terça-feira, 17 de junho de 2025

Espere sempre uma hora depois de acordar antes de fazer isto... O conselho é de uma cardiologista. Saiba os riscos que pode estar a correr.

Por LUSA 

Qual é a primeira coisa que faz assim que acorda? É daquelas pessoas que pega logo no telemóvel? A verdade é que o ideal é esperar pelo menos uma hora antes de fazê-lo. O conselho é deixado por uma cardiologista.

"Não se trata apenas de ativar as hormonas do stress, mas tudo o que esse hábito irá desencadear ao longo do dia", começa por dizer Alexandra Kharazi à revista Parade.

A verdade é que acaba por ter esta ação em vez de outras que realmente são benéficas. É o caso de preparar o pequeno-almoço, alongar, meditar ou fazer algum tipo de exercício físico.

"Se verificar o telemóvel for uma experiência negativa e stressante, é logo assim que irá começar a sua manhã, algo que não lhe irá fazer bem."

Acaba por ser também um sinal de que passa muito tempo ao telemóvel, o que pode trazer outro tipo de problemas. A especialista sugere que é um hábito que está ligado à pressão alta, colesterol elevado, obesidade e diabetes tipo 2.

Iranianos com dificuldades de acesso à Internet

Por LUSA 

O Irão registou esta terça-feira uma perturbação generalizada no acesso à Internet, noticiaram os meios de comunicação social do país, no quinto dia de confrontos militares com Israel.

"Os utilizadores da Internet em várias províncias estão a relatar uma interrupção generalizada da Internet", disse o diário Ham Mihan, com outros meios de comunicação social a relatarem informações semelhantes.

A causa destas perturbações não foi imediatamente esclarecida, mas o Irão impôs restrições à Internet após o lançamento do ataque israelita na sexta-feira, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo a agência norte-americana Associated Press (AP), as autoridades iranianas estariam a restringir lentamente o acesso do público ao mundo exterior, quando os telefones fixos parecem ter deixado de poder receber ou marcar chamadas telefónicas internacionais.

O Irão não reconheceu a restrição, que já ocorreu durante protestos nacionais no passado e durante a guerra Irão-Iraque dos anos de 1980.

Os sítios Web internacionais pareciam estar sujeitos a restrições para os utilizadores da Internet, embora os 'sites' locais estivessem a funcionar.

As perturbações poderão indicar que o Irão tenha ligado a chamada "rede halal", a versão da Internet controlada localmente pelo regime iraniano, para restringir o que o público pode ver, segundo a AP.

O Irão também proibiu hoje os funcionários públicos e os guarda-costas de utilizarem todos os dispositivos de comunicação ligados às redes.

A proibição inclui telemóveis, relógios inteligentes e computadores portáteis.

O Irão não explicou a razão da proibição, que foi comunicada pela agência noticiosa semioficial Fars.

A medida sugere que o Irão suspeita que Israel utilizou assinaturas digitais de aparelhos eletrónicos para lançar os ataques que dizimaram a liderança militar do país, acrescentou a AP.

Israel iniciou em 13 de junho uma ofensiva contra o Irão, alegando ter como alvo o programa nuclear do país e a capacidade de fabrico de mísseis

O Irão respondeu com o lançamento de mísseis e 'drones' contra diversas cidades israelitas.

Desde sexta-feira, terão morrido mais de 200 pessoas no Irão e cerca de três dezenas em Israel devido aos bombardeamentos mútuos, segundo as duas partes.


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Trump afirma que EUA têm agora "total controlo" de céu iraniano

Por LUSA 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta terça-feira que os Estados Unidos "têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão", após a vaga de bombardeamentos iniciada a 13 de junho pelo Exército israelita.

Segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ofensiva, ainda em curso, já destruiu "um grande número" de lançadores de mísseis e metade dos 'drones' (aeronaves não-tripuladas) de Teerão.

"Agora, temos o controlo total e completo sobre os céus do Irão. O Irão tinha bons detetores aéreos e outros equipamentos de defesa, e muitos, mas não se comparam aos que são feitos, concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém o faz melhor do que os bons e velhos Estados Unidos", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

As suas declarações surgiram minutos depois de o vice-presidente norte-americano, JD Vance, ter confirmado que Trump poderá considerar necessário adotar "mais medidas" para travar o programa de enriquecimento de urânio do Irão.

Vance, que elogiou a "contenção" de Trump, especulou sobre futuros passos, sublinhando que "a decisão final cabe ao Presidente".

"Penso que ele mereceu que confiemos nele em relação a esta questão", observou o 'número dois' do Governo republicano, antes de acrescentar que, "faça o que fizer", Trump manterá as Forças Armadas norte-americanas ao serviço dos interesses dos Estados Unidos.

Afirmou ainda que está a tentar esclarecer as "loucuras" que tem lido sobre este assunto e concordou com Trump que "o Irão não pode ter uma arma nuclear", o argumento que Israel também está a usar para justificar a onda de ataques que lançou na passada sexta-feira e que hoje prossegue, no quinto dia consecutivo.

O vice-presidente norte-americano advertiu o Irão de que pode desistir do enriquecimento de urânio mantendo a sua indústria atómica para fins pacíficos, comentando que ainda não viu "um único bom argumento" que justifique a violação das "obrigações em matéria de não-proliferação".

"Não vi uma única boa resposta às conclusões da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA)", sentenciou.

Israel lançou na sexta-feira uma vaga de ataques contra instalações nucleares iranianas e zonas residenciais da capital, Teerão.

Desde então, as autoridades do país da Ásia Central elevaram o número de mortos para mais de 224 pessoas e pelo menos 1.800 feridos.

Do lado israelita, a retaliação iraniana fez pelo menos 24 mortos, segundo as autoridades de Israel.

A ofensiva israelita foi lançada dias antes de uma nova ronda de negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano, que estava prevista para o passado domingo na capital de Omã, Mascate.

Devido aos bombardeamentos israelitas, as autoridades iranianas entretanto anunciaram o cancelamento dessa nova ronda negocial.


Leia Também: Trump sabe localização do líder do Irão mas afasta matá-lo "por enquanto" 

Mais de 30 oficiais das diferentes ramos das forças armadas beneficiaram curso de inspecção. O Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Mamadú Turé, presidiu esta terça-feira o encerramento do curso.

UNODC ALERTA QUE GUINÉ-BISSAU ESTÁ NO RADAR DE REDES DE CRIMINALIDADE ORGANIZADA TRANSNACIONAL

Por  RSM. 17.06.2025

A Guiné-Bissau continua a ser um ponto de interesse estratégico para redes de criminalidade organizada transnacional, alertou esta terça-feira, 17 de junho, a representante do Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime (UNODC), Ana Cristina Andrade.  

A responsável falava na abertura de uma formação nacional sobre investigação financeira ligada ao tráfico de drogas, realizada em Bissau. 

Cristina Andrade sublinhou que os crimes relacionados com o tráfico de estupefacientes e os fluxos financeiros ilícitos representam uma ameaça crescente à integridade das instituições e ao desenvolvimento sustentável do país.  

“As redes criminosas estão altamente organizadas, dispõem de recursos significativos e operam com elevada mobilidade”, afirmou, destacando que o combate a essas estruturas exige muito mais do que ações de repressão tradicional.  

Segundo a representante do UNODC, uma das ferramentas mais eficazes para desmantelar essas redes é a realização de investigações financeiras paralelas às investigações criminais.

 “Identificar os fluxos financeiros e rastrear os ativos de origem criminosa permite atingir o coração das organizações”, disse.  

Em 2024, o UNODC já havia recomendado o reforço da investigação, da prevenção e da cooperação a nível regional e internacional no combate ao narcotráfico e ao branqueamento de capitais. 

 A formação, que reúne representantes de instituições públicas e privadas, visa precisamente reforçar as capacidades nacionais na área da justiça penal e na condução de investigações financeiras complexas.  

Em representação da ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, a diretora-adjunta da Polícia Judiciária, Cornélia Vieira Té, defendeu que a resposta ao crime organizado deve ir além da apreensão de drogas ou da detenção de intermediários. “É fundamental neutralizar o pilar financeiro que sustenta essas redes criminosas”, afirmou.  

A iniciativa faz parte de um esforço conjunto do UNODC e da União Europeia para reforçar os mecanismos nacionais de combate ao tráfico de drogas, ao branqueamento de capitais e à corrupção.  


Ataques de Israel atingem salas subterrâneas de central nuclear no Irão

Por LUSA 

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou esta terça-feira ter "identificado novas provas que mostram impactos diretos nas salas subterrâneas" da instalação nuclear iraniana de Natanz, na sequência de ataques de Israel.

Na segunda-feira, a agência nuclear da ONU tinha dito não ter qualquer indicação a este respeito, lembrando que apenas os edifícios de superfície desta central de enriquecimento de urânio tinham sido afetados pelos ataques israelitas.

A AIEA alterou a agora esta avaliação, "com base na análise contínua de imagens de satélite de alta resolução", de acordo com uma publicação da agência na rede social X.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse estar pronto para viajar imediatamente para o Irão, onde estão presentes inspetores da Agência.

"Pela segunda vez em três anos, estamos a assistir a um conflito dramático entre dois Estados-membros da AIEA, no qual as instalações nucleares estão a ser atacadas e a segurança está a ser comprometida", lamentou Grossi, referindo-se à instalação nuclear iraniana de Natanz.

O local tem dezenas de cascatas de centrifugadoras, mais de 10.000 destas máquinas são utilizadas para enriquecer urânio a 60%, muito para além do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo internacional de 2015 que ofereceu alívio das sanções a Teerão em troca de garantias sobre a natureza pacífica do programa nuclear.

Enriquecido entre 3% e 5%, este urânio é utilizado para abastecer centrais nucleares para a produção de eletricidade. Quando enriquecido até 20%, pode ser utilizado para produzir isótopos médicos, utilizados principalmente no diagnóstico de certos tipos de cancro.

Para fazer uma bomba, o enriquecimento deve ser levado a 90%.

A República Islâmica nega qualquer ambição militar e defende o direito de enriquecer urânio para desenvolver um programa nuclear civil.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.


Leia Também: Quase 3.000 israelitas foram forçados a sair de casa por causa dos danos provocados por ataques iranianos nos primeiros cinco dias de guerra entre os dois países, divulgou hoje o Governo de Israel. 

R Kelly hospitalizado de emergência após sofrer overdose na prisão... O músico, que se encontra a cumprir uma pena de prisão de 30 anos por extorsão e tráfico sexual, terá recebido doses avultadas (e acima do recomendado) para tratar sintomas de ansiedade

Por LUSA 

RKelly foi levado de emergência para o hospital na sequência de uma overdose de medicamentos que sofreu na prisão, segundo revelam documentos do tribunal. 

O artista, de 58 anos, sofreu a overdose após funcionários da prisão lhe administrarem os medicamentos, realçou o seu advogado.   

O músico, recorde-se, cumpre uma pena de 30 anos numa prisão na Carolina do Norte por tráfico e extorsão sexual.   

Sabe-se que este encontrava-se na 'solitária' no dia 10 de junho e que foi medicado devido à ansiedade. Três dias depois, Kelly terá começado a sentir "fraqueza" e "tonturas", bem como falhas de visão.   

A notícia surge dias depois da equipa de defesa da celebridade acusar os guardas prisionais de o terem punido, depois de colocar uma moção de emergência, alegando que estava a ser alvo de ameaças de morte por parte de reclusos supremacistas.  


 Leia Também: Filhos de Diddy prestam homenagem ao pai enquanto rapper está preso  

Cadi Seidi, mãe de trigêmeos recém-nascidos, encontra-se internada no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, e faz um apelo comovente à solidariedade pública... “Não será fácil sustentar estas crianças sem ajuda externa”, declarou, visivelmente emocionada.

A situação da jovem mãe levanta um alerta sobre as dificuldades enfrentadas por muitas famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente quando se trata de nascimentos múltiplos.  

Acompanhe o vídeo e saiba como pode ajudar. 956175333 Tcherno Braima, Marido.👇

📢 Atualização dos cadernos eleitorais terminou a 24 de maio, mas os dados continuam nas mãos dos brigadistas que exigem o pagamento dos subsídios. Dos 75 dias previstos, o Governo só garantiu o pagamento de 30 dias, restando 45 por saldar.

Preocupado com a situação, o Diretor-Geral do GTAPE, Gabriel Djibril Baldé, reuniu-se com o Coletivo dos Brigadistas. 

Após o encontro, o porta-voz Hélmer Albano Quadé apelou à intervenção urgente do Presidente da República para evitar que a crise comprometa as eleições previstas para novembro.

O Primeiro-Ministro Rui Duarte Barros presidiu hoje (17/06) à cerimônia de lançamento do Projeto de Desenvolvimento, Integração e Reforço das Competências Técnicas (DIRECT).

 

Migrações: 1.865 mortos este ano a tentar chegar a Espanha em 'pateras'

Por LUSA 

Quase 1.900 pessoas morreram entre janeiro e maio a tentar cruzar o Mediterrâneo e o Atlântico em embarcações precárias que saíram de África com destino a Espanha, segundo um estudo da organização não-governamental (ONG) Caminando Fronteras.

A maioria destas 1.865 vítimas - oriundas de 22 países - morreu na designada "rota atlântica", que tem como destino as ilhas Canárias, revelou a ONG no estudo publicado hoje.

Nesta "rota atlântica", que "continua a ser a mais mortífera", morreram 1.482 pessoas entre janeiro e maio, que iam a bordo de embarcações que saíram, sobretudo, da Mauritânia, mas também do Senegal, Gâmbia e Marrocos, na costa ocidental africana.

Segundo os mesmos dados, houve já este ano, no total, no mediterrâneo e no atlântico, "113 tragédias" com estas embarcações, conhecidas em Espanha como 'pateras' ou 'cayucos', e dos 1.865 mortos, 342 são menores de idade e 112 são mulheres.

No caso de 38 embarcações, desapareceram no mar todas as pessoas que iam a bordo e a maior parte das mortes ocorreu em janeiro (767) e fevereiro (618).

As vítimas eram pessoas oriundas de 22 países diferentes e não apenas africanos, com migrantes do Afeganistão, Paquistão, Sìria ou Bangladesh identificados pela ONG.

"Na Caminando Fronteras insistimos em que estas mortes são evitáveis: são o resultado de decisões políticas, de omissões calculadas e de uma arquitetura fronteiriça que normaliza a morte como parte dos sistemas de controlo", lê-se no relatório do estudo da ONG, que identifica casos de ativação tardia de socorro a embarcações precárias e inexistência de protocolos conjuntos entre países para estas situações ou colaboração internacional frágil.

A Caminando Fronteras elabora anualmente dois relatórios sobre os migrantes que morrem no mar a tentar chegar a Espanha, com base em dados oficiais e de associações de comunidades migrantes, assim como testemunhos e denúncias tanto das comunidades como de famílias de desaparecidos, seguindo metodologias usadas pelas ONG para contabilizar vítimas em diversos pontos do mundo, como acontece na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Espanha aproximou-se em 2024 do número recorde de chegadas irregulares de migrantes que o país atingiu há seis anos, com 63.970 entradas, um aumento de 12,5% face a 2023, segundo o Ministério da Administração Interna espanhol.

Em 2018, o país atingiu um máximo histórico de entradas irregulares: 64.298.

No ano passado, a maior parte das entradas foi feita por via marítima e dessas, a grande maioria, 73% do total, foi feita pela rota das Ilhas Canárias, através da qual cerca de 46.843 pessoas tentaram alcançar território espanhol, mais 17% do que no ano anterior.

Segundo dados oficiais, o número de chegadas de migrantes este ano às Canárias diminuiu 35% comparando com os mesmos meses de 2024.

O governo regional das Canárias tem apelado à ajuda europeia e à solidariedade das restantes regiões autónomas espanholas para responder à chegada de migrantes às ilhas sobretudo para o acolhimento de milhares de menores de idade que chegam às sozinhos, não acompanhados por um adulto.

Isenção tarifária da China a África pode mudar relação com continente

Por LUSA 

A consultora Oxford Economics considerou hoje que a isenção tarifária oferecida pela China a todos os países africanos "não é apenas uma iniciativa comercial, mas sim uma manobra estratégica" para redefinir a relação com o continente.

A política de tarifas zero de Pequim não é apenas uma iniciativa comercial, é uma manobra estratégica para redefinir as suas alianças com África, reduzir o poder de influência dos Estados Unidos, e implantar a China de forma mais profunda no futuro político e económico do continente", dizem os analistas do departamento africano desta consultora britânica.

Num comentário à decisão de Pequim de isentar de tarifas todas as exportações africanas para a China, com exceção de Essuatíni por reconhecer Taiwan, os analistas escrevem que "a implicação mais profunda é um declínio gradual da influência norte-americana em África, com os líderes chineses a ficarem mais inclinados a apoiar a perspetiva chinesa no palco mundial, diminuindo assim a influência do Ocidente".

Para além disso, apontam ainda, as tentativas dos países ocidentais de imposição de sanções ou implementação de regulamentos comerciais pode perder a eficácia, já que "as economias africanas estarão mais integradas com as cadeias de abastecimento e redes comerciais chinesas".

Na semana passada, durante o Fórum de Cooperação China África (FOCAC), a China anunciou isenções tarifárias totais para produtos tributáveis dos 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas, bem como novas medidas para facilitar o acesso de produtos africanos ao seu mercado.

Paralelamente, Pequim reafirmou a sua disponibilidade para cooperar com África em setores como indústria verde, comércio eletrónico, inteligência artificial, segurança e governança, no contexto de uma relação económica que ganhou peso.

Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, o comércio bilateral superou os 2,1 triliões de yuans (255,7 biliões de euros) em 2024, enquanto nos primeiros cinco meses de 2025 cresceu 12,4% em relação ao ano anterior, até 963,21 biliões de yuans (117,29 biliões de euros).

De acordo com a Oxford Economics, a República Democrática do Congo e Angola eram, em 2023, os maiores exportadores africanos para a China, com o país lusófono a exportar quase metade (46,4%) das vendas totais para o gigante asiático, numa lista onde Moçambique também aparece em lugar de destaque, com quase 20%.

Reunião do G7 decorre no Canadá sem a presença de Donald Trump

Por LUSA 

Seis dos líderes do Grupo dos Sete devem tentar hoje mostrar que o organismo ainda consegue influenciar os acontecimentos mundiais, apesar da partida antecipada do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, e os homólogos do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão vão hoje juntar-se ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e ao secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, para discutir a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

A agenda dos líderes mundiais reunidos no Canadá foi perturbada pelo confronto relacionado com o programa nuclear do Irão e que pode agravar-se.

Israel lançou uma campanha de bombardeamentos aéreos contra o Irão na sexta-feira passada.

O Irão respondeu com mísseis e drones.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, deixou a cimeira que decorre na estância canadiana de Kananaskis, nas Montanhas Rochosas, um dia antes do final afirmando que tinha de regressar aos Estados Unidos por motivos "importantes" que não especificou.

O conflito entre Israel e o Irão intensificou-se e o líder norte-americano declarou que a cidade de Teerão deveria ser evacuada "imediatamente" mas, ao mesmo tempo mostrou-se otimista quanto a um eventual acordo para pôr termo à guerra.

Antes de abandonar a cimeira, Trump juntou-se aos outros líderes e emitiu uma declaração afirmando que o Irão nunca pode vir a possuir armamento nuclear e apelou para uma diminuição das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza.

Por outro lado, Trump avisou na segunda-feira que Teerão tem de "refrear" o programa nuclear antes que seja "demasiado tarde" e divulgou através das redes sociais o aviso para que "todos" abandonassem a capital do Irão. 

Hoje, sem a presença do Presidente dos Estados Unidos, os representantes dos seis países que permanecem na cimeira vão abordar a guerra na Ucrânia e questões comerciais.

Anteriormente, Donald Trump disse que a guerra na Ucrânia poderia ter sido evitada se os membros do G7 não tivessem expulsado a Rússia da organização em 2014 por ter anexado a Crimeia.

Trump recusou-se a juntar-se às sanções contra a Rússia, afirmando que aguarda pela posição dos países europeus.

Antes do regresso antecipado aos Estados Unidos, Trump tinha agendado um encontro com Zelensky e com a chefe de Estado do México, Claudia Sheinbaum.

Em relação ao Médio Oriente, o chanceler alemão Merz disse aos jornalistas que Berlim planeia elaborar uma proposta de comunicado final sobre o conflito entre Israel e o Irão opondo-se ao fabrico de armamento nuclear por parte de Teerão. 

Paralelamente, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, Trump demonstrou vontade quanto à resolução das queixas de Washington contra as políticas comerciais de outros países, afastando-se da colaboração com os aliados do G7.

O Presidente dos Estados Unidos impôs tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio, bem como tarifas de 25% sobre os automóveis.

Trump também está a aplicar um imposto de 10% sobre as importações da maioria dos países, embora possa aumentar as taxas a 09 de julho, depois de expirar o período de negociação de 90 dias.

Na segunda-feira, Trump anunciou a assinatura de um novo quadro comercial com o Reino Unido que tinha sido previamente anunciado em maio.

"Gosto deles, é por isso. Essa é a maior proteção que eles têm", disse Trump referindo-se diretamente ao acordo com os britânicos.


Leia Também: Saída mais cedo do G7 "não tem que ver com Irão". "Muito maior que isso" 

Exército israelita anuncia "ataques em grande escala" no oeste do Irão

Por LUSA 

O exército israelita anunciou hoje ter efetuado "vários ataques em grande escala" durante a noite contra alvos militares no oeste do Irão, quando os dois países somam já cinco consecutivos em confronto bélico.

"Durante os ataques, dezenas de instalações de armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra foram atingidas", assim como "lançadores de mísseis terra-ar e locais de armazenamento de drones" no oeste do Irão, afirmou o exército em comunicado.

O exército israelita divulgou imagens que disse mostrarem o momento em que os lançadores de mísseis foram atingidos.

Apesar dos apelos cada vez mais urgentes para que os dois países ponham fim às hostilidades, nem Israel nem o Irão mostraram sinais de apaziguamento desde o início dos ataques aéreos na sexta-feira, quando Israel levou a cabo uma série sem precedentes de ataques aéreos contra instalações nucleares e militares iranianas.

Após uma nova vaga de ataques israelitas à capital iraniana, incluindo um ataque a um edifício da televisão estatal, que resultou em, pelo menos três morto, segundo as autoridades iranianas, ambos os países ativaram os respetivos sistemas de defesa antimíssil na segunda-feira à noite.

Em reação ao ataque à estação de televisão iraniana, o chefe da diplomacia do país, Abbas Araghchi, considerou que o mesmo "ilustra o cúmulo da cobardia: eles (os israelitas) não conseguem ganhar uma verdadeira batalha e atacam um edifício civil que apenas diz a verdade", afirmou perante as câmaras de televisão.

"O ataque à rádio e à televisão iranianas mostra o desespero dos israelitas", acrescentou.

Em Israel, o exército pediu aos residentes que se abrigassem dos mísseis iranianos.


Leia Também: Líderes do G7 acusam Irão de ser "principal fonte de instabilidade" 

Ataque maciço da Rússia contra a capital ucraniana provoca vários mortos... Pelo menos 14 pessoas morreram esta madrugada em Kiev e mais de 40 ficaram feridas num intenso ataque da Rússia contra a capital ucraniana.

Efrem Lukatsky/AP.  Por Sicnoticias 

Pelo menos 14 pessoas morreram esta madrugada em Kiev em mais um ataque maciço da Rússia contra a capital ucraniana, informou o chefe da administração militar da capital, Timur Tkachenko, na rede social Telegram.

O número foi também confirmado pelo ministro do Interior, Igor Klimenko, que calculou em 44 o número de feridos e referiu danos em vários edifícios residenciais, estabelecimentos de ensino e infraestruturas críticas.

De acordo com Klimenko, a Rússia atacou esta noite 27 locais diferentes na capital ucraniana, onde se ouviram explosões e fogo de defesa antiaérea durante grande parte da madrugada.

A Rússia também atacou esta noite a cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, onde as autoridades regionais informaram que 13 pessoas ficaram feridas em consequência do ataque.

Trump convoca reunião urgente do Conselho de Segurança Nacional

Por  cnnportugal.iol.pt

Presidente norte-americano deu ordens aos membros do NSC para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional (NSC) para as próximas horas em Washington, noticiou a imprensa norte-americana.

Trump deu ordens aos membros do NSC para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca, onde chegará esta noite vindo do Canadá, depois de ter abandonado abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas) por causa do conflito armado entre Israel e o Irão.

O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.

O porta-voz da Casa Branca, Alex Pfeiffer, escreveu na rede social X que as forças norte-americanas “estão numa posição defensiva” no Médio Oriente “e isso não mudou”.

“Defenderemos os interesses americanos” na região, acrescentou, quando o conflito entre Israel e o Irão entra na quinta noite consecutiva.

"O que se vê em tempo real é a paz através da força e a América em primeiro lugar. Estamos numa posição defensiva na região, para sermos fortes, em busca de um acordo de paz, e esperamos certamente que seja isso que aconteça", disse, pelo seu lado, o secretário da Defesa Pete Hegseth, entrevistado na Fox News.

"E o Presidente (Donald) Trump deixou claro o que está em cima da mesa. A questão é se o Irão vai aceitar", acrescentou o líder do Pentágono.

As declarações sobre a postura “defensiva” das forças americanas surgem numa altura em que os meios de comunicação israelitas sugerem que as forças norte-americanas podem estar diretamente envolvidas em ataques contra o Irão.

Entretanto, o porta-aviões americano Nimitz, que se encontrava no Mar do Sul da China, virou para oeste e dirige-se para o Médio Oriente, confirmou um funcionário do Pentágono.

Está atualmente a subir o estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Sumatra e a Malásia.

Portais na internet que geolocalizam em tempo real as posições dos aviões em todo o mundo identificaram o movimento de cerca de trinta aviões de abastecimento norte-americanos no domingo à noite, que se descolaram dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.

Israel, aliado dos Estados Unidos, lançou na sexta-feira uma campanha aérea maciça, de uma dimensão sem precedentes, contra o Irão, visando centenas de instalações militares e nucleares, com o objetivo declarado de impedir que este país adquira armas nucleares. O Irão tem respondido com uma sucessão de salvas de mísseis.

O Presidente dos Estados Unidos apelou através da sua rede social Truth Social para que "toda a gente se retire de Teerão imediatamente".

"O Irão devia ter assinado o ‘acordo’ quando eu lhes disse para assinarem. Que vergonha e que desperdício de vidas humanas. Para simplificar, o IRÃO NÃO PODE TER ARMAS NUCLEARES", escreveu ainda.

Os Estados Unidos já estão a ajudar Israel a intercetar os mísseis iranianos apontados ao seu território.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Trump insta cidadãos de Teerão a "deixar imediatamente" capital

Por LUSA 

Otava, 17 jun 2025 (Lusa) -- O Presidente norte-americano, Donald Trump, lamentou esta noite que o Irão não tenha assinado o acordo nuclear a tempo e instou, através da sua rede social, que "todos devem deixar Teerão imediatamente".

"O Irão deveria ter assinado o 'acordo' que eu disse para assinarem. Que vergonha, e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃO NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já o disse várias vezes! Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!", pode ler-se, na publicação na Truth Social.

Teerão, a maior cidade iraniana, tem uma população estimada de nove milhões de habitantes, segundo dados oficiais de 2021, 14 milhões, na área metropolitana.

Já na cimeira do G7, que decorre até terça-feira na cidade canadiana de Kananaskis, Trump tinha realçado que está "em contacto constante" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a falar "com toda a gente".

"Dei 60 dias ao Irão, e eles disseram que não. E ao 61.º dia, viram o que aconteceu", apontou, referindo-se ao ataque israelita às instalações nucleares, militares e científicas iranianas, que matou oficiais militares e cientistas iranianos de alto nível.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém e conflito em curso já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.


Leia Também: Benjamim Netanyahu apela a iranianos: "Temos um inimigo comum" 

UE promete financiamento de mil milhões para economia azul em Cabo Verde

Por  LUSA 

O ministro do Mar de Cabo Verde destacou hoje a promessa da União Europeia (UE) de disponibilizar mil milhões de euros para financiar programas da economia azul, compromisso assumido na 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.

"Levamos as nossas preocupações e projetos. A União Europeia comprometeu-se em financiar mil milhões de euros os programas da economia azul", afirmou Jorge Santos, numa conferência de imprensa sobre os resultados da participação do país na conferência, que decorreu de 09 a 13 de junho, em Nice.

O ministro explicou que Cabo Verde já beneficia de fundos da UE no âmbito do pacote europeu Global Gateway, que financia a expansão e modernização dos portos nacionais.

Na conferência, o país manifestou ainda a intenção de ratificar até julho o acordo sobre Biodiversidade para Além das Jurisdições Nacionais (Bbnj), um tratado internacional para proteger o alto mar.

O documento está aprovado em Conselho de Ministros e aguarda aprovação parlamentar e ratificação presidencial.

"Já foi ratificado por 49 Estados, e precisamos ter 60 para que o acordo entre em vigor nos nossos países", explicou.

Outro avanço foi a apresentação da proposta para criar um centro de excelência oceanográfica e de ciência marinha em Cabo Verde, liderado pela Universidade Técnica do Atlântico e pelo Instituto do Mar.

Esta iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Centro Helmholtz de Pesquisa Oceânica (Geomar) e o Centro Internacional de Pesquisa Atlântico (Air Centre), e envolve sessões técnicas com delegações ministeriais dos países participantes.

Cabo Verde comprometeu-se também a proteger 30% da sua zona económica exclusiva até 2030.

Atualmente, apenas 7% estão classificados como áreas marinhas protegidas, principalmente junto à costa e a meta é ampliar a proteção com novas áreas a serem propostas.

Para melhorar o controlo e fiscalização marítima, o país aposta em tecnologias como drones de superfície, capazes de patrulhar vastas áreas marítimas.

Jorge Santos admitiu que, apesar da vigilância sobre todos os navios, ainda existem dificuldades para monitorizar embarcações artesanais e semi-industriais que não possuem os equipamentos de comunicação obrigatórios.

Também anunciou que foi assinado um memorando de entendimento com a Ocean Quest, uma fundação científica e de investigação oceanográfica da Arábia Saudita que já realizou estudos na zona marítima de Cabo Verde.


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EUA querem alargar restrições de entradas de pessoas de mais 36 países

Por LUSA 

Os EUA tencionam estender as medidas restritivas sobre a entrada de estrangeiros, que já afetam uma vintena de países, a outros 36, particularmente africanos, segundo um documento do Departamento de Estado consultado pela AFP.

Donald Trump tinha anunciado no início de junho a proibição de entrada de nacionais de 12 países, principalmente de África e Médio Oriente, casos de Afeganistão, Birmânia, Chade, Congo-Brazzaville, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Iémen, Irão, Líbia, Somália e Sudão.

Nacionais de outros sete países - Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela -- são afetados por restrições na concessão de vistos.

Trump justificou estas medidas, entradas em vigor em 09 de junho, com a necessidade de "proteger os EUA dos terroristas estrangeiros e de outras ameaças à segurança nacional".

Mas, segundo o documento interno assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e revelado pelo jornal The Washington Post, estas medidas podem ser entendidas a outros 36 países, a quem foi dado um prazo de 60 dias para se conformarem com as exigências dos EUA.

Entre estes países estão principalmente países africanos, designadamente o Egito, mas também a Síria e o Camboja.

Se estas restrições entrarem em vigor, cerca de uma pessoa em cada cinco viveria em um país sujeito a estas restrições de viagem parciais ou totais, no total de 18% da população mundial.


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Portugal cai no 'ranking' mundial, mas fica à frente de Espanha e Itália... Portugal caiu uma posição para o 37.º lugar no 'ranking' de competitividade mundial do IMD 2025, à frente de países como Espanha ou Itália, destacando-se pelas suas infraestruturas e eficiência governativa, mas com desafios, foi anunciado.

Por LUSA 

"Portugal, 37.º do 'ranking' mundial, destaca-se nas infraestruturas e eficiência governativa, apesar dos desafios empresariais e económicos", indicou, em comunicado, a Porto Business School (PBS).

De acordo com os dados hoje divulgados pelo IMD - Institute for Management Development, em parceria com a PBS, Portugal caiu uma posição neste 'ranking' (avaliação), permanecendo à frente de países como Espanha (39.º) ou Itália (43.º).

O 'ranking', que avalia 69 economias, é liderado pela Suíça, seguida por Singapura e Hong Kong.

Só no que diz respeito às infraestruturas, Portugal ocupa o 25.º lugar, o melhor desempenho do país entre os fatores que foram analisados nesta avaliação.

Para isto, contribuiu a manutenção dos resultados na educação (21.º), beneficiando da "otimização nas infraestruturas básicas e científicas".

No sentido oposto, Portugal está em 61.º lugar no que diz respeito ao desperdício alimentar e 56.º no rácio de dependência.

Em termos de eficiência governativa, Portugal subiu seis posições, fixando-se agora no 35.º lugar, com progressos em fatores como finanças públicas, política fiscal, quadro institucional e legislação empresarial.

"O país destaca-se pela confiança dos investidores estrangeiros e por ter um governo livremente eleito (ambos 1.º lugar do ranking). Como fragilidades, persistem a carga elevada de impostos reais sobre as pessoas (66.º) e o sistema de justiça (59.º)", acrescentou.

No que se refere à eficiência empresarial e também ao desempenho económico, Portugal baixou da 39.ª para a 42.ª posição.

Esta avaliação também apontou os principais fatores que tornam Portugal atrativo para o investimento, onde se inclui a disponibilidade de mão-de-obra qualificada, a fiabilidade das infraestruturas, os custos competitivos e o elevado nível educacional da população, enquanto a política fiscal aparece como o fator menos atrativo.

O IMD e a PBS identificaram igualmente desafios estratégicos para Portugal, como a necessidade de diversificar a economia, reduzindo a dependência do turismo, o reforço da educação em áreas como tecnologias digitais, gestão e transição verde, a reforma dos serviços públicos e a revisão das leis de falência e reestruturação empresarial.

"Após avaliação". Forças Armadas de Israel levantam alerta em todo o país

Por LUSA 

As Forças Armadas de Israel (IDF) levantaram o alerta à população lançado este noite em todo o país após o sistema de defesa antimíssil do país ter sido ativado contra mísseis provenientes do Irão.

"Após a avaliação da situação, o Comando da Frente Interna torna público que é agora permitido sair de abrigos em todas as zonas do país", referem as IDF no seu canal no Telegram.

"Solicita-se ao público que continue a seguir as instruções do Comando da Frente Interna", adiantam.

Depois de vários mísseis balísticos iranianos terem atingido Israel nos últimos dias, o serviço de emergência israelita, Magen David Adom (MDA), afirmou em comunicado que não registou danos causados pelo ataque com mísseis lançado esta noite.

"Após o toque do alerta vermelho nos últimos minutos no centro e sul de Israel, não houve relatos de impactos de mísseis ou vítimas no Centro de Despacho de Emergência do MDA, exceto por várias pessoas que ficaram feridas a caminho de um abrigo", afirmou o serviço.

Antes, as IDF confirmaram ter identificado mísseis lançados a partir do Irão em direção ao território de Israel e que os sistemas defensivos estavam a operar para intercetar a ameaça, instruindo a população a procurar abrigos.

Num outro comunicado, as IDF referem que soaram sirenes em várias zonas de Israel "após a identificação de mísseis lançados do Irão em direção ao Estado de Israel", apelando à população para que "siga as instruções do Comando da Frente Interna".

"Neste momento, a IAF [Força Aérea] está a operar para intercetar e atacar onde necessário para eliminar a ameaça. A defesa não é hermética, pelo que é essencial continuar a seguir as instruções do Comando da Frente Interna", adianta.

A Guarda Revolucionária do Irão, guardiã do regime islâmico, anunciou esta noite o lançamento de ataques contra Israel "ininterruptamente até ao amanhecer".

"A nona salva de um ataque combinado de 'drones' e mísseis começou e vai continuar ininterruptamente até ao amanhecer", disse o porta-voz da Guarda, Ali Mohammad Naini, segundo a agência noticiosa oficial IRNA.

No quarto dia de uma escalada militar entre o Irão e Israel, a televisão estatal anunciou antes uma nova salva de mísseis contra Israel, segundo a AFP.

"Começa uma nova salva de mísseis contra os territórios ocupados", informou a televisão, referindo-se a Israel, um Estado não reconhecido pelo Governo iraniano.

Até ao momento, as cadeias de televisão internacionais presentes nas principais cidades israelitas não dão conta de interceções de mísseis em curso, como tem sido habitual nos últimos dias, com o sistema antimíssil "Cúpula de Ferro" em frequente atividade.

Em Teerão, informou entretanto a agência de notícias IRNA, os sistemas de defesa aérea foram ativados "a um nível elevado".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que as forças israelitas "controlam o céu de Teerão" após a campanha de bombardeamentos contra o território iraniano, iniciada na madrugada de sexta-feira, e reiterou que o objetivo é destruir os programas nuclear e balístico de Teerão.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.


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Netanyahu afirma que Israel está "a mudar face do Médio Oriente"

Por LUSA 

O primeiro-ministro israelita afirmou hoje que os bombardeamentos contra o Irão atrasaram o programa nuclear iraniano "por muito, muito tempo" e defendeu que a ofensiva militar em curso vai "mudar a face do Médio Oriente".

Em videoconferência de imprensa, Benjamin Netanyahu indicou que não pretende derrubar o regime de Teerão, que comparou a "um cancro", mas disse que não ficaria surpreendido se isso acontecesse, ao mesmo tempo que não descartou o assassínio do líder supremo iraniano, Ali Khamenei.

"Vamos fazer o que for necessário", declarou ao ser questionado sobre essa possibilidade.

Numa entrevista entretanto divulgada à estação norte-americana ABC, foi mais concreto, sustentando que a morte de Khamenei "não levará a uma escalada do conflito, acabará com o conflito".

Os iranianos estão a descobrir que "o regime é muito mais fraco" do que pensavam, observou Netanyahu na conferência de imprensa, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel estão a eliminar os altos comandantes militares do Irão "um por um".

Israel está a mudar "a face do Médio Oriente" com os ataques ao Irão, considerou o primeiro-ministro israelita, depois de detalhar o que apresentou como uma série de sucessos desde o início da operação militar na madrugada de 13 de junho.

Netanyahu indicou que as autoridades israelitas estão "bem coordenadas com os Estados Unidos", após a diplomacia de Teerão ter defendido que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pode parar o conflito "com um único telefonema" e abrir caminho para o diálogo.

"Não me surpreende que o Irão queira acabar com a guerra, porque estamos a atacá-los de forma decisiva. Estamos a ir com toda a força", respondeu.

Por outro lado, Netanyahu foi questionado sobre falta de envolvimento do Reino Unido e da França na defesa de Israel dos ataques iranianos, referindo que falou com os respetivos líderes e "há vontade de ajudar".

O primeiro-ministro israelita enumerou como principais objetivos da ofensiva militar em curso a eliminação do programa nuclear do Irão e da capacidade de produção de mísseis balísticos e ainda do "eixo do terrorismo".

Nesse sentido, assinalou que os ataques israelitas destruíram "um grande número" de lançadores de mísseis, bem como metade dos milhares dos drones iranianos

Além disso, Netanyahu destacou a importância dos bombardeamentos contra as instalações nucleares iranianas, particularmente Natanz, que "foi fortemente atingida" e sofreu "danos graves", incluindo a destruição de centrifugadoras de enriquecimento de urânio.

Em relação ao ataque de hoje à sede da emissora estatal iraniana IRIB, argumentou que não se tratava de uma estação de televisão, mas de uma "ferramenta do regime", que "esconde a verdadeira situação" dos iranianos.

"A liderança iraniana cometeu um duplo erro: subestimou as nossas capacidades e tentou esconder a situação dos iranianos. Têm medo do povo. Assim que virem que não são aquilo em que acreditavam, abrir-se-á a brecha que o regime tanto teme", insistiu.

Israel bombardeou o Irão na madrugada de 13 de junho, lançando ataques contra instalações militares e nucleares iranianas, que mataram lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

Farmacêuticos apresentam plataforma gratuita pela "literacia em saúde"... A Ordem dos Farmacêuticos (OF) disponibilizou uma ferramenta 'online' gratuita com informação acessível e validada sobre saúde e medicamentos para ajudar a população a tomar decisões informadas e combater a desinformação que circula nas redes sociais.

Por LUSA 

A apresentação da página eletrónica Área do Cidadão, disponível no 'site' da Ordem dos Farmacêuticos, é apresentada na terça-feira no encontro "Proximidade entre o Farmacêutico e o Cidadão", que decorrerá em Lisboa e será dedicado à "promoção da literacia em saúde e ao reforço do papel dos farmacêuticos na vida dos cidadãos".

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da OF, Helder Mota Filipe, explicou a importância de abrir a Área do Cidadão a toda a população, para que possa ter acesso a informação científica e credível "escrita de uma maneira acessível".

"Em geral há um problema de literacia na saúde e a disponibilização de muita informação, através das redes sociais, etc., nem sempre contribui para essa literacia porque muita da informação não está validada, não é correta", salientou.

Para Hélder Mota Filipe, é fundamental que os profissionais de saúde e as organizações que os representam possam contribuir para a acessibilidade a uma "informação adequada, correta, que permita às pessoas uma melhor capacidade de decisão e de informação relativamente à sua saúde e à forma como podem promover a saúde e tratar a doença".

Esta plataforma também surge como resposta ao estudo PaRIS da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que recolhe dados sobre resultados em saúde reportados pelos doentes, segundo o qual "pouco menos de metade das pessoas com doenças crónicas em Portugal (49%) recebem apoio suficiente para gerir a própria saúde", um valor inferior à média da OCDE (63%).

Os dados do PaRIS indicam igualmente que "Portugal apresenta uma baixa literacia digital em saúde, com apenas 12% das pessoas com doenças crónicas a declararem-se confiantes na utilização de informações em saúde provenientes da internet, o que é inferior à medida da OCDE (19%)".

"Se as pessoas não têm informação suficiente, mais dificilmente conseguem gerir a sua saúde e conseguem utilizar adequadamente os medicamentos", disse o bastonário, dando o exemplo dos idosos, a população com mais doenças e que precisa de estar preparada para melhor gerir a polimedicação.

"Muitos deles tomam mais de 10 medicamentos para diferentes patologias e, se isto é difícil de gerir numa pessoa jovem, num idoso é mais difícil e, ao mesmo tempo, tendo menos literacia [em saúde], mais difícil se torna", enfatizou.

Hélder Mota Filipe salientou que no encontro os profissionais de saúde e as associações de doentes vão discutir os aspetos relacionados com a importância da comunicação em saúde e a importância de os cidadãos terem mais informação para poderem melhor utilizar os medicamentos.

"Não basta ter acesso a medicamentos, é preciso saber utilizá-los de forma a atingir os melhores resultados em saúde e aí a informação tem um papel relevantíssimo", sublinhou.

A interação dos utentes com a plataforma permitirá também gerar mais conteúdos e dúvidas frequentes, ampliando o repositório informativo disponível para todos.

"Já há um conjunto de informação disponível", à qual a população pode aceder de forma gratuita e direta, e ao mesmo tempo pode comunicar com a Ordem dos Farmacêuticos, "colocando dúvidas, que serão respondidas de forma adequada e percetível pelos profissionais.


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