade russa, havendo ainda um caso de um representante acusado de traição e que foi assassinado mais tarde em Moscovo, numa morte que vários media internacionais atribuíram aos serviços de informações de Kyiv.

Kornienko admite que já "é muito difícil motivar" uma parte dos deputados restantes a fazer mais do que as votações importantes em plenário, como o orçamento, a renovação da lei marcial a cada três meses, reformas militares no âmbito da cooperação com a NATO ou impostas pelo processo de adesão à União Europeia, apesar do bloqueio húngaro, mas que diz recolher 80% do apoio dos ucranianos.

Durante a sua visita a Lisboa, o vice-presidente da Verkhovna Rada viajou com deputados e autarcas sobretudo proveniente da região de Jitomir, na Ucrânia central, onde Portugal e Estónia apoiam projetos de reconstrução, salientando que alguns membros da delegação pertencem à oposição mas partilham "um consenso de responsabilidade".

Na essência, trata-se da recuperação de infraestruturas sociais, como escolas, hospitais, centros sociais, não só em resultado da destruição dos bombardeamentos russos, como da degradação de instalações da herança soviética, destacando um amplo projeto de abrigos antiaéreos nos estabelecimentos de ensino, "porque infelizmente precisam deles".

Na mesma linha, existem também iniciativas para dotar estas instalações civis com maior autonomia energética, "uma vez que há alertas e ataques aéreos a toda a hora".

"Só com a Unicef, equipámos mais de cem hospitais com painéis solares e armazéns, e faremos mais com os outros parceiros", observa, ao elogiar a cooperação com Portugal e Estónia em Jitomir e que prevê uma reforma educativa, tal como já tinha sido anunciado na primeira conferência sobre reconstrução da região, realizada no ano passado na cidade ucraniana.

A reconstrução da Ucrânia implica "muitos desafios" e não apenas provocados pela destruição, o que enquadra os atuais apoios em "caridade social" e não em investimento.

O político ucraniano assinala problemas colocados por "riscos de seguros de guerra", que está a merecer atenção das autoridades de Kyiv, mas que, mesmo para empresas internacionais experientes, "é algo novo" e sem paralelo em termos de escala com outros casos no passado, como o Iraque ou o Afeganistão.

Por outro lado, Kornienko lamenta que o seu país esteja a passar por falta de mão de obra, enquanto mantém uma "indústria agrícola brilhante, uma industria energética brilhante" e um PIB a crescer: "Não estamos a trabalhar mal em tempo de guerra".

Apesar do conflito, frisa que foi possível alcançar um grande acordo de investimento com os Estados Unidos, que pode ser útil na atração de novos investidores, embora reconheça que será mais fácil fazê-lo no oeste da Ucrânia e longe da linha de contacto com a invasão russa do que, por exemplo, na região de Kyiv, que é saturada por bombardeamentos persistentes.

"Temos de resolver a questão do seguro de risco e estamos a trabalhar nesse sentido com a Comissão Europeia e com os americanos", afirma, além de insistir na questão da falta de força de trabalho, em particular nas comunidades mais pequenas, e essa e uma das partes em que considera que o apoio português pode ser importante.

Kornienko elogia aliás a relação entre os dois países e o acolhimento de cerca de 40 mil ucranianos antes da guerra, a que somaram entretanto cerca de 60 mil refugiados, segundo dados da ONU, e o apoio constante a Kyiv desde o início da invasão russa: "Estamos sempre gratos a Portugal".

Hamas não se compromete com desarmamento e quer manter-se no terreno em Gaza... Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas. Mas o grupo revela não tencionar cumprir os pressupostos enunciados por Trump para um futuro de paz no território.

Por  SIC Notícias

O Hamas quer manter o controlo em Gaza no período de transição. Em entrevista à agência Reuters, o grupo não se compromete com o desarmamento.

“Esta é uma fase de transição. A nível civil, haverá uma administração tecnocrática. Mas o Hamas estará presente no terreno”, assegurou Mohammed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, na entrevista à Reuters,

Questionado se o Hamas vai entregar as armas, o membro político do Hamas responde que não pode dizer “sim” ou “não”.

“Sinceramente, depende da natureza do projeto”, declarou.

Mohammed Nazzal defendeu também que, “após a fase de transição”, “será necessário” realizar eleições na Faixa de Gaza.

Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, promovido pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e negociado com a mediação do Egito, do Qatar, da Turquia e da Arábia Saudita.

O acordo implica, numa fase inicial, a retirada das forças israelitas do território de Gaza, a entrada de ajuda humanitária na região e a troca dos reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. No futuro, o plano deveria passar pelo desarmamento do Hamas e pela entrega da governação da região a uma administração pós-guerra da qual o grupo estaria excluído.