terça-feira, 28 de março de 2023
Caso de suspenção dos professores contratados na função pública foi o tema central entre o Chefe do estado Sissoco Embalo e Confederação Nacional das associações estudantes da Guiné-Bissau durante uma audiência concedida pelo Presidente da República
A Guiné-Bissau pretende introduzir o crioulo no sistema do ensino. Com apoio de Unesco, realizou-se um Estudo de Viabilidade para o uso do crioulo e outras línguas nacionais como meio de ensino de aprendizagem na Guiné-Bissau. O Ministro da Administração Pública, Cirilo Mama Saliu Djaló presidiu abertura do encontro de validação do estudo.
Bulgária acusa Rússia de vaga de ameaças de bomba contra escolas
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POR LUSA 28/03/23
O Governo interino da Bulgária acusou hoje a Rússia de envolvimento numa série de ameaças de bomba contra dezenas de escolas em várias cidades do país balcânico.
Em declarações aos 'media' em Sófia, o ministro do Interior, Ivan Demerdzhiev, referiu-se a um "ataque híbrido" da Rússia contra a Bulgária.
Pelo segundo dia consecutivo, dezenas de escolas foram hoje encerradas no país balcânico após terem recebido mensagens de correio eletrónico com ameaças de bomba.
Demerdzhiev assegurou que estas ameaças não são reais e apenas pretendem provocar medo e a atenção dos 'media'.
"Vários países europeus enfrentam atualmente o mesmo. A versão dominante é que são ataques híbridos vinculados à Rússia", disse o ministro búlgaro.
Esta vaga de ameaças ocorre a poucos dias das eleições legislativas de domingo na Bulgária, onde as assembleias de voto são colocadas nas escolas públicas.
A Bulgária organiza no domingo as quintas eleições legislativas em dois anos, no meio de um impasse político sem precedentes na história democrática do país, que é membro da NATO e da União Europeia (UE).
Exercício militar da CPLP Felino 2023 arrancou hoje na Guiné-Bissau
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POR LUSA 28/03/23
O exercício militar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Felino 2023 começou hoje em Bissau, Guiné-Bissau, com a presença de Portugal, Cabo Verde, Brasil e Timor-Leste.
"Encontramo-nos perante um dos mais importantes eventos da CPLP, a realização de um exercício militar multinacional", afirmou o brigadeiro-general Samuel Fernandes, porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Segundo o brigadeiro-general Samuel Fernandes, o Felino "evidencia a determinação" dos países da CPLP em "desenvolver um esforço comum no sentido de conferir maior projeção e visibilidade às capacidades da comunidade em matéria de segurança coletiva e cooperativa".
O Felino 2023, que vai decorrer até quinta-feira, terá na Guiné-Bissau o formato de Exercício na Carta, anteriormente designado Exercício de Posto de Comando, sendo que o formato Forças no Terreno decorre em 2024 em Portugal.
O objetivo do exercício militar Felino é testar a capacidade de intervenção dos países da CPLP em missões de apoio à paz e de ajuda humanitária a nível técnico e operacional.
Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Moçambique não vão participar no exercício.
Dois mortos em ataque no Centro Ismaili em Lisboa
Centro Ismaili em Lisboa
Cnnportugal.iol.pt 28/03/23
Suspeito já foi detido
Duas pessoas morreram, esta terça-feira, depois de um homem de nacionalidade afegã as ter atacado com uma faca de grandes dimensões no Centro Ismaili, em Lisboa, apurou a CNN Portugal.
Em comunicado, a PSP informa que o alerta foi dado às 10:57 e que os primeiros meios chegaram ao local um minuto depois.
"Os polícias deparam-se com um homem armado com uma faca de grandes dimensões. Foram dadas ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão. Face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor", lê-se na nota.
O homem, que foi atingido numa perna, foi transportado para o Hospital de São José sob custódia policial.
Em declarações à CNN Portugal, fonte da PSP revela que "há pessoas feridas", sem no entanto conseguir avançar a gravidade ou o número de vítimas. "A situação está controlada", garante, no entanto.
A PSP reforçou, entretanto, o policiamento na unidade hospitalar.
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Em direto do local, Miguel Fernandes explica o que está a acontecer junto ao centro ismaelita, em Lisboa. Ao que foi possível apurar, uma patrulha da PSP foi chamada ao local e deparou-se com o agressor armado
PRIVACIDADE: Confirma-se. O telemóvel está (mesmo) a ouvir as suas conversas
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Notícias ao Minuto 28/03/23
Relatório da NordVPN confirma suspeitas e tem uma solução.
Alguma vez teve a sensação de que o seu telemóvel o estava a ouvir? Em que, depois de ter uma conversa específica com um amigo, começou a ver produtos relacionados com o tema? Pois bem, um novo relatório da NordVPN refere que não é apenas uma ‘sensação’ e confirma que os anunciantes - e não as redes sociais - estão de facto à escuta.
De acordo com a empresa, as empresas de anúncios estão a usar um novo tipo de monitorização de dados capaz de ouvir o ruído de fundo, usando esta informação para exibir anúncios personalizados.
Alegadamente, este método recorre a “sinalizadores de áudio” para “ligar todos os dispositivos detidos [pelo utilizador] para registar o comportamento e localização”. Uma vez que estes sinais, que não podem ser detetados pelo ouvido humano, são integrados em anúncios de televisão ou de rádio, o dispositivo móvel consegue detetá-los e indicar aos anunciantes o que anda a ver.
Como conta o site Daily Star, o relatório da NordVPn refere que 45% dos britânicos inquiridos já viu um anúncio no telemóvel depois de falar sobre um determinado produto ou de ver um anúncio sobre ele na televisão - sem o ter pesquisado no telemóvel.
Felizmente, parece haver uma forma de contornar este rastreamento das empresas de anúncios publicitários. Para tal terá apenas de rejeitar as permissões das apps ao seu microfone, algo que pode fazer com relativa facilidade na área dedicada nas Definições do telemóvel - seja ele Android ou iOS.
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Ataques a infraestruturas energéticas? Rússia fala em "ameaça" real
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Notícias ao Minuto 28/03/23
Ainda que sem citar a Ucrânia no contexto desta afirmação, Moscovo disse ter frustrado uma série de tentativas de ataques com recurso a drones ucranianos nos últimos meses.
O ministro da Energia da Rússia, Nikolai Shulginov, disse esta terça-feira que eventuais ataques de drone sobre as suas infraestruturas energéticas vitais são uma "ameaça" real para a segurança energética do país, reporta a Reuters.
Ainda que sem citar a Ucrânia no contexto desta afirmação, Moscovo disse ter frustrado uma série de tentativas de ataques com recurso a drones ucranianos nos últimos meses.
Posto isto, durante uma mesa redonda onde abordou a segurança das instalações energéticas da Rússia, o ministro destacou: "A principal ameaça agora são atos de interferência ilegal por via da utilização de veículos aéreos não tripulados (UAV)".
Nikolai Shulginov disse, ainda, que o governo tem cooperado com o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) no que diz respeito a esta matéria.
De recordar que, até ao momento, a Ucrânia não admitiu ter perpetrado ataques sobre alvos no interior do território russo, embora muitos altos funcionários do governo do país se tenham congratulado por ataques bem-sucedidos no país vizinho.
Facto é que, nos últimos meses, a Rússia tem vindo a reportar a ocorrência de ataques de drones em várias cidades e localidades russas, muitas delas a centenas de quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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ASSISTA: Pastor toma banho na igreja e pede aos membros da igreja que bebam água do banho
Ucrânia quer "desgastar" e "infligir perdas" nas tropas russas em Bakhmut
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Notícias ao Minuto 28/03/23
O general ucraniano Oleksandr Syrskyi confirmou que a Rússia continua a focar as suas investidas na zona de Bakhmut, após extensos meses de batalha.
A Ucrânia pretende esgotar e causar perdas pesadas nas tropas russas que tentam agora capturar a cidade de Bakhmut, na região de Donestk. A informação foi avançada pelo comandante das forças terrestres ucranianas, numa publicação em vídeo partilhada na terça-feira, reporta a Reuters.
Sobre o tema, o general Oleksandr Syrskyi explicou que a Rússia continua a focar as suas investidas na zona de Bakhmut, após extensos meses de batalha. "Eles não param de tentar cercar e capturar a cidade", explicou a fonte citada, por via de um vídeo partilhado na rede social Telegram.
E acrescentou: "Atualmente, a nossa principal tarefa passa por desgastar as forças esmagadoras do inimigo e infligir-lhes pesadas perdas. Isso vai criar as condições necessárias para libertar as terras ucranianas e para acelerar a nossa vitória".
De recordar que o Kremlin vê a conquista de Bakhmut como um ponto-chave para passar a controlar, na sua totalidade, a região do Donbass, no leste da Ucrânia.
As declarações do general Oleksandr Syrskyi surgem depois de, na segunda-feira, ele próprio ter dito que a defesa de Bakhmut se tratava de uma necessidade militar - ilustrando a vontade de Kyiv em manter esta cidade sob o seu controlo.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Apesar da convergência de interesses com Moscovo, China revela-se "descontente com escalada nuclear"
Liliana Reis, especialista em Relações Internacionais, analisa as táticas de intimidação nuclear por parte da Rússia durante o decurso da guerra na Ucrânia, mas também a disponibilidade de países europeus em acolher capacidade nuclear em seu território.
Minsk diz ter sido "forçada" pela NATO a acolher armas nucleares russas
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Notícias ao Minuto 28/03/23
A Bielorrússia, que se apresenta como uma das mais expressivas aliadas do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua "segurança nacional".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia disse, esta terça-feira, que foi forçada a acolher armas nucleares russas no seu território devido às "ações agressivas" dos países da NATO, segundo reporta a agência estatal russa TASS, aqui citada pela Reuters.
O país, que se apresenta como um dos mais expressivos aliados do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua própria "segurança nacional".
Na perspetiva de Minsk, tal decisão é, portanto, válida pelo facto de as "medidas coercivas unilaterais tomadas nos campos da política e da economia terem sido acompanhadas por um acumular do potencial militar (ocidental) no território dos países vizinhos (da Bielorrússia) que são membros da NATO".
De recordar que os planos para que a Bielorrússia posicionasse armas nucleares táticas russas foram anunciadas no fim de semana pelo próprio Vladimir Putin.
Minsk garantiu, ainda, que tais planos não violariam os acordos internacionais de não proliferação de armas nucleares, uma vez que a Bielorrússia não teria nenhum controlo sobre as armas. "A cooperação militar entre a Rússia e a Bielorrússia está a ser desenvolvida em estrita concordância com o direito internacional", assegurou a tutela, referindo-se a este tema em concreto.
Sobre este acordo com a Rússia, a Bielorrússia disse ainda que está apenas a "tomar medidas "para reforçar a sua própria capacidade de segurança e defesa" perante aquelas que diz serem as ameaças provenientes do Ocidente - que, segundo Minsk, pretende "mudar o curso geopolítico e o sistema político interno" deste país.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Fome no sul de Angola das "piores do mundo" em 2022
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POR LUSA 28/03/23
A insegurança alimentar nas províncias angolanas do Cunene, Huíla e Namibe em 2022 foi das "piores do mundo", alertou hoje a Amnistia Internacional (AI), sublinhando que o historial de Angola quanto a direitos humanos continua a ser "terrível".
No relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, a AI denuncia que a fome afetou "cerca de 1,58 milhões de pessoas" naquelas províncias do sul de Angola, sem que houvesse a intervenção necessária do Governo.
"Milhares de pessoas caminharam para a Namíbia a pé, sem comida e água, algumas delas doentes e desnutridas; muitas morreram durante a viagem", relata a organização de defesa dos direitos humanos.
"O Governo da Namíbia e a Cruz Vermelha fizeram esforços visíveis para fornecer ajuda aos refugiados" enquanto do lado angolano "havia pouco alívio governamental para os que permaneceram em Angola", de tal forma que "a fome obrigou muitos dos que tinham sido repatriados a regressar" ao país vizinho.
Cerca de 400.000 crianças foram classificadas como "gravemente desnutridas" em 2022, de acordo com o fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A Amnistia Internacional acusa também as autoridades angolanas de repressão do direito à reunião pacífica e ao protesto, detenção e tortura de ativistas, sobretudo nos períodos, "mergulhados" em violações dos direitos humanos, pré e pós-eleições, realizadas a 24 de agosto.
Embora não tenham sido comunicadas violações dos direitos humanos nas mesas de voto no dia das eleições, as situações sucederam-se antes e depois e "os agentes de segurança ficarem impunes por estes crimes", refere a Amnistia Internacional.
Entre outros casos, refere o ocorrido em março, quando agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) detiveram e "submeteram a tortura durante a detenção", 10 ativistas cívicos por planearem um seminário sobre desenvolvimento regional sustentável na escola Agostinho Neto, na província de Malanje.
As sucessivas detenções de António Tuma, adjunto para a informação do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) e outros ativistas desta estrutura são também denunciadas no relatório, que documenta com vários casos como as autoridades "reforçaram o controlo sobre o direito à liberdade de associação, impedindo reuniões da sociedade civil antes das eleições".
Após a eleição, "procederam a detenções em massa", acrescenta a AI, recordando, entre outros, os casos no Lobito, a 26 de agosto, quando a policia nacional dispersou uma manifestação e deteve oito ativistas e 11 outras pessoas, e mais 20 no dia seguinte, durante um protesto em que contestavam o resultado das eleições.
A organização de defesa dos direitos humanos delata ainda outras violações, como a expropriação de pastagens comunais, agravando a já difícil situação destas comunidades, para pecuária comercial no sul de Angola.
Em outubro, exemplifica, a polícia incendiou 16 casas e objetos pessoais numa operação para expulsar a comunidade Mucubai das suas terras, na província do Namibe.
Amnistia Internacional denuncia homicídios em massa e racismo no Brasil
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POR LUSA 28/03/23
Os assassínios em massa cometidos pelas forças de segurança e o racismo continuaram a ser das mais evidentes violações dos direitos humanos no Brasil em 2022, denunciou a Amnistia Internacional (AI) num relatório hoje divulgado.
"O racismo, a violência e a impunidade das forças se segurança continuaram a encorajar a violência do Estado. Assassínio em massa pelas forças de segurança foram frequentes e afetaram desproporcionalmente pessoas negras em favelas", concluiu a organização de defesa dos direitos humanos.
A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública observou que 99% das vítimas de homicídios cometidos por forças policiais eram do sexo masculino e 84% eram negras, relata a AI no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, ano em que o Brasil ainda tinha como chefe de Estado Jair Bolsonaro.
Na análise sobre o direito à alimentação, os dados recolhidos mostram que, do total da população que se encontrava em situação de segurança alimentar, 70% eram pessoas negras.
"A inação histórica do Estado para enfrentar o racismo estrutural continuou a fazer com que os povos indígenas e afrodescendentes sofressem desproporcionalmente com medidas e ações institucionais inadequadas", sublinha a AI no seu relatório anual.
Sobre a violação dos direitos dos povos indígenas, refere que entre janeiro e julho, a Comissão Pastoral da Terra documentou 759 incidentes violentos e 33 homicídios em conflitos relacionados com a terra "um aumento de 150% em relação ao primeiro semestre de 2021".
A Amnistia Internacional denunciou também que jornalistas e defensores dos direitos humanos "foram frequentemente ameaçados e mortos", documentando casos verificados ao longo do ano.
O fraco desempenho face à crise climática e a degradação ambiental é evidenciada no relatório, que recolhe dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, segundo os quais a taxa de desmatamento na Amazónia brasileira atingiu o seu nível mais alto desde 2015 entre janeiro e outubro de 2022, com um total de 9.277 quilómetros quadrados de floresta devastados.
Em contexto eleitoral, a AI constatou também mais repressão e aponta a "divulgação de declarações e notícias falsas do Presidente Jair Bolsonaro", que "instigou a violência por motivos políticos, colocou em risco as instituições do Estado e minou o funcionamento das instituições judiciais".
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Rússia diz que testou mísseis no mar do Japão
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POR LUSA 28/03/23
Moscovo testou mísseis antinavio no mar do Japão, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Rússia.
O Ministério disse que duas embarcações lançaram um ataque simulado com mísseis contra um falso navio de guerra inimigo, a cerca de 100 quilómetros de distância.
O alvo foi atingido com êxito por dois mísseis de cruzeiro Moskit, acrescentou.
O Moskit é um míssil de cruzeiro supersónico antinavio com capacidade para transportar ogivas convencionais e nucleares.
Moscovo indicou que o exercício decorreu no golfo de Pedro, o Grande, no mar do Japão, sem especificar as coordenadas.
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Acidente de autocarro com peregrinos causa 20 mortos na Arábia Saudita
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POR LUSA 28/03/23
Um autocarro que transportava peregrinos para Meca, na Arábia Saudita, incendiou-se esta segunda-feira após uma colisão numa ponte, acidente que causou 20 mortos e 30 feridos, adiantou a televisão estatal saudita.
O acidente, que ocorreu na província de Asir, no sul, destaca o constante desafio de segurança no transporte de peregrinos para Meca e Medina, as duas cidades mais sagradas do Islão, noticiou a agência Efe.
O desastre ocorreu durante a primeira semana do mês sagrado do Ramadão, quando muitos muçulmanos realizam a peregrinação Umrah (peregrinação menor), e alguns meses antes da peregrinação anual hajj.
"De acordo com informações preliminares que recebemos, o número de mortos neste acidente chegou a 20 e o número total de feridos foi de cerca de 29", referiu a estação estatal Al-Ekhbariya.
As vítimas são de "diferentes nacionalidades", segundo o canal, que não apresentou mais detalhes.
Al-Ekhbariya divulgou imagens onde mostra um repórter em frente ao que parecia ser a carcaça carbonizada de um autocarro.
Transportar peregrinos nas estradas da Arábia Saudita pode ser perigoso, especialmente durante o hajj, quando as intermináveis filas de trânsito são criadas por autocarros cheios de fiéis.
Em outubro de 2019, 35 estrangeiros morreram e outros quatro ficaram feridos na colisão entre um autocarro e outro veículo pesado perto de Medina.
No entanto, as peregrinações continuam a ser uma parte crucial do setor de turismo, do qual os líderes sauditas dependem para diversificar a sua economia dependente de combustíveis fósseis.
“Já estamos no CAN-2023” diz Baciro Candé
© Radio TV Bantaba Março 28, 2023
O selecionador nacional, Baciro Candé afirmou esta segunda-feira (27-03), que a turma nacional já está no CAN-2023, a realizar-se no ano 2024, em Côte d’ivoire.
As afirmações do selecionador Nacional foram registada, após a derrota dos Djurtus por uma bola a zero diante da Nigéria. Em conferência de imprensa, no jogo da quarta jornada do grupo A para o CAN-2023.
“Já estamos no CAN desde a vitória em Abuja, fizemos aquilo que muitos países mais desenvolvidos não conseguiram qualificar pela quarta vez consecutiva no Campeonato Áfricano das Nações” afirmo
Baciro Candé, ao seu estilo mostrou-se confiante aliás afirmou como nas qualificações anteriores, mesmo sendo segundo do grupo que “Os Djurtus ” já estão no CAN-2023.
A Seleção nacional passa ocupar a segunda posição da tabela classificativa do grupo A, com a derrota diante da Nigéria.
segunda-feira, 27 de março de 2023
Advogada Tirana Hassan nomeada diretora executiva da Human Rights Watch
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POR LUSA 28/03/23
A advogada e defensora dos direitos humanos Tirana Hassan, que documentou abusos em crises e conflitos em todo o mundo, foi nomeada diretora executiva da Human Rights Watch, anunciou hoje a organização.
Tirana Hassan era diretora de programas da Human Rights Watch e estava como diretora executiva interina desde setembro de 2022, após a saída da liderança em agosto de 2022 do Kenneth Roth que liderou a organização não-governamental quase 30 anos.
A organização não-governamental adianta em comunicado que Tirana Hassan, 48 anos, irá concentrar-se em usar "todos os recursos possíveis para pressionar os governos para que cumpram suas obrigações com as vítimas em todo o mundo", incluindo no Afeganistão, Israel e Palestina, Etiópia, e Irão.
"Sinto-me honrada por liderar esta excecional organização num momento em que a defesa dos direitos humanos parece mais urgente do que nunca", afirma Tirana Hassan, acrescentando: "Espero construir uma formidável base na Human Rights Watch para elevar os defensores de direitos humanos com quem trabalhamos e as comunidades que servimos para pressionar os que estão no poder a concretizar um futuro de respeito aos direitos humanos para todos".
Para o presidente do International Peace Institute e ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, a nova diretora executiva da Human Rights Watch "traz credenciais impecáveis como defensora de direitos humanos e uma visão ambiciosa de soluções para os desafios que o mundo enfrenta".
"É uma ativista extremamente experiente e será uma líder formidável e uma força a ser reconhecida", declarou Zeid Ra'ad Al Hussein.
Com décadas de experiência nos campos de direitos humanos e humanitário, Tirana Hassan começou sua carreira como assistente social, tendo passado muitos anos a trabalhar com mulheres e crianças em situações de conflito e crise, e ingressou na Human Rights Watch em 2010, cobrindo emergências em toda a África, Ásia e Oriente Médio.
"Tirana tem a rara combinação de ampla experiência de investigação, criatividade estratégica e um profundo compromisso com os princípios de direitos humanos de que a Human Rights Watch precisa para enfrentar os complexos desafios de direitos humanos que o mundo enfrenta", afirma o ex-diretor executivo da Human Rights Watch Kenneth Roth citado no comunicado.
Grupos armados e governamentais mataram "milhares de civis" em África
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POR LUSA 28/03/23
Ataques de grupos armados mas também de forças governamentais mataram milhares de civis em África no último ano, quase 9.000 só na Nigéria e República Democrática do Congo, alguns em assassínios em massa, revelou a Amnistia Internacional (AI).
Uma situação que se repete, acusa a organização no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, divulgado hoje, realçando que "o flagelo de conflitos manteve-se enraizado e mostrou poucas promessas de abrandamento".
A Etiópia, a República Democrática do Congo (RDCongo) - onde os ataques se intensificaram e "grupos armados mataram mais de 1.800 civis"-, e a região do Sahel são destacadas no relatório da AI como locais onde as lutas de "forças governamentais e grupos armados causaram a morte de milhares de civis", mas houve mais.
Na Nigéria, os ataques dos extremistas do Boko Haram espalharam-se do nordeste para áreas do centro norte e noroeste e estes e outros atacantes não identificados "mataram pelo menos 6.907 pessoas", denuncia a organização de defesa dos direitos humanos.
Para se ter um termo de comparação, refira-se que, somados, só os números destes dois países africanos superam os que a ONU apresentou como confirmados em 13 meses de guerra na Ucrânia - 8.317 civis mortos - embora sublinhando que estão muito aquém dos reais.
A Amnistia documentou muitos outros ataques a civis em África, como os dos combatentes do Estado Islâmico do Sahel (ISS, na sigla em inglês) no Mali, onde o grupo paramilitar russo Wagner apoia as forças governamentais, segundo denuncias da União Europeia e outros organismos.
A AI refere "ataques indiscriminados do ISS" como os que deixaram "centenas de civis mortos em outubro, ou um do Grupo de Apoio aos Islâmicos e Muçulmanos que fez "pelos menos 130 mortos, a maioria civis" em junho.
Na Etiópia, ataques de forças governamentais, incluindo a um jardim de infância, mataram centenas de civis no Tigray, e, na República Centro-Africana, pelo menos 100 foram mortos por grupos armados e forças governamentais só "entre fevereiro e março", segundo o relatório da Amnistia.
Na Somália, o grupo extremista Al-Shebab foi responsável pela maioria das 167 mortes e 261 feridos civis em ataques entre fevereiro e maio e um novo ataque, em outubro, matou mais de 100 pessoas.
As graves violações e abusos dos direitos humanos em África agravaram-se com as alterações climáticas, responsáveis em grande pelo aumento da fome, e também as repercussões da guerra na Ucrânia
"Grandes segmentos da população enfrentaram fome aguda e elevados níveis de insegurança alimentar, incluindo em Angola, Burkina Faso, República Centro África, Chade, Quénia, Madagáscar, Níger, Somália, Sudão do Sul e Sudão", indica o relatório.
Em Angola, relata a Amnistia, a insegurança alimentar nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe "foi das piores do mundo.
No Burkina Faso, que viveu dois golpes de Estado num ano, estimativas da ONU indicaram que 4,9 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar, incluindo muitos deslocados internos devido ao conflito.
Nas violações dos direitos reiteradas em África está também a violência contra mulheres, raparigas e pessoas LGBTI (sigla que designa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo), ocorrendo no contexto dos conflitos armados, mas "a maior parte em tempo de paz", sublinha a Amnistia Internacional.
Entre os casos mais graves está a Nigéria, onde, das centenas de crianças em idade escolar raptadas pelo Boko Haram em anos anteriores, "110 raparigas permaneciam em cativeiro no final do ano".
Moçambique é também referido no relatório, porque na província de Cabo Delgado, grupos armados, identificados como extremistas islâmicos, continuaram a "raptar mulheres e raparigas", e as forças governamentais "também cometeram violações dos direitos humanos contra a população, incluindo desaparecimentos forçados, assédio e intimidação de civis".
A repressão da dissidência e da liberdade de manifestação e expressão são direitos humanos e civis largamente violados nos países africanos, como mostra a morte de dezenas de manifestantes relatada e atribuída ao uso excessivo da força pelas forças de segurança no Chade, RDCongo, Guiné, Quénia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Somália e Sudão, entre outros países.
Em 2022, os impactos da pandemia de Covid-19, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e condições meteorológicas extremas comprometeram "seriamente" os direitos de milhões de pessoas à alimentação, a um nível de vida adequado e também à saúde.
Vários países registaram novos surtos de doenças, como o sarampo no Zimbabué, onde mais de 750 menores de cinco anos morreram, e no Congo (112 crianças mortas), as epidemias de cólera no Malawi (576 mortes), na Nigéria (320 mortes) e nos Camarões (298 mortes), ou um surto de ébola no Uganda, que resultou em 56 mortes.
PJ DETEVE MULHER SUSPEITA DE ABANDONAR BEBÉ DE TRÊS DIAS NA LIXEIRA NA BERMA DA ESTRADA
A brigada de combate a crimes contra mulheres e menores da Polícia Judiciária (PJ) deteve no domingo, 26 de março de 2023, uma jovem rapariga que deu à luz a um bebé e abandonou-a numa lixeira na berma da estrada de Granja, em Bissau.
A suspeita deu à luz a uma menina e deitou a criança na rua, numa lixeira ao lado de uma valeta, concretamente na berma da estrada que liga o bairro de Sintra à Granja.
A bebé de apenas dois dias de nascença foi encontrada com vida pelos moradores daquela zona e levada para o hospital nacional Simão Mendes, onde está sob os cuidados médicos.
A rapariga vai ser apresentada esta segunda-feira, 27 de março, ao Ministério Público para audição e aplicação da medida de caução correspondente.
Guiné-Bissau perde por 1-0 em casa com a Nigéria após a vitória em Abuja.
O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, o Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, o cabeça de lista do PRS às legislativas, Florentino Mendes Pereira e o Ministro dos Depostos, Augusto Gomes assistiram o jogo e no final, falaram a imprensa.
EUA saúdam adiamento da reforma sobre a justiça em Israel
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POR LUSA 27/03/23
Os Estados Unidos saudaram o anúncio da pausa no processo de aprovação da contestada reforma judicial em Israel, feito hoje pelo primeiro-ministro israelita, indicando que este passo "dá mais tempo para encontrar um compromisso" a nível nacional.
"Continuamos a apelar aos responsáveis políticos em Israel que encontrem um compromisso o mais rapidamente possível", disse uma porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, numa referência à decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de suspender o projeto de reforma.
Pouco antes do anúncio de Netanyahu, o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha transmitido ao primeiro-ministro israelita a sua preocupação sobre a proposta de reforma judicial, que originou forte contestação social e dividiu o país do Médio Oriente.
Em conferência de imprensa, John Kirby, um dos porta-vozes do Conselho de Segurança Nacional, disse que as inquietações de Biden provêm da ideia de que devem existir "controlos e equilíbrios" e um apoio "consensual" nos sistemas democráticos.
Kirby também indicou que responsáveis dos Estados Unidos vinham mantendo contacto com as autoridades israelitas nas duas últimas semanas.
O Governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, forneceu um prazo até julho para concretizar os ajustamentos necessários à reforma, que a oposição e amplos setores sociais consideram uma ameaça por comprometer a independência da justiça.
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Nações Unidas rejeitam Resolução russa para investigar Nord Stream
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POR LUSA 27/03/23
O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou hoje um projeto de resolução proposto pela Rússia que pedia ao secretário-geral que estabelecesse uma comissão internacional para conduzir uma investigação sobre as explosões nos oleodutos Nord Stream.
O projeto de resolução reuniu três votos a favor, zero contra e 12 abstenções, falhando em reunir o número necessário de apoio para a sua aprovação.
Rússia, China e Brasil foram os países que votaram a favor do projeto de resolução.
Os ataques aos gasodutos Nord Stream, que não estavam em serviço no momento do incidente, ocorreram em 26 de setembro de 2022 e provocaram duas fugas em cada um deles, todas em águas internacionais.
Cientistas chineses descobriram "reservatório" de água na Lua
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Notícias ao Minuto 27/03/23
Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.
Um grupo de cientistas do Instituto de Geologia e Geofísica (IGG) da Academia Chinesa de Ciências (CAS) diz ter descoberto um novo "reservatório" de água na Lua.
Segundo o novo estudo publicado na Nature Geoscienc chamado "um reservatório de água solar derivado do vento na Lua hospedado em esferas de vidro impacta [um componente onipresente em solos lunares de natureza amorfa]", os investigadores relatam a existência de esferas de vidro que continham água em solos lunares Chang'e-5 (CE5).
Apresentando um estudo detalhado, os cientistas mostram esse "reservatório" de água na Lua a registar a entrada e saída dinâmica da água derivada do vento solar e a atuar como um amortecedor para o ciclo da água na superfície lunar.
No entanto, permanece alguma incerteza quanto ao comportamento exato dessa água quando está na Lua. Parece mudar ao longo do dia e perde-se para o espaço, o que sugere que deveria haver algum tipo de armazenamento no solo.
Além disso, estudos anteriores ao solo lunar - através de grãos e rochas - não conseguiram explicar como ou onde essa água está a ser armazenada. Como tal, os investigadores acreditam que deve haver alguma outra explicação para a forma como a água está a ser armazenada.
No entanto, com base na nova descoberta, aumenta a certeza entre os estudiosos de que há água na Lua, embora muito menos água do que na Terra, acreditando que a maior parte da superfície da Lua inclua um pouco de água.
Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.
Por sua vez, a descoberta pode ser útil tanto para compreensão da Lua como também para missões espaciais que possam vir a utilizá-la como um habitat.
Os milhares de milhões de toneladas de água que estão espalhados pela superfície lunar poderiam ser utilizados pelos astronautas que pretendem partir na Lua - e usá-la como base para explorarem o sistema solar.
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União Europeia e França condenam suspensão da France 24 no Burkina Faso
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POR LUSA 27/03/23
A União Europeia e a França condenaram hoje a decisão do Burkina Faso de suspender a emissão do canal televisivo France 24 por causa de uma entrevista com o líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.
Para a União Europeia, as acusações feitas pela junta militar no poder no Burkina Faso contra aquele orgão de comunicação social foram "graves"
A comparação feita pelo porta-voz do governo do Burkina Faso da France 24 com "uma agência de comunicação para terroristas" é uma "acusação grave e totalmente injustificada, tendo em conta o profissionalismo do canal em geral", disse Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia Josep Borrell.
Segundo aquele porta-voz, "após a suspensão da estação de rádio RFI, em dezembro de 2022, as autoridades do Burkina Faso estão a enviar sinais muito negativos aos seus compatriotas, muitos dos quais ouvem e apreciam estes meios de comunicação".
"A luta contra o terrorismo é compatível com a liberdade de imprensa e a liberdade de informar, que são elementos essenciais de uma sociedade pacífica e democrática, e não deve ser usada como pretexto para limitar o trabalho dos meios de comunicação e dos jornalistas independentes", prosseguiu Borrell.
As autoridades francesas também lamentaram hoje que a junta militar do Burkina Faso tenha suspendido as emissões do canal de televisão, após a publicação de uma entrevista com o líder do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), Abu Ubaida Yusef al Anabi.
Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês sublinhou o seu "empenho constante" na liberdade de imprensa, na liberdade de expressão e na proteção dos jornalistas e de todos aqueles que contribuem para uma informação livre e pluralista.
A junta no poder no Burkina Faso cortou as emissões da France 24 no seu território após uma entrevista com o chefe da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), acusando o canal de oferecer "um espaço para legitimar ações terroristas e discursos de ódio para satisfazer os maus objetivos desta organização no Burkina Faso".
Desde 2015, o Burkina Faso entrou numa espiral de violência perpetrada por grupos terroristas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que já causaram a morte de um total de 10.000 civis e militares, segundo as ONG, e cerca de dois milhões de deslocados.
As relações com a França deterioraram-se desde que o Capitão Ibrahim Traore chegou ao poder. Em janeiro, as autoridades de Ouagadougou exigiram e conseguiram a saída da força francesa Sabre do país, um contingente de 400 forças especiais para a luta contra o terrorismo na região do Sahel.
Depois de anunciar a suspensão das emissões da France 24, o porta-voz do governo do Burkina Faso, Jean Emmanuel Ouédraogo, manifestou o seu "pesar" ao "ver que o chefe de uma organização terrorista como a AQIM, reconhecida como tal por toda a comunidade internacional, pode beneficiar de importantes órgãos como a France 24 para se exprimir na estação de rádio do canal".
"Esta organização, convém recordar, segue uma linha de terrorismo jihadista e é responsável por crimes atrozes que abalam a consciência humana e deixaram milhares de vítimas em todo o mundo", recordou, antes de denunciar que a AQIM "alimenta a violência e a barbárie terrorista contra as populações pacíficas do Shael".
Neste sentido, sublinhou que o grupo terrorista "tem planos terríveis" para o Burkina Faso e argumentou que, ao conceder-lhe esta entrevista, "a France 24 não está apenas a atuar como uma agência de comunicação para terroristas, mas está a oferecer um espaço para legitimar as suas ações terroristas e o seu discurso de ódio".
Em resposta, o canal francês disse que tinha tomado conhecimento da decisão através do comunicado do governo e salientou que "lamenta aquela decisão e rejeita as acusações infundadas que lançam dúvidas sobre o profissionalismo do canal". O canal indica que "não falou diretamente" ao líder da AQIM e acrescentou que "relatou as suas declarações sob a forma de uma crónica que permitia a distância e contextualização necessárias".
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GUINÉ-BISSAU PERDE EM CASA COM A NIGÉRIA
POR O GOLO GB MARÇO 27, 2023
A Seleção Nacional de Futebol Djurtus, recebeu e perdeu hoje (27.03), por uma bola a zero, frente a Seleção da Nigéria, no jogo da 4ª jornada da fase de grupo A de apuramento para o Campeonato Africano das Nações, CAN Côte d’ivoire 2023.
O único golo da partida foi apontado no minuto 29 por Moses Simon, de penalidade, dando assim os três pontos às Águias, e igualmente, aplicar a primeira derrota aos Djurtus nessa corrida para o magno evento futebolístico africano, a disputar-se na Costa do Marfim.
© Mamadi N’Djai
Tanques Leopard 2 portugueses e alemães chegaram hoje à Ucrânia
© Reuters
Notícias ao Minuto 27/03/23
Os tanques Leopard de fabrico alemão estão a ser utilizados, nos seus vários modelos, por uma dúzia de exércitos de países da NATO.
A Ucrânia recebeu os três tanques Leopard 2 doados por Portugal e os 18 prometidos pela Alemanha, informou, esta segunda-feira, uma fonte de segurança.
Além dos 18 tanques de batalha, chegaram ainda 40 veículos de combate de infantaria alemães Marder e dois veículos blindados de recuperação a território ucraniano.
O exército alemão treinou operacionais ucranianos para operar os veículos, bem como tropas para operar os veículos Marder durante várias semanas em campos de treino em Muenster e Bergen, no norte da Alemanha.
De recordar que, no final de janeiro, Berlim tinha-se comprometido a colocar à disposição da Ucrânia, juntamente com outros países, cerca de 30 tanques de combate Leopard 2 para ajudar Kyiv contra a ofensiva russa iniciada há mais de um ano.
Semanas depois, a Alemanha anunciou o envio de 14 veículos blindados Leopard 2 para a Ucrânia, no final de março, aos quais se juntaram os três anunciados por Portugal.
O que são os Leopard 2?
O Leopard 2 é um carro de combate desenvolvido no início dos anos 70, e as diferentes versões têm servido nas forças armadas da Alemanha e de outros países europeus, bem como de países não europeus.
A versão Leopard 2A6 distingue-se das anteriores (A1 a A4), devido á sua blindagem de terceira geração, como é explicado no site do exército português, e relativamente à versão A5, possui uma peça mais moderna, com maior alcance, que garante vantagem tática no campo de batalha.
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China critica decisão russa em colocar armas nucleares na Bielorrússia
© REUTERS/Thomas Peter
Notícias ao Minuto 27/03/23
Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.
Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, abordou hoje a decisão da Rússia em colocar armas nucleares na Bielorrússia, criticando o país aliado.
"Uma guerra nuclear nunca deve ser travada" nem "ganha", disse a responsável num briefing diário, frisando ainda "importância de evitar uma guerra entre Estados" que possuem armas nucleares.
"Nas atuais circunstâncias, todas as partes envolvidas devem focar-se nos esforços diplomáticos para uma resolução pacífica da crise ucraniana", aconselhou por fim.
Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.
Em reação, a União Europeia (UE) ameaçou adotar novas sanções contra a Bielorrússia, aliada da Rússia na invasão da Ucrânia ordenada por Putin em 24 de fevereiro de 2022.
"O acolhimento de armas nucleares russas pela Bielorrússia constituiria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia", disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, no domingo.
"A Bielorrússia ainda pode impedir isso. A UE está pronta para responder com mais sanções", assegurou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A NATO disse estar vigilante e denunciou a retórica nuclear russa, que classificou como "perigosa e irresponsável".
Uma porta-voz da NATO acrescentou que a Aliança "não viu quaisquer mudanças na postura nuclear da Rússia" que levassem ao ajustamento da sua estratégia.
Já a Ucrânia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU e disse esperar "ações efetivas para combater a chantagem nuclear do Kremlin por parte do Reino Unido, China, Estados Unidos e França".
Kyiv referia-se aos países que, tal como a Rússia, têm poder de veto no Conselho de Segurança por serem membros permanentes daquele órgão da Organização das Nações Unidas.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano pediu ainda ao G7 (o grupo das sete economias mais desenvolvidas) e à UE para pressionarem a Bielorrússia, ameaçando-a com "sérias consequências" se aceitar a imposição russa.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).