terça-feira, 19 de agosto de 2025

Junta militar de Burkina Faso expulsa representante da ONU após relatório sobre abusos contra crianças no conflito jihadista

Carol Flore-Smereczniak, que é de Maurício, trabalhou por mais de duas décadas em áreas que estão passando por conflitos ou se recuperando deles. (Foto: UN)

Por  portaltela.com 19 de ago 2025

A junta militar de Burkina Faso expulsou a representante da ONU, Carol Flore-Smereczniak, após um relatório que documentou abusos contra crianças no contexto do conflito jihadista. A decisão foi anunciada após a divulgação de um estudo que revelou mais de 2.000 casos de recrutamento infantil, assassinatos e violência sexual, atribuindo responsabilidades a insurgentes islâmicos, soldados do governo e forças de defesa civil.

O governo, liderado pelo Capitão Ibrahim Traoré, que assumiu o poder em setembro de 2022, alegou que o relatório continha acusações infundadas e que não houve consulta prévia à junta. Em sua declaração, o governo não apresentou documentação que sustentasse as alegações de violações atribuídas aos "valentes lutadores burquinenses".

Contexto da Insurgência

Desde 2015, Burkina Faso enfrenta uma insurgência jihadista que resultou em milhares de mortes e milhões de deslocados. A instabilidade política se intensificou com dois golpes militares em 2022. O Capitão Traoré prometeu resolver a grave situação de segurança em um prazo de "dois a três meses". Contudo, a situação permanece crítica, com o grupo jihadista JNIM reportando mais de 280 ataques na primeira metade de 2025, o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior.

A expulsão de Flore-Smereczniak não é um caso isolado. Sua antecessora, Barbara Manzi, também foi declarada "persona non grata" em dezembro de 2022, após publicar um blog sobre os impactos da crise na educação e saúde. A ONU ainda não se manifestou oficialmente sobre a recente expulsão, mas o secretário-geral expressou sua preocupação em relação à decisão anterior.

Reações e Implicações

A junta rejeitou a assistência da França, ex-potência colonial, em favor de parcerias com a Rússia. Organizações de direitos humanos têm denunciado a repressão a civis e a limitação da liberdade de expressão sob o regime militar. Recentemente, a junta anunciou a extensão de seu governo por mais cinco anos e permitiu que Traoré se candidatasse à presidência em 2029, consolidando sua imagem como um líder pan-africanista.

Empresários da Crimeia financiam forças armadas ucranianas... Proprietários de várias empresas da Crimeia, anexada pela Rússia, transferiram cerca de 12,3 milhões de dólares (10,5 milhões de euros, ao câmbio atual) para as forças armadas ucranianas, noticiou hoje o jornal russo Izvestia.

Por LUSA 

Segundo uma investigação do jornal, o caso envolve sobretudo a empresa de iluminação naval Mayak e a família Kozlovski, cujos bens foram nacionalizados em março deste ano por "cumplicidade com o regime de Kiev".

Foram confiscadas sete empresas em nome de quatro membros da mesma família, que após o início da guerra na Ucrânia em 2022 nomearam um único proprietário externo ao núcleo familiar.

Uma das principais proprietárias reais é Sidonia Kozlovskaya, 80 anos, que também se dedicou ao setor do turismo regional, segundo o jornal, citado pela agência espanhola EFE.

Uma das filhas de Sidonia, Liudmila Kozlovskaya, é proprietária da Fundação para o Diálogo Aberto, organismo declarado indesejável pela Procuradoria-Geral da Rússia em 2024.

A fundação proclama como principal objetivo a integração europeia da Ucrânia e participa ativamente em diferentes projetos em países da União Europeia (UE).

De acordo com informações da fundação, citadas pelo Izvestia, Liudmila Kozlovskaya doou equipamento militar e humanitário ao exército ucraniano.

Em 2023, foram enviados 5.800 coletes à prova de bala, 1.100 capacetes, 170 câmaras térmicas, 45 'drones', 27 geradores elétricos, 86 estações de rádio, 11 veículos todo-o-terreno, três ambulâncias e 900 sacos-cama, entre outros equipamentos.

O Izvestia denunciou que o dinheiro da fundação foi fornecido por empresas localizadas na Crimeia, a península ucraniana que a Rússia anexou ilegalmente em 2014.

Tais empresas chegaram a cumprir quatro contratos encomendados pelo Ministério da Defesa da Rússia no valor de nove milhões de rublos (95.500 euros) e a colaborar com empresas navais russas ligadas à Defesa.

No entanto, todas as empresas da família Kozlovski declararam lucros muito baixos e até mesmo prejuízos nos últimos 10 anos.

O economista Nikita Krichevski, citado pelo jornal russo, atribuiu a discrepância ao desvio de capitais por meio de serviços de criptomoedas declarados como compra de títulos nas contas da empresa.

Krichevski disse que tal prática também permite transferir dinheiro facilmente e de forma opaca para a Ucrânia.

O jornal russo denunciou que há muitas empresas que trabalham dessa forma na península anexada.

Em fevereiro deste ano, o presidente do parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, anunciou um novo pacote de nacionalizações de bens de empresários ucranianos.

Desde 2022, a república anexada da Crimeia arrecadou receitas de 4.800 milhões de rublos (mais de 50 milhões de euros) com a reprivatização de empresas.

De acordo com a imprensa ocidental, os processos de nacionalização e posterior venda a particulares são realizados indiscriminadamente, devido à ausência de controlo legal em todos os territórios ucranianos anexados pela Rússia, com o objetivo de conquistar novos mercados.

Na Rússia, mais de 100 grandes empresas também foram nacionalizadas desde 2023, tendo muitas delas sido posteriormente vendidas a círculos próximos da presidência russa.


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O Executivo britânico disse hoje que os países da "Coligação dos Voluntários" vão trabalhar com os Estados Unidos sobre as garantias de segurança para a Ucrânia.


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A chamada entre Donald Trump e Vladimir Putin que ontem 'interrompeu' a reunião entre os líderes europeus voltar a 'dar que falar', dado que esta terça-feira é conhecido que o líder russo falou em Moscovo para um possível encontro om Volodymyr Zelenksy, que respondeu "não".


POP continua implacável na Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional

Por Radio TV Bantaba  19/08/2025

A 3ª Esquadra da Polícia de Ordem Pública (POP), situada no Bairro Militar em Bissau, através da sua Secção de Informação Policial e Investigação Criminal, desmantelou uma rede envolvida em imigração ilegal e práticas de burla.

No âmbito da operação, foram intercetados 43 indivíduos, entre os quais 33 cidadãos da Guiné-Conacri (incluindo uma criança de 2 anos), 7 cidadãos malianos e 2 guineenses. Durante a mesma ação, foram ainda detidos 7 suspeitos ligados diretamente ao esquema criminoso.

As investigações revelaram que os suspeitos extorquiam valores compreendidos entre 200.000 e 400.000 francos CFA às vítimas, sob falsas promessas de empregos e facilitação de processos de imigração. Além disso, recorriam às próprias vítimas já enganadas para aliciar outras pessoas e obter maiores lucros ilícitos.

A POP apela a todos os cidadãos para que denunciem indivíduos que procurem aliciá-los com promessas de emprego ou oportunidades de imigração duvidosas, de modo a reforçar a segurança coletiva e prevenir este tipo de crime.

Fonte: CNPOPGB

COMUNICADO A IMPRENSA MADEM G15

 

‎CMB / INSS _Assinatura de acordo / Pagamento das dividas

Trump admitiu ir contra uma "linha vermelha do Kremlin" e a Ucrânia propõe pagar para que ele faça isso (ou algo parecido)

Por João Guerreiro Rodrigues   cnnportugal.iol.pt

Trump muda o tom e abriu a porta a dar aquilo que muitos europeus sempre quiseram: um "backstop"

A sombra da emboscada na Sala Oval, em fevereiro, pairava sobre o encontro em Washington desta segunda-feira. O presidente ucraniano, visivelmente tenso, preparava-se para enfrentar um Donald Trump que tinha acabado de estender o tapete vermelho para Vladimir Putin, no Alasca, dias antes. Mas, desta vez, Zelensky vestiu um fato, disse "thank you" várias vezes e o resultado foi diferente. O presidente americano não descartou a hipótese de enviar soldados americanos para o terreno como forma de dar garantias de segurança à Ucrânia, algo que os líderes europeus referiam que pode ser "histórico". Os especialistas ouvidos pela CNN admitem que a presença americana daria algo que os europeus não podem dar mas que pode ultrapassar "uma linha vermelha" do Kremlin.

"Tropas no terreno é uma linha vermelha. A proposta do presidente americano significa que a Ucrânia não entra na NATO, mas a NATO entra na Ucrânia. Isso é uma linha vermelha dos russos, que querem fazer com que a Ucrânia tenha o seu exército reduzido a uma guarda nacional. Se o vão conseguir ou não, é outra questão", explica o major-general Agostinho Costa. 

No passado, vários líderes europeus admitiram a possibilidade de enviar militares para a Ucrânia para apoiar um esforço de paz, particularmente França, Reino Unido e os Estados bálticos. Seria uma coligação liderada por Paris e Londres e incluía até 50 mil soldados para dissuasão em áreas estratégicas, como proteção do espaço aéreo e do Mar Negro. Só que este projeto nunca conseguiu ganhar forma por não ter força dissuasiva suficiente para travar um futuro ataque russo contra a Ucrânia. "Não é a presença de 30 mil europeus que vai dissuadir a Rússia", defende o tenente-general Marco Serronha. 

Em parte, essa intenção europeia recuou devido à relutância de outras potências em participar, principalmente a Alemanha e a Polónia, que levantavam sérias dúvidas em relação à capacidade de defesa europeia sem um "backstop" americano. Mas tanto Trump como o seu antecessor, Joe Biden, sempre recusaram esta possibilidade. Até agora. Esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Trump admitiu que está disposto a "ajudar muito" os países europeus, que serão "a primeira linha de defesa" contra a Rússia no continente. Questionado acerca da possibilidade de enviar militares para o terreno para ajudar os europeus, Trump diz que está disposto "trabalhar com toda a gente" para garantir que a paz "seja de longa duração". E avançou que "talvez" ao fim do dia se soubesse se as tropas iam ou não ser enviadas: Trump não se comprometeu com nada, mas também não descartou a opção.

A mudança de tom de Trump, ao não descartar tropas americanas no terreno, marca uma viragem. “Garantias de segurança têm de ter alguma presença de soldados no terreno e isto pode não ser uma boa coisa”, considera Marco Serronha, apontando o risco de escalada. A possibilidade de uma força americana, mesmo que limitada a apoio logístico ou defesa aérea, oferece à Ucrânia uma dissuasão que a Europa não pode igualar, especialmente em termos de garantias nucleares, vistas como “o principal objetivo de dissuasão” por Kiev. Apesar de o Reino Unido e França terem o seu próprio arsenal nuclear, este não tem nem a dimensão do arsenal americano tem está apoiado pela tríade nuclear: a capacidade de lançar mísseis de terra, ar e mar.

"Garantias nucleares, esse é o principal objetivo de dissuasão que a Ucrânia quer. Quem dá garantias de segurança compromete-se a levar ao limite. Se não houver a garantia de que os EUA participam de forma positiva, a Rússia pode pensar que é um ataque", sugere o tenente-general Marco Serronha. 

Esta capacidade da presença dos EUA é crucial para Kiev, que ainda olha com remorso para a assinatura do Memorando de Budapeste, que levou à entrega do seu arsenal nuclear em troca de garantias de segurança de vários países, incluindo dos Estados Unidos. Por esse motivo, Zelensky e a sua equipa foram preparados para o encontro na Casa Branca. Não foi só o fato: a equipa ucraniana foi "munida" de uma oferta de compra de 100 mil milhões de dólares de armamento norte-americano em troca de garantias de segurança, de acordo com um documento revelado pelo Financial Times

Esse acordo prevê ainda um outro acordo, de 50 mil milhões de dólares, para produção de drones com empresas ucranianas que aperfeiçoaram esta tecnologia desde 2022 e que permitiram à Ucrânia travar os avanços de Moscovo no terreno. Ainda assim, o documento não especifica quais as armas em concreto que os ucranianos se comprometem a comprar, apesar de terem expressado publicamente a intenção de comprar 10 baterias antiaéreas Patriot.

Ainda assim, os especialistas acreditam que as negociações de paz - Donald Trump voltou a afastar a ideia de cessar-fogo inicialmente proposta por si próprio - enfrentam objetivos inconciliáveis. "No limite, a Rússia quer uma Ucrânia subordinada, o território é só um instrumento”, explica Marco Serronha, enquanto a Ucrânia exige a retirada russa e garantias de soberania. Num cenário minimalista, Kiev pode aceitar a ocupação temporária de territórios como a Crimeia e o Donbass, mas apenas com garantias realistas. A Rússia, por sua vez, insiste em limitar as forças ucranianas, rejeitando qualquer presença ocidental. 

O Kremlin reagiu rapidamente às declarações do presidente americano, com a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a rejeitar a "presença na Ucrânia de um contingente militar com a participação de países da NATO". Mas continua sem se saber se a garantia de segurança sugerida por Donald Trump esta segunda-feira na Casa Branca foi discutida no Alasca com Vladimir Putin. Para o tenente-general Marco Serronha, pode ser perigoso para o Ocidente ter uma garantia de segurança acordada entre os EUA e a Rússia.

"Trump está a tentar arranjar uma espécie de meio termo que dê conforto À Rússia, mas garantias de segurança propostas pelos americanos aceites pela Rússia são sempre de desconfiar. Os russos só aceitarão um acordo que poderão explorar", considera o tenente-general. 

A abertura de Trump para tropas americanas no terreno é um divisor de águas, mas arriscado. A Rússia, que vê qualquer presença ocidental como uma “ameaça direta,” pode responder com escalada, enquanto a Europa, relegada a “primeira linha de defesa,” enfrenta o desafio de atuar sem clareza sobre o apoio dos EUA. “As garantias têm de ser dadas pela NATO. Tudo isto está preso por arames”, alerta Marco Serronha, para quem a paz na Ucrânia é um jogo de alto risco e a promessa de paz de Trump soa mais como uma aposta incerta, que corre o risco de acabar esmagada entre as exigências russas, as ambições ucranianas e uma Europa incapaz de se impor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

PRIMEIRO-MINISTRO RECEBE GOVERNADORES REGIONAIS

Seguindo as superiores orientações de Sua Excelência Senhor Presidente da República, o Primeiro-Ministro, Braima Camará recebeu os Governadores Regionais, na companhia do Ministro da Administração Territorial, Aristides Ocante da Silva.

Durante o encontro, os Governadores Regionais expuseram as grandes dificuldades que enfrentam no desempenho das suas missões, nomeadamente, a falta de meios de transportes (viaturas e motos), uma elevada degradação da sedes Regionais e de residência e a falta de um orçamento de funcionamento que torne eficaz os seus respectivos mandatos.

Sua Excelência senhor Primeiro-Ministro reconheceu que conhece a existência de uma grande parte dessas dificuldades que foram enumeradas pelos Governadores, preocupações essas que Sua Excelência Senhor Presidente da República acompanha , bem como do actual Governo de Iniciativa Presidencial que chefia.

O Primeiro-Ministro reconheceu que há necessidade de um melhor aproveitamento dos recursos que podem ser gerados pela produção de produtos agrícolas, principalmente do cajú e de outros tubérculos, uma das principais razões que o levaram na época em que exercia as funções de Presidente da CCIAS a criar o FUNPI. O Chefe do Governo reconheceu que as autarquias podem ser a solução para acelerar o desenvolvimento das nossas regiões.

Abel Djassi Primeiro 18-08-2025

‎Governo promete apoiar INACEP para produção de materiais eleitorais... ‎O primeiro-ministro, Braima Camará, garante apoio financeiro e apela à responsabilidade das partes envolvidas no processo.

Supremo brasileiro? "Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções"... O Governo dos Estados Unidos frisou hoje que "nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções" e deixou ameaças a qualquer pessoa que ofereça apoio ao juiz brasileiro Alexandre de Moraes, alvo de sanções norte-americanas.

© Getty Images    Por  Lusa   18/08/2025 

"Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de as não cumprir", frisou nas redes sociais o Gabinete dos Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos. 

Na mesma nota, partilhada também pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, as autoridades norte-americanas garantiram que "cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial" com o juiz Alexandre de Moraes.

"Já cidadãos de outros países devem agir com cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções", ameaçou o Governo norte-americano.

Esta declaração surge numa altura em que os dois países vivem uma crise diplomática sem precedentes e horas depois do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil ter decidido que leis ou decisões judiciais de países estrangeiros não têm efeito no Brasil.

Na decisão, o juiz Flávio Dino considerou que "diferentes tipos de protecionismos e de neocolonialismos são utilizados contra os povos mais frágeis, sem diálogos bilaterais adequados ou submissão a instâncias supranacionais", e que o Brasil tem sido alvo de "diversas sanções e ameaças".

Sem mencionar os Estados Unidos e as ordens executivas do seu Presidente, Donald Trump, Flávio Dino considerou que "leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos" e que tais decisões têm de passar por validação na Justiça brasileira.

No final de julho, os Estados Unidos aplicaram a Lei Magnitsky contra o juiz Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A Lei Magnitsky autoriza o Governo norte-americano a sancionar cidadãos estrangeiros envolvidos em atos de corrupção ou violações dos direitos humanos.

Dessa forma, Flávio Dino considerou hoje que, "tendo em vista os riscos e possibilidades de operações, transações e imposições indevidas envolvendo" o sistema financeiro brasileiro, "transações, operações, cancelamentos de contratos, bloqueios de ativos, transferências para o exterior (ou oriundas do exterior) por determinação de Estado estrangeiro, em desacordo aos postulados dessa decisão, dependem de expressa autorização desta Corte".

O filho de Jair Bolsonaro e deputado federal Eduardo Bolsonaro já reagiu a esta decisão, considerando que  "a tentativa do Dino de impedir a aplicação da Lei Magnitsky, por uma canetada do STF, é materialização da crise instrucional que o Brasil vive"

"As elites financeiras estão dispostas a afundarem junto com a trupe de aloprados [amalucados] ou irão sentar com os adultos de verdade e resolver o problema que afeta todos?", questionou.


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MNE recebeu homólogo de Bissau após expulsão da Lusa, RDP e RTP de Bissau... O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, teve hoje um encontro com o homólogo da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, país que expulsou a agência Lusa, RTP e RDP, expressando a expectativa de que a situação "possa ser ultrapassada".

© Lusa  18/08/2025

"Este encontro, organizado no sentido de envidarmos todos os esforços para se retomar a plena normalidade das relações bilaterais, decorreu de forma claramente construtiva, deixando a expectativa positiva de que a presente situação possa ser ultrapassada", refere numa breve nota após o encontro, em Lisboa.

Na nota é feita referência ao comunicado de 15 de Agosto, em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) repudiou a expulsão da agência Lusa, RTP e RDP da Guiné-Bissau, que classificou de "altamente censurável e injustificável", e disse que ia pedir explicações ao Governo guineense.

Depois disso, avança o MNE, houve "vários contactos" e hoje a oportunidade de receber "pessoalmente no Palácio das Necessidades" o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau.

No comunicado de 15 de agosto, o executivo português afirmava que, "ciente da importância do trabalho destes órgãos de comunicação social para as populações de ambos os países e para a comunidade lusófona em geral, tudo fará para reverter tal decisão".

O Governo, acrescentava, está a acompanhar "a situação com as administrações da Lusa, RTP e RDP".

As delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau, as suas emissões suspensas nesse mesmo dia e os representantes tinham indicação para deixar o país até terça-feira, por decisão do Governo guineense, não tendo sido avançadas razões.


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ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E PRESIDENCIAIS NA ORDEM DO DIA

Por Ba Di Géba Poco 

A Comissão de Seguimento do Processo Eleitoral reuniu-se esta manhã sob a presidência de Sua Excelência o Primeiro-Ministro, Braima Camará.

Na abertura dos trabalhos, o Primeiro-Ministro reiterou de forma inequívoca que a prioridade máxima do Governo de Iniciativa Presidencial é a realização das eleições presidenciais e legislativas na data previamente marcada, sublinhando que esta constitui igualmente a principal preocupação de Sua Excelência o Senhor Presidente da República.

Em seguimento ao primeiro encontro realizado com a GTAPE e a CNE, e de acordo com o que havia sido definido, a Comissão Nacional de Eleições, após a recepção dos Cadernos Eleitorais, procedeu à entrega de um Plano de Ação e de Desembolso.

O Ministro das Finanças assegurou que o seu pelouro dispõe de condições financeiras para garantir a cobertura integral das despesas ainda pendentes, necessárias à concretização de todas as ações programadas no âmbito do processo eleitoral.

Bissau, 18 de Agosto de 2025- O Ministro das Pescas e Economia Marítima, Abel da Silva Gomes, efetua uma visita de trabalho às instalações da Direção-Geral da Pesca Artesanal, Direção-Geral do INIPO e a Direção-Geral de FISCAP-IP.

O objetivo da visita visa inteirar-se do estado de funcionamento administrativo e condições das infraestruturas das referidas instituições.

‎O presidente da Juventude da Renovação Social (JRS), Uffe Vieira, lançou duras críticas à forma como Portugal e a sua comunicação social tratam a Guiné-Bissau, acusando-os de perpetuar uma imagem negativa do país e ignorar os avanços significativos dos últimos anos.

Por TV VOZ DO POVO 

Uffe Vieira critica postura de Portugal e exige respeito à soberania da Guiné-Bissau

 ‎‎O presidente da Juventude da Renovação Social (JRS), Uffe Vieira, lançou duras críticas à forma como Portugal e a sua comunicação social tratam a Guiné-Bissau, acusando-os de perpetuar uma imagem negativa do país e ignorar os avanços significativos dos últimos anos.

‎Para Vieira, é inaceitável que, enquanto outros países lusófonos como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são promovidos positivamente na Europa, a Guiné-Bissau continue a ser apresentada como um "Estado falhado" e "país inviável", mesmo tendo dado saltos concretos em estabilidade, diplomacia e desenvolvimento económico nos últimos cinco anos.

‎O líder juvenil denuncia o papel "altamente politizado e sensacionalista" de alguns órgãos de comunicação portugueses no território guineense, acusando-os de dar palco apenas a vozes divisionistas, ligadas a interesses partidários, ignorando completamente o contraditório e o progresso real vivido pelo país.

‎Vieira defende que o Estado guineense tem o direito — e o dever — de reagir a esse tipo de tratamento, tomando decisões que protejam a estabilidade interna e a dignidade do povo. “Somos um país soberano. Precisamos de tudo, menos de atitudes que nos reduzam a cinzas”, afirma.

‎O dirigente enaltece ainda a nova postura firme do Presidente da República, que, segundo ele, representa uma geração de líderes africanos mais conscientes e preparados para enfrentar manobras externas. “Temos uma liderança que o povo sempre desejou. Chega de paternalismos disfarçados de cooperação”, dispara.

‎Vieira exige uma nova era nas relações com Portugal, assente na reciprocidade, no respeito e na solidariedade real — não apenas simbólica.

‎“Guiné-Bissau tem rumo, tem liderança e tem orgulho. Viva a soberania!”, conclui.

O Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação científica, Queba Jaité, presidiu hoje, segunda-feira (18.08), a cerimónia de encerramento do ano letivo 2024-2025

 

Carta Aberta do Movimento Nacional da Sociedade Civil de Exortação à Moderação de Medida Imposta às Mídias Portuguesas na Guiné -Bissau.


domingo, 17 de agosto de 2025

Atirador ucraniano quebra recorde mundial e mata dois soldados russos com uma bala a 4000 metros

Por gazetaexpress.com/pt

A unidade de atiradores de elite "Pryvyd" (Fantasma) da Ucrânia estabeleceu um recorde mundial para a maior distância confirmada de abate por atiradores de elite, matando tropas russas a uma distância de 4,000 metros.

De acordo com o Defense Express, o tiroteio foi realizado com um rifle "Alligator" calibre 14.5 mm de fabricação local.

O único tiro atingiu e matou dois soldados russos no setor de Pokrovsk, um feito possível graças ao alcance do fuzil de fabricação ucraniana e à habilidade de seus atiradores – com a ajuda de inteligência artificial (IA) e orientação de drones. "O ataque recorde foi realizado em 14 de agosto de 2025, usando inteligência artificial sob a orientação de um complexo de UAV com um fuzil Alligator de 14.5 mm", escreveu o jornalista militar Yuri Butusov, que publicou um vídeo do evento.

"A bala atravessou a janela atrás da qual os invasores estavam (à esquerda do cano)", acrescentou.

Os tiroteios ocorreram em meio a ataques russos intensificados no setor Pokrovsky, onde Moscou teria destacado cerca de 110,000 soldados, segundo algumas estimativas, e rompido as linhas defensivas ucranianas.

No entanto, os militares ucranianos disseram na sexta-feira que a situação está sob controle.

Vale ressaltar que o recorde mundial anterior também pertencia a um atirador de elite de 58 anos do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), que mirou em um alvo a 3,800 metros (cerca de 4,156 jardas) usando o rifle "Lord of the Horizon", produzido localmente.

O "Alligator" é um rifle fabricado na Ucrânia pela XADO-Holding, sediada em Kharkiv. É alimentado por carregador, tem calibre 14.5 mm, cano de 1,200 mm e velocidade inicial de 980 a 1,000 metros por segundo (3,215 a 3,281 pés por segundo).

O rifle pesa 25 quilos, o que é considerado normal para seu calibre.

"Se o rifle pesasse menos, o recuo seria muito mais substancial, mesmo levando em conta o freio de boca e a mola recuperadora no estojo do cartucho", escreveu o Defense Express.

Em 2021, o fabricante declarou que o Alligator tinha um alcance efetivo de 2 quilômetros (1.2 milhas) e foi projetado como um rifle antimaterial e não para uso contra pessoas.

Esses rifles foram projetados para desativar equipamentos em vez de atingir pessoas, mas o Defense Express observou que as condições do campo de batalha geralmente exigem que eles desempenhem múltiplas funções.

“Mas a experiência da vida real mostrou não apenas requisitos completamente diferentes, mas também as capacidades reais das armas ucranianas, que excederam em muito as expectativas de seus criadores”, escreveu a mídia.

A mídia acrescentou que 4 quilômetros (cerca de 4,374 jardas) não é o limite para este rifle. Uma bala disparada dele pode percorrer até 7 quilômetros (cerca de 7,655 jardas). No entanto, a precisão é o principal fator limitante: a uma distância de 1.5 quilômetro, a deflexão já pode formar um círculo com um diâmetro de cerca de um metro. Portanto, a uma distância de 4 quilômetros, o atirador provavelmente terá que disparar uma série de tiros para acertar o alvo.

Anteriormente, o Kyiv Post relatou que um atirador de elite da Inteligência Militar Ucraniana (HUR), com o indicativo de chamada "Lecturer", fez história ao eliminar um soldado russo a uma distância de 2,069 metros (2,263 jardas) usando um rifle Lapua Magnum .338 — um dos tiros mais longos confirmados da história.

Em sua entrevista exclusiva ao Kyiv Post, ele revela a intensa preparação, as condições extremas do campo de batalha e a precisão mental necessárias para tal ato na implacável zona de guerra ucraniana. De desviar de drones inimigos a fazer cálculos em frações de segundo, ele compartilha o que é preciso para realizar o ataque. Ele faz uma revelação pessoal, dizendo que luta ao lado do filho.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, realizou hoje uma breve visita a Cabo Verde, na qualidade de Presidente em Exercício da CPLP, para manifestar solidariedade às autoridades e ao povo cabo-verdiano, face à catástrofe que atingiu São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, provocando vítimas mortais, feridos e avultados prejuízos materiais.

Na cidade da Praia, foi recebido pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, a quem transmitiu todo o apoio e solidariedade incondicional neste momento de grande dificuldade.

Egito diz que países rejeitam acolher palestinianos expulsos de Gaza... O Egito afirmou hoje que todos os países que teriam sido contactados para receber palestinianos da Faixa de Gaza rejeitaram "esses planos repreensíveis" destinados a expulsar a população do enclave, alvo de uma ofensiva israelita há 22 meses.

Por LUSA 

"O Egito observa que, através dos seus contactos, países que, segundo informações, teriam concordado em receber palestinianos expressaram rejeição a esses planos repreensíveis", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado, sem mencionar as nações com as quais manteve conversas.

De acordo com fontes israelitas citadas pela imprensa norte-americana na última semana, Israel estabeleceu contactos com o Sudão do Sul, Somalilândia, Etiópia, Líbia e Indonésia para receber um grande número de palestinianos de Gaza em troca de ajuda financeira.

Alguns países, como o Sudão do Sul, rejeitaram estas informações e condenaram publicamente as tentativas de Israel de deslocar à força os palestinianos.

"O Egito reitera a sua rejeição categórica de deslocamento de palestinianos e apela aos países para que não participem neste crime hediondo", é referido o comunicado, acrescentando que o Cairo tem acompanhado "com profunda preocupação os recentes relatos de consultas israelitas com alguns países para aceitar a deslocação de palestinianos".

De acordo com a nota, "isso faz parte de uma inaceitável política israelita que visa esvaziar as terras palestinianas dos seus habitantes, ocupá-las e liquidar a causa palestina".

"O Egito também afirma que não aceitará nem participará de tal deslocamento, considerando-o uma injustiça histórica sem justificativa moral ou legal. O Egito não permitirá", lê-se no comunicado, onde o Ministério pede aos países "amantes da paz que se abstenham de participar deste crime imoral".

A verdade é que há mais liberdade em África do que na Europa, na América, na Ásia, na Austrália ou na Escandinávia.

Faladepapagaio.blogspot.com

Presidente da Guiné-Bissau recusa explicar expulsão de Lusa, RTP e RDP... O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, escusou-se hoje, em Cabo Verde, a explicar os motivos da expulsão dos órgãos de comunicação social portugueses, justificando que o problema é entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Por  LUSA 17/08/2025

"É um problema da Guiné-Bissau com Portugal, não é com Cabo Verde. Não vou responder a isso", disse o Presidente guineense quando questionado pelos jornalistas, no Palácio do Governo, na cidade da Praia.

O Governo da Guiné-Bissau decidiu na sexta-feira expulsar as delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP do país, suspender as suas emissões com efeitos imediatos e ordenar aos seus representantes que deixem o país até terça-feira. Não foram avançadas razões para esta decisão.

"Não vou falar nada sobre Portugal em Cabo Verde", reforçou Sissoco Embaló.

Perante a insistência dos jornalistas sobre a liberdade de expressão e imprensa ser um valor universal, Sissoco Embaló rejeitou que estes valores estejam em causa na Guiné-Bissau.

"Podem ir à Guiné-Bissau e ver se está interditada a liberdade de expressão. Façam-me essa pergunta na Guiné-Bissau", disse.

O Presidente da Guiné-Bissau chegou hoje a Cabo Verde para uma visita destinada a manifestar solidariedade aos cabo-verdianos após a tempestade que atingiu a ilha de São Vicente, a 11 de agosto, provocando nove mortos e mais de duas centenas de desalojados, além da destruição de casas, estradas e infraestruturas de abastecimento de água e energia.

A visita, que esteve inicialmente prevista para sexta-feira, foi adiada para hoje devido a uma avaria no avião que iria transportar o Presidente guineense, de acordo com informações das autoridades cabo-verdianas.

O chefe de Estado guineense foi recebido no Palácio do Governo pelo primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva.

Também a visita que o Presidente da Guiné-Bissau tinha agendada para segunda-feira à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, foi adiada.

A Guiné-Bissau detém atualmente a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que assumiu na cimeira da organização em 18 de julho, na capital guineense.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português repudiou a expulsão dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses, que classificou como "altamente censurável e injustificável", e manifestou a intenção de pedir explicações ao Governo guineense.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, desloca-se a Cabo Verde para prestar solidariedade ao povo e às autoridades cabo-verdianas, na sequência do estado de calamidade declarado pelo Governo, após as fortes chuvas acompanhadas de ventos intensos e inundações que resultaram em várias vítimas mortais e significativos danos materiais.

 

Pessoas que vivem até aos 100 têm capacidade 'sobre-humana', diz ciência

Por noticiasaominuto.com  17/08/2025

Dois grandes estudos com idosos na Suécia descobriram que os centenários tendem a desenvolver menos doenças, acumulá-las mais lentamente e, em muitos casos, evitar completamente as condições mais mortais relacionadas à idade.

Uma nova pesquisa científica indica que pessoas que vivem até os 100 anos parecem ter uma capacidade 'sobre-humana' de evitar doenças graves.

Dois grandes estudos com idosos na Suécia descobriram que os centenários tendem a desenvolver menos doenças, acumulá-las mais lentamente e, em muitos casos, evitar completamente as condições mais mortais relacionadas à idade, apesar de viverem muito mais tempo do que seus pares, noticia o Daily Mail.

O trabalho, publicado por uma equipa de investigação internacional, sugere que a longevidade excepcional está ligada a um padrão distinto de envelhecimento, no qual a doença é retardada ou mesmo evitada por completo.

Os resultados desafiam a crença de que uma vida mais longa inevitavelmente vem acompanhada de mais anos de saúde precária e doenças.

Os investigadores analisaram décadas de registos de saúde para comparar pessoas que chegaram aos 100 anos com aquelas que morreram mais cedo, mas nasceram nos mesmos anos. 

Foi analisado o momento e o número de diagnósticos para uma ampla gama de condições - desde acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos até cancros e doenças neurológicas - para ver se os centenários sobreviviam mais às doenças ou se as evitavam completamente.

O primeiro estudo examinou os registos de saúde de 170.787 pessoas nascidas no condado de Estocolmo entre 1912 e 1922. 

Os participantes foram acompanhados por até 40 anos - desde os 60 anos até à morte ou até completarem 100 anos.

A análise mostrou que os centenários não só tinham taxas mais baixas de doenças no final da meia-idade, como mantiveram essa vantagem ao longo de toda a vida. 

Por exemplo, aos 85 anos, apenas 4% dos que chegaram aos 100 anos tinham sofrido um AVC.  Entre aqueles que morreram entre os 90 e os 99 anos, o número era de cerca de 10%. 

Da mesma forma, aos 100 anos, apenas 12,5% dos centenários tinham sofrido um ataque cardíaco, em comparação com mais de 24% daqueles que morreram na casa dos 80 anos.

Os investigadores afirmam que isso sugere que eles não estão apenas a sobreviver mais a doenças graves quando em comparação com os outros, estão a evitá-las por muito mais tempo e, às vezes, completamente.

No entanto, este estudo, publicado em agosto do ano passado, centrou-se em diagnósticos mais graves de doenças graves. 

Para investigar se a chave para a longevidade também pode estar em evitar condições menos graves, a equipa realizou um segundo estudo, que foi publicado este mês, noticia a mesma publicação.

Esta análise incluiu 40 problemas médicos diferentes, que variam de leves a graves, como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes e ataques cardíacos.

Os investigadores examinaram os registos de 274.108 pessoas nascidas entre 1920 e 1922 e acompanharam-nas durante cerca de 30 anos - desde os 70 anos até à morte ou até completarem 100 anos. Apenas 4330 participantes, o que equivale a 1,5%, atingiram os 100 anos.

Mesmo incluindo uma gama mais ampla de condições, os resultados foram consistentes: os centenários desenvolveram menos doenças em geral, e a sua taxa de acumulação de doenças foi mais lenta ao longo da vida.

As doenças cardiovasculares foram o diagnóstico mais comum em todas as faixas etárias, mas foram significativamente menos prevalentes entre os centenários.

Aos 80 anos, apenas 8% tinham sido diagnosticados com doenças cardiovasculares, em comparação com mais de 15% daqueles que morreram aos 85 anos.

As taxas mais baixas de doenças cardiovasculares pareciam ser fundamentais para a sua sobrevivência prolongada. 

Os centenários também demonstraram maior resiliência a condições neuropsiquiátricas, como depressão e demência, ao longo da vida.

Embora a maioria dos centenários tenha acabado por desenvolver várias condições de saúde, isso geralmente ocorreu muito mais tarde na vida, por volta dos 89 anos, e sem o declínio acentuado da saúde observado em não centenários durante os seus últimos anos.


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Se quiser dar prioridade a um exercício que a ciência tem associado repetidamente à longevidade, o fisioterapeuta e autor Lex Gonzales, citado pelo site Parade, diz que não há melhor do que caminhar.


Israel anuncia bombardeamento de "instalação energética" no Iémen... O exército israelita anunciou este domingo ter bombardeado "uma instalação energética" utilizada pelos rebeldes Huthis em Sanaa, no Iémen, no mais recente ataque contra os rebeldes iemenitas que lançaram vários mísseis contra Israel.

Por  LUSA 17/08/2025

No Iémen, uma fonte da Defesa Civil, citada pela televisão Huthi Al-Massira, relatou "uma agressão" contra uma central elétrica em Sanaa, a capital controlada pelos rebeldes.

"Tsahal (exército israelita) realizou um ataque a cerca de 2.000 quilómetros de Israel, no coração do Iémen, visando uma infraestrutura energética utilizada pelo regime terrorista Huthi", indicou o exército israelita em comunicado.

"Estes ataques foram realizados em resposta às repetidas ofensivas" conduzidas pelos Huthis "contra o Estado de Israel e os seus cidadãos, incluindo o lançamento de mísseis terra-terra e de drones", acrescentou.

Segundo a mesma fonte, os rebeldes Huthis "atuam sob a direção e o financiamento do regime iraniano, com o objetivo de prejudicar o Estado de Israel e os seus aliados", e "levam a cabo atividades terroristas contra o transporte marítimo mundial e as rotas comerciais".

O exército afirmou ainda estar "determinado a eliminar qualquer ameaça contra Israel, onde quer que seja necessário".

Apoiados pelo Irão, inimigo jurado de Israel, os Huthis lançam regularmente ataques com mísseis e drones contra Israel, afirmando agir em solidariedade com os palestinianos de Gaza.

O território palestiniano está devastado por uma guerra desencadeada por um ataque do movimento islamita Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023. A ofensiva de represálias israelita causou dezenas de milhares de mortos em Gaza e provocou uma catástrofe humanitária.

Israel já realizou vários ataques de retaliação no Iémen, atingindo zonas sob controlo dos Huthis, incluindo portos no oeste do país e o aeroporto de Sanaa.


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Cessar-fogo? "Rússia ainda não determinou quando vai pôr fim à matança"... O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no sábado que a recusa da Rússia em concordar com um cessar-fogo antes de iniciar as negociações de um acordo de paz dificulta a situação.

Por  LUSA 17/08/2025

"Vemos que a Rússia rejeita os inúmeros apelos para um cessar-fogo e ainda não determinou quando vai pôr fim à matança. Isso complica a situação", declarou Zelensky numa publicação na rede social X.

O Presidente ucraniano sublinhou que se a Rússia não tem "vontade de executar uma simples ordem para parar os ataques, pode ser muito difícil conseguir que tenha vontade de implementar algo muito maior, uma coexistência pacífica com o seu vizinho durante décadas".

No entanto, Zelensky garantiu que, juntamente com os seus aliados, a Ucrânia está a trabalhar em prol da paz e da segurança.

"Parar a matança é um elemento-chave para parar a guerra", insistiu o governante, acrescentando que se está a preparar a reunião que terá na segunda-feira em Washington com o Presidente norte-americano, Donald Trump, que se reuniu na sexta-feira com o homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca.

"É importante que todos concordem que deve haver uma conversa ao nível dos líderes para esclarecer todos os detalhes e determinar quais os passos necessários e como irão funcionar", comentou Zelensky em relação à proposta de Trump de realizar uma cimeira trilateral com Putin.

Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou no sábado que um eventual encontro entre Putin, Zelensky e Trump devia ter lugar na Europa e adiantou que já sugeriu essa solução.

Em declarações anteriores, o Presidente ucraniano estabeleceu entre as prioridades, com vista à negociação de um acordo de paz, a declaração de um cessar-fogo em todas as frentes e a libertação de todos os ucranianos.

Além disso, Zelensky destacou a importância de garantias de segurança credíveis, com a participação tanto da Europa como dos Estados Unidos, e exigiu que as questões territoriais não fossem decididas sem o envolvimento da Ucrânia.

O encontro de sexta-feira terminou sem um acordo de cessar-fogo, como pretendia Trump, que entretanto já veio defender a obtenção de um acordo de paz para terminar a guerra iniciada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.


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Donald Trump terá dito a Zelensky e a outros líderes europeus que "deseja realizar uma cimeira trilateral rapidamente, já em 22 de agosto", após ter estado com Putin, no Alasca.