quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

2rs África: Sall e as eleições no Senegal

 A poucos dias das presidenciais no Senegal, o presidente Macky Sall anunciou o seu adiamento fazendo aumentar a instabilidade e os protestos que o país vivia desde que dois candidatos tinham sido excluídos da lista de presidenciáveis

Por Voaportugues.com

Saúde em Foco: mutilação genital coloca a vida de mulheres em risco

 Esta semana, no Saúde em Foco, olhamos para o progresso e desafios para a erradicação da Mutilação Genital Feminina. Da Nigeria, Lois Tofunmi Amele, que defende igualdade de género, fala da necessidade de tratamento das vítimas da mutilação.

Por Voaportugues.com

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Crise interna: PR SISSOCO DECIDE "CORTAR" RELAÇÃO COM O MADEM-G15...???

Por: Rádio TV Voz do Povo    28/02/2024

A crise interna que se instalou nos últimos tempos no Movimento para a Alternância Democrática - Grupo dos 15 (MADEM-G15) ganhou novos contornos.

Não obstante várias iniciativas de mediação encetadas pelos fundadores e anciões, a situação continua a agudizar-se, razão pela qual o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló decidiu cortar toda a sua ligação com o partido. 

A TV Voz do Povo apurou junto de uma fonte do partido, que os anciões e os fundadores não conseguiram mediar a crise que a cada dia ganha novos contornos. 

"O nivel do desentendimento que se regista agora é muito preocupante e está a ser difícil de resolver, por isso o Presidente da Republica, General Umaro Sissoco Embaló, decidiu agora cortar toda a sua relação com o MADEM", confidenciou a nossa fonte no partido, que pediu o anonimato. 

A fonte recorda que o chefe de Estado tentou ajudar na resolução da crise que afeta o partido, mas não conseguiu e resolve assumir a posição de distanciar-se do partido.

A mesma fonte alerta que a crise interna que abala o partido, criado há cinco anos por dissidentes do PAIGC, terá consequências enormes para o MADEM nos próximos embates eleitorais.

Os analistas políticos em Bissau afirmam que a crise interna que se regista a nível dos principais partidos do país neste momento, designadamente o MADEM favorecerá ao PAIGC nas próximas eleições legislativas antecipadas, à semelhança do que aconteceu nas eleições legislativas de 4 de junho de 2023.

Há mais uma região separatista a pedir proteção à Rússia (e não é na Ucrânia)

Os rebeldes pró-russos em Tiraspol pediram proteção à Rússia. Aqui são vistos a agitar as bandeiras da Transnístria e da Rússia, em 2014 (Vadim Denisov/AFP/Getty Images via CNN Newsource)

CNN, Christian Edwards, Radina Gigova e Anna Chernova

Os rebeldes pró-russos de uma parte separatista da Moldova pediram ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que protegesse a sua região do que alegam ser ameaças do governo moldavo.

A Transnístria, que se separou ilegalmente da Moldova com o desmoronamento da União Soviética, manteve-se firmemente na órbita do Kremlin, enquanto a Moldova, que faz fronteira com a Ucrânia, está a tentar aderir à União Europeia.

Num congresso especial realizado na quarta-feira, os políticos da Transnístria pediram a Moscovo que protegesse a região da "crescente pressão da Moldova", tendo o Kremlin afirmado mais tarde que a proteção dos seus "compatriotas" era uma prioridade, segundo a agência noticiosa estatal russa RIA Novosti.

Embora o congresso tenha inicialmente provocado receios de que Moscovo pudesse avançar com o plano de longa data para desestabilizar o governo cada vez mais pró-ocidental da Moldova, o país rejeitou-o como "propaganda".

Eis o que precisa de saber.

O que aconteceu na Transnístria?

As reuniões do Congresso dos Deputados da Transnístria, um modelo de tomada de decisões da era soviética, são raras, mas frequentemente significativas. Um Congresso de Deputados deu origem à Transnístria em 1990, desencadeando uma guerra entre os separatistas apoiados por Moscovo e a jovem república moldava dois anos mais tarde.

Nenhum país reconhece oficialmente a Transnístria, onde a Rússia tem mantido uma presença militar ao longo das últimas décadas, embora cada vez mais reduzida. Atualmente tem cerca de 1.500 soldados.

Antes de quarta-feira, a última reunião do congresso tinha sido em 2006, quando foi aprovado um referendo que pedia a adesão à Rússia. Quando os políticos da Transnístria anunciaram inesperadamente uma nova reunião, os analistas sugeriram que tal poderia conduzir a novos apelos à unificação com a Rússia. As autoridades moldavas e ucranianas minimizaram esta especulação.,

Mapa da Transnístria (CNN)

O congresso não chegou a este resultado extremo, mas aprovou uma resolução que apela à Rússia para que dê mais "proteção" às autoridades moldavas aos mais de 220 mil cidadãos russos na Transnístria.

"A Transnístria lutará persistentemente pela sua identidade, pelos direitos e interesses do povo da Transnístria e não desistirá de os proteger, apesar de qualquer chantagem ou pressão externa", afirma a resolução, de acordo com a agência noticiosa russa TASS.

A proteção dos interesses dos habitantes da Transnístria, nossos compatriotas, é uma das prioridades", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Por outro lado, as autoridades moldavas rejeitaram o congresso como uma tentativa de alimentar a "histeria".

"Não há perigo de escalada e desestabilização da situação nesta região do nosso país", escreveu o porta-voz Daniel Voda no Telegram. "O que está a acontecer em Tiraspol [a capital da região] é um evento de propaganda."

Em declarações à CNN, o gabinete de reintegração da Moldova afirmou que "rejeita as declarações propagandísticas de Tiraspol e recorda que a região da Transnístria beneficia das políticas de paz, segurança e integração económica com a UE, que são vantajosas para todos os cidadãos".

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matt Miller, afirmou na quarta-feira que os Estados Unidos estão "a acompanhar de perto as ações da Rússia na Transnístria e a situação geral na região".

Porquê realizar um congresso agora?

A guerra da Rússia na Ucrânia teve um efeito profundo na economia da Transnístria. A Ucrânia fechou a fronteira com a região quando a guerra começou, cortando cerca de um quarto do comércio do enclave. Embora continue a receber gás russo gratuitamente, o acordo que permite o trânsito de gás através da Ucrânia expira em dezembro e não há garantias de que seja prorrogado.

A guerra também levou a Moldova a tentar resolver o seu conflito de décadas com a Transnístria. Em parte em resposta à guerra, a União Europeia concedeu ao país o estatuto de país candidato em junho de 2022 e, em dezembro de 2023, deu luz verde para o início das negociações de adesão.

Embora a presidente da Moldova, Maia Sandu, tenha indicado que estaria disposta a aderir à União Europeia sem a Transnístria, a reunificação pode agilizar o processo. Um blogue recente do Carnegie Endowment for International Peace argumentava que "a estratégia da Moldova é apressar o processo tornando a vida da Transnístria o mais difícil possível".

Neste sentido, em janeiro, a Moldova eliminou inesperadamente as isenções aduaneiras para as empresas da Transnístria, obrigando-as a pagar impostos tanto à Transnístria como a Chisinau.

Dumitru Minzarari, professor de estudos de segurança no Colégio de Defesa do Báltico, explica à CNN que a decisão da Transnístria de realizar um congresso especial foi "diretamente desencadeada" pela reintrodução dos direitos aduaneiros pela Moldávia.

"Ao oferecer isenções fiscais à região separatista, o governo moldavo estava praticamente a financiar a existência de um regime separatista em Tiraspol", continua Minzarari - um acordo que o governo já não sentia que tinha de tolerar.

O especialista acrescenta que a disputa criou oportunidades para as autoridades russas "pescarem em águas turbulentas".

Porque é que a Rússia está interessada na Moldávia?

Se a invasão russa da Ucrânia tivesse corrido como planeado, teria capturado a capital Kiev em dias e o resto do país em semanas, atravessando a costa ucraniana até à cidade de Odessa, no sudoeste do país, perto da Transnístria.

O então comandante da Região Militar Central da Rússia, major-general Rustam Minnekaev, disse que um dos objetivos da chamada "operação militar especial" era estabelecer um corredor através do sul da Ucrânia até à Transnístria, uma vez que a Rússia procura reunir-se com os seus "compatriotas no estrangeiro".

Apesar de a Ucrânia ter travado o avanço de Moscovo em Kherson, a cerca de 350 quilómetros da Transnístria, os analistas sublinharam que a Rússia mantém os seus planos para a Moldova.

"O Kremlin procura utilizar a Transnístria como um representante controlado pela Rússia, que pode utilizar para fazer descarrilar o processo de adesão da Moldova à União Europeia, entre outras coisas", alertou o Instituto para o Estudo da Guerra, um grupo de reflexão sediado nos Estados Unidos, num relatório publicado na semana passada.

A Transnístria separou-se ilegalmente da Moldávia. Um busto de Lenine em frente ao edifício da Casa dos Sovietes em Tiraspol, em julho de 2022 (Anton Polyakov/Getty Images via CNN Newsource)

Tal como a Rússia considerou inaceitável a viragem da Ucrânia para a União Europeia, em 2014, e usou a força militar para a impedir, também está interessada em evitar o mesmo na Moldova. A CNN viu um documento elaborado pelo serviço de segurança russo, o FSB, que detalhava um plano para desestabilizar a Moldova e impedir a inclinação daquele país para o Ocidente.

Putin justificou a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e as operações militares em Donetsk e Lugansk como um esforço para proteger os cidadãos de língua russa no leste da Ucrânia, que ele alegou estarem sob ameaça de Kiev.

Minzarari afirma que existem "fortes paralelos" entre essa retórica e o tipo de retórica utilizada recentemente pelo governo da Transnístria. Numa entrevista à RIA Novosti, o presidente Vadim Kranoselsky afirmou que o governo moldavo estava a preparar ataques terroristas contra a Transnístria antes de uma possível invasão, sem apresentar provas.

No entanto, outros analistas argumentam que, em vez de sublinhar a influência da Rússia na região, a situação na Transnístria é antes uma chamada de atenção para o facto de Moscovo não ter conseguido, até agora, atingir os seus principais objetivos de guerra.

"Um apelo à anexação da Transnístria rejeitado pela Rússia seria um grande golpe de relações públicas para a Ucrânia, lembrando aos russos e aos ucranianos que o que os comentadores acreditavam há dois anos serem objectivos modestos para a guerra estão agora demasiado longe do alcance da Rússia para serem sequer considerados", refere Ben Dubow, membro não residente do Centro de Análise de Políticas Europeias, à CNN.

SENEGAL: PR senegalês vai pedir parecer sobre eleições presidenciais

© Lusa

POR LUSA   28/02/24 

O Presidente senegalês, Macky Sall, vai pedir ao Conselho Constitucional um parecer sobre as recomendações de que as presidenciais decorram após o fim do seu mandato, permanecendo em funções até à tomada de posse do sucessor, anunciou hoje a Presidência.

As eleições, que se deveriam ter realizado no passado domingo, foram adiadas por Macky Sall a horas do início da campanha eleitoral, em 03 de fevereiro, e marcadas para 15 de dezembro.

O Presidente "remeterá o assunto ao Conselho Constitucional para que este se pronuncie sobre as conclusões e recomendações do 'diálogo nacional'", evento convocado por Macky Sall e que decorreu na segunda e na terça-feira, lê-se num comunicado de imprensa.

Macky Sall receberá o relatório com as conclusões do "diálogo" na próxima segunda-feira, acrescenta-se no comunicado, que não indica quando é que o chefe de Estado se irá pronunciar sobre estas recomendações, nomeadamente sobre a data das eleições.

O "diálogo nacional" defendeu que o mandato de Sall, que termina em 02 de abril, deverá ser prolongado até à posse do seu sucessor e os participantes do evento defenderam ainda que não há condições para a convocação das eleições antes do final de mandato.

A oposição boicotou o "diálogo nacional", uma iniciativa presidencial para se tentar chegar a um acordo sobre a data das eleições e tirar o país, considerado um dos mais estáveis da África Ocidental, de uma das mais graves crises das últimas décadas.

A repressão das manifestações de protesto provocaram quatro mortos e dezenas de detenções.

No comunicado da Presidência salienta-se ainda que o Governo senegalês aprovou hoje um projeto de lei que amnistia os atos cometidos durante os distúrbios que assolaram o país nos últimos três anos, no meio da crise em torno do adiamento das eleições presidenciais.

Esta medida de amnistia foi proposta por Macky Sall com o propósito de "acalmar o clima político, reconciliar e ultrapassar", segundo a ata do Conselho de Ministros.

O texto deve agora ser aprovado pela Assembleia Nacional numa data não especificada.



Leia Também: Macky Sall anuncia amnistia geral a manifestantes detidos desde 2021

GUINÉ-BISSAU: "A Assembleia Nacional Popular não está dissolvida. Se esses órgãos são eleitos por um período de quatro anos, nós estamos preparados para ter eleições [legislativas] em 2027 e não em 2024. Este ano, devemos ter eleições, sim, mas eleições presidenciais", disse Simões Pereira numa entrevista exclusiva à DW África

Por  João Carlos (Lisboa) DW Português   28/02/2024

Bissau: Simões Pereira recusa legislativas antecipadas

À DW, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, diz que as únicas eleições que devem ter lugar em 2024 são as presidenciais. E apela a organizações como a UE ou a CPLP para falarem com o Presidente da República.

Domingos Simões Pereira, o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, diz que as únicas eleições que se deveriam realizar este ano no país são as presidenciais.

"A Assembleia Nacional Popular não está dissolvida. Se esses órgãos são eleitos por um período de quatro anos, nós estamos preparados para ter eleições [legislativas] em 2027 e não em 2024. Este ano, devemos ter eleições, sim, mas eleições presidenciais", disse Simões Pereira numa entrevista exclusiva à DW África, em Lisboa.

O também líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) mostra-se ainda aberto a criar "sinergias" com outras forças políticas que queiram contribuir para a estabilidade política no país. E pede a instituições como a União Europeia ou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que exerçam influência junto do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para repor a normalidade institucional na Guiné-Bissau.

DW África: Está muitas vezes fora da Guiné-Bissau certamente devido à situação política no país, onde têm sido impedidas manifestações de rua do PAIGC. É isso que explica os encontros com a comunidade guineense radicada no exterior e as manifestações em Lisboa? Considera que a batalha para demover o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, deve ser feita a partir do exterior?

Domingos Simões Pereira (DSP): Não, absolutamente não. Penso que a política guineense tem de se [ser feita] na Guiné-Bissau. Eu acredito que as instituições, tanto políticas como da sociedade civil, se estão a mobilizar, vão retemperando as suas forças e vão definindo novas estratégias de luta conforme as circunstâncias. Agora, o conhecimento que a comunidade internacional tem ou deixa de ter em relação à realidade conta. A mobilização da nossa diáspora é muito importante. Portanto, somando tudo isso e outras questões que eu já tinha em agenda, foi viabilizada a intenção de passar uma temporada por cá.

Não deixo de reconhecer que o quadro securitário também influenciou essa tomada de decisão, que é temporária. Eu espero que brevemente possa não só regressar, como também retomar a plenitude das minhas responsabilidades e competências.

DW África: Mas teme que a sua vida esteja em risco depois daqueles acontecimentos que se registaram no país?

DSP: Eu já afirmei e volto a reiterar que não acredito que haja algum cidadão guineense que, em algum momento, não sinta a sua vida em risco. E quando digo nenhum, estou a referir-me a nenhum, absolutamente. Porque criou-se um quadro de violência global, em que os cidadãos sentem que é das autoridades que têm a vocação e deviam assumir a responsabilidade da sua segurança que vem a primeira agressão.

DW África: Está a desenvolver vários contactos políticos fora do país, depois dos acontecimentos que levaram à dissolução do Parlamento pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló. Já esteve no Parlamento Europeu e acaba de vir da reunião da Internacional Socialista em Espanha. O que se pode esperar destas instituições no sentido da reposição da legalidade na Guiné-Bissau?

DSP: Antes de mais é preciso dizer que nós mantemos a nossa avaliação de que houve, sim, um decreto que pretendeu a dissolução do Parlamento, mas o Parlamento da Guiné-Bissau não está dissolvido. Porque para o Parlamento estar dissolvido, essa disposição teria de conformar-se com a Constituição da República, o que não é o caso.

As últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau foram em junho de 2023 Foto: F. Tchumá/DW

Agora, nós reconhecemos que não estamos sozinhos no mundo, temos parceiros. Eu, enquanto Presidente da Assembleia Nacional Popular - até prova em contrário, a segunda figura política do país - tenho a obrigação de partilhar com os nossos parceiros qual é a realidade que se vive na Guiné-Bissau, ajudá-los a compreender [a situação], para que possam exercer a influência possível no quadro do reforço das instituições democráticas.

Não se espera que essas organizações internacionais substituam as entidades políticas nacionais. Espera-se que, no quadro da cooperação existente entre essas entidades, possam exercer a sua influência no sentido da reposição da normalidade.

Eu quero aproveitar a questão para dar dois exemplos que eu penso que são bastante ilustrativos dessa realidade. O maior parceiro da Guiné-Bissau e da própria CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] é a União Europeia: parceiro económico, parceiro financeiro; é um parceiro estratégico muito importante. E o conhecimento que as entidades europeias têm em relação à realidade guineense acaba tendo uma influência muito grande. Porque, por exemplo, agora alguém voltou a falar da necessidade de realização de eleições legislativas. Mas a questão é: vamos realizar eleições legislativas para resolver o quê? Para esclarecer que parte dessa confusão?

Nós estamos a sair de eleições legislativas, em junho de 2023. A Assembleia Nacional Popular estava regularmente constituída, a funcionar com absoluta normalidade. Vamos voltar a realizar eleições e vamos pedir às mesmas entidades, neste caso a União Europeia, para, como parceiro da Guiné-Bissau, financiar novas eleições, meses depois da última eleição, para não resolver nenhum problema?

DW África: Portanto, o PAIGC rejeita categoricamente a ideia de marcação de novas eleições legislativas pelo Presidente Sissoco Embaló?

DSP: A nossa posição é decorrente da nossa interpretação de que a Assembleia Nacional Popular não está dissolvida. E se esses órgãos são eleitos por um período de quatro anos, nós estamos preparados para ter eleições [legislativas] em 2027 e não em 2024.

Este ano, devemos ter eleições, sim, mas eleições presidenciais, porque o atual Presidente tomou posse em fevereiro de 2020 para um mandato de cinco anos, o que significa que o seu mandato chega ao fim em fevereiro de 2025. E como a Constituição dita que o último dia do seu mandato deve ser o dia de empossamento do novo Presidente eleito, decorre daí a nossa expetativa de que as próximas eleições presidenciais sejam marcadas, o mais tardar, para outubro de 2024.

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco EmbalóFoto: Michel Euler/AP/picture alliance

DW África: Qual a posição do Parlamento Europeu e da União Europeia? Os parlamentares ter-se-ão pronunciado a propósito?

DSP: Todos, unanimemente. Eu penso que os próprios têm feito essas declarações públicas, de serem parceiros da Guiné-Bissau, para nos apoiar a consolidar as instituições democráticas. 

Todos reconhecem que a Assembleia Nacional Popular continua a ser um órgão válido, existente, credível, legitimado nas suas competências, incluindo o próprio presidente da Assembleia Nacional Popular. Isso foi reafirmado pelo Parlamento Europeu na reunião da União Interparlamentar, em Luanda, que teve lugar recentemente.

Nas reuniões da Internacional Socialista, que são presididas pelo chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, essa reafirmação foi feita de forma inequívoca. Infelizmente, nos nossos países que ainda têm esse quadro de instabilidade há a tendência de receber isso quase como uma afronta, neste caso, ao Presidente da República, como uma afronta ao regime instalado.

Não, não é o caso. O que todos os parceiros nos querem dizer é que, para haver um quadro de cooperação, é preciso normalidade institucional. E a normalidade avalia-se em função do cumprimento das normas constitucionais.

DW África: Os partidos MADEM-G15, o PRS e a APU-PDGB estão a mobilizar-se para "salvar a democracia", porque entendem que o clima de tensão está a aumentar. Acha que esta frente única seria uma via para a estabilidade? O PAIGC alinharia nessa estratégia?

DSP: Nós saudamos esse sinal de vivacidade dos partidos, porque a democracia vive desse dinamismo. Nós respeitamos a opinião desses partidos, mas é óbvio que reservamos a nós próprios a avaliação de propostas concretas. Nós precisamos [de as] conhecer, porque o que conhecemos até agora é [apenas] o enunciado de um determinado propósito, que eu penso que todos reconhecerão como coincidente com aquilo que sistematicamente o PAI - Terra Ranka denunciou e pelo qual lutou.

Portanto, se isso quer dizer que os partidos subscrevem essa posição, se estamos alinhados nesses princípios, não há contradição nenhuma em criarmos sinergias nesse sentido.

DW África: Alguns analistas afirmam que Umaro Sissoco Embaló está a sentir-se encurralado. Tem a mesma opinião?

DSP: Eu não vou falar disso hoje. Ontem (27.02) completaram-se quatro anos desde que Umaro Sissoco Embaló assumiu a Presidência da Guiné-Bissau. Estamos numa contagem decrescente para o fim do seu mandato. Nós exigimos desde sempre a reposição da normalidade. Não o conseguimos da forma como pretendíamos que acontecesse. Esperamos que, pelo menos agora, se respeite o fim do mandato, a fixação das eleições, a convocação dessas eleições num quadro de normalidade.

Nós não queremos que qualquer afirmação nossa ou de outra entidade possa servir de pretexto para voltarmos a adiar e comprometer um calendário mais do que estabelecido. O Presidente da República iniciou o mandato no dia 27 de fevereiro, e todo o guineense tem presente que, no dia 27 de fevereiro de 2025, devemos conhecer o novo Presidente da República.

DW África: Como reage às últimas declarações do Presidente da República acusando os órgãos da comunicação social de estarem a fazer o papel da oposição e as ameaças aos ativistas, sobretudo os da diáspora, que comentam sobre a situação política na Guiné-Bissau?

DSP: Eu tenho evitado comentar as afirmações do Presidente, sobretudo estando fora. Eu, exercendo as funções de presidente da Assembleia Nacional Popular, tenho um quadro institucional estabelecido para dizer aquilo que eu penso.

Agora, essa afirmação é claramente um atentado à liberdade de imprensa, à liberdade de organização. E eu só posso admitir que foi realmente uma afirmação infeliz por parte dele.

DW África: São Tomé Príncipe, que detém a presidência rotativa da CPLP, anunciou recentemente o envio de uma missão de bons ofícios para a Guiné-Bissau. O que se pode esperar de uma missão desta natureza?

DSP: É preciso dizer que, enquanto cidadão[s] lusófono[s], todos nós sentimos algum vazio institucional. Essa afirmação foi muito bem acolhida. Criou expetativas. Criou esperanças. Eu espero que a CPLP não deixe morrer essa oportunidade porque isso traria mais um descrédito; não ajudaria na credibilidade.

Não estou a dar lição nenhuma a ninguém, mas estou a afirmar, enquanto político e cidadão da comunidade de países de língua portuguesa, a nossa esperança de ver a nossa organização mais presente, mais ativa e mais dinâmica no acompanhamento da realidade política nos nossos países.

Presidente do Senegal poder-se-ia manter no cargo além do prazo constitucional, facto que ele tinha vindo a descartar.


 RFI Português 

Conferência de Imprensa no âmbito da visita de Estado a Líbia#


  Presidência da República da Guiné-Bissau 

Governo guineense, elegeu como prioridade, direitos da mulher, criança e pessoas com deficiência e impulsionar as reformas estruturas do sistema Judiciário, diz Ministra da Justiça e dos Direitos Humanos


 Radio TV Bantaba

SAÚDE: Ferver a água da torneira pode eliminar os microplásticos, diz estudo... Cientistas explicam tudo.

© ShutterStock

Notícias ao Minuto   28/02/24 

Hoje em dia, os nano e microplásticos estão, aparentemente, em todo o lado: na água, no solo e no ar. Têm muitos efeitos negativos na saúde, mas existem formas de evitá-los ao máximo e, recentemente, um estudo descobriu que simplesmente ferver (e filtrar) a água da torneira pode ajudar a remover quase 90% destes tipos de plástico. 

Mais especificamente, o estudo revelou que, "à medida que a temperatura da água aumenta com a ebulição da água dura, que é rica em minerais, uma substância calcária conhecida como calcário ou carbonato de cálcio forma uma crosta, conhecida como incrustante, que envolve as partículas de plástico", explicam os cientistas. 

Com o tempo, "estas incrustações acumular-se-iam como o calcário típico, altura em que poderiam ser esfregadas para remover os nano e microplásticos", acrescenta Eddy Zeng, o líder do estudo. Por isso, além de ferver a água, sugere que "quaisquer incrustantes remanescentes a flutuar na água possam ser removidos, passando-a por um filtro simples, como um filtro de café."

Para chegarem a estas conclusões, os cientistas recolheram amostras de água da torneira de Guangzhou, na China, e adicionaram-lhes diferentes quantidades de nano e microplásticos. Todas as amostras foram fervidas durante cinco minutos e deixadas arrefecer. Depois, a equipa mediu o teor de plástico que ficou a flutuar na água. 

Com a experiência, os investigadores conseguiram mostraram que em água com 300 miligramas de calcário por litro até 90 por cento dos plásticos foram eliminados após a fervura. Já em amostras de água com menos de 60 miligramas por litro, concluíram que cerca de 25% dos plásticos foram removidos.


Assembleia Nacional Popular da República da Guiné-Bissau : Gabinete de Presidente...


JUVENTUDE PARA ALTERNANCIA DEMOCRÁTICA (JUADEM) COORDENAÇÃO NACIONAL - COMUINICADO À IMPRENSA

 

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 - COMUNICADO DA COMISSÃO PERMANENTE...


 

Por Malafi Câmara /Florença Iyere

APU-PDGB - DESPACHO: REF. № 03/GSN/2024

 Fonte: Régulo Balanta 

Países da NATO opõem-se a envio de tropas para a Ucrânia

Conferência Internacional de Apoio à Ucrânia, Paris, 26 de Fevereiro de 2024. REUTERS - GONZALO FUENTES

Por:  RFI   28/02/2024 

Os países membros da NATO opõem-se a um envio de tropas ocidentais para lutar contra a Rússia. A hipótese foi avançada pelo chefe de Estado françês, no fim da Conferência Internacional de Apoio à Ucrania que teve lugar, a 26 de Fevereiro, em Paris.  As declarações de Emmanuel Macron já tinham merecido as críticas da classe política francesa, levando o Governo a afirmar que a intenção era apenas de transmitir  um sinal  estratégico a Moscovo. 

As declarações do Presidente Emmanuel Macron sobre um potencial envio de tropas ocidentais para lutar contra a Rússia não foram bem recebidas pelos aliados ocidentais.

A começar pelo chanceler alemão Olaf Scholz que, muito claramente, afirmou exactamente o contrário do que tinha sido avançado pelo Presidente francês: "É importante garantir isto: nenhum soldado será enviado por paises europeus ou da NATO para a Ucrânia" insistiu Olaf Scholz esta terça-feira 27 de Fevereiro, adiantando ainda que a decisão é unânime. 

Emmanuel Macron tinha levantado esta possibilidade, na segunda feira à noite, 26 de Fevereiro, em Paris, depois da Conferência Internacional de Apoio à Ucrânia, apesar de admitir que não havia consenso sobre a questão com os outros 27 países presentes na reunião. 

As reacções de indignação em França foram numerosas e pouco depois da Conferência, o Primeiro-ministro cessante dos Países-Baixos, Mark Rutte, pressentido para assumir o próximo mandato de secretário-geral da NATO, garantiu que a questão não estava na ordem do dia. 

No dia seguinte, terça-feira, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, advertiu que o envio de tropas causaria “a escalada do conflito que sempre se tentou evitar”. 

Washington avisou, por sua vez, que não vai enviar soldados para a Ucrânia. 

Perante estas reacções, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros Stéphane Séjourné já veio relativizar as declarações do Presidente, explicando que o "envio de tropas" não significa necessáriamente implicação nos combates, mas pode consistir em operações de desminagem, de partilha de informação ou ainda a produção de armas em território ucraniano. Ou seja, o plano da França não seria participar directamente nos combates, mas enviar homens em apoio às forças ucranianas. 

A presidencia ucraniana saudou as declaraçoes de Emmanuel Macron, ao contrário do Kremlin que avisou que um envio de tropas à Ucrânia era "absolutamente contra o interesse dos Ocidentais". 

O representante especial da China para os assuntos euro-asiáticos vai deslocar-se à Europa este sábado e visitar a Bélgica, a Polónia, a Ucrânia, a Alemanha, a França e ainda a Rússia para promover uma "solução política" para a guerra na Ucrânia.

De notar que o exército russo recrutou cidadãos indianos para combater na linha da frente. A informação foi confirmada a 26 de Fevereiro por Nova Deli, que afirma estar em negociações com Moscovo para repatriar os seus cidadãos, depois dos alertas lançados por várias famílias indianas, preocupadas com a falta de notíccias dos seus familiares enviados para a guerra. 

HONRAS DE ESTADO ✍️❤️🇬🇼🌍🙏 - CHEGADA DE COMANDANTE SUPREMO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO NA CAPITAL DE LÍBIA, TRIPOLI...


Fonte: Junior Gagigo  

Guiné-Bissau: Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), responsabiliza o Ministro do Interior e o Secretário de Estado da ordem Pública, pela detenção dos professores da escola "Primeiro de Maio" de Bissau.


 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau - funcionários da EAGB, exigem melhorias de condições de trabalho na empresa



 Radio TV Bantaba

ANGOLA: Bispos avisam que angolanos correm risco de se habituarem à pobreza

© Lusa

Notícias ao Minuto    28/02/24 

Os bispos católicos angolanos disseram hoje que os angolanos estão a correr o risco de se habituarem à pobreza e de se acomodarem à miséria, lamentando a degradação socioeconómica da vida das famílias no país.

"O elenco dos problemas socioeconómicos que desafiam, afligem e sufocam a vida dos cidadãos e das famílias são sobejamente conhecidos e devidamente identificados. Os relatórios das dioceses e estudos sobre a nossa realidade social ilustram bem este quadro, a vida das famílias e dos cidadãos não está fácil", disse o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), José Manuel Imbamba.

O arcebispo angolano considerou que tal situação deve-se a uma profunda crise de ética, exortando os cidadãos, gestores públicos e privados e políticos à uma análise de consciência.

"A minha convicção é que tudo o que de ruim estamos a viver e a experimentar deve-se à uma profunda crise de ética", afirmou José Manuel Imbamba, quando falava na abertura da 1.ª Assembleia Plenária dos Bispos da CEAST deste ano, que se iniciou hoje na província angolana de Malanje.

Para o prelado católico, a sociedade vive hoje uma era de fragmentação da consciência em relação às referências éticas: "Já não temos um quadro axiológico de unanimidade social como na sociedade tradicional".

"A consciência do mal, do injusto e do pecado está a desaparecer vertiginosamente, já não incomoda, o sentido de honra e de dignidade já não encaixa no nosso perfil, o egoísmo ou o individualismo está a ofuscar e a banir o sentido do bem comum", apontou.

Dom Imbamba referiu, por outro lado, que a fragmentação da consciência em relação às referências éticas atingiu "níveis degradantes e irresponsáveis que se traduzem na corrosão, nepotismo, compadrio, amiguismo, clubismo e na vandalização e delapidação dos bens públicos".

O presidente da CEAST disse também que a produção interna "continua manietada", a especulação dos preços dos produtos básicos continua em alta, afetando drasticamente o poder de compra dos cidadãos, as empresas angolanas continuam asfixiadas e muitas moribundas "por falta de ética".

Os cidadãos "vão perdendo o respeito pelas instituições, a política já não visa o bem dos cidadãos, mas sim dos militantes, enfim, por falta de ética a religião tornou-se comércio e muitas igrejas transformaram-se em espaços de depravação, violência e desnorteio", criticou.

"Esta é a nossa maior e a mais perigosa doença que lentamente nos vai corroendo por dentro", notou.

O sacerdote defendeu que o país deve fazer uma "grande aposta" na ética aplicada ao serviço público, como instrumento de controlo, visando uma gestão ética do serviço público para não se cair "no descrédito e na inércia repetindo sempre os mesmos erros geradores da miséria, fome, injustiça, insatisfação e desespero".

"A gestão ética do serviço público transformar-nos-á em cidadãos e funcionários sérios, honestos e responsáveis, exemplares, comedidos, competentes, comprometidos e desapegados, capazes de garantir uma execução à bom nível das políticas públicas traçadas pelo executivo e com um elevado sentido de pertença e de Estado", concluiu José Manuel Imbamba.

A primeira plenária anual dos bispos da CEAST decorre até 04 de março e na agenda de trabalhos constam assuntos religiosos e sociais.


PRS - Crise no Partido: Família e militantes do partido da Renovação Social (PRS) na salvaguarda da memória e a honra do Koumba Yala reage hoje em conferência de imprensa a situação política interna dos Renovadores que coloca frente a frente direção liderado por Fernando Dias e os dirigentes inconformados no partido coordenado por Ilídio Vieira Té ministro das finanças


 CAP GB 

Acabe com a tensão nas costas em cinco minutos com estes exercícios

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Notícias ao Minuto   28/02/24 

Uma má posição ao dormir, ou ficar mal sentado numa cadeira durante o dia, pode resultar nesta situação. Veja como é simples de resolver.

Dormir mal durante a noite pode resultar em ficar com tensão na zona das costas ao longo do dia. Também sentar-se mal numa cadeira, numa má posição, pode resultar no mesmo. A solução pode estar num conjunto de exercícios.

A 'personal trainer' Alicia Rios revelou ao 'website' Well + Good como pode resolver a tensão com um simples conjunto de exercícios. O melhor de tudo é que só dura cinco minutos. A rotação de pescoço é logo a primeira coisa a fazer.

De pé, com os pés afastados, estique um dos braços para o lado e rode o pescoço para o outro. Repita o processo ao longo de alguns segundos. Depois, deite-se num tapete de lado, com os joelhos fletidos.

Estique os braços para a frente e abra o tronco formando um 't'. Depois, ainda no tapete, sente e junte as plantas dos pés. De seguida, estique o tronco para um lado e para o outro com a ajuda dos braços.

Mais uma vez deitado, mas agora de barriga para cima, flita um dos joelhos e passe-o para o outro lado da perda. Faça o mesmo com as duas pernas. Agora de pé, baixe um dos joelhos para a frente e outro para trás. Quando estiver no movimento descendente, faça uma rotação da zona da anca.

Por fim, faça o agachamento, fique na posição e estique um dos braços, à vez, para trás. Alicia Rios explica que deve fazer este treino ao longo da semana.


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O Coordenador do Programa de Cooperativa dos Produtores Agropecuária da região de Tombali, Lamarana Jaló, acusa autoridades nacionais de falta de vontade em trabalhar para o aumento de produção agrícola na Guiné-Bissau.


 Por: Mamadú Candé    Rádio Capital Fm   28.02.2024

UNIÃO EUROPEIA: Pedidos de asilo na UE+ atingem máximo de 1,14 milhões em 2023

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POR LUSA   28/02/24 

O número de pedidos de asilo apresentados na União Europeia, Noruega e Suíça (UE+) atingiu em 2023 um máximo de sete anos, somando 1,14 milhões, um aumento de 18% face a 2022, segundo dados oficiais hoje divulgados.

Os dados da Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA, na sigla inglesa) revelam que, a par do aumento dos pedidos, também a taxa de reconhecimento dos países UE+ acelerou, atingindo os 43%, também o nível mais elevado nos últimos sete anos.

Enquanto os sírios representam o maior número de pedidos de proteção internacional na UE+ (181 mil, mais 38% do que em 2022), a agência adianta que, apesar dos dados inconsistentes, o número de palestinianos que apresentam pedidos de asilo nos países UE+ está a aumentar, com 11.600 registados em 2023, mais dois terços do que no ano anterior (7.158).

Os afegãos mantêm-se a segunda maior nacionalidade de requerentes de proteção internacional (114 mil), apesar do recuo de 11% face ao ano anterior, assinalado a EUAA ter sido esta a única diminuição.

Os pedidos de nacionais da Turquia tiveram um aumento homólogo de 82%, para os 101 mil, ocupando o quarto lugar, seguindo-se venezuelanos (68 mil) e colombianos (63 mil).

A Alemanha (334 mil) manteve-se o Estado-membro mais procurado por requerentes de asilo, seguida da França (167 mil), a Espanha (162 mil) e a Itália (136 mil), sendo que o conjunto destes quatro países agregou, em 2023, mais de dois terços de todos os pedidos apresentados na UE+.



Leia Também: O navio humanitário da organização alemã Sea Eye resgatou 57 migrantes de uma embarcação, além dos corpos de duas pessoas que morreram durante a viagem, na noite de terça-feira, anunciou hoje a ONG.

Médico revela o alimento que ajuda a emagrecer (e que todos deviam comer)... É um fruto vermelho. Consegue adivinhar qual?

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Notícias ao Minuto    27/02/24 

Gostava de emagrecer? Segundo um especialista existe um alimento que tem (mesmo) de comer regularmente: os mirtilos. Neal Barnard, um médico, citado no Mirror, referiu que são um superalimento, rico em potássio, antioxidantes e vitamina C. 

Explica ainda que "as pessoas que decidem comer mais destes alimentos e incluí-los na sua dieta estão a perder peso". Porquê? Quando "come mirtilos à sobremesa, não está a comer sobremesas cheias de açúcares". 

Para além disso têm muita fibra, o que aumenta a sensação de saciedade, assim como poucas calorias e muitas antocianinas, estas últimas "abrem caminho para a queima de gordura devido aos efeitos que podem ter no apetite e no metabolismo".



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Alguém quer tirar a vida do Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. A denuncia partiu do próprio Presidente Cíito Teixeira que alerta sobre o plano macabro com três propósitos.


Por Radio Voz Do Povo

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo completa hoje (27.02.2024) quatro (04) anos como Chefe do Estado Guineense.


Por Radio Voz Do Povo 

Reveladas primeiras informações sobre o anel inteligente da Samsung... O lançamento está apontado para a segunda metade de 2024.

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Notícias ao Minuto   27/02/24 

A Samsung aproveitou a edição deste ano do Mobile World Congress a decorrer presentemente na cidade de Barcelona, em Espanha, para mostrar pela primeira vez o seu primeiro anel inteligente - o Galaxy Ring.

Apesar de a tecnológica sul-coreana não ter partilhado especificações nem preço do Galaxy Ring, começaram agora a surgir mais informações sobre o dispositivo. Como conta o site GSMArena, o Galaxy Ring contará com bateria suficiente para 5 a 9 dias de utilização.

Quanto ao lançamento, acredita-se que o anel inteligente será lançado no segundo semestre de 2024. Tendo em conta que a Samsung costuma realizar no verão um segundo evento dedicado à apresentação de novos produtos, é provável que fiquemos a saber mais informações durante esta ocasião.


Leia Também: Samsung revelou o Galaxy Ring. Veja as imagens do anel inteligente

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Afinal, NATO vai ou não enviar tropas para a Ucrânia? Tudo o que se disse

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POR LUSA   27/02/24 

O primeiro-ministro eslovaco deu como certa a presença de tropas dos países da NATO e UE na Ucrânia, e Macron deixou em aberto a possibilidade, mas Stoltenberg, Scholz e até Costa colocaram de lado uma escalada do conflito.

Ao início da tarde de segunda-feira, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, anunciou, depois de uma reunião do conselho de segurança do país, que países da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) estavam a preparar-se para enviar tropas para a Ucrânia, para tentar colmatar os problemas de recrutamento ucranianos que já estão a sentir-se no campo de batalha.

"Vários Estados-membros da NATO e da UE estão a ponderar enviar soldados para o território da Ucrânia bilateralmente", referiu, deixando logo de parte o cenário de ser uma coordenação da Aliança Atlântica.

Considerado um eurocético e crítico ávido do apoio prestado à Ucrânia nos últimos dois anos, Robert Fico acrescentou que Bratislava não iria participar no alegado esforço de dar uma vantagem militar à Ucrânia.

O primeiro-ministro eslovaco disse ainda saber o que é os militares dos países da UE e da NATO iam fazer para a Ucrânia, mas recusou revelar, admitindo que o encontro convocado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para segunda-feira ao final do dia, em Paris, era uma "reunião de combate", sem qualquer discussão de um efetivo plano de paz proposto pelo Governo de Volodymyr Zelensky.

A questão acabou por chegar a Emmanuel Macron, que em conferência de imprensa deixou não abriu a porta às certezas que Fico tinha, mas também não a fechou.

"Não há consenso nesta altura sobre enviar tropas para o terreno", disse o Presidente francês depois de uma reunião com os representantes de 20 países que apoiam a NATO.

No entanto, "nada deve ser excluído", apontou, acrescentando que "tudo tem de ser feito para impedir a Rússia de vencer" o conflito que exacerbou há dois anos com a invasão do território ucraniano -- depois da invasão da Crimeia em 2014.

A Lusa contactou as missões diplomáticas de vários Estados-membros da NATO, que não se mostraram disponíveis para prestar esclarecimentos sobre esta proposta de momento.

A única palavra da NATO veio hoje de manhã, através do secretário-geral, Jens Stoltenberg, que foi taxativo em declarações à Associated Press: "Não há planos de enviar tropas de combate da NATO para o terreno na Ucrânia".

Já na segunda-feira à noite, no final da reunião, o primeiro-ministro português demissionário, António Costa, tinha deixado claro que Portugal não tinha equacionado esse tipo de ajuda suplementar à Ucrânia.

"Não há nenhum cenário em que essa questão se tenha colocado", admitiu em declarações à Lusa e RTP.

Hoje foi o chanceler alemão, Olaf Scholz, a deixar claro que não há consenso no eixo franco-germânico sobre esta decisão e que bilateralmente também não houve promessas feitas a Zelensky sobre um reforço do efetivo: "Não haverá tropas no terreno, nem soldados enviados por Estados europeus ou pela NATO para solo ucraniano".

A contundência da NATO, Alemanha e Portugal sobre esta hipótese foi reforçada com as posições da República Checa e Polónia, que também descartaram enviar tropas para a Ucrânia.

O envio de militares, ainda que de maneira bilateral, para a Ucrânia de países da UE ou da NATO levaria inevitavelmente a uma escalada do conflito.

Ainda que as tropas fossem enviadas sem envolvimento da NATO, Moscovo poderia considerar os países que tomaram a decisão como participantes no conflito e poderia optar por atacar os seus territórios.

Nesta circunstância iria impor-se a ativação do Artigo 5.º da NATO, que consagra o princípio de defesa mútua, ou seja, se um Estado-membro é atacado, os outros 31 -- já contabilizando a Suécia cuja adesão formal está por dias -- teriam de defende-lo, o que levaria a uma entrada na guerra da NATO inteira, incluindo os Estados Unidos da América, algo que tem sido liminarmente descartado desde 24 de fevereiro de 2022.

Numa altura em que o apoio da parte de Washington está estagnado e foi secundarizado em detrimento do conflito no Médio Oriente e uma pré-campanha eleitoral para as presidenciais que poderão afetar diretamente a NATO -- já que Donald Trump, o potencial candidato republicano, tem posições públicas de ceticismo sobre a Aliança Atlântica e o contributo financeiro dos restantes Estados-membros -- os países da UE tentam reforçar o seu apoio.

Mas as opções têm sido sempre um leque mais abrangente de sanções e o envio, o quanto antes, de munições de artilharia -- depois de um prazo falhado até março deste ano, os 27 da UE querem enviar um milhão de munições de grande calibre até ao final de 2024.

Mas só no 732º dia depois do início da invasão russa foi ponderado, por parte de um líder ocidental, o envio de tropas, para que a participação indireta no conflito tenha outro fôlego para Kiev, o que poderá significar uma escalada sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.


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