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segunda-feira, 11 de abril de 2022
O pessimista reclama do vento. O otimista espera que mude. O realista ajusta as velas e segue viagem...
quinta-feira, 7 de abril de 2022
Stoltenberg. "Ucrânia tem o direito de se defender"
© Reuters
Por LUSA 07/04/22
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje que "a Ucrânia tem o direito de se defender" da invasão russa, à chegada a Bruxelas para reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
"Iremos ouvir as necessidades que Dmytro Kouleba nos apresentará e iremos discutir como responder", disse Stoltenberg.
"Não faz muito sentido" distinguir entre armas defensivas e ofensivas "numa guerra de defesa como aquela que a Ucrânia está a combater", sublinhou o secretário-geral da NATO.
Kuleba disse que vai pedir o envio de mais armamento: "A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas".
"Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", disse hoje o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO.
"Precisamos de aviões, veículos blindados, defesa antiaérea", insistiu Kuleba.
"A melhor maneira de ajudar a Ucrânia agora é fornecer tudo o que for necessário para conter e derrotar o exército russo(...), para que a guerra não se espalhe ainda mais", acrescentou.
"Sabemos lutar. Sabemos vencer, mas sem um fornecimento sustentável e suficiente de todas as armas exigidas pela Ucrânia, esta vitória imporá enormes sacrifícios", explicou o diplomata.
"Peço a todos os aliados que deixem de lado as suas hesitações, a sua relutância em fornecer à Ucrânia tudo o que ela precisa", insistiu Kuleba.
"Está claro que a Alemanha pode fazer mais, dadas as suas reservas. Estamos a trabalhar com o governo alemão para nos fornecer armas adicionais", acrescentou.
À chegada a Bruxelas, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros garantiu: "Continuaremos a apoiar a Ucrânia para a ajudar na sua capacidade de se defender, mas é importante que nos coordenemos, agirmos juntos e não agirmos individualmente".
Annalena Baerbock propôs a realização de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em maio na capital alemã, Berlim.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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A secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alertou que os aliados não irão tolerar qualquer apoio "material" de Pequim a Moscovo.
As sanções impostas à Rússia pela sua invasão sobre território ucraniano deveriam dar à China um "bom entendimento" das consequências que o país poderia enfrentar caso prestasse um apoio "material" a Moscovo, disse, esta quarta-feira, a secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, citada pela Reuters.
A representante governamental apontou que a "gama de sanções" e os controlos sobre as exportações, aplicados de forma coordenada entre Estados Unidos e aliados ao Presidente russo, Vladimir Putin, bem como à economia do país e aos oligarcas, deveriam servir de exemplo para o líder chinês, Xi Jinping...Ler Mais
Militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, estão a receber formação sobre o uso dos 'drones' de combate que os norte-americanos estão a fornecer a Kiev, revelou fonte do Pentágono.
"Um pequeno grupo de ucranianos já estava aqui nos Estados Unidos (...) e aproveitamos para treiná-los por alguns dias, especialmente em 'drones' Switchblade, que o Exército ucraniano não conhece", revelou fonte do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou à agência France-Presse (AFP) sob a condição de anonimato.
A mesma fonte explicou que o grupo é inferior a 12 militares e que estes irão regressar à Ucrânia brevemente.
Este alto funcionário do Pentágono foi questionado sobre as declarações feitas no dia anterior pelo secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, durante uma audiência no Congresso, onde indicou que os Estados Unidos estavam a treinar militares ucranianos fora da Ucrânia sobre o uso de armas fornecidas por Washington...Ler Mais
Os cem 'drones' de combate que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou há duas semanas que os norte-americanos iam enviar para a Ucrânia já chegaram às forças ucranianas, adiantou hoje o Departamento de Defesa.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, referiu que os cem 'drones' Switchblade, com ogivas anti-blindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.
Agora "estamos a conversar com os ucranianos sobre os futuros usos dos 'drones', acrescentou a mesma fonte.
John Kirby realçou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso deste tipo de dispositivos e que necessitam de formação militar.
Também hoje, fonte do Pentágono revelou que um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, está a receber formação sobre o uso daqueles 'drones' de combate...Ler Mais
Comunicado de imprensa conjunto Ministério da Saúde Pública-PAM: O acesso a uma alimentação saudável continua a ser um desafio para a maioria da população na Guiné-Bissau- revela novo relatório
6 de Abril 2022
O ACESSO A UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CONTINUA A SER UM DESAFIO PARA A MAIORIA DAS PESSOAS NA GUINÉ-BISSAU- REVELA NOVO RELATÓRIO
BISSAU – Quase três quartos da população (68%) da Guiné-Bissau não tem acesso a uma dieta saudável, com um custo estimado de 2.234 francos CFA (4,00 USD) para um agregado familiar médio de sete pessoas, de acordo com a análise nutricional liderada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) “Mitigar a Falta de Nutrientes”, divulgado hoje em Bissau, num encontro de alto nível, organizado em parceria com o Ministério da Saúde Pública.
A análise “Mitigar a falta de Nutrientes” examina a situação nutricional na Guiné-Bissau e identifica as barreiras enfrentadas pela população mais vulnerável no acesso e consumo de alimentos saudáveis e nutritivos.
O custo mais elevado para uma dieta saudável foi registado na região leste (2.660 francos CFA por dia), seguido de Bissau urbano (2.220 francos CFA por dia), região norte (2.025 francos CFA por dia), e região sul (1.880 francos CFA por dia).
“O momento é oportuno e necessário para nós, enquanto parceiros do governo da Guiné-Bissau na luta pela erradicação da fome, relançarmos o debate em torno dos caminhos que devemos seguir em conjunto para garantirmos a soberania e a segurança alimentar do país”, avançou Papa Fal, representante interino do Programa Alimentar Mundial na Guiné-Bissau.
“Os preços dos alimentos e combustíveis internacionais têm aumentado acentuadamente desde o início do conflito na Ucrânia. Isso já está a afetar os preços locais dos alimentos e, por conseguinte, o acesso aos alimentos. Esse é um alerta de que precisamos agir”, acrescentou.
Para além de identificar os desafios nutricionais, a análise “Mitigar a Falta de Nutrientes” oferece recomendações sobre as soluções mais adequadas, específicas ou sensíveis à nutrição em cada contexto, para melhorar a segurança alimentar e a nutrição.
Os resultados da análise indicam que existem oportunidades no país para aumentar a disponibilidade de alimentos nutritivos, diversificando a produção e desenvolvendo a indústria pesqueira. Igualmente, a soberania alimentar poderia ser reforçada através da melhoria dos rendimentos das culturas, reduzindo assim a dependência das importações de arroz.
“Tendo em conta os estudos divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde através da Direção de Serviço Nacional de Alimentação e Nutrição, junto com os da Ação Ianda Guiné! Kume Dritu, implementado pelo PAM e financiado pela União Europeia, a maioria da população da Guiné-Bissau está no limite da segurança alimentar, o que quer dizer que se não forem tomadas medidas adicionais numa perspetiva de conjugação de sinergias entre várias instituições governamentais e parceiros vocacionados, continuaremos a receber dados poucos encorajadores relacionados à matéria”, disse o Secretário-geral do Ministério da Saúde Pública, em representação do Ministro.
O encontro de alto nível em Bissau acontece dois dias após um ateliê nacional de divulgação dos resultados, onde foram também apresentadas as recomendações regionais recolhidas em Cacheu, Gabu, e Quinara, de 29 a 31 de Março.
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O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior agência humanitária do mundo, salvamos vidas em emergências e, através da assistência alimentar, contribuímos para a paz, estabilidade e prosperidade das pessoas que recuperam de conflitos, de desastres e do impacto das alterações climáticas.
O Ministério da Saúde Pública é responsável pela garantia de acesso a serviços de saúde para toda população do território guineense, assegurar a prestação dos cuidados de saúde de qualidade a crianças e grávidas.
WFP-GNB-Discurso_Workshop_Alto_Nível_FINAL-05042022👇
Guinea-Bissau FNG - Executive Summary Draft Portuguese 👇
Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Bissau Bacar Alfino Mané, informou esta quinta-feira (06.04), a Chefe de Estado Umaro Sissoco Embalo sobre a organização da Primeira Edição da Cruzada Académica que começa no dia 8 à 18 de abril em Bubaque.
Notícias da Guiné Bissau : Atualidade Nacional 6-4-22 ...RTP Africa Reporter Africa
quarta-feira, 6 de abril de 2022
SINDICATO DA EAGB RESPONSABILIZA GOVERNO PELA SITUAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA
O Presidente do Sindicato de base dos Trabalhadores da Empresa da Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), Mário Banca, responsabilizou o governo pela situação que os funcionários da empresa estão a passar.
Em entrevista ao jornal O Democrata, no âmbito da greve de três dias iniciada esta quarta-feira, 6 de abril de 2022, Mário Banca acusou o governo de contratar um consórcio português para gestão da EAGB, mas não fiscaliza se os acordos de performance estão ou não a ser respeitados.
A greve afetou os serviços de luz e água, mas há zonas com fornecimento de luz e água regular, resultado de um acordo com o patronato, apenas zonas com avaria ficarão sem manutenção, porque os técnicos associados estarão em greve até sexta-feira, 8 de abril.
O sindicalista defendeu que é necessário a intervenção urgente do governo para melhor se inteirar da real situação e, consequentemente, apresentar soluções consentâneas.
Segundo Mário Banca, na terça-feira o sindicato reuniu-se com o governo, o consórcio das empresas portuguesas, entidade que administra a EAGB, mas não chegaram a uma conclusão porque, segundo disse, não havia novidades nas soluções apresentadas pelas duas entidades.
“As duas entidades apenas apresentaram um pedido de levantamento da greve”, sublinhou Mário Banca.
O sindicato de base da EAGB exige o pagamento de dezoito meses de salários em atraso, de oito meses de providência social, harmonização e reajustes de salários, pagamento regular de salários e melhoria de condições de trabalho.
Mário Banca disse que os serviços mínimos serão garantidos apenas para os hospitais Nacional Simão Mendes e o Hospital Principal Militar, por uma equipa de cinco eletricistas e dois canalizadores.
Revelou que dada às irregularidades ocorridas na previdência social, os trabalhadores da EAGB não usufruem de nenhuma assistência, o que acaba por mexer com o fundo do sindicato para assistência médica e medicamentosa dos trabalhadores com problemas de saúde e reflete na eficácia da reforma.
Os dados estatísticos do sindicato indicam que a empresa conta com mais de 600 funcionários, incluindo os contratados e o salário mínimo na EAGB é de 60 mil francos.
Mário Banca denunciou que nos últimos temposo recrutamento, na empresa, tem sido na base da conveniência familiar, amizade e partidária e os salários são fixados de forma arbitrária devido à influência no recrutamento.
“Mediante um trabalho de inquérito feito em 2018 e 2019, o sindicato descobriu dez funcionários fantasmas”, revelou e disse que, se exigências dos trabalhadores não forem cumpridas, o sindicato entregará novo pré-aviso de greve de sete dias na próxima sexta-feira e depois marchas pacíficas para exigir que empresa e o governo satisfaçam as reivindicações dos funcionários.
“É inadmissível entrar hoje e ter um salário de quinhentos ou seiscentos e tal mil francos CFA, só porque tem licenciatura e outros com mais de dez anos de serviço continuam a receber duzentos mil francos CFA “, criticou.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
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Eletricidade e Água da Guiné-Bissau - EAGB ...NOTA INFORMATIVA👇
EUA assumem novo compromisso de fornecimento de mísseis a Kyiv
© Reuters
Notícias ao Minuto 06/04/22
Um novo compromisso norte-americano de mísseis Javelin para a Ucrânia significa que o Ocidente em breve terá fornecido aos caças ucranianos dez armas antitanque por cada tanque russo naquele país, disse hoje o secretário de Estado norte-americano.
Antony Blinken falava à estação televisiva MSNBC depois de os Estados Unidos da América (EUA) terem anunciado uma contribuição de mais 100 milhões de dólares (91,7 milhões de euros) para enviar mais mísseis Javelin para a Ucrânia.
Washington indicou que já disponibilizou 1,7 mil milhões de dólares (1,56 mil milhões de euros) para a defesa e ajuda à Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está a pressionar o Ocidente para fornecer mais armas, mais depressa, e para fazer mais para isolar a Rússia da economia global, por forma a pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a optar pela paz.
"Em termos do que eles precisam para agir rápida e eficazmente para lidar com os aviões que disparam sobre eles a partir do céu e os tanques que tentam destruir as suas cidades a partir do solo, eles têm as ferramentas de que precisam", disse Blinken sobre as forças ucranianas.
"Eles (os ucranianos) vão continuar a recebê-las, e nós vamos continuar a financiá-las", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 42.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a organização confirmou hoje pelo menos 1.563 mortos, incluindo 130 crianças, e 2.213 feridos entre a população civil.
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A administração Biden acredita que muito dos ativos de Vladimir Putin estão distribuídos pela família.
Um oficial da administração dos EUA anunciou que o país vai sancionar as duas filhas do presidente russo - Maria Vorontsova, 36 anos, e Katerina Tikhonova, de 35 - e ainda a mulher e a filha de Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
A administração Biden acredita que muito dos ativos de Vladimir Putin estão distribuídos pela família.
Além disso, outros membros da elite russa, como o ex-presidente Dmitry Medvedev e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin também serão sancionados.
Neste novo pacote de sanções surge ainda a proibição de novos investimentos e o bloqueio à maior instituição financeira russa — a Sberbank — e ainda ao maior banco privado — Alfa Bank.
Hoje também, o Governo dos EUA acusou um oligarca russo de violar as sanções internacionais e interrompeu uma operação de cibercrime controlada por uma agência de inteligência militar russa.
Esta ação decorreu no âmbito dos esforços das autoridades norte-americanas para reprimir a atividade criminosa russa, travar o fluxo de "dinheiro sujo" e interromper os atos cibernéticos maliciosos do Kremlin.
"O nosso objetivo é garantir que as sanções contra os oligarcas russos e os criminosos cibernéticos não são contornadas", disse a vice-procuradora-geral norte-americana, Lisa Monaco.
Os EUA acusam Konstantin Malofeyev, empresário russo na área dos 'media', de tentar escapar a sanções do Departamento do Tesouro, resultantes da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
Embora as sanções impedissem cidadãos dos EUA de trabalhar ou fazer negócios com este empresário, Malofeyev alegadamente utilizou cúmplices para adquirir secretamente empresas de comunicação social em toda a Europa, para difundir propaganda pró-Rússia.
Pobreza na Guiné-Bissau impede acesso a alimentação saudável à maioria da população – ONU
A pobreza na Guiné-Bissau impede o acesso a uma alimentação saudável à maioria da população, segundo um estudo apresentado hoje, em Bissau, pelo Programa Alimentar Mundial (PAM).
"O custo da dieta nutritiva, estimado em quatro dólares, seria incomportável para quase 68% da população", refere o estudo sobre a disponibilidade, acesso e custos associados a uma alimentação saudável no país.
O mesmo estudo indica que os elevados níveis de pobreza na Guiné-Bissau significam que "mesmo uma dieta energética, com um custo de 2,35 dólares, é inacessível para 28% da população", que ronda os 1,8 milhões.
O PAM salienta que há "oportunidades para aumentar a disponibilidade de alimentos nutritivos, diversificando a produção e desenvolvendo a indústria pesqueira".
"Os atuais níveis de produção alimentar doméstica são insuficientes e poderiam ser melhorados concentrando-se no aumento da fruta fresca, legumes, leguminosas, frutos secos e alimentos de origem animal", refere o relatório.
O programa das Nações Unidas defende também uma melhoria do rendimento das colheitas e a redução da dependência da importação de arroz, base alimentar dos guineenses.
O PAM salienta igualmente que a monocultura do caju tem vindo a prejudicar a segurança alimentar e a diversidade dietética dos guineenses.
"À medida que os choques climáticos se tornam mais frequentes e as temperaturas aumentam, o mesmo acontece com o risco associado ao cultivo do caju, que depende de temperaturas estáveis. Assim, a dependência de uma única cultura comercial ameaça o rendimento potencial e a subsistência dos pequenos agricultores, que são na sua maioria mulheres", lê-se no estudo.
O estudo recomenda também o aumento das porções das refeições escolares e a adição de alimentos "frescos e nutritivos", incluindo ovos, fruta de goiaba e folhas de mandioca.
Uma refeição maior, localmente apropriada e nutritiva, poderia "reduzir a quantidade que os agregados familiares precisam gastar numa dieta nutritiva para crianças em idade escolar".
Segundo dados disponibilizados pelo PAM, na sua página oficial, 69% dos guineenses vivem abaixo do limiar da pobreza e 25% sofrem de má nutrição crónica.
Na Guiné-Bissau, o PAM dá apoio nutricional a 96.000 mulheres grávidas e lactantes e crianças menores de 5 anos, bem como a 6.500 pessoas que estão a receber tratamento para o vírus da sida e tuberculose.
O PAM desenvolve também um programa que fornece refeições quentes a 173.000 crianças em idade escolar e distribui às meninas porções de comida para levarem para levar para casa, incentivando a sua permanência na escola.
UNTG DENUNCIA PLANO DE RECENSEAMENTO SELETIVO E PARTIDÁRIO NA FUNÇÃO PÚBLICA
O DEMOCRATA 06/04/2022
O vice-secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Yasser Turé, denunciou a existência de um plano de recenseamento seletivo e na base de militância partidária na função pública.
Yasser Turé fez essa denúncia em conferência realizada esta quarta-feira, 6 de abril de 2022, defendendo que o governo faça um trabalho com base na meritocracia e garantir que o país possa poupar oito biliões de francos CFA que mensalmente gasta para pagar trinta e seis mil trabalhadores fantasmas.
“Nunca o país conseguirá definir um plano ou implementar uma estratégia de desenvolvimento sem uma máquina apta para fazê-lo, ou seja, a seleção rigorosa de quadros à altura dos desafios de desenvolvimento”, disse, alertando que é necessidade o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional intervirem para acabar com injustiça social no país.
“Essas duas instituições financeiras internacionais têm que ter a coragem de questionar o governo para obter respostas das despesas injustificáveis com o dinheiro proveniente dos impostos e taxas do povo”, frisou, para de seguida afirmar que a UNTG vai continuar a exigir que o princípio da legalidade seja respeitado, porque “perseguir líderes sindicais constitui uma das violações do direito sindical”.
O vice-secretário-geral de uma das maiores centrais sindicais do país frisou que a reforma que a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau tem reclamado há um ano deve obedecer a critérios de convergência da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA).
“A UNTG não fixou nenhum critério. Os critérios foram fixados pela organização a qual a Guiné-Bissau aderiu, quer dizer que atualmente nenhum país membro pode ter sete funcionários por mil habitantes”, salientou.
Yasser Turé afirmou que a UNTG não está interessada em provocar nova crise, mas sublinhou que se for empurrada, será obrigada a paralisar novamente a função pública.
O sindicalista acusou o governo de falta de capacidade para travar a subida de preços dos produtos de primeira necessidade e de ter aprovado um Orçamento Geral de Estado para o ano económico 2022 “hostil”.
“Atualmente estamos acima de vinte trabalhadores por mil habitantes. Se o governo quer contornar a situação da massa salarial que está acima de trinta e cinco por cento das nossas receitas, tem que limitar o déficit público e baixar a massa salarial, bem como respeitar o critério de número de funcionários públicos definido em conjunto com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional”, notou.
“É óbvio que é nossa obrigação falar com as duas instituições financeiras internacionais para exigir que o governo respeite os critérios, porque o dinheiro que dão emprestado ao executivo é gasto em nome dos trabalhadores “, disse.
Yasser denunciou que o processo de diligências para o pagamento dos técnicos de saúde anunciado pelo Ministro da Saúde Pública está a ser mal conduzido e de forma ” ilegal”.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Embaixador russo na ONU comete gafe e compromete narrativa da Rússia
Notícias ao Minuto 06/04/22
Vassily Nebenzia cometeu uma gafe numa conferência de imprensa que o próprio convocou na sede da ONU.
O embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzia, cometeu uma gafe comprometedora numa conferência de imprensa que o próprio convocou, na sede da ONU, sobre as acusações de crimes cometidos contra civis na cidade ucraniana de Bucha.
Num vídeo, é possível ouvir-se o responsável a afirmar que “os cadáveres em Bucha não existiam antes das tropas russas chegarem”. Depois corrige: “saírem, desculpem, antes de elas saírem”.
Na mesma conferência de imprensa, Nebenzia defendeu que “nenhum residente de Bucha sofreu qualquer violência às mãos dos russos” e prometeu apresentar provas na reunião do Conselho de Segurança da ONU de que as agressões foram “encenadas” e são “uma falsa narrativa apresentada por Kyiv”.
Ontem, na reunião da ONU, não apresentou as provas prometidas e acusou apenas a Ucrânia de atacar os próprios civis. “Os neonazi mostram uma crueldade ímpar contra civis, que usam como escudos humanos”, afirmou.
Recorde-se que os primeiros relatos de crimes contra civis na cidade ucraniana de Bucha surgiram durante o fim de semana. Segundo as autoridades ucranianas, civis foram violados, torturados e mortos pelas tropas russas. Os ataques têm sido negados pelo Kremlin, que defende que as imagens divulgadas são “falsas”.
Assinala-se esta quarta-feira o 42.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.195 civis morreram e 1.480 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.
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Empresa estatal de energia ucraniana tinha alegado que soldados russos estariam contaminados por terem cavado trincheiras.
Filmagens captadas por um drone e divulgadas nas redes sociais parecem mostrar trincheiras, que terão sido cavadas por soldados russos, na zona de exclusão de Chernobyl, na Ucrânia.
Sublinhe-se que quem visita a área é aconselhado a não tocar no solo devido ao perigo dos resíduos radioativos. A semana passada, a imprensa internacional já tinha noticiado que os ucranianos alegavam que os soldados russos estavam a cavar trincheiras e a conduzir tanques no terreno sem qualquer proteção.
É de realçar que as forças russas chegaram a controlar Chernobyl no início da invasão, mas nos últimos dias acabaram por abandonar a área, que foi recuperada pela Ucrânia.
Na sexta-feira, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) das Nações Unidas (ONU), Rafael Mariano Grossi, disse que os oficiais de Moscovo com quem falou não o informaram do porquê de terem abandonado Chernobyl, não confirmando os relatos da empresa estatal de energia ucraniana, Energoatom, que disse que os soldados russos estariam contaminados por terem cavado trincheiras...Ler Mais
Guerra na Ucrânia: Banco dá 4 mil milhões de dólares contra impactos em África
Sede do Afreximbank, no Cairo
Dw.com 06.04.2022
Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) anuncia a aprovação de um programa de crédito no valor de 4 mil milhões de dólares para os países africanos lidarem com os impactos da guerra na Ucrânia.
"A crise entre a Rússia e a Ucrânia, que aumentou em 24 de fevereiro, teve um efeito significativo na economia global; dada a importância dos dois países como fontes de petróleo e gás, matérias-primas e cereais, a deflagração do conflito tem repercussões generalizadas à escala global, incluindo um impacto adverso nas economias africanas, especialmente aqueles que dependem fortemente de importações de cereais, fertilizantes e importações de combustível", argumenta o Afreximbank na apresentação, esta quarta-feira (06.04), da linha de crédito de 4 mil milhões de dólares, cerca de 3,6 mil milhões de euros.
Os países africanos, principalmente os do norte do continente, são alguns dos principais importadores de cereais quer da Rússia, quer da Ucrânia, o que, devido à predominância deste alimento na dieta de grande parte da população africana, origina um impacto ainda maior, com vários analistas a alertarem para a possibilidade de instabilidade social devido ao aumento dos preços e à dificuldade de garantir as importações.
"O programa de financiamento comercial para ajustamento de África à crise da Ucrânia (UKAFPA) tem como objetivos ajustar o custo do financiamento, para ajudar os países a cumprirem as necessidades imediatas de importações face ao aumento dos preços enquanto a procura interna se ajusta", lê-se no comunicado enviado à agência de notícias Lusa.
Mais apoios
Além disso, o programa hoje anunciado pelo Afreximbank visa também o financiamento da recompra de petróleo e metais, uma estabilização das receitas de exportações de matérias-primas, o financiamento da quebra do turismo e lançou também um mecanismo de aceleração das receitas de exportação, através de um rápido acesso a moeda estrangeira para garantir o cumprimento dos projetos em curso.
"O UKAFPA é uma resposta aos pedidos urgentes dos Estados-membros para uma intervenção de emergência do banco, cujos pedidos de financiamento já excedem os 15 mil milhões de dólares [13,7 mil milhões de euros]", lê-se no comunicado, que dá conta que "há urgência na resposta a estes pedidos para evitar condições sociais catastróficas em todo o continente e reduzir o risco de evoluírem para desafios políticos".
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,7 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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Por LUSA 06/04/22
O antigo presidente do Burkina Faso Blaise Compaoré foi hoje condenado à revelia a prisão perpétua pelo seu envolvimento no assassinato do seu antecessor, Thomas Sankara, morto com 12 dos seus companheiros num golpe de Estado em 1987.
O tribunal militar de Ouagadougou também condenou a prisão perpétua o comandante da sua guarda Hyacinthe Kafando e o general Gilbert Diendéré, um dos líderes do exército durante o golpe de 1987.
O general Diendéré já está a cumprir uma pena de prisão de 20 anos pelo seu envolvimento numa tentativa de golpe em 2015, um ano após a queda de Blaise Compaoré, na sequência de uma revolta popular.
Blaise Compaoré, no exílio desde 2014 na Costa do Marfim, e Hyacinthe Kafando, em fuga desde 2016, não compareceram neste julgamento, que começou há seis meses.
Os três homens são condenados por "ataque à segurança do Estado". Blaise Compaoré e Gilbert Diendéré foram também considerados culpados de "cumplicidade no assassinato" e Hyacinthe Kafando, suspeito de ter liderado o comando que matou Thomas Sankara, de "assassinato".
Têm 15 dias para recorrer destas pesadas sentenças.
Os juízes foram além das exigências da acusação militar, que tinha pedido 30 anos de prisão contra Compaoré e Kafando e 20 anos contra Diendéré.
Oito outros arguidos foram condenados a penas entre três e 30 anos de prisão. Três arguidos foram absolvidos.
O veredicto foi saudado por aplausos na sala de audiências, segundo relatou a agência AFP.
Afastado do poder em 2014 após uma forte contestação nas ruas, Blaise Compaoré vive desde então na Costa do Marfim e é o grande ausente deste julgamento, tendo os seus advogados denunciado "um tribunal de exceção".
'Braço direito' de Sankara, Blaise Compaoré sempre negou ter sido o mandatário do massacre.
As circunstâncias da morte de Sankara foram mantidas em total segredo durante o período em que Blaise Compaoré esteve no poder e isso, só por si, faz aumentar as suspeitas sobre si.
Thomas Sankara, que chegou ao poder através de um golpe de Estado em 1983, foi morto com 12 dos seus companheiros por um comando durante uma reunião na sede do Conselho Nacional da Revolução (CNR) em Ouagadougou. Tinha 37 anos.
Deixou uma marca indelével em África, onde ficou conhecido com o "Che Guevara Africano", que queria "descolonizar as mentalidades" e perturbar a ordem mundial através da defesa dos pobres e oprimidos.
Logo no ano seguinte à sua chegada ao poder, Sankara mudou o nome do país, numa tentativa de enterrar com as insígnias da República do Alto Volta a herança do poder colonial francês. O país de Sankara passou a chamar-se República Democrática e Popular do Burkina Faso, que significa "país do povo honesto".
Sankara é uma referência ainda muito presente junto dos burquinabês - foi citado pelo novo homem forte do país, Sandaogo Damiba, no seu primeiro discurso ao país - mas mantém igualmente um lugar de destaque no panteão dos ícones pan-africanos.
Estudo revela suspeitas de que a China recolhe órgãos para transplante em prisioneiros vivos
SIC Notícias 6 Abril, 2022
Em 71 dos relatórios médicos analisados pelos investigadores, o estado de morte cerebral do prisioneiro “não podia ser declarado”.
Existem suspeitas de que a China esteja a retirar órgãos a prisioneiros vivos, com o objetivo de utilizar em transplante. A denúncia é feita por um estudo, desenvolvido pela Universidade Nacional da Austrália e publicado no American Journal of Transplantation, onde foram analisados milhares de relatórios médicos.
A lei chinesa permite a recolha de órgãos de prisioneiros que foram executados para transplante. No entanto, este novo estudo afirma que os prisioneiros ainda estavam vivos quando foi realizada a cirurgia.
Os investigadores, Matthew Robertson e Jacob Lavee, analisaram os relatórios médicos para perceber se os prisioneiros estavam em morte cerebral quando foi realizado procedimento de remoção dos órgãos. Em 71 dos casos analisados, os relatórios chineses referiam que o estado de “morte cerebral não podia ser declarado”.
“Nestes casos, a remoção do coração durante a colheita de órgãos deve ter sido a causa da morte do dador”, afirma Matthew Robertson, citado pela Sky News – parceira da SIC. “Como estes dadores de órgãos só poderiam ter sido prisioneiros, a nossa descoberta sugere fortemente que os médicos na República Popular da China participaram na execução por remoção de órgãos.”
Os dois autores do estudo acreditam também que o número de vítimas mortais por remoção de órgãos pode ser muito maior do que as identificadas, afirmando que esta prática decorre há décadas. A China nega as acusações.
As cirurgias de remoção de órgãos são realizadas em prisioneiros condenados a pena de morte, mas também em presos de consciência – ou seja, pessoas que cumprem pena de prisão pelas suas crenças ou por terem estilos de vida não aceites no país.
EUA impõem sanções à Rússia contra financiamento ilícito e cibercrime
© Erin Scott/Bloomberg via Getty Images
Notícias ao Minuto 06/04/22
Os Estados Unidos sancionaram hoje a Hydra Market, "a maior plataforma global de vendas" na 'darknet' a operar em língua russa, e a casa de câmbio virtual Garantex, numa ação de combate ao financiamento ilícito e cibercrime.
Em comunicado, o Departamento de Estado assegurou que os EUA estão "comprometidos a tomar medidas contra aqueles que se envolvem em lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo e permitem que os seus sistemas sejam utilizados distorcidamente para fins ilícitos".
"O desrespeito arbitrário pelos regulamentos e leis, por pessoas que administram trocas de moeda virtual será investigado e, se apropriado, os responsáveis serão responsabilizados pelas suas ações", pode ler-se na nota de imprensa do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
As ações do Departamento de Tesouro norte-americano surgem após a justiça alemã ter divulgado hoje que desmantelou a Hydra Market, "a maior plataforma global de vendas" na sub-rede 'darknet' a operar em língua russa desde 2015, tendo ainda sido apreendidas bitcoins no valor de 23 milhões de euros.
A 'darknet' permite aceder a informação ou adquirir bens ou transacionar divisas de forma anónima, usando dados encriptados. Consiste em partes da internet que não são encontradas pelos motores de pesquisa populares ou pelos navegadores conhecidos. Caracteriza-se também pela sua invisibilidade e pela vocação ilegal ou criminal dos 'sites' que dela fazem parte, bem como dos utilizadores que lhe acedem.
Segundo o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, a Hydra Market fornece um mercado para serviços ilícitos, incluindo 'ransomware' (ataque informáticos com pedido de resgate) e serviços e 'software' de 'hackers', informações pessoais roubadas, moeda falsa, moeda virtual roubada e drogas ilícitas.
Já a Garantex é apontada pelo Tesouro norte-americano como uma casa de câmbio virtual que processou milhões de dólares em transações associadas a atores ilícitos, incluindo quase 6 milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de euros) do gangue russo de 'ransomware' Conti e mais de 2 milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) da Hydra.
Os Estados Unidos salientaram que as sanções anunciadas hoje, coordenadas com os aliados e parceiros, permitem "interromper a infraestrutura e os agentes de 'ransomware'".
Antony Blinken instou ainda a "comunidade internacional a implementar efetivamente" os padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento de terrorismo contra agentes virtuais e particularmente contra provedores de serviços virtuais.
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O representante da China na ONU, Zhang Jun, disse numa reunião do Conselho de Segurança que as imagens do massacre de Bucha são "profundamente perturbadoras", mas acrescentou que "qualquer acusação deve ser baseada em fatos".
"As circunstâncias relevantes e as causas específicas devem ser verificadas e estabelecidas. (...) Até que todo o contexto fique claro, todas as partes devem agir com moderação e evitar acusações infundadas", disse, na terça-feira, o diplomata.
"As questões humanitárias não devem ser politizadas. As necessidades humanitárias da Ucrânia e países vizinhos são enormes", sublinhou, acrescentando que "a China apoia todas as iniciativas e medidas destinadas a aliviar a crise humanitária"...Ler Mais
Numa informação enviada à secretária-geral do Serviço de Informações de República Portuguesa, representante dos ucranianos avisa que "há agentes de influência russos infiltrados em Portugal" nas organizações que estão a dar apoio aos refugiados. Uma situação que garante estar a colocar em causa a segurança de quem foge da guerra e das famílias que ficaram na Ucrânia a lutar contra a Rússia
A Associação dos Ucranianos em Portugal garante que, no país, há neste momento infiltrados pró-Putin em Organizações Não Governamentais (ONG) que apoiam os ucranianos, e já alertou as secretas portuguesas.
Numa carta enviada no sábado, dia 2 de. abril, à secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Graça Mira Gomes, a que a CNN Portugal teve acesso, o presidente daquela associação explica que a situação “é muito grave e pode pôr em causa a segurança dos ucranianos refugiados de guerra que vão chegando a Portugal, dos familiares deles na Ucrânia e a segurança da Ucrânia em tempos de invasão russa”...Ler Mais
Ataque rebelde deixa onze soldados mortos e 19 feridos na Nigéria
© Lusa
Por LUSA 06/04/22
O exército nigeriano avançou que pelo menos 11 soldados foram mortos e 19 ficaram feridos na terça-feira, num alegado ataque de rebeldes em Birnin Gwari, no estado de Kaduna.
"Os bandidos entraram em confronto com os soldados durante cerca de duas horas. Eles mataram 11 homens, 19 soldados ficaram feridos e três veículos foram queimados", disse um porta-voz militar ao jornal local 'Vanguard'.
O Exército indicou que os rebeldes atacaram uma base militar em Polewire, ao longo da autoestrada entre Kaduna e Birnin, na cidade de Birnin Gwari, segundo o jornal nigeriano 'Premium Times'.
O ataque, em que os assaltantes usaram lança-granadas e outras armas, ocorreu às 16:45 (15:45 em Lisboa). O Exército disse que reforços foram enviados de outra base, em Gwaska, por volta das 21:15 (20:15 em Lisboa).
Os ataques na Nigéria, anteriormente focados no nordeste do país -- onde operam o Boko Haram e o Estado Islâmico na África Ocidental -- espalharam-se nos últimos meses para outras áreas do norte e noroeste do país.
Desde há anos que numerosos sequestros ocorrem na autoestrada que liga Abuja e Kaduna, principal via com destino a Kano, segunda cidade do país e importante entreposto comercial no Sahel.
Face a esta insegurança crescente, numerosos viajantes preferem apanhar o comboio ou o avião, mais caros, mas considerados mais seguros.
Em 28 de março, pelo menos oito pessoas foram mortas e 168 raptadas, num ataque em que homens armados fizeram explodir uma bomba sobre a linha e abriram fogo contra o comboio que ligava a capital, Abuja, a Kaduna.
Rádios podem "calar" a partir nos próximos dias na Guiné-Bissau
Locutora de rádio comunitária, Guiné Bissau
BISSAU — As rádios na Guiné-Bissau têm até esta quarta-feira, 6, para fazer o pagamento da licença de radiodifusão em dívida ou deverão fechar as portas, de acordo com a mais recente decisão do Governo.
Os responsáveis das rádios aceitam negociar e há quem sustenta que o Governo não tem competência para retirar as licenças.
O Executivo diz que concedeu licenças provisórias a 88 estações emissoras de cobertura local, regional e nacional, mas segundo o ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonças, a maioria não tem as licenças em dia.
Neste sentido, o Executivo decidiu, por incumprimento do prazo de renovação, cancelar as licenças de exercícios de actividades de radiodifusão no país.
Entretanto, o jurista Françoal Dias entende que as licenças só podem ser canceladas mediante uma decisão judicial.
“O que neste caso se tenta fazer não é cancelamento, mas sim uma revogação da licença que é um acto completamente diferente do cancelamento. Cancelamento só pode cancelar o Tribunal mediante uma acção judicial transitada em julgado em que o órgão de comunicação social tenha sido condenado por violação gritante de alguma norma”, explica Dias.
O director em exercício da Rádio Pidjiguiti, Tiano Badjana, manifesta sua disponibilidade de se sentar à mesa com o governo:
“Para discutir como garantir maior autonomia económica e financeira das rádios. Nós também achamos que deve ser a prioridade do Governo a questão da atribuição de carteira profissional, trabalhar para elevar a qualidade e produção de conteúdos que nós levamos até ao povo, assim como trabalhar com vista a elaboração da lei da concessão de alvará, porque o país já fez quase trinta e um anos, depois das leis da liberdade de imprensa e da rádio, sem ter a lei da concessão de alvará", defende Badjana.
Entretanto, para o jornalista e analista político Abdurame Djaló deve prevalecer bom senso e exorta as rádios visadas a regularizarem a sua situação.
“As rádios em falta devem cumprir com as suas obrigações, mas os diferentes governos também falharam porque uma licença provisória não pode perpetuar, há muito que o governo deveria atribuir licenças definitivas às estações emissoras”, sustenta Djaló.
Nesta terça-feira, 5, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS) reuniu-se com as rádios visadas para analisar a situação, de modo a evitar que elas sejam silenciadas.
Com este processo, o Governo vai arrecadar cerca de 176 mil dólares.
Cada rádio é obrigada a pagar, anualmente, dois mil dólares americanos, um montante que a grande maioria das estações não têm, nomeadamente as rádios comunitárias.