segunda-feira, 10 de setembro de 2018

INFORMAÇÃO: ATÉ HOJE, O FALADEPAPAGAIO NÃO RECEBEU NENHUM PATROCÍNIO DE NINGUÉM, MAS NÓS VAMOS SOBREVIVER!

O Presidente do PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, concedeu - no sábado, 8 de Setembro - uma entrevista exclusiva à imprensa internacional.


Entre os temas, destaque para a análise da situação política de Guiné Bissau, a forma calorosa como foi recebido ao regressar ao país no dia 7 de Setembro, Eleições 2018 e também uma mensagem onde o maior líder político guineense saúda o Presidente João Lourenço e os militantes do MPLA pelo êxito do VI Congresso Extraordinário do Partido. DSP destacou o exemplo democrático dado pelo MPLA.

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DSP - TV

José Mário Vaz - Entrega do donativo de mil toneladas de arroz do Governo da India. Este donativo é destinado as populações carenciadas com o objectivo de minimizar os prejuízos provocados pelas inundações as populações camponesas e vitimas das catástrofes naturais.






José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau

PM guineense desvaloriza críticas à organização das eleições legislativas

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, desvalorizou hoje as críticas que estão a ser feitas à organização do processo eleitoral para as legislativas de 18 de novembro, que considerando que não são produtivas.

"Penso que esse debate não é produtivo, o que é produtivo é nós analisarmos as condições em que estamos a evoluir e vermos a pertinência de nós organizamos eleições livres e justas que possam contribuir para a estabilização da Guiné-Bissau", afirmou Aristides Gomes.

O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas na sede da cooperação de Timor-Leste em Bissau, onde se deslocou para uma visita.

"Aos que estão a trabalhar de facto no processo eleitoral o que lhes interessa é ver a realidade, os fatores de que estão em presença, aquilo que nós controlamos, o que nós não controlamos, os esforços que nós estamos a fazer e o esforço que o mundo inteiro está a fazer para ajudar à estabilização da Guiné-Bissau", salientou.

Para Aristides Gomes, os que querem de facto a estabilização do país e o seu desenvolvimento devem "inscrever-se nessa perspetiva, o resto é um debate que não tem importância nenhuma" para a estabilidade do país.

Sobre a visita à sede da cooperação timorense em Bissau, o chefe do executivo guineense disse que veio testemunhar o reconhecimento da Guiné-Bissau ao apoio que Timor-Leste tem dado para a estabilização do país.

"Sabem que em 2014 foi decisiva a intervenção de cooperação de Timor para que as eleições tivessem tido lugar, hoje essa intervenção continua, é uma grande riqueza para nós termos um relacionamento que se estende a zonas do mundo muito distantes da Guiné-Bissau", afirmou.

O enviado especial de Timor-Leste para apoio às legislativas timorenses, Tomás Cabral, disse que a sua equipa, que chegou na quinta-feira, vem fazer um levantamento das necessidades.

"Nós temos um trabalho feito com o Governo da Guiné-Bissau e viemos fazer um levantamento para ver como é que vamos apoiar", afirmou.

A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas um atraso na entrega dos 'kits' de registo eleitoral impediu que o recenseamento tivesse início a 23 de agosto.

O atraso no início do recenseamento e da chegada dos fundos prometidos pela comunidade internacional têm sido criticados por vários partidos políticos, sociedade civil e Comissão Nacional de Eleições, que já defendeu a necessidade de um novo cronograma eleitoral.

dn.pt/lusa

Política - Líder do PAIGC reitera que todos devem se submeter à justiça

Bissau, 10 Set 18 (ANG) - O antigo Primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira regressou sexta-feira ao país, depois de uma ausência de quatro meses, e afirmou não temer nada, nem a justiça.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, perante apoiantes e militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, de que é líder), Simões Pereira disse estar disponível para colaborar com a justiça «desde que estejam criadas as condições e respeitados os dispositivos legais».

O Ministério Público tem pedido para ouvir Domingos Simões Pereira no âmbito de um processo, mas o parlamento recusou levantar a imunidade ao ex-governante e agora deputado por considerar que se trata de perseguição política.

«Todos os cidadãos têm de se submeter à justiça. Eu estou de consciência absolutamente tranquila. Criando-se as condições e respeitados os dispositivos legais aplicáveis aos cidadãos, tenho de estar disponível para esclarecer o que for necessário», declarou o líder do PAIGC.

Salientando não temer nada, Domingos Simões Pereira considerou que todos os políticos e dirigentes do país deveriam estar disponíveis para o levantamento da imunidade parlamentar ou política, para se submeterem à justiça caso sejam convocados.

Sobre as eleições legislativas, marcadas pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, para 18 de novembro, mas que o Governo tem tido dificuldades de organizar, o líder do PAIGC disse esperar que a data seja cumprida.

Para Simões Pereira, apenas as eleições poderão levar o país a retomar a normalidade constitucional.

«A realização de eleições é o retorno à normalidade constitucional, portanto, isso deve ser a exigência de todos os guineenses», observou o líder do PAIGC, para acrescentar que o seu partido está preparado e confiante na ida às urnas.

Domingos Simões Pereira comentou a presença da população nas ruas de Bissau para o receber como um «sinal de vitalidade do partido» e também «a demonstração de que o PAIGC está preparado» para as eleições.

Bissau foi fustigada na sexta-feia por chuvas torrenciais, mas milhares de pessoas, sobretudo, jovens, acorreram ao aeroporto Osvaldo Vieira para ver a chegada de Domingos Simões Pereira. 

ANG/Lusa

UNTG -Secretário-geral disse estar confiante no cumprimento do acordo assinado com o governo

Bissau, 10 Set 18 (ANG) - O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), disse que a central sindical está confiante no cumprimento do acordo assinado com o governo sobre o reajuste salarial, que deverá ser implementado no final do mês em curso.

Em entrevista exclusiva à ANG esta segunda-feira, Júlio António Mendonça disse que a aplicação da nova grelha salarial é o cumprimento do dever que o governo tem no âmbito do Decreto n° 1/2017 de 25 de janeiro.

“O governo tem que pautar pelo princípio de legalidade, estamos a falar do decreto que é emanado pelo próprio governo, o acordo assinado deve reflectir no art.16 que fala da aplicação de nova grelha salarial no país que devia ser desde o ano económico 2017”, disse Júlio Mendonça.

Aquele responsável disse que aplicação da nova grelha salarial é um cumprimento de dever e legalidade por parte do governo.

“O actual governo começou o seu trabalho com o art.15 do mesmo decreto, que fala da co-titularização de contas de Administração directa do Estado, para controlar a gestão financeira de empresas, de instituição pública e fundo autónomo de Estado. Para nós, é um passo importante e consequentemente deve ser aplicada a nova grelha salarial. Esperamos que o governo honre o seu compromisso”, informou.

Júlio Mendonça disse ainda que a sua instituição tem informação de que o documento já se encontra na Tesouraria e que apenas falta o processamento da folha de salário.

Adiantou que a central sindical está em contacto com o Ministério da Função Pública sobre  o Fundo de Pensões, cujos descontos  são  feitos aos funcionários mas que quando reformados enfrentam muitas dificuldades para  receberem os seus  dinheiros. 

ANG/DMG//SG

Inundação em quartel da Marinha da Guiné-Bissau, soldados sem sítio onde dormir

O mau tempo que tem afetado a capital da Guiné-Bissau, Bissau, provocou inundações do Estado-Maior da Marinha do país, deixando 500 soldados sem sítio onde dormir.

"Este quartel está velho e durou muitos anos e o esgoto já não consegue levar a água do mar. Neste momento, a água do mar entra diretamente para as camaratas", disse à agência Lusa o vice-chefe de Estado-Maior da Marinha, comodoro Armando Siga.

As instalações da Marinha guineense estão situadas junto ao rio Geba e a quantidade de chuva que tem caído nos últimos dias, juntamente com a subida da maré, provocado inundações no perímetro, que atingiram vários blocos de camaratas e o refeitório.

"É preciso a intervenção do Governo, porque a Marinha não tem capacidade para prevenir esta situação. Isto ultrapassa as nossas capacidades", pediu o comodoro Armando Siga.

O vice-chefe de Estado-Maior da Marinha disse que neste momento estão a evacuar as camaratas e a colocar os soldados a dormir em outros sítios.

"Nós não temos condições para ficar aqui. O Governo tem de ver a possibilidade de sairmos daqui ou fazer uma intervenção rápida", afirmou.

A forte chuva que tem caído na Guiné-Bissau já provocou a destruição de cerca de mais de 30 habitações e deixou dezenas de pessoas desalojadas.

Em junho, o mau tempo provocou três mortos e deixou 800 desalojados na cidade de Bissau.

rtp.pt

PAIGC - Resolução do Comité Central

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

II Reunião Ordinária do Comité Central do PAIGC

9 Setembro de 2018

RESOLUÇÕES FINAIS

Dos presentes, 254
votaram 254
sim, 0
não, 0
Abstenção 0

O Comité Central do PAIGC reuniu a sua II Sessão Ordinária nos dias nove e dez do mês de Setembro de dois mil e dezoito, no Salão Nobre “Amílcar Cabral”, sede nacional do partido, sob a presidência do Camarada Eng.º Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido.

O Comité Central adoptou por unanimidade a seguinte ordem do dia:

Informações gerais
Apresentação e Adopção da Proposta do Programa Eleitoral
Constituição da Directoria da Campanha Eleitoral.
Delegação de competências para eventuais parcerias com outros partidos politicos
Apresentação, discussão e aprovação da lista de candidatos a deputados.

O Presidente do PAIGC iniciou os trabalhos da IIª Sessão ordinária do Comité Central pedindo um minuto de silêncio pelo desaparecimento físico de vários camaradas militantes e dirigentes do partido.

De igual modo, teceu considerações relativamente às razões da sua ausência prolongada do país, tendo agradecido em nome do PAIGC, a enorme demonstração de solidariedade e a extraordinária mobilização popular que brindou o seu regresso ao país.

Por fim, chamou atenção sobre o momento que vive o país tendo apelado a uma maior unidade, a coesão e à necessidade de se colocar os interesses do partido em primeiro lugar, em detrimento das pretensões particulares ou pessoais.

No capítulo das informações gerais, o Comité Central foi informado de que no âmbito da delegação de competências prevista no nº 2 do artº39, o Presidium deliberou proceder à supervisão das várias regiões tendo determinado que o Camarada Iº Vice-Presidente Cipriano Cassamá procederá à supervisão da província Sul, a Camarada IIº Vice Presidente do Partido Maria Odete Costa Semedo procederá à supervisão da província Norte, o Camarada IIIº Vice-Presidente, Califa Seidi procederá a supervisão da província Centro e Biombo, a Camarada IVº Vice-Presidente, Maria Adiato Djaló Nandigna procederá à supervisão da província Leste.

Sobre a proposta do programa eleitoral, o coordenador do Conquatsa, apresentou ao Comité Central os vários eixos que constituem a proposta do programa eleitoral que o partido irá apresentar nas próximas eleições visando uma vitória retumbante, realçando, no entanto à abertura ainda existente para a recolha de outras contribuições para a melhoria e consequente conclusão do documento.

Relativamente a constituição da Directoria de Campanha Eleitoral o Presidente do partido apresentou ao Comité Central a proposta da Comissão Permanente sobre a composição desta estrutura de onde resultou a esolha da Camarada IIº Vice Presidente para Directora de Campanha e que será co-adjuvado pelo Camarada Adriano Gomes Fereira (Atchutchi), Adjunto da campanha na qualidade de Secretário para Organização dos Assuntos Políticos e Estratégicos do partido, com uma estrutura executiva que incluirá todos os Presidentes das Comissões Políticas, Secretários Regionais, Membros de organizações socio-políticas (CNV, JAAC, UDEMU e CONQUATSA, Trabalhadores Sindicalizados, tendo o porta-voz do partido como porta-voz da campanha e responsável por toda a comunicação na campanha eleitoral.

O Comité Central deliberou ainda, delegar competências à Comissão Permanente, para analisar e ponderar todas as possibilidades de eventuais entendimentos com outros partidos políticos do nosso espaço de concertaçao politica, tendo, no entanto, condicionado qualquer tomada de decisão a uma autorizacao especifica para o efeito, conhecidas as condiçoes propostas para o efeito.

No que concerne à lista de candidatos a deputado elaborada pelas Estruturas de Base e finalizadas pela Comissão Permanente, em concertação com as Comissões Políticas Regionais, o Comité Central, mereceu uma análise detalhada e exaustiva e que resultou na sua adopção.

Assim, após um aturado debate, os seguintes pontos da agenda de trabalho mereceram a deliberação do Comité Central:

Adopção da proposta do Programa Eleitoral;
Aprovar a constituição da Directoria de Campanha Eleitoral;
Delegar competências à Comissão Permanente para eventuais entendimentos com outros partidos políticos;
Aprovar a lista definitiva de candidatos à deputado;

O Comité Central congratula-se pela forma como os trabalhos foram conduzidos e pelos resultados alcançados, num ambiente de grande e responsável militantismo.

Feito em Bissau aos dez dias de Setembro 2018.

O Comité Central

ditaduraeconsenso.blogspot.com

domingo, 9 de setembro de 2018

A REALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES É UM RETORNO À NORMALIDADE CONSTITUCIONAL E DEVE CONSTITUIR A EXIGÊNCIA DE TODOS OS GUINEENSES

O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e cabo-verde (PAIGC) afirmou que a realização das eleições deve constituir a exigência de todos os guineenses.




 Domingos Simões Pereira que falava a sua chegada no aeroporto Osvaldo Vieira esta sexta-feira (7 de Setembro) disse igualmente que a realização das eleições é o retorno a normalidade constitucional.

“A minha espectativa é ver a data marcada para as eleições legislativas ser confirmada porque como nós não cansamos de dizer no PAIGC, a realização das eleições é o retorno a normalidade Constitucional. Portanto, deve ser uma exigência de todos os guineenses porque não podemos perpetuar uma situação de anormalidade. Que haja eleições, que se devolva a palavra ao povo e que seja mesmo o povo a decidir quem são seus legítimos representantes”, tendo depois sublinhado que enquanto não houver outra data para as eleições, seu partido terá simplesmente que trabalhar com a data de 18 de Novembro.

“PAIGC é um partido sério que trabalha com um propósito e o propósito do PAIGC é implementar um projecto de sociedade. Nós não temos o propósito de contrariar outros partidos ou outros responsáveis políticos, queremos é implementar nosso projecto de desenvolvimento. Gostávamos era de conhecer os projectos doutros partidos, doutros responsáveis políticos”, sublinhou.

Por outro lado, minimizou as críticas à volta do início do recenseamento eleitoral, tendo afirmado que o atraso processo é uma questão técnica. “Esta é uma questão técnica e para dizer algo, teria que ter dados que apontam que as eleições não serão possíveis na data marcada. Não tenho esses dados portanto, estou a basear-me num decreto que conheço que marca o dia 18 de Novembro como data de ida as urnas, até ter outras informações contrárias, tenho que continuar a acreditar que é possível cumprir essa data”.








(...)

© RSM

sábado, 8 de setembro de 2018

Fofocas de Bissau - Sinceramenti nha Povo Ama Sufrimentu


Na Bissau si Buna fala pa sai na rua pa protesta pa aumenta Salario, pa yabri universidades publicas, pa saúde ou pa Justiça tem, Djintis kana sai assim.

Mas si pa bai recebi um politico, mesmo bas di tchuba djintis na sai mangadel.

Sinceramenti nha Povo Ama Sufrimentu
Luz ka tem
Iagu ka tem 
Estradas ka Bali
Arruz sta caro
Universidades Publica ka tem
Escolas Publica ka bali
Empresas Privadu na País na Fudinu Tras

Tudu cusas sta a cima di Limiti
Se Deus kata djudanu na Bissau nô caba murri disna

Garçon na Guine Djintis na durmi inda.

Fofocas De Bissau

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Domingos Simões Pereira de regresso a Bissau

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, chegou, esta sexta-feira, a Bissau, onde o esperam centenas de pessoas. O antigo primeiro-ministro regressa ao país após cinco meses de ausência e a dois meses das eleições legislativas de 18 de Novembro.

À espera de Domingos Simões Pereira, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, estão centenas de pessoas.

Esta quinta-feira, na sua conta Facebook, Domingos Simões Pereira escreveu “Obrigado Povo da Guiné-Bissau! Dia 7 voltaremos a estar juntos! Juntos na luta! Viva o Povo Guineense!”.

Também na sua página Facebook, o antigo primeiro-ministro - que foi afastado do poder, em 2015, pelo presidente José Mário Vaz – publicou uma entrevista ao jornal “O Democrata” na qual considera que “o governo deve preocupar-se em realizar as eleições” e explica a sua ausência prolongada do país.

“Primeiro, porque concluí que, a partir do momento em que se formou o executivo, devíamos dar espaço para a sua estruturação e funcionamento, com nenhuma ou o mínimo de interferência, tendo em conta a sua natureza e carácter. Eu não quis que a minha presença, de alguma forma, pudesse comprometer à vontade dos ministros designados pelo PAIGC. Portanto, foi uma escolha pessoal. Já o havia prometido a mim mesmo e publicamente, tendo em conta todo o imbróglio que tem sido criado a volta da governação e de todo o processo político. Várias vezes disse que se houvesse um entendimento para a viabilização do governo, eu estaria afastado dessa dinâmica, sem deixar de assumir a responsabilidade enquanto (dirigente) de um partido político integrante dessa solução”, afirmou.

Domingos Simões Pereira explicou, também, que teve “uma intervenção cirúrgica a um olho” e que aproveitou o tempo fora para desenvolver o seu projecto de tese para o programa de doutoramento que suspendeu em 2012 e “que nunca teve tempo de resolver”.

O líder do PAIGC disse, ainda que preencheu o tempo “principalmente em profunda reflexão e estudos sobre programas para a estabilidade da Guiné-Bissau e o seu desenvolvimento”. Em Agosto, começou a sua “plena preparação da ‘rentrée’ política, através de contactos com a diáspora”.

Simões Pereira acrescentou que não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público contra ele. “Neste momento em que estamos a falar, não conheço nenhum processo que tenha sido movido pelo Ministério Público. Não há nada contra mim. Eu vou regressar ao meu país, portanto não temo rigorosamente nada. Fazem-se ameaças em tons agressivos. Têm sido veiculados por entidades que tinham obrigações de garantir a segurança e justiça a todos os cidadãos, porque protegidos pela lei e que, em caso de necessidade têm condições para demostrar a sua inocência. Infelizmente, não é o caso, mas vindo de que vem, eu não quero fazer qualquer tipo de comentário.”

Por RFI

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

PM guineense diz que primeiros 'kits' devem chegar a Bissau até sexta-feira

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, disse hoje que os primeiros 'kits' para garantir o recenseamento eleitoral devem chegar até sexta-feira a Bissau.

"Há sempre margens de erros, mas entre hoje e amanhã (sexta-feira) pensamos ter uma parte dos kits para começar a avançar", afirmou Aristides Gomes aos jornalistas, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na capital guineense, depois de ter regressado de Nova Iorque, onde participou numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, dedicada ao país.

Segundo o primeiro-ministro guineense, cerca de 150 'kits' de registo biométrico "devem chegar rapidamente".

"Mas, nós agimos em diferentes planos no sentido de aumentar cada vez mais a nossa capacidade de recensear. É essa capacidade que irá aumentar o ritmo do recenseamento e que fará recuperar algum tempo perdido e talvez ganhar mais tempo", salientou.

Questionado se estão reunidas as condições para realizar eleições, tendo em conta o atraso no início do recenseamento, que deveria ter começado a 23 de agosto, Aristides Gomes afirmou que o que é preciso é que o processo seja feito com transparência.

"O importante é termos condições numa data razoável, neste momento ainda temos como objetivo 18 de novembro, e com condições de transparência para que toda a gente possa ser recenseada e para que toda a gente possa votar", disse.

O recenseamento eleitoral para as legislativas, previstas para 18 de novembro, deveria ter começado a 23 de agosto, mas o atraso na chegada dos 'kits' de registo biométrico tem provocado críticas por parte de vários atores políticos, que admitem inclusive a falta de condições para realizar as eleições na data prevista e pedido a demissão do Governo.

Por dn.pt/lusa

BOMBASTICO: A QUEDA DE ARISTIDES PABLO GOMES ESCOBAR VAI SER ATRAVES DA ARN.

Porque carga de água o PM de consenso quer pôr em causa as competências reservadas ao titular da pasta dos Transportes? 

Como é do conhecimento de todos, este governo surgiu de um amplo consenso. E como disse e bem o PM, o seu principal papel visa animar os guineenses, o que significa tentar na medida do possível aproximar as diferentes sensibilidades, para que possa reinar coesão e união, a fim de possibilitar o cumprimento cabal da missão que lhes foi incumbida. Por esse motivo, qualquer medida que possa perigar esse desiderato, não será tomada, até porque este governo tem o poder limitado. Porque se sabe que basta uma parte denunciar o acordo que despoletou a criação do governo pode o prejudicar.

Sob pressão do PAIGC, o PM está a tentar desrespeitar as medidas paliativas tomadas pelo Ministro de Transportes, para evitar que a ARN seja uma fonte de abastecimento do PAIGC e do próprio PM, para assim realizar o concurso.

Face a esta situação é dado por certo, que caso o primeiro-ministro decida desrespeitar a decisão do ministro em causa, o PRS denuncia o acordo e, por conseguinte, sai do governo, o que poderá vir a complicar o processo de eleições em curso, porque pode acarretar a queda automática do PM.

Por esse e outro motivo, entendemos por bem chamar atenção do PM e da Comunidade Internacional para demover o PM desse intento e concentrar-se no seu papel, porque esta pasta pertence ao PRS.

GIBRIL MANE- ATUAL PCA DA ARN TENTA DESAFIAR E DESAUTORIZAR O MINISTRO DOS TRANSPORTES SERIFO DJAQUITE A MANDO DO 1° MINISTRO?



DEVIDO A ESTA TRISTE SITUACAO O PRS ESTA NA IMINENCIA DE ABANDONAR O GOVERNO DEVIDO A TODA FALTA DE RESPEITO E CONSIDERACAO DO ARISTIDES GOMES PERMITINDO TAMANHA VERGONHICE E ATROPELOS DE PRINCIPIOS 

O GRAU DE BANDIDAGEM ELEVADO COM GIBRIL MANE NESTA POSICAO SERVE APENAS PARA O OBJETIVO DE FINANCIAMENTO DAS ELEICOES.  UM FINANCIAMENTO ILEGAL NA BASE DA BANDIDAGEM A FAVOR DO PAIGC .

UM OUTRO OBJETIVO DE GIBRIL A MANDO DE DSP VAI SER A EXONERACAO DE TODOS OS  ELEMENTOS QUE FORAM ATRIBUIDOS CARGOS NESSA INSTITUICAO DURANTE A LIDERANCA DE ABDU DJAQUITE . E NO IMPLEMENTAR O PODER DO NUCLEO DO DSP NESTA INSTITUICAO .

A ARN e as CONTRATAÇÕES Durante Mandato  de PCA Djibril Mané 2011 à  2016.!!! 

1. Idrissa Adão Só - Filho de Gabriel Só Deputado do PAIGC, atualmente prisioneiro, ganhava 3.000 euros mensais; 

2. Atchutchi Ferreira - Filho de Adriano Ferreira Atchutchi do PAIGC, então Presidente da Câmara Municipal de Bissau ( Pau Mandado do DSP) com um salário de 2.000 euros mensais; 

3. Cesário Silva Ferreira - Ex-Chefe de gabinete do JBV do PAIGC, ganhava 3.000 euros mensais;  autor e editor de Perfil "Kabral ka Muri" (marido da amante de Artur Silva e DSP) e correspondes e Editor dos Blogs GUINENDADE E DITADURA DO CONSENSO;

4. Catube Nhate - Filho de Carlos Nhate Deputado do PAIGC, com um salário de 2.000 euros ;  

5. Davi D´Almada - Diretor da Empresa do PCA Djibril Mané,  autor dos Blogs Progresso Nacional e Guinensade (filho de um encarnação do DSP) ganhava 3.000 euros mensais; 

6. Aymone Araujo Mango - Filha de Rui Araujo (Rui Quinbanda), Ministro Vitalício do PAIGC, com um salário de 2.000 euros mensais;  

7. Gisela Tenan Lopes - Esposa de Ansumane, chefe de Gabinete do Cipriano Cassamá, (Namorada do colega de trabaljo, Idrissa Adao So)  com um salário de 2.000 euros mensais. 

O blogue terrorista Guinendade pôs em causa as contratações efetuadas pelo antigo PCA Abdú Jaquité, mas estas basearam-se na elaboração de um Concurso Público, que obedeceu a parâmetros e procedimentos legais, garantindo que as pessoas contratadas têm qualificações comprovadas para os cargos.

Será que as MAIS de 30 contratações de Djibril Mané também obedeceram a um Concurso Público? Claro que não. 

O que se sabe é que as contratações foram efetuadas individualmente (uma a uma) e sem concurso público, sendo que a única preocupação do PCA Djibril Mané na altura, foi empregar filhos, amigos e familiares do PAIGC.

Agora com o regresso do antigo PCA Djibril Mane, a Saga do PAIGC há de continuar, a título de exemplo temos a Tânia Simoes Pereira sobrinha de DSP, que será na verdade quem vai administrar a ARN e com um salario chorudo de 3000 Euros tendo em conta a incapacidade do Djibril Mané.

Cargo ora reclamado e concedido injustamente ao reclamante Djibril por um valor de 110 milhões a favor do STJ. Com o proposito de usurpar os 7 bilhões e 200 milhões XOF arrecadados pela direcção sessante na pessoa do PCA Abdu Jaquite, para fins de patrício da campanha eleitoral do PAICG.

Fonte: dokainternacionaldenunciante.blogspot.com 

UA: Nota de Esclarecimento

Escritório, faz saber que o Senhor Prosper François Ernest Sica, de nacionalidade congolesa e residente algures na cidade de Bissau, ex-Conselheiro Político Sénior,  deixou de exercer as suas funções em 31 de Março de 2017, tendo porém em consequência sido desvinculado deste Escritório e da Comissão da União Africana.

O senhor Prosper François Ernest Sica não tem nenhuma ligação ao Escritório da União Africana em Bissau e à Comissão da União Africana, não podendo para o efeito falar em seu nome ou agir nessa qualidade, devendo sim assumir as suas responsabilidades como cidadão privado residente na República da Guiné-Bissau. 

Feito, aos 3 de Setembro de 2018

odemocratagb.com

ELEIÇÕES OPORTUNAS E CREDÍVEIS NA GUINÉ-BISSAU SÃO CRÍTICAS PARA MANTER UM PROGRESSO POLÍTICO FRÁGIL, AFIRMAM ALTOS FUNCIONÁRIOS DO CONSELHO DE SEGURANÇA

A Guiné-Bissau, tendo feito avanços cruciais para superar o seu impasse político de longa data, deve realizar eleições livres, justas e inclusivas, como previsto em novembro, ou correr o risco de fracionar o frágil progresso, enfatizaram hoje altos funcionários do Conselho de Segurança.


“A realização de eleições atempadas e credíveis é de suma importância nesta conjuntura”, afirmou José Viegas Filho, Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau Bissau (UNIOGBIS). Citando uma situação de calma geral no país da África Ocidental - que vem experimentando agitação política há vários anos - ele disse que as autoridades do país e os atores políticos estão atualmente concentrados nos preparativos para as eleições legislativas programadas para 18 de novembro. Embora as principais disposições do Acordo de Conacri de 2016 tenham sido cumpridas, um diálogo nacional para a adoção de um “pacto de estabilidade” ainda está para ser realizado, disse ele.

Anatolio Ndong Mba (Guiné Equatorial), presidente do Comité de Sançoes para a Guiné-Bissau do Conselho de Segurança estabelecido pela Resolução 2048 (2012) sobre Guiné-Bissau, descreveu sua visita a esse país em junho, disse que se reuniu com parceiros nacionais e regionais para discutir formas de ajudar a Guiné-Bissau a sair do impasse. Ressaltando a importância do apoio internacional antes das eleições do país, ele listou várias reformas importantes que ainda são necessárias - incluindo grandes mudanças nos sectores de segurança e justiça da Guiné-Bissau. Salientando que o objetivo das sanções impostas contra a Guiné-Bissau pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no início deste ano não é punir, pressionar ou mudar a liderança do país, mas apoiar sua estabilidade, ele também expressou preocupação com os desafios críticos colocados pelo de tráfico de drogaa e crimes transnacionais.

Mauro Vieira (Brasil), falando na sua capacidade de Presidente da Configuração para a Guiné-Bissau na Comissão de Comissão de Construção da Paz, descreveu progressos tangíveis na implementação do Acordo de Conacri e devolveu a vida política da Guiné-Bissau ao normal. Os recentes desenvolvimentos importantes incluem a nomeação de um primeiro-ministro consensual, a formação de um governo inclusivo, a aprovação de um programa do Governo e do orçamento nacional e a reabertura da Assembleia Nacional. Ele também destacou vários desafios centrais que o país ainda enfrenta, incluindo o tempo limitado disponível para organizar as eleições de novembro e atualizar as listas de registro de eleitores, a falta de coordenação adequada entre as entidades governamentais e outros parceiros e uma necessidade urgente de dinheiro para fechar a lacuna de financiamento para os esforços de registro de eleitores.

Elisa Maria Tavares Pinto, da Rede de Mulheres, Paz e Segurança da CEDEAO, informando o Conselho através de videoconferência de Bissau, destacou o papel crítico das mulheres na sociedade civil da Guiné-Bissau. Enfatizando suas aspirações históricas e progressos recentes, ela citou, no entanto, obstáculos que há muito tempo impedem que as mulheres desfrutem plenamente de seus direitos civis, políticos, económicos e outros. Advertindo que a situação no país continua frágil, ela disse que os jovens enfrentam falta de educação e desemprego, enquanto o tráfico de drogas e a migração clandestina impactam mais as mulheres. Hoje, pela primeira vez, grupos de mulheres, organizações religiosas, grupos de jovens e outros estão a trabalhar juntos para discutir soluções para a crise política da Guiné-Bissau. Ela também saudou a lei de paridade de género recentemente adotada pelo país, que estabelece uma representação mínima de 36% de mulheres em listas de candidatos para eleições legislativas e locais.

O representante da Costa do Marfim, saudando os recentes desenvolvimentos políticos positivos na Guiné-Bissau como um “lampejo de esperança para tirar o país da crise política”, apelou às suas autoridades para continuarem a implementar o Acordo de Conacri e ajudar a reforçar o envolvimento da sociedade civil. Acolhendo a recente decisão da CEDEAO de suspender sanções contra determinadas pessoas na Guiné-Bissau, o que ajudará a aliviar as tensões e reforçar as condições para um diálogo construtivo entre as partes interessadas, advertiu contra quaisquer atrasos na realização das próximas eleições. Enquanto isso, o UNIOGBIS deve fazer os ajustes necessários para ajudar o país a estabelecer as bases para a paz e voltar sua atenção para o desenvolvimento e a luta contra o tráfico de drogas e o crime transnacional.

O delegado da Etiópia, entretanto, destacou a necessidade de combater as causas da crise política da Guiné-Bissau. Observando que o progresso continua frágil, ela enfatizou que os desenvolvimentos devem ser seguidos de perto e que a realização de eleições legislativas e presidenciais oportunas e confiáveis ​​é crucial para consolidar a paz e a reconciliação nacional. Ela também pressionou órgãos nacionais, regionais e internacionais para enfrentar os crescentes desafios do crime organizado transnacional e do tráfico de drogas.

Ecoando esses sentimentos, o representante da Holanda disse que a implementação completa do Acordo de Conacri e do mapa de seis pontos de Bissau é o único caminho a seguir. Embora elogiasse os esforços do recém-formado governo para organizar eleições legislativas, ela reconheceu que “ainda não estamos lá”. Um rascunho do pacto de estabilidade foi distribuído entre os atores políticos, que serão a base dos diálogos nacionais das mesas-redondas, e ela pediu a todas as partes interessadas relevantes que finalizem esse documento o mais rápido possível antes das eleições de novembro. Entre outras coisas, ela também expressou a esperança de que a CEDEAO estenda o mandato de sua Missão na Guiné-Bissau até pelo menos o fim das eleições presidenciais marcadas para 2019.

Aristides Gomes, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, lembrou que há seis meses o Conselho estava considerando os muitos desafios e impasses políticos aparentemente intransponíveis no seu país. Hoje, no entanto, “há uma nova esperança na Guiné-Bissau”, graças em grande parte ao apoio constante da CEDEAO e de outros parceiros regionais. Delineando algumas das causas profundas das crises políticas recorrentes em seu país, ele citou o colapso das instituições do Estado após a independência, bem como fragilidades e mal-estar de longa data, que são exacerbados hoje pelo impacto do tráfico de drogas e do crime organizado transnacional. A Guiné-Bissau exige um retorno urgente à regulamentação, o que ajudará a estimular mais crescimento e resultará em menos partidos políticos tentando atacar as instituições do Estado.

Observando que reformas estruturais importantes serão possíveis após as eleições de novembro, ele disse que também será necessário reconsiderar a presença e a configuração do UNIOGBIS na época, levando a um Escritório mais eficaz e eficiente. Enquanto isso, a assinatura de um pacto de estabilidade inclusivo reunirá as partes interessadas e permitirá que elas unam forças em um espírito de ação. Solicitando aos Estados-Membros e outros parceiros que apoiem a Guiné-Bissau no desenvolvimento de um recenseamento eleitoral fiável e transparente - e ajudando-o a colmatar maiores lacunas financeiras - ele disse que embora os desafios restantes da Guiné-Bissau sejam numerosos, “eles não são intransponíveis” e “a crise é não é inevitável ”.

Também hoje se fala de representantes da França, Federação Russa, Estados Unidos, Suécia, Polônia, Cazaquistão, Peru, Kuwait, Bolívia, China e Reino Unido.

A reunião começou às 10h20 e terminou às 12h42.

Briefings

JOSÉ VIEGAS FILHO, Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), apresentando o último relatório do Secretário-Geral sobre as atividades do Escritório (documento S / 2018/771), A situação de segurança tem estado calma desde a sua chegada a Bissau. Autoridades e atores políticos estão concentrados nos preparativos para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro e ele usa ativamente seus bons ofícios com parceiros nacionais e internacionais para apoiar a implementação completa do Acordo de Conakry de 2016 sobre a Implementação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. (CEDEAO) Roteiro para a Resolução da Crise Política na Guiné-Bissau. Delineando suas prioridades, incluindo o engajamento de partes interessadas nacionais no processo eleitoral, ele disse que tem se reunido regularmente com o Presidente e o Primeiro Ministro para ressaltar a importância de respeitar as estruturas legais existentes, bem como o calendário eleitoral.

Ele também descreveu sua reunião em junho no Togo, onde se reuniu com o presidente daquele país e da Guiné em suas capacidades como mediadores da CEDEAO para a Guiné-Bissau para trocar pontos de vista. Nos dias 17 e 18 de Julho, assistiu à Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Cabo Verde para discutir o processo eleitoral da Guiné-Bissau e para apelar ao apoio técnico e financeiro dos parceiros. Embora as principais disposições do Acordo de Conakry tenham sido implementadas, uma mesa redonda de diálogo nacional para a adoção de um pacto de estabilidade ainda está para ser realizada. O governo da Guiné-Bissau lançou consultas relacionadas com vários partidos políticos e pretende ampliar essas conversações para incluir a sociedade civil e outros, com o objetivo de adotar o pacto no início de outubro.

"A realização de eleições oportunas e confiáveis ​​é de suma importância neste momento", disse ele. Delineando várias barreiras que continuam a representar desafios para esse objetivo, ele descreveu desacordos expressos por alguns partidos políticos em relação ao prazo de 30 dias para o recenseamento eleitoral. Em um desenvolvimento positivo, o déficit de financiamento no orçamento para as eleições pode ter sido fechado seguindo as promessas de vários parceiros internacionais. Também estão sendo tomadas medidas para garantir que as eleições sejam realizadas pacificamente, com o apoio da CEDEAO para ajudar a manter a segurança. O UNIOGBIS continua a trabalhar em estreita colaboração com a comissão ad hoc da Assembleia Nacional sobre a revisão da Constituição e envidou esforços no sentido de aumentar a participação da sociedade civil nas próximas consultas.

No que diz respeito à luta contra o narcotráfico e o crime organizado, ele disse que seu escritório, em coordenação com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), está reforçando seu apoio às autoridades nacionais e ajudando-as a apreender drogas ilegais que transitam pelo aeroporto internacional de Bissau. Outro desenvolvimento significativo ocorreu em 2 de agosto, quando uma lei de cota de paridade de gênero estabelecendo uma representação mínima de 36% de mulheres em listas de candidatos para eleições legislativas e locais - bem como nomeações para posições-chave de tomada de decisões - foi adotada. Esse esboço deve ser promulgado em lei antes das eleições de novembro, disse ele. Expressando otimismo de que tais novos desenvolvimentos favoráveis ​​permitirão a realização de eleições oportunas em 18 de novembro, ele instou todos os parceiros internacionais a manter e aumentar seu apoio político, técnico e financeiro para ajudar os processos eleitorais e de reforma da Guiné-Bissau.

O ANATOLIO NDONG MBA (Guiné Equatorial), Presidente do Comité do Conselho de Segurança estabelecido pela Resolução 2048 (2012) referente à Guiné-Bissau, descreveu sua visita a esse país e Conakry de 25 a 29 de junho, a segunda em 1 de junho de 2017 Seu objetivo era receber informações sobre os efeitos das sanções impostas pela resolução 2048 (2012). Representantes do Secretariado, bem como da China, da Costa do Marfim, da Federação Russa e do Reino Unido acompanharam-no na viagem e participaram em reuniões. Durante as discussões, ele concentrou-se na importância do diálogo e do compromisso com as partes interessadas nacionais e os partidos internacionais, nos esforços para emergir do impasse e encontrar uma solução duradoura.

Ele disse que também elevou a importância do apoio internacional ao país antes de suas eleições legislativas, chamando a atenção para questões técnicas e financeiras relacionadas à criação de um ambiente político estável. Salientando que o objetivo das sanções não é punir, pressionar ou mudar a liderança, mas apoiar a estabilidade no país e mudanças positivas na sub-região, ele disse que enquanto a situação na Guiné-Bissau é estável, a incerteza política ameaça minar a calmaria. . A ordem constitucional ainda não foi ameaçada, mas chamou a atenção para a ambiguidade entre o primeiro-ministro e o presidente quanto ao escopo de suas funções e autoridade.

Enfatizando que grandes reformas devem ser tomadas nos setores de segurança e justiça, ele disse que, embora os esforços internacionais para encontrar soluções tenham sido eficazes, o Conselho deve continuar acompanhando a situação de perto, tendo em mente que alguns elementos-chave para o roteiro o Acordo de Conakry ainda deve ser implementado. O exército não interferiu na política e, em geral, os direitos humanos estão sendo respeitados. No entanto, existem preocupações sobre o crime e tráfico transnacional. Muitos atores continuam a solicitar que sanções sejam impostas contra os políticos que são responsáveis ​​pela crise política, disse ele, ressaltando: “Isso ainda é visto como uma questão que ainda não foi totalmente resolvida”. Ele também viu que os atores políticos e a sociedade civil estavam dispostos a expressar seus pontos de vista ao Comitê 2048. Ele lembrou que, em 16 de julho, fez recomendações ao Conselho concentrando-se na necessidade de revisar a lista de sanções, quando apropriado, levando em conta as circunstâncias atuais e as opiniões expressas pelas partes interessadas relevantes que ele havia encontrado durante sua visita.

MAURO VIEIRA (Brasil), falando como Presidente da Comissão de Configuração da Comissão de Construção da Paz da Guiné Bissau, disse que sua viagem àquele país em julho foi realizada para ver em primeira mão como o Acordo de Conakry está sendo implementado, particularmente a organização do Acordo. eleições legislativas previstas para 18 de novembro. Desde sua visita em julho de 2016, houve progresso tangível na implementação do Acordo e no retorno à vida política normal. "Há um sentimento renovado de otimismo em relação a uma solução definitiva para a crise prolongada e que as próximas eleições são vistas como uma janela de oportunidade para esse fim", disse ele. Os recentes desenvolvimentos importantes incluem a nomeação de um primeiro-ministro consensual, a formação de um governo inclusivo, a aprovação de um programa do Governo e do orçamento nacional e a reabertura da Assembleia Nacional. Todas as autoridades nacionais que encontrou mostraram apoio em relação à data das eleições de 18 de novembro e não ouviram “nenhum apoio” por adiar a eleição presidencial e parlamentar conjunta em 2019. Durante a visita, o Presidente José Mário Vaz destacou três prioridades: a holding das eleições legislativas de 18 de Novembro, reforma do sector da segurança - incluindo a criação de um fundo de pensões para os militares - e combate ao tráfico de droga e ao crime organizado, que está agora incluído no mandato do UNIOGBIS.

O Sr. VIEIRA citou quatro desafios principais: gerenciar o tempo limitado disponível para organizar as eleições de novembro de acordo com a Constituição, atualizar as listas de registro de eleitores dentro de um prazo limitado, a falta de coordenação adequada entre os órgãos governamentais e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (PNUD) sobre a preparação da logística eleitoral - especialmente na aquisição e fornecimento de kits de registro eleitoral suficientes - e a necessidade urgente de dinheiro para fechar a lacuna de financiamento para as operações de registro de eleitores para que o processo possa começar agora. No dia 23 de agosto, o Primeiro Ministro realizou uma cerimônia para começar a atualizar as listas de registro de eleitores, no entanto, o país até agora não recebeu todos os equipamentos necessários para fazê-lo.

O Sr. Vieira disse que o primeiro-ministro Aristides Gomes expressou seu forte compromisso de facilitar um pacto de estabilidade para evitar a situação recorrente na Guiné-Bissau de "eleições normalmente pacíficas seguidas por problemas políticos". Ele se reuniu com representantes do Conselho de Mulheres - formado pelo Grupo de Mulheres Facilitadoras - que defendiam uma lei de cotas de gênero. No dia 2 de agosto, a Assembléia Nacional aprovou o projeto de lei de paridade de gênero, que determina um mínimo de 36% de candidatas do sexo feminino nas eleições legislativas e locais do governo. Os militares continuam a se distanciar da crise política e a respeitar a ordem constitucional; a força policial continua os esforços para manter a ordem e respeitar os direitos humanos. "Esses são compromissos que devemos incentivar a serem mantidos", disse ele. O UNIOGBIS e a equipe nacional das Nações Unidas estão implementando US $ 7 milhões em projetos de construção da paz. A Configuração da Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz continuará a trabalhar com todos os parceiros internacionais na implementação do Acordo de Conakry e nos preparativos para as eleições de 18 de novembro.

ELISA MARIA TAVARES PINTO, CEDEAO Mulheres, Rede de Paz e Segurança, informando o Conselho através de videoconferência de Bissau, destacou o papel crítico das mulheres na sociedade civil da Guiné-Bissau. Enfatizando que suas aspirações e progressos históricos nos últimos anos merecem reconhecimento, ela disse que as mulheres em seu país há muito demonstram sua determinação e capacidade de ajudar a construir a paz. No entanto, vários obstáculos impedem que as mulheres desfrutem plenamente de seus direitos civis, políticos, econômicos e outros. Advertindo que a situação no país continua frágil, ela disse que os jovens, em particular, enfrentam falta de educação e desemprego. Há também riscos de tráfico de drogas e migração clandestina, ameaças que afetam mais as mulheres.

Descrevendo o trabalho da Rede de Mulheres, Paz e Segurança, ela disse que promove os direitos de mulheres e meninas em toda a região com o objetivo de construir uma paz duradoura e sustentável. Destacando parte do seu trabalho, ela disse que a Rede contribui ativamente para o processo eleitoral da Guiné-Bissau, com foco na resolução de conflitos. Cerca de 200 mulheres, meninas e meninos atuam em todo o país como monitores, com esforços de mediação simultaneamente em curso para garantir um clima de calma durante as eleições. A Rede também ajuda a garantir que todos os candidatos tenham acesso igual à mídia estatal e que grupos da sociedade civil estejam ativamente engajados, levando a um clima de calma e eleições consideradas justas e transparentes.

Hoje, ela continuou, grupos de mulheres, organizações religiosas, organizações de jovens e poderes tradicionais estão trabalhando juntos pela primeira vez para discutir soluções para a crise política do país. Uma aliança de organizações da sociedade civil foi estabelecida levando ao processo em andamento visando a assinatura de um pacto de estabilidade nos próximos meses. “Nós, mulheres, estamos comprometidas em dialogar com outros parceiros”, disse ela, saudando o recentemente adotado projeto de paridade de gênero “que levará a mudanças consideráveis ​​na Guiné-Bissau”. A fim de garantir uma parceria mais efetiva entre o país e as Nações Unidas, ela disse que o segundo deve priorizar a estabilidade política promovendo e supervisionando um diálogo nacional inclusivo. As Nações Unidas também devem estar mais presentes e estar na linha de frente para mobilizar parceiros, garantindo melhor acesso à assistência internacional.

Afirmações

HOUADJA LÉON ADOM (Côte d'Ivoire), saudando os recentes desenvolvimentos políticos positivos na Guiné-Bissau, descreveu-os como um “lampejo de esperança para tirar o país da crise política”. Lembrando a adoção da resolução 2404 (2014) pelo Conselho em fevereiro - que determinou o UNIOGBIS com várias tarefas prioritárias relacionadas à revisão constitucional do país e apoio às próximas eleições - ele pediu às autoridades nacionais que continuem implementando o Acordo de Conakry e ajudem a fortalecer a sociedade civil. noivado. Acolhendo a recente decisão da CEDEAO de suspender sanções contra determinadas pessoas na Guiné-Bissau, o que ajudará a aliviar as tensões e reforçar as condições para um diálogo construtivo entre as partes interessadas, advertiu contra quaisquer atrasos na realização das próximas eleições. Ele também elogiou as contribuições financeiras feitas pela CEDEAO e pela Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) e pediu a outros parceiros que cumpram todas as promessas similares. Enquanto isso, o UNIOGBIS deve fazer os ajustes necessários para ajudar o país a estabelecer as bases para a paz e voltar sua atenção para questões relacionadas ao desenvolvimento e à luta contra o narcotráfico e o crime organizado transnacional.

ANNE GUEGUEN (França), ecoando o apoio ao recente progresso político da Guiné-Bissau, elogiou o papel central desempenhado pelos atores regionais e outros parceiros na obtenção desses resultados. Embora o progresso seja positivo, ainda é necessário mais trabalho e todas as partes interessadas devem se comprometer totalmente com os preparativos técnicos para a próxima votação. A comunidade internacional também deve desempenhar um papel no apoio ao processo eleitoral, inclusive através da prestação de apoio técnico por parte de parceiros como o PNUD e a União Europeia. Acolhendo a não intervenção em assuntos políticos do exército da Guiné Bissau, ela pediu mais progresso na revisão constitucional do país - o que ajudará a evitar futuras crises - e um compromisso firme de todas as partes em combater os sérios desafios do tráfico de drogas e do crime organizado . A França fornece suporte para o processo contínuo de revisão do UNIOGBIS, que deve ser conduzido de forma livre e independente e refletir as necessidades e realidades no terreno.

VASSILY A. NEBENZIA (Federação Russa) registou progressos significativos no sentido de pôr termo à crise política na Guiné-Bissau após a nomeação de um primeiro-ministro e a formação de um governo de consenso. Ele encorajou todas as forças políticas a trabalhar com o Gabinete de Ministros para alcançar um acordo sustentável. Ele saudou os planos dos líderes para as eleições em novembro, observando que o UNIOGBIS está apoiando sua preparação e, lembrando o objetivo do Escritório de facilitar a reforma constitucional, disse que o diálogo sobre essa reforma deve começar o mais breve possível. Ele também saudou como um passo oportuno o levantamento das sanções impostas pela CEDEAO a certos atores políticos em fevereiro, enfatizando que o futuro do país deve ser construído por atores nacionais, livre de influências externas.

LISE GREGOIRE VAN HAAREN (Holanda) disse que a implementação completa do Acordo de Conacri e do mapa de seis pontos de Bissau é o único caminho a seguir. Embora elogiasse os esforços do recém-formado governo para organizar eleições legislativas, ela reconheceu que “ainda não estamos lá”. Um rascunho do pacto de estabilidade foi distribuído entre os atores políticos, que serão a base dos diálogos nacionais das mesas-redondas, e ela pediu a todas as partes interessadas relevantes que finalizem esse documento o mais rápido possível antes das eleições de novembro. Salientando que as mulheres desempenham um papel “extremamente importante” para quebrar o impasse político, ela reiterou a importância do seu envolvimento nas próximas eleições e na vida política, bem como expressando a esperança de que a CEDEAO aumente o mandato da sua Missão na Guiné-Bissau. o fim das eleições presidenciais.

JONATHAN R. COHEN (Estados Unidos), saudando o progresso político na Guiné-Bissau e encorajando os líderes a buscarem reformas críticas, disse que sua delegação aguarda o sucesso do registro de eleitores antes das eleições legislativas em novembro. Ele incentivou parceiros regionais a ajudar o governo a preparar e executar essas eleições. Ao mesmo tempo, o Conselho deve permanecer vigilante, pois os acordos de consenso permanecem frágeis, e tanto o tráfico de drogas quanto o crime organizado transnacional representam ameaças contínuas. Ele saudou o trabalho da sociedade civil para incentivar a transparência na governança e uma cultura de direitos humanos na Guiné-Bissau, enfatizando que os Estados Unidos continuariam a trabalhar com o governo enquanto se esforçava para obter segurança e oportunidades para todos os seus cidadãos.

CARL ORRENIUS SKAU (Suécia) disse que o senso de otimismo citado pela configuração da Presidência da Comissão de Construção da Paz da Guiné-Bissau é animador. Os desafios pendentes devem ser imediatamente abordados para que as eleições de 18 de novembro sejam confiáveis, disse ele, ressaltando a importância da participação igualitária de mulheres e homens como eleitores e candidatos. O roteiro de seis pontos e o Acordo de Conacri devem ser plenamente implementados em apoio total e internacional dado ao processo eleitoral. O uso pleno deve ser feito dos bons ofícios do Representante Especial, disse ele, encorajando a CEDEAO a permanecer engajada. Indo em frente, ele disse que as causas profundas do impasse político devem ser enfrentadas por meio de reforma constitucional, reconciliação e diálogo, fortalecimento do estado de direito, igualdade de acesso às oportunidades econômicas e respeito aos direitos humanos.

JOANNA WRONECKA (Polónia), saudando a nomeação de um governo inclusivo pela Guiné-Bissau, a abertura da Assembleia Nacional, a eleição do Presidente e da Comissão Nacional Eleitoral e o anúncio de eleições legislativas para novembro de 2018. Todos esses desenvolvimentos “despertam otimismo para um nova resolução e uma perspectiva de normalização ”, disse ela. No entanto, contra esse pano de fundo positivo, os atrasos relatados e a falta de medidas concretas para se preparar para as próximas eleições levantam profunda preocupação, assim como os desafios na condução de uma substancial revisão constitucional e da lei eleitoral. "Estamos, no entanto, esperançosos com o recente anúncio da consulta do pacto de estabilidade, focando nos formulários de segurança e no judiciário", disse ela. Apelando às autoridades de Bissau para que forneçam uma orientação política firme e assumam a liderança no processo eleitoral, ela disse que também devem intensificar os preparativos técnicos necessários e capacitar os órgãos de gestão eleitoral para implementar soluções para eleições atempadas e credíveis. Evitar um novo impasse sobre o compartilhamento de poder pós-eleitoral também é necessário para garantir a estabilidade a longo prazo, disse ela, expressando preocupação com a contínua ameaça representada pelo narcotráfico e pelo crime organizado.

KAIRAT UMAROV (Cazaquistão) disse que agora é hora de preparar rapidamente as próximas eleições legislativas e presidenciais. Apelando a todas as partes para que tomem imediatamente as medidas necessárias para implementar as disposições do Acordo de Conacri, ele disse que a estabilidade política no país será alcançada apenas através da implementação constante de reformas políticas. “Há necessidade de um diálogo aberto e inclusivo para desenvolver princípios orientadores das reformas”, acrescentou ele. As medidas mais eficazes devem ser tomadas para garantir a estabilidade e resiliência da Guiné-Bissau através de um maior apoio aos planos de desenvolvimento existentes e ao plano de consolidação da paz das Nações Unidas, com um enfoque especial na educação e cuidados de saúde. Garantir a participação de mulheres e jovens no processo político também é fundamental. Ele também expressou preocupação com os perigos do tráfico de drogas e do crime organizado transnacional.

FRANCISCO TENYA (Peru), também elogiando os “desenvolvimentos políticos encorajadores” que ajudarão a garantir a implementação do Acordo de Conakry e do roteiro de seis pontos, disse que a realização bem-sucedida de um processo eleitoral livre, justo e inclusivo em novembro abrirá caminho para eleições presidenciais de natureza semelhante no futuro. “Devemos continuar a combater o crime organizado”, como ressaltou o Representante Especial do Secretário-Geral e outros. Advertindo que o aumento de atividades como o tráfico ilícito de drogas pode erodir o tecido social da Guiné Bissau, ele saudou a reintegração da Unidade Transnacional de Crime Organizado do país e pediu apoio internacional e regional para ajudar a Guiné-Bissau a fortalecer o Estado de Direito, promover a paz e a reconciliação e garantir o desenvolvimento sustentável.

MAHLET HAILU GUADEY (Etiópia), embora elogiando os progressos realizados na resolução da crise política e institucional na Guiné-Bissau, e elogiando as partes interessadas políticas pela implementação do Acordo de Conacri de 2016 e demonstrando o compromisso de respeitar a Constituição, reconheceu a necessidade de combater as causas da a situação, que permanece frágil. A evolução deve ser seguida de perto e ela tomou nota das recomendações do Secretário-Geral. A realização de eleições legislativas e presidenciais oportunas e confiáveis ​​é crucial para consolidar a paz e a reconciliação nacional, ressaltou a necessidade de apoio para aumentar a capacidade e independência das principais instituições. Ela também pressionou órgãos nacionais, regionais e internacionais para enfrentar os crescentes desafios do crime organizado transnacional e do tráfico de drogas.

TAREQ M. A. A. ALBANAI (Kuwait), também saudando medidas efetivas tomadas pelas partes para implementar as três primeiras exigências do Acordo de Conakry, no entanto, disse que “há espaço para melhorias” na realização de outras reformas necessárias. Expressando apoio aos esforços dos parceiros da Guiné-Bissau - especialmente a CEDEAO - para acelerar esses esforços, manifestou a sua preocupação com os atrasos na preparação para as próximas eleições do país. Essa votação deve ser realizada de forma livre, justa e atempada, em consonância com a resolução 2404 (2018) do Conselho. Acolhendo os esforços do UNODC para ajudar a prevenir o narcotráfico e o crime organizado - que ameaçam a paz e a estabilidade não apenas na Guiné-Bissau, mas em toda a região - ele pediu aos parceiros do país que continuem a ajudar na capacitação local para combater esses fenómenos.

VERÓNICA CORDOVA SORIA (Bolívia) sublinhou a necessidade de incluir todas as partes interessadas, incluindo a sociedade civil e grupos de mulheres, em conversações para alcançar uma solução política duradoura baseada no melhor interesse de todos os povos da Guiné-Bissau. O UNIOGBIS deve fornecer apoio em tempo hábil para a realização de eleições transparentes, inclusivas e pacíficas em novembro. Para garantir a estabilidade na Guiné-Bissau, os parceiros internacionais do país devem ajudar a reduzir sua vulnerabilidade às drogas e ao crime, inclusive ajudando as autoridades a aumentar sua capacidade de controlar os portos e o espaço aéreo do país. O UNIOGBIS deve ser fortalecido, disse ela, pedindo que seu mandato se concentre em construir oportunidades de diálogo que levem à consolidação da paz inclusiva. Também saudando o trabalho da Configuração da Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz, liderada pelo Brasil, ela saudou a criação de um fórum de consulta das mulheres. Não pode haver paz sem desenvolvimento na Guiné-Bissau e nenhum desenvolvimento sem paz, sublinhou, apelando a todos os parceiros para ajudar a garantir o bem-estar da população do país e concentrar-se nos mais vulneráveis.

A LIE CHENG (China) disse que a Guiné-Bissau alcançou consenso, entre outras medidas, com uma data marcada para eleições legislativas, progresso que recebeu junto com os esforços da CEDEAO, União Africana, União Européia e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que promoveram tais eleições. ganhos. Observando que a Guiné-Bissau enfrenta desafios para melhorar o desenvolvimento econômico e social, combater o narcotráfico e promover o processo político, ele pediu aos doadores internacionais que continuem apoiando o país e ajudando a construir sua capacidade de melhorar a vida das pessoas. A China apoia a busca de soluções africanas para os problemas africanos e pediu a todas as partes interessadas que encontrem consenso e usem o diálogo para superar as diferenças. A China trabalhou com a CEDEAO para promover a comunicação entre as partes e manter a estabilidade tanto na Guiné-Bissau como em toda a África Ocidental.

JONATHAN GUY ALLEN (Reino Unido), Presidente do Conselho em Agosto, falou na sua capacidade nacional de elogiar os preparativos da Guiné-Bissau para eleições legislativas, que devem ser livres, justas, transparentes e de acordo com a Constituição e as leis nacionais. As discussões sobre o pacto de estabilidade deram início a uma reflexão nacional sobre segurança de longo prazo e reforma constitucional, entre outras. Uma abordagem inclusiva, principalmente das mulheres, é vital. Acolhendo o apoio do UNIOGBIS às eleições e ao diálogo político, ele disse que as sanções direcionadas estão tendo um impacto, limitando a influência daqueles que buscam romper o Acordo de Conacri. Ele apoiou uma revisão das sanções da União Europeia e das Nações Unidas em meados de 2019 após a realização das eleições presidenciais.

ARISTIDES GOMES, Primeiro Ministro da Guiné-Bissau, lembrou que há seis meses o Conselho estava considerando os muitos desafios e impasses políticos aparentemente intransponíveis em seu país. A implementação do Acordo de Conakry foi contestada, imediatamente após sua assinatura, por algumas partes. Hoje, no entanto, “há uma nova esperança na Guiné-Bissau”, graças em grande parte ao apoio constante da CEDEAO e de outros parceiros regionais. Esses esforços persistentes e a boa vontade das partes interessadas na Guiné-Bissau levaram a uma “solução feliz” - ou seja, a nomeação de um primeiro-ministro consensual e um governo inclusivo. As novas autoridades puderam recuperar rapidamente após um longo período de crise, estabelecendo um calendário para as próximas eleições e trabalhando duro para manter o diálogo. "Decidimos que não tomaríamos nenhuma decisão importante sem consulta", disse ele, advertindo que qualquer ação unilateral nesta etapa prejudicará o progresso atualmente em andamento.

Delineando algumas das causas das crises políticas recorrentes em seu país, ele citou o colapso das instituições do Estado após a independência, bem como fragilidades e mal-estar de longa data. Essas são exacerbadas hoje pelos impactos do tráfico de drogas e do crime organizado transnacional. O clima resultante de “cada um por si” levou à formação de entidades políticas que só atacam a escassa renda nacional da Guiné Bissau. As batalhas políticas em torno da renda do Estado são especialmente proeminentes no país devido à perda de mecanismos reguladores ou regras de supervisão, o colapso do princípio da organização do Estado e outras falhas estruturais. A Constituição tornou-se um conjunto de leis baseadas em compromissos políticos há mais de 30 anos, e permaneceu inalterada em alguns dos seus aspectos mais importantes relacionados ao compartilhamento de poder. Por essas razões, a Guiné-Bissau exige um retorno urgente à regulamentação, o que ajudará a estimular mais crescimento e resultará em menos partidos políticos que tentam atacar as instituições do Estado.

Observando que tais reformas serão possíveis após as eleições de novembro, ele disse que também será necessário reconsiderar a presença e configuração do UNIOGBIS na época, levando a um Escritório mais efetivo e eficiente. As reformas dos setores de segurança e defesa da Guiné-Bissau também estarão na agenda. À luz de todas essas preocupações, ele expressou seu apoio à assinatura de um pacto de estabilidade inclusivo, que reunirá as partes interessadas e permitirá que elas unam forças em um espírito de ação. Eleições livres e justas só podem ser realizadas se todas estiverem incluídas, sem exceção. Observando que um censo eleitoral confiável e transparente é uma condição sine qua non a esse respeito, ele descreveu os esforços para obrigar os partidos políticos do país a cooperar nesse esforço e pediu apoio adicional de parceiros internacionais. Também chamando esses parceiros para ajudar a preencher as lacunas financeiras mais amplas de seu país, ele disse que, embora os desafios restantes da Guiné-Bissau sejam numerosos, “eles não são intransponíveis” e “a crise não é inevitável”. O caminho para a paz, estabilidade, democracia e um futuro de esperança e prosperidade começará com as eleições de novembro.

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