quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Exército israelita "já controla entradas da Cidade de Gaza"... O Exército israelita indicou hoje que "já controla as entradas da Cidade de Gaza", numa conferência de imprensa sobre as operações preliminares da ocupação da principal cidade do enclave palestiniano.

Por LUSA 

"Iniciámos as operações preliminares nas primeiras fases da ofensiva na Cidade de Gaza", afirmou o porta-voz das forças israelitas.

Effie Defrin observou que a invasão da capital da Faixa de Gaza marca o início da "Fase 2" da operação em curso desde que Israel rompeu em 18 de março o cessar-fogo que vigorava com o grupo islamita palestiniano Hamas.

O porta-voz explicou que duas das suas unidades já estão a cercar a Cidade de Gaza.

A 99.ª Brigada de Infantaria está estacionada no bairro de Zeitun, a sul da cidadã e equipas de combate da 162.ª Divisão Blindada aguardam na cidade de Jabalia, no norte do território.

"Forças adicionais juntar-se-ão aos combates num futuro próximo", indicou.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou hoje a redução do período de preparação antes da invasão das tropas na Cidade de Gaza.

"Tendo em vista da aprovação dos planos para a operação na Cidade de Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a redução do prazo para a tomada dos últimos bastiões terroristas e a derrota do Hamas", segundo o gabinete do chefe do Governo.

O breve texto, que poderá ser uma manobra de pressão tanto sobre o Hamas como sobre a população palestiniana forçada a deslocar-se, não aponta nenhuma data.

Foi hoje também anunciado que mais de 60 mil reservistas receberão ordens para se apresentarem nas próximas duas semanas, enquanto outros 70 mil deverão prolongar o serviço atual por mais 30 ou 40 dias.

Há quase duas semanas, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o plano de ocupação da Cidade de Gaza, a expansão das operações militares a campos de refugiados na costa central do território, gerando uma vaga de críticas internacionais e dentro do país.

O próprio comandante das forças armadas colocou objeções a este plano, receando que coloque em perigo os 20 reféns vivos que se calcula estarem ainda em posse das milícias palestinianas.

O plano também prevê a retirada de toda a população da Cidade de Gaza, estimada em cerca de um milhão de pessoas, muitas das quais deslocadas de outras regiões do território.

As famílias dos reféns têm-se manifestando desde então para exigir um acordo integral com o Hamas que ponha fim à guerra e devolva todos os reféns, incluindo os 30 que se presumem mortos.

Israel ainda não se pronunciou sobre a última proposta de cessar-fogo, que o Hamas aprovou há dois dias, promovida pela mediação do Egito e do Qatar.

A Faixa de Gaza, totalmente dependente de ajuda humanitária, está ameaçada por uma "fome generalizada", segundo a ONU, que pediu a entrada de apoio urgente face a uma "catástrofe inimaginável".

O conflito no enclave foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

ONU critica novas sanções dos EUA contra membros do TPI ... A ONU criticou hoje as novas sanções impostas pelo Governo norte-americano a quatro membros do Tribunal Penal Internacional (TPI) por ordenarem e conduzirem investigações sobre crimes de guerra em Gaza e no Afeganistão, entre outros casos.

Por  LUSA 

"Esta decisão representa um sério impedimento ao funcionamento do Gabinete do Procurador [do TPI] em relação a todos os casos atualmente perante o Tribunal", disse Stéphane Dujarric, porta-voz da secretaria-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que também enfatizou que "a independência judicial é um princípio básico que deve ser respeitado".

Dujarric deixou ainda claro que o Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma instituição separada da estrutura da ONU e, consequentemente, o secretário-geral, António Guterres, "não tem autoridade nem controlo sobre ela".

Contudo, isso não impede que a ONU considere o TPI "um pilar fundamental da justiça penal internacional", e é por isso que a decisão da administração norte-americana liderada pelo Presidente Donald Trump é "preocupante", acrescentou Dujarric.

Com estas novas sanções contra os quatro membros do TPI, anunciadas pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, o Governo de Trump adiciona uma nova rodada de sanções após as já emitidas em junho contra quatro juízes da instituição judicial internacional e em fevereiro contra o procurador-geral, o britânico Karim Khan.

Washington sanciona membros do TPI envolvidos em processos contra EUA e Israel

Washington sanciona membros do TPI envolvidos em processos contra EUA e Israel

Washington anunciou hoje novas sanções contra dois juízes e dois procuradores do Tribunal Penal Internacional (TPI) envolvidos em processos contra Israel e os Estados Unidos. 

Lusa | 17:34 - 20/08/2025

Desta vez, Rubio anunciou medidas sancionatórias contra Kimberly Prost, do Canadá; Nicolas Guillou de França; Nazhat Shameem Khan das Fiji; e Mame Mandiaye Niang do Senegal.

"Estes indivíduos são cidadãos estrangeiros que participaram diretamente nos esforços do Tribunal Penal Internacional para investigar, prender, deter ou processar cidadãos dos Estados Unidos ou de Israel, sem o consentimento de nenhuma das nações", explicou o líder da diplomacia dos Estados Unidos em comunicado.

As sanções incluem o congelamento de ativos mantidos pelos envolvidos nos Estados Unidos e a proibição de transações, incluindo a transferência ou recebimento de fundos, entre os identificados e cidadãos norte-americanos.

"Os Estados Unidos - que não reconhecem a jurisdição do TPI - têm sido claros e firmes na sua oposição à politização, ao abuso de poder, ao desrespeito à nossa soberania nacional e à interferência judicial ilegítima do TPI. O Tribunal representa uma ameaça à segurança nacional e tem sido um instrumento de guerra jurídica contra os Estados Unidos e o nosso aliado próximo, Israel", acrescentou Rubio.

✅️🤝Adja Satu Camará Pinto, Coordenadora do MADEM-G15, orientou a primeira reunião da Comissão de Reconciliação Interna do MADEM-G15, liderada por Tomas Gomes Barbosa.

Rússia introduz aulas de manuseamento de drones nas escolas... O programa das autoridades russas abrange mais de 500 escolas e 30 centros de formação profissional.

Por  LUSA 20/08/2025

O Governo russo começou a dar aulas sobre o manuseamento de 'drones' em escolas e centros de formação, segundo os serviços secretos britânicos, que ligam estas práticas à ofensiva militar na vizinha Ucrânia.

O programa das autoridades russas abrange mais de 500 escolas e 30 centros de formação profissional.

Mais de 2.500 professores receberam formação específica, embora o ministro da Educação russo, Valery Falkov, tenha anunciado em maio de 2024 a intenção do Governo de aumentar o número de especialistas nesta área para um milhão até 2030, indica um relatório divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.

Para Londres, a introdução do ensino com 'drones' (aeronaves não tripuladas) nas salas de aula é uma demonstração da constante militarização empreendida no sistema educacional russo, uma tendência que se tornou particularmente visível desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Presidente russo, Vladimir Putin, também anunciou em junho passado a futura criação de um ramo específico das Forças Armadas em 'drones', com vista a melhorar essas capacidades também a longo prazo, de acordo com os serviços secretos britânicos.

Declarações à imprensa do CEMGFA e PM após a visita



🇬🇼🗣️ Eduardo Jorge da Costa Sanca, membro do Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, em conferência de imprensa.

Estado-Maior recebe a visita do PM : O Primeiro-Ministro Braima Camará, começa visita esta quarta-feira (20.08),o Estado Maior General das Forças Armadas. Para constatar avanços das obras em curso nas diferentes instalações militares aqui em Bissau

 
@Radio Voz Do Povo

Trump 'veste' pele de DJ e faz ecoar música pela Casa Branca. Ora veja... O presidente dos Estados Unidos, que está a fazer algunas remodelações estéticas na Casa Branca, decidiu testar as novas colunas do Jardim das Rosas na Casa Branca. Os jornalistas foram chamados para captar o momento.

© Reprodução X/ Daniel Baldwin   Por noticiasaominuto.com  20/08/2025 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizou mais um momento caricato nos jardins da Casa Branca, em Washington.

Desta vez, Trump decidiu testar as novas colunas colocadas no renovado Jardim das Rosas (Rose Garden, em inglês), tendo posto a tocar algumas das suas músicas favoritas.

Pela Casa Branca ecoaram músicas como 'God Bless USA' de Lee Greenwood, 'Nessum dorma' de Pavarotti, 'Are You Lonesome Tonight', de Elvis Presley ou 'You Are So Beautifull'.

O momento - que pode ver acima - foi registado pelos jornalistas, que foram levados pela porta-voz Karoline Leavitt para testemunhar. 

Donald Trump saiu da Sala Oval enquanto gesticulava ao som da música que tocava e apontava para o jardim renovado.

"O presidente queria que todos soubessem que ele está a testar as colunas para aquele que será o melhor evento da Casa Branca", disse Leavitt, citada pelo Daily Mail. Referiu também que Trump estava a controlar o som através de um iPad.

O tablóide britânico salientou ainda que Karoline Leavitt deu a entender que a primeira festa no renovado Rose Garden seria para a imprensa. "Trump disse: Talvez façamos isso". 

A porta-voz da Casa Branca disse que Donald Trump iria de férias no final do mês de agosto para Bedminster, mas que optou por cancelar esses planos, uma vez que está focado em terminar com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. 

"Ele é um homem com uma missão. Quer mexer-se e fazer as coisas rapidamente", destacou.

Renovações da Casa Branca? Donald Trump doou salário

"Orgulho-me de ser o único Presidente (com a possível exceção do grande George Washington) a doar o meu salário. O meu primeiro salário foi para a Associação Histórica da Casa Branca, que está a proceder a renovações muito necessárias na bela 'Casa do Povo'", escreveu Trump na sua rede social Truth Social.

O republicano insistiu que estão a ser efetuadas "grandes melhorias e embelezamentos" na Casa Branca, "a um nível nunca antes visto desde a sua criação".

Note-se que o presidente redecorou a Sala Oval, acrescentando múltiplos adornos dourados e duplicando o número de quadros, e ordenou a pavimentação do Jardim das Rosas e a instalação de dois mastros para hastear a bandeira dos Estados Unidos.

Recentemente, anunciou também a construção de um salão de baile na residência executiva, com cerca de 8.000 metros quadrados de área útil e um custo estimado em 200 milhões de dólares (cerca de 172 milhões de euros, ao câmbio atual).

"Não há alternativa ao multilateralismo", defende União Africana... O presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, defendeu hoje numa conferência no Japão que "não há alternativa ao multilateralismo" e lamentou a "persistente dificuldade" que os países africanos têm no acesso aos mercados financeiros internacionais.

© Lusa   20/08/2025 

"Vivemos num mundo de absoluta interdependência entre as nações e, por isso mesmo, não há alternativa ao multilateralismo em cujo contexto se devem discutir os grandes problemas globais", defendeu o Presidente de Angola no discurso feito em nome da União Africana na 9.ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD), que decorre esta semana em Yokohama, no Japão.

No discurso, João Lourenço lamentou o "ressurgimento do protecionismo e das tensões geopolíticas, situação que põe claramente em risco a ordem mundial baseada no direito internacional e nas normas universais que regem as relações entre os Estados" e elogiou a postura do Japão, "parceiro incontornável" dos países africanos.

O Japão, disse, tem uma "atitude diferente na relação financeira com África", um continente que "continua a deparar-se com barreiras persistentes e um acesso limitado e sinuoso ao financiamento internacional, situação que se agrava com as notações de crédito que nos colocam vários desafios, uma vez que muitos países africanos são considerados mutuários de alto risco, dificilmente elegíveis ao capital de baixo custo, que é absolutamente essencial para o investimento em infraestruturas, a eletrificação, a industrialização e o avanço tecnológico".

Na intervenção, João Lourenço defendeu ainda que "é fundamental que ao nível das instituições internacionais de crédito, das de apoio ao desenvolvimento, bem como os países credores, se consiga conceber fórmulas que facilitem o financiamento necessário à concretização da agenda de desenvolvimento de África, de que derivará a sua contribuição para o fortalecimento e uma maior resiliência da economia global".

A TICAD decorre até sexta-feira em Yokohama, no Japão, com o tema 'Fortalecimento das parcerias para o desenvolvimento sustentável do continente africano', tendo entre os participantes o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.


Suíça? Áustria? Tudo aponta que encontro Putin-Zelensky será na Europa... A possibilidade de o encontro entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin se realizar na Europa tem ganhado cada vez mais força. A Suíça e a Áustria até já se manifestaram disponíveis para receber o presidente russo, apesar do mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional.

© MANDEL NGAN,ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images    Notícias ao Minuto com Lusa   20/08/2025 

O encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente russo, Vladimir Putin, ainda não tem data marcada, mas já faz correr tinta sobre as suspeitas da sua localização. A possibilidade de ser na Europa tem ganhado cada vez mais força, sobretudo para os líderes europeus.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, foi o primeiro a avançar que a uma "reunião tripartida" poderia ocorrer na Europa, um dia após o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, e ainda antes da reunião com os líderes europeus, em Washington.

"A data e o local ainda serão determinados (...). Propusemos que tal pudesse ser na Europa", disse Merz, numa entrevista às emissoras alemãs NTV e RTL, transmitida no sábado passado.

Já na segunda-feira, após as reuniões entre Zelensky, Trump e os líderes europeus, em Washington, começou a discutir-se uma reunião apenas entre os presidentes russo e ucraniano, em dia e data ainda a anunciar.

O presidente francês, Emmanuel Macron, avançou, na terça-feira, que o encontro entre Putin e Zelensky deverá realizar-se na Europa e defendeu a sua realização em Genebra, na Suíça.

"Mais do que uma hipótese, é mesmo a vontade coletiva", declarou Macron numa entrevista transmitida pela LCI. "Será um país neutro e, por isso, talvez a Suíça. Defendo Genebra, ou outro país. A última vez que houve discussões bilaterais foi em Istambul".

A própria Suíça mostrou disponibilidade para oferecer imunidade ao presidente russo, Vladimir Putin, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI), sob a condição de comparecer no país para uma conferência de paz.

Além da Suíça, também o governo austríaco admitiu estar aberto a receber uma reunião Putin e Zelensky, apesar do mandado do TPI.

"Se as negociações se realizarem em Viena, entraremos em contacto com o TPI, em virtude dos nossos acordos de sede de organizações internacionais em Viena para permitir a participação do Presidente Putin", indicou numa nota o gabinete do chanceler austríaco, o conservador Christian Stocker.

As declarações de Berna e Viena surgiram um dia depois de uma reunião em Washington entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, francês, Emmanuel Macron, finlandês, Alexander Stubb, e os chefes dos Governos britânico, Keir Starmer, e alemão, Friedrich Merz.

Estiveram ainda presentes na capital federal norte-americana a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Outra cidade em cima da mesa poderá ser Budapeste, na Hungria, com a imprensa local a levantar esta possibilidade citando "fontes oficiais norte-americanas".

A hipótese de Budapeste também foi mencionada pelo site norte-americano Politico que noticiou que a Casa Branca está a planear uma reunião trilateral na capital húngara, citando um funcionário próximo da administração Trump que falou sob a condição de anonimato.

Putin propôs a Trump reunir com Zelensky na Rússia. Ucraniano disse "não"

Também na terça-feira, fontes citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP) revelaram que Putin propôs-se organizar um encontro bilateral com o homólogo ucraniano em Moscovo. 

As fontes indicaram que "Putin mencionou Moscovo" durante um telefonema com Donald Trump, na segunda-feira, e o presidente ucraniano, que na altura se encontrava na Casa Branca com dirigentes europeus, "respondeu 'não'".

A possibilidade de um encontro entre Putin e Zelensky começou a ser discutida após a Cimeira do Alasca, na passada sexta-feira, onde Trump e Putin discutiram sobre a guerra na Ucrânia, com a possibilidade de um cessar-fogo como a principal questão em debate, mas não foram alcançados quaisquer resultados.

A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.

Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.


China vai revelar série de novas armas (em importante desfile militar)... A China vai revelar dentro de duas semanas uma série de novos armamentos que destacam o seu poder militar durante um grande desfile em Pequim, anunciou hoje um responsável militar.

© Reuters   Lusa  20/08/2025

O evento de 03 de setembro, que está a ser preparado há largas semanas, irá comemorar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória sobre o Japão, que durante a guerra conduziu uma ocupação brutal e sangrenta do território chinês. 

O Presidente Xi Jinping passará revista às tropas na Praça Tiananmen, no centro de Pequim e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, entre outros líderes estrangeiros são esperados.

Milhões de chineses morreram durante a longa guerra contra o Japão nas décadas de 1930 e 1940.

O exército chinês apresentará, no dia 03 de setembro, algumas das suas armas mais recentes, que "refletem a evolução das formas de guerra moderna", declarou à imprensa o general de divisão Wu Zeke, um oficial superior do Departamento do Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central.

"Todas as armas e equipamentos que participam no desfile foram selecionados entre os principais sistemas de combate atualmente no serviço ativo e produzidos no país, com uma grande proporção de novos equipamentos que serão revelados pela primeira vez", acrescentou.

Serão apresentados, nomeadamente, armamentos estratégicos, bombardeiros, caças, sistemas hipersónicos, bem como equipamentos de combate a drones, acrescentou o militar, sem dar mais detalhes.

O desfile, que terá uma duração prevista de cerca de 70 minutos, "mostrará plenamente a poderosa capacidade do nosso exército para vencer uma guerra moderna" e "salvaguardar a paz mundial", salientou.

O evento mobilizará também tropas terrestres, que evoluirão em formação, colunas blindadas, esquadrões aéreos e equipamento de ponta.

A China anunciou em março um aumento de 7,2% no seu orçamento de defesa para 2025, num contexto de rápida modernização das forças armadas e crescente rivalidade com os Estados Unidos.

O montante atribuído à defesa tem vindo a aumentar há várias décadas, em sintonia com o desenvolvimento económico.

A China tem o segundo maior orçamento militar do mundo. No entanto, ainda está muito atrás dos Estados Unidos, que fizeram do gigante asiático o seu rival estratégico.


Incêndio em voo com mais de 270 passageiros a bordo obriga a aterragem de emergência em Itália... Acabou tudo em bem, mas os passageiros temeram pela própria vida. Em declarações a jornal alemão, houve quem tivesse enviado mensagens de despedida perante a experiência "horrível" que viviam.

Reprodução X  Marta Ferreira   sicnoticias.pt   20/08/2025

Um incêndio no motor direito de um Boeing da Condor Airlines com 273 passageiros e oito tripulantes a bordo obrigou a uma aterragem de emergência em Itália, este sábado.

O destino era Düsseldorf, na Alemanha, mas um estrondo, seguido de chamas a saírem do motor direito do Boeing 757, obrigou a uma mudança de planos, mensagens de despedida e um verdadeiro pesadelo a bordo.

"Foi uma experiência incrivelmente horrível. Enviei mensagens de despedida porque pensei que tudo tinha acabado", relatou uma mãe que estava sentada com a filha por cima do motor.

Tudo começou depois da descolagem de Corfu, na Grécia, quando, de acordo com relatos dos passageiros ao jornal alemão Bild, se ouviu um primeiro estrondo, seguido de outros, chamas e a sensação de que o avião tinha parado de subir.

O incêndio terá sido causado por um problema no abastecimento de ar da turbina que deveria queimar combustível, segundo o Bild. As autoridades da companhia aérea justificaram o problema com uma "reação perto do motor, que normalmente ocorre na câmara de combustão, levando a uma reação visível na parte traseira do motor".

Depois disso, os passageiros viram as chamas saírem da zona do motor do avião por volta das 20h30 e vídeos partilhados nas redes sociais comprovam isso mesmo.

De acordo com declarações da companhia aérea à CBS News, o motor foi desligado "de forma controlada" e o avião fez a aterragem de emergência em Brindisi, uma cidade costeira italiana. Tudo isto causou uma interrupção do tráfego aéreo durante cerca de meia hora enquanto os bombeiros aguardavam na pista para prestar assistência à ocorrência.

"Foi absolutamente assustador. O avião inteiro ficou em silêncio de repente. Mas o piloto permaneceu completamente calmo, manteve-nos informados e acalmou muitos dos nossos medos. Ele também lidou com a aterragem difícil de forma brilhante", indica um passageiro ao Bild.

Depois da aterragem, o pesadelo não terminaria imediatamente. A Condor Airlines declarou que havia "capacidade hoteleira insuficiente" em Brindisi, pelo que alguns dos passageiros dormiram no aeroporto.

A companhia aérea garantiu vouchers e cobertores para esses passageiros, e as lojas do aeroporto permaneceram abertas "para fornecer suprimentos". Já os passageiros que dormiram em hotéis serão reembolsados pelas despesas, informou a companhia aérea.

Um segundo voo foi disponibilizado pela companhia para deixar os passageiros no devido destino.

Defesa israelita aprova plano militar para ocupar cidade de Gaza... O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, aprovou hoje os planos do Exército israelita para ocupar a cidade de Gaza, que incluem a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva, avança a imprensa local.

© REUTERS/Ramadan Abed   Lusa   20/08/2025 

De acordo com o jornal israelita Maariv, mais de 60.000 reservistas receberão hoje ordens para se apresentarem nas próximas duas semanas, enquanto outros 70.000 deverão prolongar o serviço atual por mais 30 ou 40 dias.

O plano também prevê a retirada de toda a população da cidade de Gaza, estimada em cerca de um milhão de pessoas, muitas delas deslocadas de outros locais da Faixa de Gaza.

Israel, por enquanto, não se pronunciou sobre a última proposta de cessar-fogo, que grupo islâmico Hamas aprovou há dois dias, proposta pela mediação do Egito e do Catar.

Há quase duas semanas, o governo israelita aprovou o plano do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de estender a ofensiva à cidade de Gaza, apesar da oposição do próprio exército israelita, que teme colocar em risco os reféns que continuam sequestrados no enclave.

As famílias dos sequestrados, por sua vez, têm-se manifestando desde então para exigir um acordo integral com o Hamas que ponha fim à guerra e liberte cerca de 50 reféns que continuam na Faixa, dos quais Israel estima que pelo menos 20 ainda estejam vivos.


Doenças transmitidas por mosquitos serão "novo normal" na Europa (e a culpa é das alterações climáticas)... Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças diz estar a trabalhar com os Estados-Membros da União Europeu para garantir respostas. "Nova fase" trará transmissões mais longas, disseminadas e intensas destas doenças.

Por  sicnoticias.pt  20/08/2025

As alterações climáticas estão a potenciar o aumento na Europa das infeções transmitidas por mosquitos, que encaminham o continente para um "novo normal" e evidenciam a necessidade de uma resposta robusta e coordenada em defesa da saúde pública.

O alerta é do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa), numa altura em que se bateram recordes de infeções pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO) e pelo Chikungunya em território europeu.

"A Europa está a enfrentar épocas de transmissão mais longas e intensas para doenças transmitidas por mosquitos, incluindo o VNO e o Chikungunya. A mudança é provocada por fatores climáticos e ambientais como o aumento das temperaturas, verões mais longos, invernos mais amenos e alterações no padrão das chuvas, condições que combinadas criam um ambiente favorável ao desenvolvimento dos mosquitos e transmissão de vírus", lê-se num comunicado do ECDC esta quarta-feira divulgado.

Para o organismo europeu, a Europa está a entrar numa "nova fase", com transmissões mais longas, disseminadas e intensas destas doenças, que serão o "novo normal".

O ECDC afirma estar a trabalhar com os Estados-Membros da União Europeu para garantir respostas à medida e orientações de saúde pública atempadas para reforçar a resposta europeia.

Segundo o ECDC, o mosquito que pode transmitir o vírus Ckikungunya (Aedes albopictus) está instalado em 16 países europeus e 369 regiões, mais do triplo das 114 regiões de há uma década.

Isto combinado com o aumento crescente das viagens internacionais torna os surtos destes vírus mais prováveis, tendo sido registados este ano 27 surtos de Ckikungunya, um novo recorde no continente europeu.

"Pela primeira vez, uma infeção de origem local pelo vírus Chikungunya foi reportada na região francesa da Alsácia, uma ocorrência excecional a esta latitude, que sublinha a contínua expansão para norte do risco de transmissão.

Ainda segundo o ECDC, a distribuição de casos de VNO na Europa continua a mudar e na última década foram detetadas infeções em regiões novas todos os anos.

Este ano, pela primeira vez, foram registados casos nas regiões de Latina e Frosinone, a sul de Roma, em Itália, tendo o continente europeu registado o maior número de infeções por VNO em três anos.

Dados do ECDC indicam que a 13 de agosto havia registo de 19 mortes e 335 infeções de origem local pelo VNO em oito países europeus.

Itália é o país com maior registo de infeções (274), seguindo-se a Grécia (35), Sérvia (nove), França (sete), Roménia (seis), Hungria (duas), Bulgária (uma) e Espanha (uma).

"O ECDC estima que as infeções continuem a aumentar, sendo expectável que atinjam um pico sazonal em agosto ou setembro", lê-se na nota do organismo de saúde, que alerta que com a disseminação dos vírus será cada vez maior o número de pessoas em risco na Europa.

Residentes e visitantes em áreas onde existam estes vírus devem adotar medidas individuais de proteção, como o uso de repelentes, usar mangas compridas e calças, sobretudo ao início e fim do dia, e redes mosquiteiras nas janelas e nas camas, recomenda o ECDC, sobretudo para pessoas idosas, crianças ou com o sistema imunitário enfraquecido.

A nota do organismo europeu refere ainda que foram desenvolvidas novas vacinas para o vírus Chikungunya, mas ainda não existe uma vacina de uso humano para o VNO.

Trump questionou Orbán sobre oposição a adesão da Ucrânia à UE... O presidente norte-americano, Donald Trump, questionou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sobre as razões da sua oposição à adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), noticiou a agência Bloomberg.

© Andrew Harrer/Bloomberg via Getty Images    Lusa  20/08/2025 

Após conversações na Casa Branca, na segunda-feira, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, Trump telefonou a Orbán, com quem troca frequentemente elogios públicos, questionando-o sobre os motivos do seu bloqueio às negociações de adesão da Ucrânia à União Europeia, adiantou a Bloomberg, citando fontes próximas dos contactos.

Durante as discussões na Casa Branca, indicaram as mesmas fontes, os líderes europeus instaram Trump a usar a sua influência sobre Orbán, crítico de Bruxelas e frequentemente alinhado com o presidente russo Vladimir Putin, para o pressionar a abandonar a sua oposição à candidatura da Ucrânia à UE.

Sob liderança de Orbán, a Hungria tem dado consistentemente à Rússia cobertura diplomática e proteção contra as sanções da UE, enquanto bloqueia ajuda à Ucrânia.

Contactado pela Bloomberg, o porta-voz do gabinete de Orbán não comentou a informação sobre o contacto com Trump.

A Ucrânia tem procurado um compromisso de adesão ao bloco político e económico como parte de um pacote de garantias de segurança para impedir futuros ataques da Rússia em caso de trégua para pôr fim à guerra iniciada por Moscovo há mais de três anos.

Orbán defendeu hoje, após uma reunião entre os 27 Estados-membros do bloco, que a entrada da Ucrânia na UE não contribui para as garantias de segurança desejadas por Kyiv.

"Ficou confirmado que a adesão da Ucrânia à UE não oferece garantias de segurança, portanto, vincular a adesão a garantias de segurança é desnecessário e perigoso", escreveu o líder húngaro nas redes sociais, depois da reunião extraordinária do Conselho Europeu que decorreu hoje por videoconferência.

Orbán defendeu ainda que ficou confirmado que a política de isolar a Rússia falhou e que o perigo de uma terceira Guerra Mundial "só pode ser reduzido através de uma reunião entre Trump e Putin".

A Eslováquia e a Hungria são os únicos Estados-membros que continuam a receber petróleo russo graças a uma isenção às sanções europeias contra Moscovo devido à sua situação geográfica particular.

Kyiv apresentou formalmente o pedido de adesão à UE em 28 de fevereiro de 2022, poucos dias depois do início da invasão russa.

Tem estatuto de país candidato desde 23 de junho desse mesmo ano.

Em meados de dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia.

Segundo a Bloomberg, no contacto com Trump, a Hungria manifestou também interesse em acolher uma próxima ronda negocial entre Putin e Zelensky.

A reunião de segunda-feira em Washington foi convocada por Donald Trump, após uma cimeira no Alasca na sexta-feira com o homólogo russo, que não produziu nenhum anúncio relacionado com um acordo para o conflito.

Marcaram presença na Casa Branca os líderes francês, Emmanuel Macron, e britânico, Keir Starmer, além do chanceler alemão, Friedrich Merz e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Estiveram ainda presentes a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o presidente finlandês, Alexander Stubb.

Numa mensagem na rede social Truth, Trump afirmou que, no final da reunião na Casa Branca, telefonou ao presidente russo, Vladimir Putin, e iniciou "os preparativos para uma reunião, em local a determinar", entre os chefes de Estado russo e ucraniano.

"Após essa reunião, teremos uma reunião trilateral, com os dois presidentes, além de mim", adiantou.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje que, além das conversações bilaterais e trilaterais entre líderes sobre a guerra na Ucrânia, devem ocorrer conversações quadrilaterais que incluam a UE.


Leia Também: Orbán defende que adesão de Kyiv à UE não dá garantias de segurança

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Junta militar de Burkina Faso expulsa representante da ONU após relatório sobre abusos contra crianças no conflito jihadista

Carol Flore-Smereczniak, que é de Maurício, trabalhou por mais de duas décadas em áreas que estão passando por conflitos ou se recuperando deles. (Foto: UN)

Por  portaltela.com 19 de ago 2025

A junta militar de Burkina Faso expulsou a representante da ONU, Carol Flore-Smereczniak, após um relatório que documentou abusos contra crianças no contexto do conflito jihadista. A decisão foi anunciada após a divulgação de um estudo que revelou mais de 2.000 casos de recrutamento infantil, assassinatos e violência sexual, atribuindo responsabilidades a insurgentes islâmicos, soldados do governo e forças de defesa civil.

O governo, liderado pelo Capitão Ibrahim Traoré, que assumiu o poder em setembro de 2022, alegou que o relatório continha acusações infundadas e que não houve consulta prévia à junta. Em sua declaração, o governo não apresentou documentação que sustentasse as alegações de violações atribuídas aos "valentes lutadores burquinenses".

Contexto da Insurgência

Desde 2015, Burkina Faso enfrenta uma insurgência jihadista que resultou em milhares de mortes e milhões de deslocados. A instabilidade política se intensificou com dois golpes militares em 2022. O Capitão Traoré prometeu resolver a grave situação de segurança em um prazo de "dois a três meses". Contudo, a situação permanece crítica, com o grupo jihadista JNIM reportando mais de 280 ataques na primeira metade de 2025, o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior.

A expulsão de Flore-Smereczniak não é um caso isolado. Sua antecessora, Barbara Manzi, também foi declarada "persona non grata" em dezembro de 2022, após publicar um blog sobre os impactos da crise na educação e saúde. A ONU ainda não se manifestou oficialmente sobre a recente expulsão, mas o secretário-geral expressou sua preocupação em relação à decisão anterior.

Reações e Implicações

A junta rejeitou a assistência da França, ex-potência colonial, em favor de parcerias com a Rússia. Organizações de direitos humanos têm denunciado a repressão a civis e a limitação da liberdade de expressão sob o regime militar. Recentemente, a junta anunciou a extensão de seu governo por mais cinco anos e permitiu que Traoré se candidatasse à presidência em 2029, consolidando sua imagem como um líder pan-africanista.

Empresários da Crimeia financiam forças armadas ucranianas... Proprietários de várias empresas da Crimeia, anexada pela Rússia, transferiram cerca de 12,3 milhões de dólares (10,5 milhões de euros, ao câmbio atual) para as forças armadas ucranianas, noticiou hoje o jornal russo Izvestia.

Por LUSA 

Segundo uma investigação do jornal, o caso envolve sobretudo a empresa de iluminação naval Mayak e a família Kozlovski, cujos bens foram nacionalizados em março deste ano por "cumplicidade com o regime de Kiev".

Foram confiscadas sete empresas em nome de quatro membros da mesma família, que após o início da guerra na Ucrânia em 2022 nomearam um único proprietário externo ao núcleo familiar.

Uma das principais proprietárias reais é Sidonia Kozlovskaya, 80 anos, que também se dedicou ao setor do turismo regional, segundo o jornal, citado pela agência espanhola EFE.

Uma das filhas de Sidonia, Liudmila Kozlovskaya, é proprietária da Fundação para o Diálogo Aberto, organismo declarado indesejável pela Procuradoria-Geral da Rússia em 2024.

A fundação proclama como principal objetivo a integração europeia da Ucrânia e participa ativamente em diferentes projetos em países da União Europeia (UE).

De acordo com informações da fundação, citadas pelo Izvestia, Liudmila Kozlovskaya doou equipamento militar e humanitário ao exército ucraniano.

Em 2023, foram enviados 5.800 coletes à prova de bala, 1.100 capacetes, 170 câmaras térmicas, 45 'drones', 27 geradores elétricos, 86 estações de rádio, 11 veículos todo-o-terreno, três ambulâncias e 900 sacos-cama, entre outros equipamentos.

O Izvestia denunciou que o dinheiro da fundação foi fornecido por empresas localizadas na Crimeia, a península ucraniana que a Rússia anexou ilegalmente em 2014.

Tais empresas chegaram a cumprir quatro contratos encomendados pelo Ministério da Defesa da Rússia no valor de nove milhões de rublos (95.500 euros) e a colaborar com empresas navais russas ligadas à Defesa.

No entanto, todas as empresas da família Kozlovski declararam lucros muito baixos e até mesmo prejuízos nos últimos 10 anos.

O economista Nikita Krichevski, citado pelo jornal russo, atribuiu a discrepância ao desvio de capitais por meio de serviços de criptomoedas declarados como compra de títulos nas contas da empresa.

Krichevski disse que tal prática também permite transferir dinheiro facilmente e de forma opaca para a Ucrânia.

O jornal russo denunciou que há muitas empresas que trabalham dessa forma na península anexada.

Em fevereiro deste ano, o presidente do parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, anunciou um novo pacote de nacionalizações de bens de empresários ucranianos.

Desde 2022, a república anexada da Crimeia arrecadou receitas de 4.800 milhões de rublos (mais de 50 milhões de euros) com a reprivatização de empresas.

De acordo com a imprensa ocidental, os processos de nacionalização e posterior venda a particulares são realizados indiscriminadamente, devido à ausência de controlo legal em todos os territórios ucranianos anexados pela Rússia, com o objetivo de conquistar novos mercados.

Na Rússia, mais de 100 grandes empresas também foram nacionalizadas desde 2023, tendo muitas delas sido posteriormente vendidas a círculos próximos da presidência russa.


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O Executivo britânico disse hoje que os países da "Coligação dos Voluntários" vão trabalhar com os Estados Unidos sobre as garantias de segurança para a Ucrânia.


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A chamada entre Donald Trump e Vladimir Putin que ontem 'interrompeu' a reunião entre os líderes europeus voltar a 'dar que falar', dado que esta terça-feira é conhecido que o líder russo falou em Moscovo para um possível encontro om Volodymyr Zelenksy, que respondeu "não".


POP continua implacável na Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional

Por Radio TV Bantaba  19/08/2025

A 3ª Esquadra da Polícia de Ordem Pública (POP), situada no Bairro Militar em Bissau, através da sua Secção de Informação Policial e Investigação Criminal, desmantelou uma rede envolvida em imigração ilegal e práticas de burla.

No âmbito da operação, foram intercetados 43 indivíduos, entre os quais 33 cidadãos da Guiné-Conacri (incluindo uma criança de 2 anos), 7 cidadãos malianos e 2 guineenses. Durante a mesma ação, foram ainda detidos 7 suspeitos ligados diretamente ao esquema criminoso.

As investigações revelaram que os suspeitos extorquiam valores compreendidos entre 200.000 e 400.000 francos CFA às vítimas, sob falsas promessas de empregos e facilitação de processos de imigração. Além disso, recorriam às próprias vítimas já enganadas para aliciar outras pessoas e obter maiores lucros ilícitos.

A POP apela a todos os cidadãos para que denunciem indivíduos que procurem aliciá-los com promessas de emprego ou oportunidades de imigração duvidosas, de modo a reforçar a segurança coletiva e prevenir este tipo de crime.

Fonte: CNPOPGB

COMUNICADO A IMPRENSA MADEM G15

 

‎CMB / INSS _Assinatura de acordo / Pagamento das dividas

Trump admitiu ir contra uma "linha vermelha do Kremlin" e a Ucrânia propõe pagar para que ele faça isso (ou algo parecido)

Por João Guerreiro Rodrigues   cnnportugal.iol.pt

Trump muda o tom e abriu a porta a dar aquilo que muitos europeus sempre quiseram: um "backstop"

A sombra da emboscada na Sala Oval, em fevereiro, pairava sobre o encontro em Washington desta segunda-feira. O presidente ucraniano, visivelmente tenso, preparava-se para enfrentar um Donald Trump que tinha acabado de estender o tapete vermelho para Vladimir Putin, no Alasca, dias antes. Mas, desta vez, Zelensky vestiu um fato, disse "thank you" várias vezes e o resultado foi diferente. O presidente americano não descartou a hipótese de enviar soldados americanos para o terreno como forma de dar garantias de segurança à Ucrânia, algo que os líderes europeus referiam que pode ser "histórico". Os especialistas ouvidos pela CNN admitem que a presença americana daria algo que os europeus não podem dar mas que pode ultrapassar "uma linha vermelha" do Kremlin.

"Tropas no terreno é uma linha vermelha. A proposta do presidente americano significa que a Ucrânia não entra na NATO, mas a NATO entra na Ucrânia. Isso é uma linha vermelha dos russos, que querem fazer com que a Ucrânia tenha o seu exército reduzido a uma guarda nacional. Se o vão conseguir ou não, é outra questão", explica o major-general Agostinho Costa. 

No passado, vários líderes europeus admitiram a possibilidade de enviar militares para a Ucrânia para apoiar um esforço de paz, particularmente França, Reino Unido e os Estados bálticos. Seria uma coligação liderada por Paris e Londres e incluía até 50 mil soldados para dissuasão em áreas estratégicas, como proteção do espaço aéreo e do Mar Negro. Só que este projeto nunca conseguiu ganhar forma por não ter força dissuasiva suficiente para travar um futuro ataque russo contra a Ucrânia. "Não é a presença de 30 mil europeus que vai dissuadir a Rússia", defende o tenente-general Marco Serronha. 

Em parte, essa intenção europeia recuou devido à relutância de outras potências em participar, principalmente a Alemanha e a Polónia, que levantavam sérias dúvidas em relação à capacidade de defesa europeia sem um "backstop" americano. Mas tanto Trump como o seu antecessor, Joe Biden, sempre recusaram esta possibilidade. Até agora. Esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Trump admitiu que está disposto a "ajudar muito" os países europeus, que serão "a primeira linha de defesa" contra a Rússia no continente. Questionado acerca da possibilidade de enviar militares para o terreno para ajudar os europeus, Trump diz que está disposto "trabalhar com toda a gente" para garantir que a paz "seja de longa duração". E avançou que "talvez" ao fim do dia se soubesse se as tropas iam ou não ser enviadas: Trump não se comprometeu com nada, mas também não descartou a opção.

A mudança de tom de Trump, ao não descartar tropas americanas no terreno, marca uma viragem. “Garantias de segurança têm de ter alguma presença de soldados no terreno e isto pode não ser uma boa coisa”, considera Marco Serronha, apontando o risco de escalada. A possibilidade de uma força americana, mesmo que limitada a apoio logístico ou defesa aérea, oferece à Ucrânia uma dissuasão que a Europa não pode igualar, especialmente em termos de garantias nucleares, vistas como “o principal objetivo de dissuasão” por Kiev. Apesar de o Reino Unido e França terem o seu próprio arsenal nuclear, este não tem nem a dimensão do arsenal americano tem está apoiado pela tríade nuclear: a capacidade de lançar mísseis de terra, ar e mar.

"Garantias nucleares, esse é o principal objetivo de dissuasão que a Ucrânia quer. Quem dá garantias de segurança compromete-se a levar ao limite. Se não houver a garantia de que os EUA participam de forma positiva, a Rússia pode pensar que é um ataque", sugere o tenente-general Marco Serronha. 

Esta capacidade da presença dos EUA é crucial para Kiev, que ainda olha com remorso para a assinatura do Memorando de Budapeste, que levou à entrega do seu arsenal nuclear em troca de garantias de segurança de vários países, incluindo dos Estados Unidos. Por esse motivo, Zelensky e a sua equipa foram preparados para o encontro na Casa Branca. Não foi só o fato: a equipa ucraniana foi "munida" de uma oferta de compra de 100 mil milhões de dólares de armamento norte-americano em troca de garantias de segurança, de acordo com um documento revelado pelo Financial Times

Esse acordo prevê ainda um outro acordo, de 50 mil milhões de dólares, para produção de drones com empresas ucranianas que aperfeiçoaram esta tecnologia desde 2022 e que permitiram à Ucrânia travar os avanços de Moscovo no terreno. Ainda assim, o documento não especifica quais as armas em concreto que os ucranianos se comprometem a comprar, apesar de terem expressado publicamente a intenção de comprar 10 baterias antiaéreas Patriot.

Ainda assim, os especialistas acreditam que as negociações de paz - Donald Trump voltou a afastar a ideia de cessar-fogo inicialmente proposta por si próprio - enfrentam objetivos inconciliáveis. "No limite, a Rússia quer uma Ucrânia subordinada, o território é só um instrumento”, explica Marco Serronha, enquanto a Ucrânia exige a retirada russa e garantias de soberania. Num cenário minimalista, Kiev pode aceitar a ocupação temporária de territórios como a Crimeia e o Donbass, mas apenas com garantias realistas. A Rússia, por sua vez, insiste em limitar as forças ucranianas, rejeitando qualquer presença ocidental. 

O Kremlin reagiu rapidamente às declarações do presidente americano, com a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a rejeitar a "presença na Ucrânia de um contingente militar com a participação de países da NATO". Mas continua sem se saber se a garantia de segurança sugerida por Donald Trump esta segunda-feira na Casa Branca foi discutida no Alasca com Vladimir Putin. Para o tenente-general Marco Serronha, pode ser perigoso para o Ocidente ter uma garantia de segurança acordada entre os EUA e a Rússia.

"Trump está a tentar arranjar uma espécie de meio termo que dê conforto À Rússia, mas garantias de segurança propostas pelos americanos aceites pela Rússia são sempre de desconfiar. Os russos só aceitarão um acordo que poderão explorar", considera o tenente-general. 

A abertura de Trump para tropas americanas no terreno é um divisor de águas, mas arriscado. A Rússia, que vê qualquer presença ocidental como uma “ameaça direta,” pode responder com escalada, enquanto a Europa, relegada a “primeira linha de defesa,” enfrenta o desafio de atuar sem clareza sobre o apoio dos EUA. “As garantias têm de ser dadas pela NATO. Tudo isto está preso por arames”, alerta Marco Serronha, para quem a paz na Ucrânia é um jogo de alto risco e a promessa de paz de Trump soa mais como uma aposta incerta, que corre o risco de acabar esmagada entre as exigências russas, as ambições ucranianas e uma Europa incapaz de se impor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

PRIMEIRO-MINISTRO RECEBE GOVERNADORES REGIONAIS

Seguindo as superiores orientações de Sua Excelência Senhor Presidente da República, o Primeiro-Ministro, Braima Camará recebeu os Governadores Regionais, na companhia do Ministro da Administração Territorial, Aristides Ocante da Silva.

Durante o encontro, os Governadores Regionais expuseram as grandes dificuldades que enfrentam no desempenho das suas missões, nomeadamente, a falta de meios de transportes (viaturas e motos), uma elevada degradação da sedes Regionais e de residência e a falta de um orçamento de funcionamento que torne eficaz os seus respectivos mandatos.

Sua Excelência senhor Primeiro-Ministro reconheceu que conhece a existência de uma grande parte dessas dificuldades que foram enumeradas pelos Governadores, preocupações essas que Sua Excelência Senhor Presidente da República acompanha , bem como do actual Governo de Iniciativa Presidencial que chefia.

O Primeiro-Ministro reconheceu que há necessidade de um melhor aproveitamento dos recursos que podem ser gerados pela produção de produtos agrícolas, principalmente do cajú e de outros tubérculos, uma das principais razões que o levaram na época em que exercia as funções de Presidente da CCIAS a criar o FUNPI. O Chefe do Governo reconheceu que as autarquias podem ser a solução para acelerar o desenvolvimento das nossas regiões.

Abel Djassi Primeiro 18-08-2025

‎Governo promete apoiar INACEP para produção de materiais eleitorais... ‎O primeiro-ministro, Braima Camará, garante apoio financeiro e apela à responsabilidade das partes envolvidas no processo.