terça-feira, 14 de outubro de 2025

Clãs de Gaza apoiam ações contra "rebeldes" após imagens de execuções... Os clãs e tribos de Gaza expressaram hoje o seu apoio às ações das "forças de segurança" para controlar os "grupos rebeldes" que atuam no território aproveitando a situação de guerra, após a publicação de vídeos que mostram execuções na cidade.

© JACK GUEZ/AFP via Getty Images    Lusa   14/10/2025 

Num comunicado divulgado pela agência Sanad, ligada ao Hamas, afirma-se que estes clãs e tribos palestinianos, reunidos hoje, apoiaram as ações destinadas a "dissuadir os agressores e pôr fim ao caos de forma rápida e decisiva". E afirmaram o seu repúdio à violência destes "grupos rebeldes" que, segundo dizem, se aproveitam da situação e agravam o sofrimento do povo da Faixa de Gaza.

Por isso, pediram às "fações islâmicas e nacionais que unam forças, unifiquem energias, criem um clima apropriado e aproveitem todos os recursos disponíveis para apoiar os planos das autoridades competentes para controlar a situação e pôr fim ao caos".

Além disso, indicaram que não protegerão aqueles que estiverem envolvidos em ameaçar a segurança da comunidade e a "paz civil" e pediram a todos os clãs e famílias que entreguem às autoridades os que assim o façam.

Segundo indicou Sanad Ismail Al Thawabta, diretor do gabinete de informação do Governo de Gaza, nas mãos do Hamas, mais de 70 membros desses grupos entregaram-se, juntamente com as suas armas, "como parte da iniciativa de amnistia geral".

E a Força Radea, parte da Polícia do Hamas no enclave, indicou num comunicado que continua com a sua campanha na Faixa de Gaza para garantir a segurança e na sua capital para "deter as pessoas implicadas em tiroteios, assassinatos de deslocados e ataques a civis".

Esta força assegura que leva à justiça todos os detidos e indica que "está decidida a impor a ordem, erradicar as gangues e milícias", e que "lidará com mão de ferro com qualquer pessoa que ameace a segurança interna".  

A reação das famílias de Gaza surge depois de terem circulado nas redes sociais vários vídeos, um deles publicado por um porta-voz do exército israelita, que mostram a execução de várias pessoas amarradas e com os olhos vendados, e colocadas em fila, por homens armados, na presença de dezenas de pessoas.

Estas execuções, que segundo fontes locais ocorreram na Cidade de Gaza, acontecem no início do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que levou à retirada das tropas israelitas de metade do território, e no contexto dos confrontos entre as forças policiais do Hamas e as milícias locais que acusam de colaborarem com Israel.


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A TV Hamas divulgou um vídeo em que mostra a execução de oito homens, que diz serem "colaboradores" de Israel, numa rua da Cidade de Gaza, após a retirada do exército israelita como previa o cessar-fogo.


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Os riscos das munições não detonadas em Gaza são enormes para os deslocados que regressam a casa durante a trégua entre Israel e o Hamas, alertou hoje uma organização não-governamental (ONG), que defende a entrada de equipamento de desminagem.

Segundo Manecas dos Santos, é intelectualmente desonesto, para não dizer uma afronta histórics, tentar estabelecer qualquer paralelismo entre Domingos Simões Pereira e Amílcar Cabral. As suas ações, a sua forma de pensar e de agir não apenas se distanciam, como se opõem frontalmente ao legado cabralista. E ainda há quem, num exercício grotesco de bajulação, tente qualificá-lo como “maior intelectual”. Isso não é apenas um erro de análise... é a consagração da mediocridade como virtude.

Sejamos claros: Domingos Simões Pereira representa o ponto mais baixo da trajetória do PAIGC. Nunca antes o partido conheceu liderança tão frágil em princípios, tão pobre em visão e tão rica em personalismo. É, sem margem para dúvidas, o pior produto político que o PAIGC já gerou... e o mais danoso para a sua própria história.

Abel Djassi Primeiro  14-10-2025

Porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça garante que a instância judicial nunca pretende prejudicar qualquer cidadão com legitimidade para concorrer às eleições no país.


 Abel Djassi Primeiro

Trump avisa Hamas para entregar armas ou será desarmado pela força... O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou hoje o grupo islamita Hamas que, se não se desarmar por sua iniciativa, será desarmado de "forma rápida e talvez violenta" na Faixa de Gaza.

© Lusa    14/10/2025 

"Se eles não se desarmarem, nós desarmamo-los", avisou o líder norte-americano em declarações aos jornalistas na Casa Branca, sem fornecer mais detalhes nem prazos, referindo-se apenas a um período "razoável".

Anteriormente, Donald Trump tinha instado o Hamas a devolver os corpos dos reféns mortos mantidos na Faixa de Gaza, uma medida que considera necessária para avançar para a próxima fase do seu plano para o território palestiniano.


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O Hamas vai entregar hoje entre quatro e seis corpos de reféns mantidos na Faixa de Gaza, segundo fontes do grupo islamita, quando o Exército israelita anunciou que a Cruz Vermelha já se dirigia para o enclave palestiniano.


Comunicado à Imprensa do Movimento

Fonte Fode Caramba Sanha

O Presidente da República, Sua Excelência General Umaro Sissoco Embaló, concedeu hoje, no Palácio da República, uma audiência ao Presidente do Partido Político Centro Democrático.


Durante o encontro, os dois interlocutores abordaram questões relevantes da vida política e social do país, num ambiente de cordialidade e diálogo construtivo.

Na ocasião, Empossa Iê manifestou ao Chefe de Estado a sua solidariedade e total apoio político à recandidatura de Sua Excelência Umaro Sissoco Embaló, nas eleições presidenciais previstas para o próximo dia 23 de novembro.

O encontro insere-se na agenda de consultas regulares do Chefe de Estado com diversos atores políticos nacionais, no quadro do seu permanente compromisso com o fortalecimento da democracia e da estabilidade institucional.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Política: STJ nega existência de candidatura de Domingos Simões Pereira suportada pelo PAIGC

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça
Bissau, 14 Out 23 (ANG) – O porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça(STJ) nega que  esta instituição tenha recebido  a candidatura de Domingos Simões Pereira suportada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC).

Mamadú Embaló que falava, hoje, em conferência de imprensa para esclarecer o impedimento da candidatura do Domingos Simões Pereira às eleições presidenciais e do PAIGC às legislativas de 23 de novembro do ano em curso, disse que, também não têm no arquivo do STJ a candidatura do PAIGC às eleições legislativas, mas sim, da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka).  

"Na candidatura apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça, Domingos Simões Pereira é suportada pela Coligação PAI- Terra Ranka, que não foi legalizada de igual forma com a outra Coligação API- Cabas Garandi”, salientou.

Embaló afirmou que foram negadas as suas legalizações no âmbito do artigo 128 da Lei Eleitoral, que diz que podem participar nas eleições desde que foram legalizadas.

Aquele responsável disse que a Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna) que integra a Coligação API-Cabas Garandi apresentou a sua candidatura às eleições legislativas isoladamente e o seu líder Baciro Djá, igualmente concorreu às presidenciais suportado pela Frepasna.

“Quando dissemos que não houve tempo para analisar o documento de convénio da API- Cabaz Garandi é porque passou o estabelecido pela lei e calendário eleitoral e foi aceite conforme a lista provisória fixada”, disse.

Mamadú Embaló disse que, no dia 23 de Setembro do ano em curso, o mandatário do cidadão Domingos Simões Pereira, deu entrada na Secretaria geral do Supremo Tribunal de Justiça, o requerimento da sua candidatura para as Eleições Presidenciais de 23 de Novembro, suportado pela Coligação "Plataforma Aliança Inclusiva(PAI-Terra Ranka) e o secretário-geral do STJ enviou-o para Presidente de STJ no dia 25 de setembro, último dia da entrega das candidaturas.

Disse que o mandatário dos partidos subscritores dessa coligação  depositou o requerimento para efeito da inscrição do referido convénio no dia 19 de setembro de 2025 e que no dia 23 do mesmo mês fora notificado da deliberação do plenário do Supremo Tribunal de Justiça que, com fundamento na impossibilidade objetiva da apreciação do seu requerimento, foi indeferiu o projeto do referido convénio politico de Coligação.

Disse que, no dia 25 de Setembro de 2025, último dia de entrega das candidaturas, o mandatário da coligação remeteu um  recurso para o Plenário do STJ, mas que não fora apreciado uma vez que a deliberação anterior, a de indeferimento, tem carácter definitivo, ou seja é  insuscetível de impugnação por via  recurso. 

ANG/MI/ÂC//SG

PAIGC REAGE COM INDIGNAÇÃO ÀS DECLARAÇÕES DE CARLOS PINTO PEREIRA

Por Marcelino Iambi   radiosolmansi.net

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reagiu com indignação às recentes declarações de Carlos Pinto Pereira, conhecido por Caía, sobre a situação interna do partido.

A reação foi tornada pública esta terça-feira, pelo porta-voz do PAIGC, Muniro Conté, durante uma conferência de imprensa realizada na sede nacional do partido, em Bissau.

Segundo Muniro Conté, Carlos Pinto Pereira “deve ter honestidade intelectual” ao abordar questões relacionadas com a candidatura da Plataforma Inclusiva PAI – Terra Ranka, sublinhando que o partido continua coeso e firme na sua estratégia política.

“Penso que Carlos Pinto Pereira deveria ter a honestidade intelectual de certas coisas porque era coordenador do coletivo dos advogados da candidatura da PAI Terra Ranka nas eleições de 2023”, realçou o porta-voz.

O porta-voz recordou ainda que o líder dos “libertadores”, Domingos Simões Pereira, abdicou temporariamente das suas funções em nome do bem-estar do país, refutando assim qualquer tentativa de descredibilizar a liderança do partido.

“Evidências mostram que Domingos Simões Pereira tem abdicando várias vezes das suas funções para o bem-estar do país”, acrescentou Muniro Conté.

Relativamente ao indeferimento da candidatura de Domingos Simões Pereira às eleições presidenciais de 23 de novembro, Muniro Conté apelou ao Supremo Tribunal de Justiça para reunir em plenário e esclarecer, de forma definitiva, a participação ou não do líder do PAI – Terra Ranka no pleito eleitoral.

“Para que o Supremo Tribunal de Justiça cumpre o que está na lei porque o que está acontecer neste momento é uma abnegação a justiça por isso, exigimos ao STJ para que reúna a plenária a fim de esclarecer a participação Domingos Simões Pereira nestas eleições”, exortou.

Recorde-se que o Supremo Tribunal de Justiça divulgou na segunda-feira a lista provisória dos 12 candidatos às eleições presidenciais, onde não consta o nome de Domingos Simões Pereira.

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONFIRMA “PAI - TERRA RANKA” E DOMINGOS SIMÕES PEREIRA FORA DAS ELEIÇÕES DE 23 DE NOVEMBRO E DIZ QUE A DECISÃO É DEFINITIVA E SEM POSSIBILIDADE DE RECURSO

Por: Ussumane Mané   radiosolmansi.net

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que a candidatura presidencial de Domingos Simões Pereira está fora da legalidade, por ter sido apresentada com base numa coligação rejeitada e sem sustentação jurídica. A decisão é definitiva e sem hipótese de recurso, segundo confirmou o porta-voz do tribunal, Mamadu Embaló.

Em conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, 14 de outubro, em Bissau, Embaló revelou que o requerimento para a inscrição da coligação Plataforma de Aliança Inclusiva – PAI Terra Ranka, entregue a 19 de setembro, foi indeferido pelo plenário do tribunal em 23 de setembro, com base naquilo que classificou como uma “impossibilidade objetiva de apreciação”.

A deliberação é definitiva, sem hipótese de recurso, mesmo tendo havido votos vencidos entre os conselheiros da Corte Suprema. O STJ esclarece que no mesmo dia em que a coligação foi rejeitada, o mandatário de Domingos Simões Pereira formalizou a sua candidatura presidencial, sustentada precisamente pela coligação “PAI Terra Ranka”, já não reconhecida legalmente.

De acordo com o tribunal, o PAIGC não concorreu de forma isolada às eleições legislativas de 23 de novembro, razão pela qual não tem legitimidade para apoiar a candidatura do seu líder às presidenciais. Assim, a candidatura de Domingos Simões Pereira encontra-se tecnicamente comprometida, uma vez que a coligação que o sustenta foi rejeitada, o PAIGC não apresentou candidatura própria às legislativas e a entrega da candidatura presidencial ocorreu sem base legal reconhecida.

Entrevista com cabeça de lista de Plataforma Republicana no Círculo Eleitoral-27, Lesmes Mutna Monteiro.

José Mário Vaz, candidato às eleições presidenciais de 23 de novembro, dirige está terça-feira (14.10) uma mensagem ao País e à Diáspora após à decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

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Por. Nautaran Marcos Có  radiosolmansi.net

O candidato as eleições presidenciais de 23 de Novembro, José Mário disse ter deixado a presidência da República em 2020 com consciência tranquila porque não matou, não torturou, não violou direitos, cumprindo com seu dever enquanto presidente da República.

José Mário Vaz que, voltou a usar a mesma camisa com a qual fez a campanha para as presidenciais de 2024, falava aos seus apoiantes, membros e militantes do partido Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB) que suporta a sua candidatura.

“ Saí de cabeça de erguida, com a consciência tranquila porque não matei, não roubei, não torturei, não violei direitos e cumpri com o meu dever enquanto presidente da República, lutando sempre pelos ideais da liberdade, soberania, igualdade e justiça. Conseguimos també combater e erradicar os sentimentos de ódio e vingança, perseguição, prisão arbitrária e ajustes de contas”, apontou.

Vaz afirmou ainda que, pela primeira vez na história, a Guiné-Bissau não teve um presidente acima de um cidadão, dispondo da vida e da liberdade dos seus compatriotas, acrescentando que as forças de defesa e segurança devem ser apartidárias.

“ Pela primeira vez na história da Guiné-Bissau, não tivemos um presidente acima dos cidadãos dispondo abitrariamente da vida, da liberdade e dos destinos dos seus compatriotas. Comigo, os guineenses conquistaram a liberdade individual e coletiva. O presidente da República deve ser o defensor do interesse nacional e da soberania, devendo colocar sempre acima de tudo, o interesse nacional, as leis da Reública e a dignidade dos guineenses”, diz apontando que “ as forças de defesa e segurança, devem ser apartidárias e peço-vos que este passe a ser doravante o timbre do comportamento e da postura das nossas forças armadas pela missão constitucional que é assegurar a tranquilidade dos guineenses”.

Por fim, prometeu, caso for eleito, junto com Juliano Fernandes como primeiro-ministro, devolver a liberdade de expressão e de imprensa e fazer voltar ao país, as delegações de RTP e RDP África expulsas pelo atual executivo no país. Prometeu igualmente libertar todos os prisoneiros políticos.

Supremo Tribunal de Justiça não deve condicionar as candidadturas

Namesma ocasião, o presidente do partido Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB) pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para não condicionar as candidadturas aos aspetos que não tem nada a ver com condições de elegibilidade.

Juliano Fernandes falava momento antes de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmar que a candidatura de Domingos Simões Pereira está fora da legalidade, por ter sido apresentada com base numa coligação rejeitada e sem sustentação jurídica.

Fernandes diz ainda que sem a participação de outros candidatos, eleições de 23 de Novembro não terão nenhuma graça.

“ O Supremo Tribunal de Justiça validou a candidatura do Jomav, falta validar outras candidaturas, seja a presidenciais ou legislalativas senão, não haverá nenhuma graça, nem piada. Então, é preciso de fato, não condicionar as candidaturas à aspetos que não têm nada a ver com condições de elegibilidade ou ilegibilidade da lei”, exortou.    

Por outro lado, apontou os tribunais como responsáveis em aplicar as leis quando estiver em causa as controversas entre as pessoas dentro de uma determinada sociedade.

De referir que ontem, Carlos Pinto Pereira acusou Domingos Simões Pereira de estar a defender só a sua pessoa por apresentar a sua candidatura ao cargo do presidente da República atraves do PAIGC e para as legislativas, atraves da coligação PAI-terra ranka, entretanto,indeferido pelo STJ.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu as Cartas Credenciais do novo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário dos Emirados Árabes Unidos junto do Estado da Guiné-Bissau, Abdalla Jasin Mohamed Alshamsi, indicado por Sua Alteza Sheikh Mohamed Bin Zayed Al Nahyan, Emir de Abu Dhabi.

Durante o encontro, o diplomata expressou a honra em representar o seu país e reiterou o compromisso de fortalecer as relações de amizade e cooperação entre os dois Estados, com especial enfoque nas áreas de negócios, agricultura, infraestruturas, energias renováveis e desenvolvimento humano.

Esta nomeação marca um momento histórico, pois é a primeira vez que um Embaixador dos Emirados Árabes Unidos fixa residência em Bissau, elevando as relações bilaterais a um novo patamar de proximidade e parceria.



 Presidência da República da Guiné-Bissau

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Troca de reféns e cimeira no Egito: Os avanços no cessar-fogo em Gaza... O presidente norte-americano, que possibilitou o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, considerou que "é o fim da era do terror e da morte e do início da era da fé e da esperança e de Deus". As negociações para a segunda fase já terão também começado.

Por noticiasaominuto.com 13/10/2025

Foram vinte e quatro horas de um dia preenchido para a comunidade internacional, nomeadamente para Israel e o Hamas, que terminaram a primeira fase no acordo de cessar-fogo, proposto por Trump.

A troca de reféns por prisioneiros

Durante a manhã desta segunda-feira, Israel devolveu quase 1.968 prisioneiros palestinianos à Faixa de Gaza. O grupo de quase dois mil chegou a Ramallah, na Cisjordânia, em diversos autocarros, que, ao chegarem, foram recebidos por uma multidão de centenas em êxtase, onde sorrisos e lágrimas marcaram o momento.

Ao outro lado da fronteira, regressaram vinte reféns do Hamas (os últimos vivos em cativeiro) às mãos israelitas. O cenário a qe chegaram não foi muito diferente do que acontecia em Ramuallah, com famílias a reunirem-se com abraços apertados após dois anos de separação.

Veja aqui as imagens.

Como parte do acordo, foram ainda entregues a Israel quatro corpos de reféns que morreram durante o cativeiro. Inicialmente, estavam previstos ser entregues 28, contudo, o Hamas alega não ter a certeza de onde estarão os restantes.

A situação levou o ministro da Defesa de Israel a fazer uma publicação no X, onde acusava o Hamas de estar (já) a violar o acordo se atrasasse a entrega dos corpos.

"O anúncio do Hamas sobre o retorno esperado de quatro corpos hoje constitui um incumprimento dos seus compromissos", afirmou, dizendo que "qualquer atraso ou evasão deliberada será considerado uma violação flagrante do acordo e será tratado como tal".

Trump faz visita relâmpago a Israel: "Amanhecer histórico de um novo Médio Oriente"

Enquanto isso, no espectro político, o presidente dos Estados Unidos - cujo plano de 20 pontos foi o que possibilitou o cessar-fogo - dirigiu-se a Israel, logo pela manhã de segunda-feira, para falar perante o Knesset (parlamento israelita).

Donald Trump sublinhou que a guerra tinha terminado, escrevendo mesmo no livro de visitas do Knesset: "É uma grande honra para mim - um dia grandioso e lindo. Um novo começo".

No discurso, o presidente norte-americano começou por descrever a "grande honra" que é estar "num belo lugar", salientando que este "é o fim da era do terror e da morte e do início da era da fé e da esperança e de Deus".

"É o início do grande acordo e da harmonia duradoura para Israel e para todas as nações do que em breve serão uma região verdadeiramente magnífica. Acredito nisto, profundamente. Este é o amanhecer histórico de um novo Médio Oriente."

Num dos seus momentos de menor discrição, Trump deixou ainda escapar: "O Bibi [alcunha que dá a Netanyahu] ligava-me tantas vezes" a pedir armas, "tantas que Israel tornou-se forte e poderoso... e foi isso que abriu caminho à paz".

Momentos antes, o primeiro-ministro israelita tinha feito o seu próprio discurso, onde tinha deixado um agradecimento profundo a Donald Trump, "o melhor amigo que  Israel alguma vez teve na Casa Branca".

Trump ruma ao Egito onde assina acordo de paz

Terminada a visita relâmpago a Israel, Trump seguiu para o Egito, onde copresidiu uma cimeira sobre Gaza na cidade de Sharm El-Sheikh. Lá, mais de duas dezenas de líderes mundiais o esperavam.

Tiradas as fotografias, e terminados os cumprimentos diplomáticos, os governantes e representantes da comunidade internacional rumaram à sala de conferências onde, por fim, o acordo de cessar-fogo foi assinado: primeiro, pelo homem que o delineou, Donald Trump.

Durante o momento realçou: "Isto demorou três mil anos".

"Conseguimos o que todos diziam ser impossível. Finalmente há paz no Médio Oriente", declarou num discurso após assinar o documento.

"É o dia pelo qual as pessoas em toda a região e em todo o mundo têm trabalhado, lutado, esperado e rezado. É bonito ver um novo e belo dia a nascer. E agora começa a reconstrução", afirmou.

Donald Trump assina acordo de paz no Egito  © REUTERS/Suzanne Plunkett/Pool

Negociações para a segunda fase do acordo já começaram

Durante a visita, o presidente norte-americano anunciou também que as negociações para a segunda fase do acordo já tiveram início.

"Começou. Quer dizer, começou, no que diz respeito à fase dois. E, como sabem, as fases estão de certa forma interligadas", afirmou.

Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros.

A segunda fase vai abordar a reconstrução do enclave, bem como o desarmamento do Hamas e a governação da Faixa de Gaza. O grupo palestiniano já disse não ter interesse em permanecer no governo do enclave, mas há relatos díspares quanto à sua disponibilidade para entregar as armas.

Já a reconstrução do enclave vai estar em debate numa cimeira, em breve, também no Egito, conforme foi anunciado pelo presidente do país durante o encontro.

Enquanto isso, o governo britânico anunciou ter já iniciado uma conferência sobre este tema, de três dias, em Inglaterra, e que conta com a presença de representantes da Arábia Saudita, da Autoridade Palestiniana e de doadores internacionais.

Foto de família na cimeira em Sharm El-Sheikh   © REUTERS/Suzanne Plunkett/Pool


Leia Também:  Hamas executa alegados colaboradores de Israel e faz detenções em Gaza Pelo menos sete alegados 

colaboradores com Israel foram hoje executados pelo grupo islamita palestiniano Hamas na Cidade de Gaza e outros suspeitos e membros de fações rivais foram presos no território.

Leia Também: Egito considera plano de Trump "última oportunidade" para paz na região

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, frisou hoje numa cimeira de lideres mundiais que o plano do líder norte-americano, Donald Trump, para o Médio Oriente, representa a "última oportunidade" para a paz na região

Lista provisória: SUPREMO TRIBUNAL ADMITE DOZE CANDIDATURAS ÀS PRESIDENCIAIS, CINCO PARTIDOS E UMA COLIGAÇÃO PARA AS LEGISLATIVAS

Por:  O Democrata GB   13/10/2025  

Doze candidatos às eleições presidenciais foram admitidos provisoriamente, bem como cinco partidos políticos e uma coligação eleitoral, igualmente aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para as eleições legislativas, que se realizam em simultâneo no dia 23 de novembro do ano em curso. 

No total, foram apresentadas 15 candidaturas para as eleições presidenciais naquela instância judicial que atua como Tribunal Constitucional na Guiné-Bissau. Deste número, 12 foram admitidas provisoriamente, duas foram rejeitadas, designadamente Sadna Manghona, do Partido de Libertação Social (PLS), e Mamadu Embaló, candidato independente, além da desistência do líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam. 

As candidaturas aprovadas provisoriamente, figuram: 

  • O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, apoiado pela Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné”; 
  • Mamadu Iaia Djaló, da Aliança para a República (APR); 
  • Honório Augusto Lopes, da Frente da Luta pela Independência da Guiné (FLING); 
  • João Bernardo Vieira, apoiado pelo Partido Africano para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné (PALDG); 
  • João de Deus Mendes, Partidos dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (PT); 
  • Fernando Dias da Costa, candidato independente; 
  • Mário da Silva Júnior, da Organização Cívica da Democracia – Esperança Renovada (OCD-ER); 
  • Herculano Armando Bequinsa, do Partido de Renovação Democrático (PRD) 
  • Siga Batista, candidato independente.

A candidatura de Domingos Simões Pereira não foi aprovada. Aliás, elementos ligados ao gabinete de Comunicação do PAIGC informaram ao Democrata, que o líder do partido libertador e da Coligação PAI-Terra Ranka, não recebeu notificação da parte do Supremo Tribunal de Justiça, sobre a aprovação da sua candidatura.

O político disse numa comunicação feita em direto na sua página oficial do (Facebook) no sábado, que “não há base legal” para excluir a sua candidatura presidencial nem a da aliança PAI-Terra Ranka para as eleições legislativas de 23 de novembro.

Pereira disse que aguarda até terça-feira (amanhã), 14 de outubro, o pronunciamento do STJ sobre a sua candidatura e a da coligação que dirige.

CINCO PARTIDOS E UMA COLIGAÇÃO ELEITORAL APROVADOS PARA LEGISLATIVAS

Para as eleições legislativas, a plenária do STJ fixou uma lista de 16 partidos políticos e uma coligação eleitoral, tendo admitido cinco que reuniram condições para disputar as legislativas, além de mais uma coligação eleitoral, designadamente: 

  1. Frente da Luta pela Independência da Guiné (FLING), 
  2. Frente de Salvação Nacional (FREPASNA), 
  3. Partido para Solução (PS), 
  4. Partido dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (PT), 
  5. Movimento de Unidade Nacional para o Desenvolvimento da Guiné-Bissau (MUNDO-GB) 
  6. Plataforma Republicana – “Nô Kumpu Guiné”.

O Supremo Tribunal rejeitou a lista completa de cinco partidos que, segundo as informações apuradas, não reuniram as condições exigidas para participar no escrutínio, entre os quais a 

  1. COLIDE-GB,  
  2. Aliança Para a República (APR), 
  3. Organização Cívica da Democracia – Esperança Renovada (OCD-ER), 
  4. MSD, liderado por Joana Cobde Nhanque, 
  5. Partido de Renovação Democrático (PRD).

O Democrata apurou junto de um dirigente da COLIDE-GB que o partido apresentou um requerimento junto do STJ, dado que aquela instância judicial solicitou à COLIDE-GB a comprovação de alguns documentos, embora não tenha especificado quais documentos a justiça requer para a comprovação por parte dos candidatos ao cargo de deputados. 

O STJ pediu a quatro partidos que corrigissem algumas irregularidades registadas nas suas listas, nomeadamente: o Partido Unido Social Democrático (PUSD), o Partido Lanta Cedu (PLC), o Partido Social dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (PST-GB), o Partido Africano para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné (PALDG), o Partido do  Povo (PDP) e Partido de Libertadores Social (PLS).

Carlos Pinto Pereira, dirigente integrante do governo liderado pelo Braima Camará, fala em conferência de imprensa, sobre situação interna do PAIGC.

Primeiro-Ministro Braima Camará manteve, nesta segunda-feira, uma audiência com a Presidente da Câmara Consular Regional da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA), Helena Nosoline Embaló.

"Qualquer atraso será considerado uma violação flagrante do acordo"... O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, acusou hoje o Hamas de violar o acordo de paz ao anunciar a devolução de apenas quatro dos 28 corpos de reféns israelitas que permanecem na sua posse.

© Lusa   13/10/2025

"O anúncio do [movimento islamita] Hamas da esperada devolução de quatro corpos hoje é uma violação dos seus compromissos", escreveu Katz na rede social X. 

"Qualquer atraso ou omissão intencional será considerado uma violação flagrante do acordo e será punido em conformidade", avisou.

Katz sublinhou que "a tarefa urgente é garantir o regresso a casa de todos os reféns mortos", fazendo eco das críticas das famílias, que classificaram a entrega parcial como uma "violação flagrante" do pacto mediado pelos Estados Unidos e pelo Egito.

As Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, confirmaram já as identidades dos quatro corpos que serão entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), responsável pela operação no sul da Faixa de Gaza.

O grupo palestiniano indicou, em comunicado, que os corpos pertencem a Guy Illouz, Yossi Sharabi, Bipin Joshi e Daniel Perez, este último um comandante do exército israelita morto a 07 de outubro de 2023.

A devolução dos corpos insere-se na primeira fase do acordo de paz entre Israel e o Hamas, que prevê a libertação de reféns, o cessar-fogo e a retirada progressiva das tropas israelitas da Faixa de Gaza.


A troca de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos em imagens... Até agora, o Hamas libertou os últimos 20 reféns vivos e Israel libertou cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos como parte de um acordo de cessar-fogo. Veja as imagens.

Por LUSA 

O Hamas libertou os últimos 20 reféns vivos e Israel libertou quase 2.000 prisioneiros palestinianos, na manhã desta segunda-feira, como parte de um acordo de cessar-fogo, negociado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aterrou hoje em Israel, a proclamar o "fim" da guerra.

A troca de reféns e prisioneiros

A começar de madrugada, no total 20 reféns foram libertados e devolvidos a Israel pelo Hamas, sendo pouco depois soltos 1.968 palestinianos por Israel, que podem ser vistos, nas imagens, a chegar à cidade de Ramallah, na Cisjordânia, de autocarro.

O Hamas começou por entregar sete reféns isrealitas, entregando depois mais 13 reféns israelitas à Cruz Vermelha Internacional, que os conduziu até efetivos militares israelitas, em Gaza, num total de 20 homens entre os 20 e os 48 anos.

Ainda em posse do Hamas estão os corpos dos restantes 28 reféns mortos, que também deverão ser entregues como parte do acordo.

Há três luso-israelitas entre os 20 libertados e outros três que são presumidos mortos.

Cenas emocionantes decorreram na base militar de Re'im, no sul de Israel, onde os reféns libertados se reuniram com as famílias mais próximas, pela primeira vez em dois anos, tendo depois seguido para fazer exames médicos iniciais - posteriormente, serão transferidos para hospitais para exames mais completos.

Na Cisjordânia ocupada por Israel, multidões de palestinianos reuniram-se em Ramallah, onde imagens mostram prisioneiros palestinianos a descer dos autocarros que os trouxeram da Prisão de Ofer, em Israel. Alguns dos homens usavam keffiyehs e faziam sinais de vitória ao serem recebidos pela multidão.

Pode ver várias imagens da troca de ambos os lados na galeria .👈

Cimeira de Paz

O acordo de cessar-fogo aliviou as famílias dos reféns e prisioneiros, tendo também aumentado a esperança de encerrar uma guerra de dois anos que devastou Gaza. Mas não encerrou formalmente as hostilidades. Muitas questões ainda permanecem sobre o que acontecerá em Gaza.

Algumas dessas questões deveriam ser abordadas numa cimeira de Paz, ainda hoje, no Egito, que contaria com a presença de Trump e de outros líderes mundiais. Se por um lado, o governo egípcio informou que Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, ia participar, já o gabinete de Netanyahu anunciou a sua ausência invocando como justificação um feriado religioso judaico.

Recorde-se que Israel declarou a 7 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis. Até agora, o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita já ultrapassou os 40 mil, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Ucrânia/Rússia: Zelensky reivindica avanços do Exército ucraniano e pede defesa aérea... O presidente da Ucrânia reivindicou hoje avanços alcançados pelo Exército ucraniano nas zonas da frente em que as tropas de Kyiv conseguiram recuperar a iniciativa e realizar contra-ataques e pediu mais apoio para defesa aérea.

© Lusa  13/10/2025 

"Os nossos resultados são possíveis porque já não temos o grande défice em armamento convencional que tínhamos antes", afirmou Volodymyr Zelensky, num discurso por videoconferência perante a Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), reunida na Eslovénia. 

Sem adiantar pormenores, Zelensky acrescentou que a Ucrânia está a aumentar a produção de armamento para suprir as carências que ainda persistem nas suas Forças Armadas.

No fim de semana, Zelensky afirmou que o Exército ucraniano conseguiu avançar três quilómetros nas proximidades da localidade de Orikhiv, na frente de Zaporijia. 

Anteriormente, o chefe do Exército ucraniano tinha informado da recuperação, nas últimas semanas, de cerca de 180 quilómetros quadrados pelas tropas ucranianas no sector de Dobropilia, na região de Donetsk.

Zelensky apelou ainda aos deputados dos países aliados presentes na reunião da Assembleia Parlamentar da NATO que trabalhem para convencer os respetivos governos a manter o apoio à Ucrânia com a maior rapidez possível, de forma a que Kyiv possa enfrentar a atual campanha de bombardeamentos russos contra o sistema energético ucraniano.

 Nesse sentido, aproveitou para agradecer aos países que já disponibilizaram fundos para que a Ucrânia possa adquirir aos Estados Unidos mísseis antiaéreos 'Patriot' e outros tipos de armamento que a administração do Presidente Donald Trump está disposta a transferir para Kyiv, desde que os países europeus assumam os custos.

O Presidente ucraniano sublinhou a importância de os fundos prometidos para a compra de mais armamento aos Estados Unidos, e ainda não entregues por alguns países, chegarem com urgência. 

Zelensky apelou também a mais governos para que se juntem à iniciativa de aquisição de material militar a empresas norte-americanas.

"Os sistemas 'Patriot', 'NASAMS', 'SAMP/T' e outros são absolutamente vitais", afirmou Zelensky, referindo-se a estas tecnologias de defesa antiaérea que Kyiv necessita para intercetar os mísseis russos que destroem centrais elétricas e infraestruturas de gás.


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Presidente do Líbano defende negociações com Israel... O presidente libanês, Joseph Aoun, defendeu hoje que é "preciso negociar com Israel" para resolver os problemas entre aqueles países, agora que há um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

© Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images    Lusa   13/10/2025

"O Estado do Líbano já negociou com Israel sob patrocínio dos Estados Unidos da América (EUA) e das Nações Unidas (ONU), o que resultou na demarcação da fronteira marítima (...) O que impede que isso aconteça novamente para se resolverem as questões pendentes?", questionou, reforçando que é "preciso negociar". 

O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e o seu homólogo da Autoridade Nacional Palestinina (ANP), Mahmoud Abbas, vão ser recebidos pelo congénere egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, numa cimeira formal pela paz naquela região do Mundo, na estância balnear Sharm el-Sheikh.

No encontro, que se seguirá à visita de Trump a Israel, vão estar representantes mais de 20 outros países, incluindo o antigo primeiro-ministro português e presidente do Conselho Europeu, António Costa.

A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos foi acordada na semana passada durante as negociações que decorreram no Egito para mediar o conflito entre os hebraicos e o movimento islamista palestiniano Hamas, autor do atentado de 07 de outubro de 2023.

Israel deverá libertar mais de 1.900 prisioneiros palestinianos como parte do plano gizado por Trump para promover a Paz.

Os 20 reféns, todos homens, reuniram-se com os familiares e vão ser depois ser submetidos a exames médicos.

O ataque causou a morte de 1.219 pessoas, na sua maioria civis, incluindo mulheres e crianças, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP, baseada em dados oficiais.

Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, causou mais de 67 mil mortes, também na sua maioria civis, e causou um desastre humanitário, incluindo a morte à fome de muitas crianças.


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Dr. José Paulo Semedo

 

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