quinta-feira, 24 de julho de 2025
Hulk Hogan morre: Lenda do wrestling e ator tinha 71 anos... Hulk Hogan, um dos maiores nomes da história da luta livre, morreu hoje nos EUA aos 71 anos. A informação foi publicada inicialmente pelo site norte-americano TMZ e confirmada pela WWE.
O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, realizou uma visita de trabalho de algumas horas à República do Chade, durante uma escala em Ndjamena, a caminho de uma visita de Estado à Guiné Equatorial.
Durante o encontro com o seu homólogo chadiano, Mahamat Idriss Déby Itno, os dois Chefes de Estado fizeram uma análise do estado das relações de amizade e cooperação entre os dois países, reafirmando o compromisso de reforçar os laços bilaterais.
Depois desta visita de trabalho de algumas horas ao Chade, o Presidente da República segue viagem com destino à cidade de Malabo, onde vai realizar uma visita de Estado, a convite do Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Comandante receia que a prazo se torne impossível atracar no porto de Bissau... Um ex-administrador dos Portos da Guiné-Bissau disse hoje à Lusa recear que, dentro de três anos, seja impossível a qualquer navio de grande porte atracar no porto de Bissau devido ao assoreamento.
Por LUSA
"Se não se fizer a dragagem no porto de Bissau, daqui a três anos nenhum navio de grande porte conseguirá atracar lá", advertiu o comandante Carlos Silva, um dos primeiros quadros guineenses formados em Marinha Mercante.
O responsável, antigo diretor-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), afirmou que o nível do assoreamento (acúmulo de lodo e outros detritos no rio) "está numa velocidade que até mete medo".
"O porto foi construído em 14 metros [de profundidade], mas agora, com a maré alta, só tens cinco metros de profundidade. Isso é grave", declarou Carlos Silva, antigo comandante de um dos mais emblemáticos navios da Guiné-Bissau, o Sambuia, que ligava a zona continental do país às ilhas Bijagós.
O piloto está preocupado, mas admitiu a existência do "empenho das autoridades" do país no sentido de tratar da dragagem do porto de Bissau, a qual aconselhou que seja feita a partir do "canal de Empernal", que separa a capital guineense da localidade de Cumeré.
Se a dragagem não for feita nos próximos tempos, Carlos Silva prevê o aumento da sedimentação, que, em condições normais, é de 11 centímetros por ano.
"Se multiplicares 11 centímetros de lodo que vem e fica, em 52 anos temos mais ou menos 5,72 metros de lodo acima do nível desejado, isso sem contar com barcos velhos encalhados no fundo do porto, lodo que vem de construções à volta do rio Geba, em Bissau", notou.
Pelas contas do comandante Carlos Silva, neste momento, em cada porto de atracagem de navios e barcos na Guiné-Bissau, a dragagem deve ser feita até ao nível de seis metros.
Em relação à sinalização de navegação marítima, o comandante Silva disse ser "um outro problema" para o país, já que "não existem boias e todos os faróis estão apagados".
"Isso penaliza o país, porque navios da Marinha Mercante que poderiam entrar a qualquer momento, agora estão condicionados. Navegam até à estação de Caio e param aí até ao dia seguinte, em que é enviado um piloto [de Bissau] para trazer o navio", observou.
O piloto, formado no Brasil, afirmou que os navios que queiram entrar no porto de Bissau só o conseguem fazer se navegarem durante o dia.
ONU acusa talibãs de graves violações dos direitos humanos contra afegãos... A ONU acusou hoje as autoridades talibãs de terem cometido "graves violações" dos direitos humanos, incluindo "casos de tortura" contra afegãos que regressaram após terem sido expulsos de países terceiros, o que estas negam.
Por LUSA
Uma vez no Afeganistão, algumas destas pessoas, principalmente mulheres, membros do antigo governo e jornalistas, foram vítimas de "graves violações" dos seus direitos, cometidas "de acordo com o seu perfil" pelas autoridades talibãs, segundo um novo relatório da ONU.
Estas violações, segundo a fonte, afetam mulheres, profissionais dos meios de comunicação e membros da sociedade civil, assim como indivíduos ligados ao antigo governo e às suas forças de segurança, apesar da amnistia declarada pelos talibãs.
"Estas violações incluem casos de tortura, maus-tratos, prisões e detenções arbitrárias e ameaças à segurança", afirmou a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) e o Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos num relatório conjunto.
O documento baseia-se em entrevistas realizadas em 2024 a 49 afegãos forçados a regressar ao seu país.
"O regresso de indivíduos que correm o risco de perseguição, tortura, tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante, desaparecimento forçado ou outros danos irreparáveis aos seus países, é uma violação do princípio de não expulsão e uma grave violação do direito internacional", acusaram a UNAMA e o Alto Comissariado.
O Governo dos talibãs rejeitou as conclusões, acusando a ONU de divulgar "propaganda e rumores".
"As pessoas citadas no relatório terão sido imprecisas, talvez se oponham ao sistema ou queiram fazer propaganda, espalhar boatos e utilizam para a isso a UNAMA", disse à agência France-Presse o porta-voz do Governo, Zabihullah Mujahid.
Desde 2023, com o início das campanhas de expulsão lançadas pelo Irão e pelo Paquistão, milhões de afegãos regressaram ao seu país. Só em 2025, regressaram mais de 1,9 milhões de pessoas, a grande maioria do Irão, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Os talibãs, que regressaram ao poder no Afeganistão em 2021, afirmam que a lei islâmica imposta no país "garante" os direitos de todos.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros afegão, Amir Khan Muttaqi, afirmou que o respeito pelos direitos humanos estava a ser usado como "desculpa" por "certos países" --- não identificados --- para não reconhecerem o "Emirado Islâmico", algo que só a Rússia fez.
Paquistão, Irão, Tajiquistão, além da Alemanha e os Estados Unidos, são alguns dos muitos países que expulsaram ou anunciaram a intenção de devolver afegãos ao seu país de origem.
O Tajiquistão, outro país vizinho, também anunciou a sua intenção de expulsar os afegãos. Desde 08 de julho, pelo menos 377 foram expulsos, informou o ACNUR à agência de noticiosa AFP.
Na semana passada, 81 afegãos também foram expulsos da Alemanha depois de terem sido condenados, enquanto Washington anunciou a revogação do estatuto de proteção temporária de milhares de afegãos em solo norte-americano, argumentando que a segurança tinha sido restabelecida no seu país.
Mas, para a ONU, a situação humanitária no país é "grave".
A organização pediu "a suspensão imediata" dos retornos, sobretudo quando há risco de "perseguição" ou "tortura".
"No Afeganistão, isto é ainda mais verdade para as mulheres e raparigas, que são sujeitas a uma série de medidas que equivalem a perseguição unicamente com base no seu género", afirmou hoje o Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
O Afeganistão é o único país do mundo onde as jovens estão proibidas de frequentar a escola após os 12 anos e onde as mulheres estão proibidas de frequentar parques, ginásios, salões de beleza e universidades.
Maior árvore do mundo tem 47 troncos e pelo menos 16 mil anos... A maior árvore do mundo, que fica localizada no Utah, Estados Unidos (EUA), tem 47 troncos e 16 mil anos. Apesar de parecer um aglomerado de árvores, todos os troncos estão ligados pela mesma raiz.
Por LUSA
A maior árvore do mundo tem 47 troncos e fica localizada na Floresta Nacional de Fishlake, no Utah, Estados Unidos da América (EUA).
Agora, pela primeira vez na história da sua longa vida, um grupo de cientistas, constituído por investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, e da Universidade de Utah, conseguiram perceber, através de "centenas de amostras de DNA", que o Pando ('Populus tremuloides') em questão tem, pelo menos, mais de uma dezena e meia de milhares de anos.
Segundo os dados publicados no bioRxiv, após a investigação, além de ser a maior árvore do mundo, esta poderá ser dos organismos mais antigos da Terra, uma vez que tem entre 16 e 80 mil anos.
Apesar de parecer toda uma floresta - e até ser conhecida como tal - o Pando é, na verdade, uma única árvore, com 47 mil caules ligados por um sistema de raízes que se espalha por cerca de 43 hectares.
Pando — cujo nome em latim significa "eu espalho" — é uma planta triploide, o que significa que suas células contêm três cópias de cada cromossoma, em vez de duas. Como tal, ela não se pode reproduzir, cria clones de si mesma.
O artigo agora publicado será agora submetido à revisão de pares.
Leia Também: Dupla que derrubou árvore centenária condenada a 3 e 4 anos de prisão
Von der Leyen diz a Xi Jinping que relações UE-China estão num “ponto de inflexão”.... António Costa, também presente na reunião, instou Xi Jinping a usar a sua influência sobre Moscovo para “pôr fim à guerra de agressão contra a Ucrânia”
Ursula von der Leyen (EPA/Olivier Matthys). Por cnnportugal.iol.pt
A presidente da Comissão Europeia alertou o Presidente chinês que as relações entre a União Europeia e a China atingiram um “ponto de inflexão”, exigindo soluções para o desequilíbrio comercial e o apoio a Moscovo.
A advertência de Ursula von der Leyen foi feita no arranque da 25.ª cimeira UE-China, em Pequim, numa reunião de um dia marcada por crescentes tensões económicas e geopolíticas, que ensombram as comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre as duas partes.
“À medida que a nossa cooperação se aprofundou, também se aprofundaram os desequilíbrios. Chegámos a um ponto de inflexão”, declarou Von der Leyen, de acordo com declarações preparadas para o encontro.
“Reequilibrar a nossa relação bilateral deixou de ser uma opção. É uma necessidade”, apontou.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também presente na reunião, instou Xi Jinping a usar a sua influência sobre Moscovo para “pôr fim à guerra de agressão contra a Ucrânia”, reiterando o apelo europeu a uma posição mais firme da China face à invasão russa.
Pequim recusou até agora condenar a ofensiva russa e tem sido acusada de fornecer bens de uso duplo civil e militar a Moscovo – alegações que o Governo chinês nega. Na quarta-feira, a China criticou as sanções impostas pela UE a dois bancos chineses por alegadamente facilitarem o comércio com a Rússia, dias antes da chegada dos dirigentes europeus à capital chinesa.
Xi Jinping reconheceu que as relações atravessam um “momento crítico” e defendeu que ambas as partes devem fazer “as escolhas estratégicas corretas”, aprofundando a cooperação de modo a oferecer “mais estabilidade e certeza para o mundo”.
“As relações entre a China e a UE devem manter-se na direção certa. Somos dois ‘grandes’ na comunidade internacional e temos a responsabilidade de o fazer”, afirmou.
A cimeira ocorre num momento de particular tensão comercial, com Bruxelas a denunciar práticas “injustas” por parte de Pequim, incluindo o impacto de bens subsidiados chineses de baixo custo nos mercados europeus.
Dados oficiais chineses mostram que, no primeiro semestre do ano, as exportações da China para a UE aumentaram 7%, para 267 mil milhões de dólares (226 milhões de euros), enquanto as importações europeias caíram 6%, para 125 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros).
Von der Leyen sublinhou que “as relações, para serem sustentáveis, têm de ser mutuamente benéficas” e defendeu que “é vital que a China e a Europa reconheçam as respetivas preocupações e apresentem soluções reais”.
Os dirigentes europeus realizaram um almoço de trabalho com Xi Jinping e têm ainda previstas reuniões e um banquete oficial com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
Von der Leyen deverá prestar declarações à imprensa ao final do dia.
Xi Jinping pede renovação estratégica nas relações com União Europeia
O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou para uma renovação estratégica nas relações com a União Europeia, durante uma cimeira em Pequim marcada por crescentes tensões comerciais, tecnológicas e geopolíticas entre os dois blocos.
Segundo Xi, ao longo das últimas cinco décadas, os laços sino-europeus produziram “resultados frutíferos” e beneficiaram ambas as partes e o mundo.
O líder chinês defendeu que, perante “uma situação internacional mais desafiadora e complexa”, a China e a UE devem reforçar a comunicação, fomentar a confiança e aprofundar a cooperação, contribuindo com mais estabilidade e previsibilidade para o mundo.
“Devemos procurar convergências, mesmo mantendo divergências, e persistir na abertura e no benefício mútuo”, afirmou, sublinhando a importância de promover um relacionamento bilateral “que continue a crescer na direção correta” e que possa projetar-se para os próximos 50 anos “ainda mais brilhantes”.
Apesar da retórica diplomática, analistas e fontes europeias advertiram que a cimeira ocorre num clima de desconfiança mútua e com expectativas limitadas de resultados concretos.
O grupo de reflexão (‘think tank’) Bruegel classificou o encontro como uma “não-cimeira”, devido ao impasse persistente nas principais áreas de discórdia.
Entre os temas centrais estão o desequilíbrio comercial – com um défice europeu superior a 300 mil milhões de euros – e o acesso a matérias-primas críticas, como as terras raras, sujeitas a restrições de exportação por parte da China.
A UE acusa Pequim de distorcer os mercados ao subsidiar fortemente a sua indústria, sobretudo no setor dos veículos elétricos, cujas exportações a preços abaixo dos praticados por fabricantes europeus levaram Bruxelas a impor tarifas adicionais entre 17% e 45,3%.
Outro foco de tensão reside no apoio chinês à Rússia. Em junho, Von der Leyen acusou Pequim de alimentar a economia de guerra russa com apoio “incondicional” a Moscovo.
De acordo com o South China Morning Post, jornal de Hong Kong, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, terá alertado interlocutores europeus de que um eventual colapso russo desviaria o foco estratégico dos Estados Unidos para o Indo-Pacífico – algo que a China pretende evitar.
Diplomatas europeus citados pela revista Politico acusam ainda Pequim de tentar dividir o bloco comunitário, privilegiando relações bilaterais com países como a Alemanha ou a França, em detrimento de uma abordagem unificada.
Já a publicação The Diplomat observa que o simbolismo do 50.º aniversário contrasta com a realidade atual: “A cimeira deverá apenas confirmar quão distantes estão os valores e interesses de ambas as partes.”
Aeronave russa com 49 ocupantes cai em Amur. Destroços encontrados... Uma aeronave russa com 49 ocupantes desapareceu dos radares esta quinta-feira enquanto se aproximava de Tynda, uma localidade na região de Amur, na fronteira com a China. A fuselagem do avião já foi localizada, em chamas.
Por LUSA
Uma aeronave russa com 49 ocupantes - 43 passageiros, incluindo cinco crianças, e seis tripulantes - desapareceu dos radares no leste do país, esta quinta-feira, avançou a Reuters. As autoridades russas anunciaram, pouco depois, que a fuselagem foi encontrada em chamas.
O aparelho, pertencente à empresa Angara, desapareceu dos radares enquanto se aproximava de Tynda, uma localidade na região de Amur, na fronteira com a China.
O voo fazia a ligação entre as cidades de Blagoveshchensk e Tynda. "A comunicação com a aeronave foi perdida a vários quilómetros do aeroporto na cidade de Tynda", informou o Ministério das Situações de Emergência russo em comunicado.
O governador da região de Amur, Vasily Orlov, deu indicação sobre as operações de buscas através do Telegram.
Um helicóptero de resgate localizou destroços do avião, em chamas. "A 15 km de Tynda, os destroços de um An-24 foram encontrados numa encosta. O avião ficou destruído", acrescentaram os serviços de emergência.
De acordo com informações preliminares fornecidas pelo governador, o An-24 transportava 43 passageiros, incluindo cinco crianças, e uma tripulação de seis pessoas. O Ministério das Situações de Emergência russo, porém, coloca o número de passageiros numa fasquia mais baixa: cerca de 40.
"Todas as forças e recursos necessários foram alocados para as buscas pela aeronave", afirmou Orlov no seu canal de Telegram.
Israel revê resposta do Hamas a proposta de trégua em Gaza... "Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão", referiu o gabinete, num breve comunicado.
Por LUSA
Israel está a estudar a resposta do grupo islamita palestiniano Hamas à proposta de cessar-fogo de 60 dias para a Faixa de Gaza, anunciou hoje o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão", referiu o gabinete, num breve comunicado.
A resposta do Hamas incluiu propostas de alterações às cláusulas sobre a entrada de ajuda humanitária, mapas das zonas de onde o exército israelita se deverá retirar e garantias de um fim permanente para a guerra, disse à agência de notícias France-Presse uma fonte palestiniana próxima das negociações em curso em Doha, no Qatar.
"O Hamas acaba de apresentar a sua resposta e a das fações palestinianas à proposta de cessar-fogo aos mediadores", afirmou hoje o movimento islamista palestiniano, na plataforma de mensagens Telegram.
Os negociadores estão a tentar chegar a acordo sobre uma trégua que permita a libertação de dez reféns israelitas em troca de um número não especificado de prisioneiros palestinianos.
No entanto, as negociações arrastam-se há mais de duas semanas sem qualquer avanço, com cada lado a acusar o outro de se recusar a ceder em exigências importantes.
Para Israel, desmantelar as capacidades militares e governamentais do Hamas é inegociável, enquanto o movimento palestiniano exige garantias firmes para uma trégua duradoura, a retirada total das tropas israelitas e o livre fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
O porta-voz do Governo israelita, David Mencer, acusou na quarta-feira o Hamas de obstruir as negociações.
"Israel aceitou a proposta do Qatar, bem como a proposta atualizada de [o enviado especial dos EUA, Steve] Witkoff; é o Hamas que está a recusar", disse aos jornalistas, acrescentando que os negociadores israelitas ainda estavam em Doha e as discussões prosseguiam.
Os Estados Unidos indicaram na terça-feira que Witkoff ia viajar para a Europa esta semana, para negociações sobre Gaza e que, depois, poderia viajar para o Médio Oriente.
Witkoff inicia a viagem com "a firme esperança" de alcançar um novo cessar-fogo, "bem como um corredor humanitário para a entrega de ajuda, com o qual ambos os lados, de facto, concordaram", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, na terça-feira.
Aeroporto de Madrid restringe acesso noturno para evitar sem-abrigo... O acesso noturno ao Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas será restringido a partir de hoje, para reforçar a segurança e prevenir a pernoita de pessoas em situação de sem-abrigo, anunciou a entidade gestora da infraestrutura.
Por LUSA
Em comunicado, a empresa Aeroportos e Navegação Aérea Espanhola (Aena) indica que continuará a facilitar o trabalho "indispensável e valioso" dos assistentes sociais das equipas de rua da Câmara Municipal de Madrid e de organizações que apoiam os sem-abrigo.
Estes assistentes, observou, encaminham estas pessoas para as instalações disponibilizadas pela Câmara Municipal, a fim de "avançar gradualmente a sua mudança completa para o centro de acolhimento da Câmara Municipal de Madrid".
Em relação ao recenseamento das pessoas que pernoitam no Aeroporto de Barajas, "as partes envolvidas" estão a finalizar o tratamento de dados para cumprir a legislação em vigor nesta matéria, segundo a Aena.
"Legalmente, o recenseamento não é essencial para que as equipas de rua da Câmara Municipal de Madrid prestem os primeiros socorros necessários às pessoas em situação de sem-abrigo, um grupo muito sensível, cujo número diminuiu substancialmente nas últimas semanas no aeroporto", esclareceu.
De igual modo, a Aena realçou que os aeroportos não são infraestruturas destinadas à habitação, "mas sim infraestruturas exclusivamente de trânsito, que em caso algum dispõem das condições adequadas para pernoitar, como as instalações da Câmara Municipal de Madrid possuem".
Além disso, observou que, a equipa técnica do aeroporto não recebeu qualquer indicação que corrobore a "excruciante especulação" que liga a presença de pessoas em situação de sem-abrigo a uma hipotética infestação de percevejos no aeroporto.
Tailândia lança ataques aéreos contra dois alvos militares no Cambodja.... A Tailândia lançou hoje ataques aéreos contra dois alvos militares no Camboja, anunciou o exército tailandês, após confrontos entre as forças armadas dos dois países, que já fizeram pelo menos um morto.
Por LUSA
"Os F-16 lançaram ataques! Postos militares cambojanos das 8.ª e 9.ª divisões [comandos das forças especiais] foram destruídos", afirmou a divisão Segunda Região do exército tailandês, destacada no nordeste, numa publicação na rede social Facebook.
O Ministério da Defesa cambojano condenou a "agressão militar brutal" da Tailândia e acrescentou que Phnom Penh "não tem outra escolha senão usar o direito soberano e territorial para se defender da invasão do exército tailandês".
Entretanto, a Embaixada da Tailândia no Camboja solicitou aos cidadãos tailandeses que abandonem o país após os confrontos entre os exércitos das duas nações, que começaram hoje, e dada a possibilidade de os ataques "continuarem e expandirem-se".
O exército tailandês afirmou que as forças de Phnom Penh abriram fogo numa zona fronteiriça da província de Surin e que seis soldados cambojanos estavam à porta de uma base de operações tailandesa "totalmente armados, incluindo [com] lança-mísseis".
O gabinete do primeiro-ministro tailandês anunciou a morte de um civil tailandês neste ataque, no nordeste do país.
"Um projétil de artilharia cambojana atingiu a casa de um civil tailandês, matando uma pessoa, ferindo gravemente uma criança de cinco anos e ferindo outras duas", disse a mesma fonte em comunicado.
No meio do ressurgimento da histórica disputa territorial entre Banguecoque e Phnom Penh, o primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, confirmou à imprensa que foram disparados tiros numa área reivindicada por ambos e que os detalhes do incidente estão a ser investigados.
O Camboja e a Tailândia estão em conflito há muito tempo sobre o traçado da fronteira de mais de 800 quilómetros, definida em grande parte por acordos celebrados durante a ocupação francesa da chamada Indochina, entre final do século XIX e meados do século XX.
Em 2011, confrontos em torno do templo Preah Vihear, classificado como património mundial pela Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e reivindicado por ambos os países, causaram pelo menos 28 mortos e dezenas de milhares de deslocados.
Embora em 2013, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), principal órgão jurisdicional da ONU, tenha atribuído ao Camboja a zona contestada abaixo do templo, o traçado de outras zonas continua a opor Banguecoque e Phnom Penh.
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Kim Jong-un pede a soldados que se preparem "para uma guerra a sério"... O líder da Coreia do Norte pediu a soldados do país que se preparem "para uma guerra a sério", durante um exercício de tiro de artilharia que presenciou, informou hoje a imprensa oficial norte-coreana.
Por LUSA
Fotos divulgadas pela agência de notícias KCNA mostram Kim Jong-un, vestido com um fato preto, a dirigir-se a soldados de uniforme. Outras imagens mostram Kim a observar atentamente um exercício de tiro de artilharia ao lado de vários líderes militares norte-coreanos.
A sessão de tiro decorreu na quarta-feira, num local não revelado. Imagens divulgadas pela agência mostraram ainda projéteis a serem disparados em direção ao mar.
Durante a visita, Kim discursou para os soldados norte-coreanos, a quem pediu para se prepararem "para uma guerra a sério" e para serem capazes de "destruir o inimigo em todas as batalhas", de acordo com a KCNA.
Esta visita acontece depois de um contingente norte-coreano ter participado em combates contra as forças ucranianas na região russa de Kursk, parcialmente ocupada pelas tropas de Kiev desde o verão de 2024 e que a Rússia anunciou ter retomado totalmente no final de abril.
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quarta-feira, 23 de julho de 2025
Gabú: Quatro cabeças de gado morrem por envenenamento em Cancissé
EUA aprovam venda de armas à Ucrânia no valor de 273 milhões de euros... Os Estados Unidos anunciaram hoje que aprovaram uma venda de armas à Ucrânia, no valor de 322 milhões de dólares (273 milhões de euros), visando principalmente o reforço das defesas aéreas do país invadido pela Rússia.
© Reuters Lusa 23/07/2025
Esta venda de armas à Ucrânia, que também inclui veículos blindados, é a segunda desde que Donald Trump regressou ao poder, em janeiro, e acontece depois de o Presidente norte-americano ter prometido enviar armas para reforçar as defesas de Kyiv contra a Rússia.
A venda de armas, que foi notificada pelo Departamento de Estado ao Congresso norte-americana para aprovação, inclui peças sobressalentes e diversos equipamentos para mísseis de defesa aérea Hawk (172 milhões de dólares) e veículos blindados Bradley (150 milhões de dólares).
No início da semana passada, Trump prometeu fornecer equipamento militar adicional à Ucrânia através da NATO e deu à Rússia 50 dias para terminar a sua ofensiva no país, lançada em fevereiro de 2022, ou enfrentar sanções severas.
Prometeu também sistemas de defesa aérea Patriot.
O Presidente norte-americano, que está a pressionar Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito, rompeu com o envio maciço de armas para a Ucrânia prosseguido pelo seu antecessor democrata, Joe Biden.
Russos e ucranianos concluíram hoje uma terceira ronda de negociações diretas em Istambul, assinalando a "distância" nas suas posições para pôr fim à guerra e concordando apenas com uma nova troca de prisioneiros.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Leia Também: Rússia terá proposto tréguas de "24 a 48 horas" e aceitado trocar presos
O chefe da delegação russa às conversações de paz com representantes ucranianos em Istambul disse hoje ter proposto a Kyiv tréguas de "24 a 48 horas" nas linhas da frente e aceitado nova troca de prisioneiros.
Tiroteio junto ao Time Out Market em Lisboa... A PSP confirmou o incidente, afirmando que não houve feridos e que os suspeitos estão em fuga. As autoridades não divulgaram detalhes sobre a hora exata ou as causas do tiroteio.
Facebook Time Out Market Lisboa SIC Notícias Com LUSA
Um tiroteio ocorreu no início da noite desta quarta-feira no Time Out Market, no Cais do Sodré, em Lisboa, e os suspeitos estão em fuga, mas não há feridos, disse à Lusa fonte do comando metropolitano da PSP.
"Confirmamos que houve um tiroteio no Time Out Market, mas não há feridos a registar", afirmou à Lusa um responsável do Comando da PSP na capital, não adiantando mais pormenores, como a hora a que ocorreu este incidente e o que terá provocado o mesmo.
A mesma fonte apenas acrescentou que "os suspeitos estão em fuga".
Este medicamento comum poderá aumentar a sua expectativa de vida... Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.
© Shutterstock Por Mariana Moniz noticiasaominuto.com 23/07/2025
Foi demonstrado que um medicamento para hipertensão arterial retarda o envelhecimento em vermes, um efeito que, em humanos, poderá hipoteticamente ajudar-nos a viver mais e a manter-nos mais saudáveis nos nossos últimos anos.
Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.
Se isso se traduz na biologia humana ou se representa um risco potencial para a nossa saúde é um tema em debate constante. Encontrar maneiras de alcançar os mesmos benefícios sem os custos da redução extrema de calorias pode levar a novas maneiras de melhorar a saúde na velhice.
Num estudo publicado em 2023, vermes Caenorhabditis elegans jovens e velhos tratados com o medicamento - normalmente usado para tratar a tensão alta - viveram mais e apresentaram medidas mais altas numa variedade de marcadores de saúde da mesma forma que restringiram calorias, como os cientistas esperavam.
"Pela primeira vez, conseguimos mostrar em animais que a rilmenidina pode aumentar a expectativa de vida", explicou o biogerontólogo molecular João Pedro Magalhães, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido. "Agora estamos interessados em explorar se a rilmenidina pode ter outras aplicações clínicas."
O verme C. elegans é um dos favoritos para estudos, pois muitos de seus genes têm semelhanças com os seus equivalentes no nosso genoma. No entanto, apesar dessas semelhanças, ainda é um parente bastante distante dos humanos.
Testes adicionais mostraram que a atividade genética associada à restrição calórica pôde ser observada nos tecidos renais e hepáticos de camundongos tratados com rilmenidina.
Por outras palavras, algumas das mudanças que a restrição calórica proporciona aos animais e que se acredita conferir certos benefícios para a saúde também aparecem com medicamentos para a hipertensão que muitas pessoas já tomam.
Outra descoberta foi que um recetor de sinalização biológica chamado nish-1 era crucial para a eficácia da rilmenidina. Essa estrutura química específica pode ser alvo de futuras tentativas de aumentar a expectativa de vida e retardar o envelhecimento.
"Descobrimos que os efeitos de extensão da vida da rilmenidina foram abolidos quando o nish-1 foi apagado", explicaram os investigadores no seu artigo, publicado na revista Aging Cell.
"De forma crucial, o resgate do receptor nish-1 restabeleceu o aumento da expectativa de vida após o tratamento com rilmenidina."
Dietas de baixas calorias são difíceis de seguir e trazem consigo uma variedade de efeitos colaterais, como queda de cabelo, tontura e ossos quebradiços.
Ainda é cedo, mas acredita-se que esse medicamento para a hipertensão possa conferir os mesmos benefícios de uma dieta de baixas calorias, além de ser mais suave para o corpo.
O que torna a rilmenidina uma candidata promissora como medicamento antienvelhecimento é que ela pode ser tomada por via oral, já é amplamente prescrita e os seus efeitos colaterais são raros e relativamente leves (incluem palpitações, insónia e sonolência em alguns casos).
Ainda há um longo caminho a percorrer para descobrir se a rilmenidina funcionaria como um medicamento antienvelhecimento para humanos, mas os primeiros sinais desses testes com vermes e camundongos são promissores. Agora sabemos muito mais sobre o que a rilmenidina pode fazer e como ela opera.
"Com o envelhecimento da população global, os benefícios de retardar o envelhecimento, mesmo que ligeiramente, são imensos", disse Magalhães.
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Guiné-Bissau: Médicos franceses prestam consultas gratuitas no Hospital Regional de Gabú
Por Radio TV Bantaba
Dois médicos voluntários de nacionalidade francesa encontram-se no Hospital Regional de Gabú, onde estão a realizar consultas médicas gratuitas à população local.
A iniciativa foi possível graças à intervenção do deputado da Nação Alsaine Djaló, eleito pelo Círculo Eleitoral n.º 16, que articulou a vinda dos profissionais de saúde ao país com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados médicos na região.
Em declarações à imprensa, o deputado afirmou:
> “Enquanto representante do povo, estarei sempre ao lado da população. Prometi à região de Gabú que traria uma equipa médica e voltarei a fazê-lo. Estamos também a estudar a viabilidade da construção de uma clínica local.”
A presença dos médicos estrangeiros tem sido recebida com entusiasmo pela comunidade, que enfrenta desafios significativos no acesso a serviços de saúde especializados. De acordo com informações recolhidas no local, a ação deverá prolongar-se por vários dias, beneficiando um número elevado de pacientes.
Esta colaboração internacional representa um reforço relevante para o sistema de saúde regional e um importante apoio para os cidadãos que não têm meios para custear atendimentos médicos.
CORPO DE UM JOVEM DE MAIS DE TRINTA (30) ANOS DE IDADE ENCONTRADO SOBRE AS ÀGUAS DO RIO MANSOA CONCRETAMENTE EM JOÃO LANDIM
Por: Ussumane Mané radiosolmansi.net
Foi encontrado esta quarta-feira (23 de julho) sobre as águas do “Rio Mansoa”, concretamente em João Landim, o corpo de um jovem aparentemente de trinta (30) anos de idade, amarrado contra um pilar e baleado nas águas.
Segundo informações a que a Rádio Sol Mansi teve acesso, através de testemunhas, o corpo foi descoberto por um pescador que estava em sua prática diária de pesca. De acordo com Luís Pansau, responsável dos pescadores de João Landim, o homem encontrou o corpo amarrado há três quilômetro da ponte.
“Foi um homem que encontrou o corpo e ele estava no mar a pescar há três quilômetro para a ponte e viu-o de longe e foi até lá depois descobriu que era uma pessoa. O corpo foi encontrado bem amarrado com arame queimado e contra um pilar”, declarou Pansau, e informou à nossa reportagem que este se encontra com o calçado preto e roupas.
Luis Pansau, destaca que esta não é a primeira vez, foram várias vezes encontrados corpos naquela zona. Por isso, Pansau apela ao reforço de vigilância aos mares.
“É uma preocupação para nós que todos os dias estamos no mar a praticar a nossa atividade. Esta não é a primeira vez que deparamos com essa situação foi já várias vezes”, afirmou o pescador apelando a maior vigilância aos mares do país.
A ponte "Amílcar Cabral", sobre o rio Mansoa na localidade de João Landim, 20 quilómetros de Bissau, tem 785 metros de comprimento e 11,4 metros de largura.
Estados Unidos vão incinerar 10 milhões de dólares em contraceptivos
Por LUSA
Pelo menos duas organizações humanitárias enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém, mas os Estados Unidos rejeitaram.
Os Estados Unidos vão incinerar cerca de 8,5 milhões de euros (10 milhões de dólares) em contraceptivos financiados pelo próprio estado.
Implantes, pílulas e dispositivos intrauterinos, há meses num armazém na Bélgica, vão a caminho de França para serem destruídos, segundo avança a agência Reuters. E para além dos 10 milhões, a administração norte-americana vai gastar outros 160 mil dólares (quase 137 mil euros) só para incinerar os contraceptivos.
A ação vai, segundo a Reuters, de acordo com uma política, conhecida como 'Mexican City Policy', que impede que o país trabalhe em conjunto com organizações que disponibilizam o acesso ao aborto.
Mas pode também estar relacionada com a marca dos contraceptivos: a USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que fechou portas recentemente por ordem de Donald Trump. A agência foi um dos principais alvos do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, que procurava eliminar o “desperdício” nas despesas públicas. Meses depois da saída de Musk vão, literalmente, arder 10 milhões de dólares em contraceptivos.
Estados Unidos rejeitaram propostas de organizações humanitárias
Foram pelo menos duas as organizações que enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém: da organização não governamental (ONG) ‘MSI Reproductive Choices’; e o Fundo de População das Nações Unidas, a agência da ONU responsável por saúde sexual e reprodutiva.
Os valores não foram divulgados, mas a resposta norte-americana é conhecida: rejeitado.
"A MSI ofereceu-se para pagar por uma nova embalagem, pelo transporte e por taxas de importação, mas eles não estavam abertos a isso. Disseram-nos que o Governo dos Estados Unidos venderia os medicamentos apenas pelo valor total de mercado", disse a diretora-associada de advocacia da ONG, à Reuters.
Sarah Shaw considera que não se trata de uma questão de “economizar dinheiro” para os Estados Unidos: “Parece mais um ataque ideológico aos direitos reprodutivos.”
Com a ONU a história foi outra. As negociações não falharam, simplesmente nunca existiram porque as autoridades americanas não responderam aos contatos feitos pelas Nações Unidas.
No congresso norte-americano já foram introduzidas propostas para tentar impedir os contraceptivos de serem incinerados, mas é muito improvável que sejam aprovadas a tempo.
Na Bélgica, o próprio ministério das relações exteriores admitiu já ter explorado “todas as opções possíveis para prevenir a destruição, incluindo realocação temporária”, mas até agora não foi garantida uma “alternativa viável”.
Posição dos Estados Unidos quanto ao aborto
Em 2022, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou o precedente judicial do caso conhecido como Roe v. Wade de 1973 - onde o tribunal da época decidiu que a constituição norte-americana deve proteger a liberdade individual das mulheres grávidas e permitir que realizem um aborto, se assim quiserem.
Quase 50 anos depois, o precedente deixa de ser válido e a sociedade norte-americana divide-se sobre o tema do aborto. Atualmente, o procedimento é ilegal em 14 estados. Outros doze impõem restrições a partir da sexta semana de gestação e em oito estados a ilegalização permanece bloqueada graças a juízes federais.
A divisão segue as cores políticas dos Estados Unidos: estados democratas mantêm o direito à interrupção; os republicanos proíbem ou restringem o acesso.
Os relatos que chegam dos Estados Unidos falam em situações extremas de mulheres a morrerem devido a uma legislação ambígua, que pode prejudicar os profissionais de saúde que realizem o procedimento.
Na Geórgia, uma mulher em morte cerebral desde fevereiro tem sido mantida sob suposto de vida apenas por estar grávida. A família quer desligar as máquinas, mas o hospital recusa, alegando que a lei anti-aborto em vigor não o permite.
Lei da Nacionalidade viola a Constituição? Advogados dizem que sim.... A Ordem dos Advogados afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa: 4.º (cidadania portuguesa), 13.º (princípio da igualdade) 18.º (força jurídica).
Por LUSA
A Ordem dos Advogados emitiu esta quarta-feira um parecer “desfavorável” às alterações propostas pelo Governo à Lei da Nacionalidade e aponta “fundadas dúvidas acerca da constitucionalidade” do projeto de lei.
Em causa, a ordem afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa, nomeadamente o artigo 4.º que define o que é a cidadania portuguesa, o artigo 13.º que estabelece o princípio da igualdade entre todos os cidadãos, e o artigo 18.º que fala sobre a força jurídica.
Prazos diferentes para nacionalidades de origem diferentes
Ora, a proposta de alteração à Lei da Nacionalidade agora em cima da mesa “visa restringir o regime vigente” por o considerar “demasiado permissivo”, sugere não só aumentar o prazo de residência exigido para obter a cidadania, mas também implementar prazos diferentes dependendo da nacionalidade de origem.
Cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, por exemplo, vêem o prazo aumentar de cinco para sete anos. Os restantes passam a ter de viver em Portugal durante dez anos antes de poderem fazer o pedido de cidadania. Isto desde que não haja uma “justificação objetiva e proporcional” ao pedido.
A ordem dos advogados considera que, a ser aprovado, se trata de “um regime discriminatório” que contraria o “princípio da igualdade consagrado no artigo 13.º” que diz, taxativamente, que “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de (...) território de origem.”
Quanto à introdução de, no mínimo, três anos de residência legal dos pais estrangeiros de uma criança nascida em Portugal, representa, para a ordem, uma limitação “significativa ao acesso” à nacionalidade.
Diz a Ordem dos Advogados, que a medida pode mesmo ter um “impacto desproporcional” sobre os filhos de imigrantes legais que não preenchem este critério.
Negado o acesso à nacionalidade a quem comete crimes
Numa outra alteração, o Governo sugere também restringir o acesso à nacionalidade a quem for condenado pela justiça, “mesmo por crimes menores” (por exemplo, difamação). Uma proposta que a ordem defende que se afasta “do princípio da proporcionalidade e poderá gerar consequências desproporcionadas face à gravidade da infração”.
E alerta que “por qualquer crime” uma pena de apenas um dia ou de 30 “pode implicar uma restrição ao acesso à nacionalidade”.
A ordem aponta ainda que a medida é “redundante”, argumentando que penas superiores a três anos já impedem, de acordo com a lei atual, o pedido de nacionalidade.
Para além disso, a ordem afirma ainda que retirar a nacionalidade portuguesa de um cidadão, caso seja condenado nos dez anos seguintes a ter conseguido obter a mesma, pode “violar os artigos 4.º e 13.º da Constituição”.
“A previsão da perda de nacionalidade por naturalização representa uma discriminação entre portugueses de origem e naturalizados, criando um subgrupo de ‘portugueses sob vigilância’?”, aponta ainda a Ordem dos Advogados.
A ordem aponta ainda a aplicação retroativa das alterações que estão a ser propostas como uma violação do artigo 18.º da Constituição, por “restringir direitos e expectativas legais dos requerentes” e criar “insegurança jurídica”.
O parecer da Ordem dos Advogados foi entregue na Assembleia da República. Poder ler o documento aqui.
Reação dos partidos à Lei da Nacionalidade
A proposta do Governo para alterar a lei gerou descontentamento, especialmente, à esquerda de onde rapidamente surgiram acusações de violação da Constituição, de criação de “duas categorias de cidadãos”, de “retrocesso civilizacional” e até mesmo de “crueldade”.
À direita, a reação foi mais positiva e o líder do Chega afirmou mesmo que chegou a um entendimento com o PSD e que foi assumido o “compromisso de bloquear uma série de audições para que este processo seja rápido”.
A proposta à Lei da Nacionalidade vai ser discutida depois das férias parlamentares, em setembro, mas em princípio deve passar na Assembleia da República, com os votos a favor do Chega e do PSD.
O Presidente da República ainda não se manifestou diretamente sobre as alterações, mas já tem pedidos para enviar o documento ao Tribunal Constitucional se lhe chegar às mãos.
Leia Também: Lei da nacionalidade? Novas disposições causam "algum incómodo"
Israel acusa ONG de servirem propaganda do Hamas.... Israel rejeitou hoje o comunicado emitido por mais de uma centena de organizações não-governamentais (ONG) que alertam que a fome está a matar 2,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, acusando-as de servir a propaganda do Hamas.
Por LUSA
"Estas organizações servem a propaganda do Hamas, valendo-se do seu número e justificando os seus horrores", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, num comunicado.
"Apelamos a todas as organizações para que deixem de utilizar os argumentos do Hamas", acrescentou a nota informativa da diplomacia israelita.
Segundo argumenta o ministério israelita, cerca de 4.500 camiões com ajuda humanitária terão entrado em Gaza, sendo responsabilidade do "estrangulamento logístico" das Nações Unidas o facto de outros 700 camiões ainda não terem sido distribuídos e estarem retidos na fronteira.
Apesar desta versão, é Israel que neste momento controla e mantém fechadas à entrada intensiva de alimentos as passagens fronteiriças para Gaza, permitindo -- de forma altamente restritiva -- a distribuição de comida apenas em alguns complexos militarizados, justificando-se com a alegação de que o Hamas beneficia da ajuda que chega através dos comboios humanitários da ONU.
Hoje, num comunicado conjunto, 111 ONG, incluindo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), a Save the Children e a Oxfam, alertaram que a fome está a agravar-se em Gaza, referindo mesmo que os próprios trabalhadores humanitários "estão lentamente a morrer".
"Enquanto o cerco imposto pelo Governo israelita condena à fome a população de Gaza, os trabalhadores humanitários juntam-se às filas para receber alimentos, arriscando ser baleados apenas para conseguirem alimentar as suas famílias", denunciaram as organizações.
Os grupos apelaram à negociação imediata de uma trégua, à abertura das fronteiras e ao livre fluxo da ajuda humanitária.
Também hoje, o exército israelita divulgou imagens, sem as datar, onde alegadamente aparecem combatentes do grupo extremista palestiniano Hamas em túneis, a comer fruta, pão e húmus.
Mesmo antes do atual bloqueio, os camiões da ONU já enfrentavam constantes atrasos na distribuição da ajuda, devido a inspeções arbitrárias de Israel em ambos os lados da fronteira e à ausência de rotas seguras facilitadas pelo exército israelita para transportar os bens até aos armazéns.
Nos últimos dias, multiplicaram-se as imagens provenientes da Faixa de Gaza mostrando crianças esqueléticas, bem como testemunhos de médicos que relatam a chegada de pacientes com sinais de subnutrição e exaustos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 46 crianças morreram por fome e desnutrição desde o início de julho, totalizando mais de uma centena de mortes deste tipo desde outubro de 2023.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Leia Também: Mais de 100 ONG exigem medidas concretas contra fome em Gaza













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