A verdade sempre encontra o seu caminho - e, desta vez, veio selada com o timbre oficial da República Federal da Nigéria.
A Embaixada nigeriana em Bissau veio a público, de forma clara e inequívoca, repudiar as graves e irresponsáveis declarações do candidato presidencial Fernando Dias da Costa, que havia alegado que o Governo da Guiné-Bissau estaria a tramar um suposto plano de sequestro de figuras políticas com o envolvimento de “mercenários nigerianos”.
A Nigéria nega categoricamente qualquer conhecimento, envolvimento ou apoio a esse tipo de ação, qualificando as acusações como profundamente contrárias aos princípios do direito internacional e da política externa nigeriana. O documento reforça que a Nigéria é um Estado que preza pela soberania dos países, pela paz, pela democracia e pela estabilidade da região - princípios consagrados na CEDEAO, que jamais seriam manchados por manobras políticas infundadas.
Em termos diplomáticos, a nota é contundente:
A Embaixada solicitou ao Governo guineense que apresente provas concretas que sustentem as alegações - se é que existem - e comunicou que as autoridades de segurança nigerianas já foram instruídas a investigar internamente qualquer possibilidade de envolvimento de cidadãos do país em atividades ilícitas.
Mas o essencial está nas entrelinhas: a Nigéria lavou as mãos e desautorizou publicamente Fernando Dias da Costa.
Ao tentar arrastar um Estado soberano para o seu teatro político, o candidato laranja mostrou irresponsabilidade e total despreparo para lidar com questões de Estado. É inadmissível que, em plena corrida eleitoral, alguém lance acusações tão graves sem uma única prova - manchando a imagem internacional da Guiné-Bissau e comprometendo relações diplomáticas históricas.
Em suma, a nota da Nigéria não é apenas uma resposta: é um ato de defesa da verdade, da seriedade institucional e da soberania africana.
Fernando Dias da Costa, ao recorrer à calúnia internacional como estratégia eleitoral, demonstra o que o povo já percebeu - falta-lhe não apenas visão política, mas também responsabilidade nacional.
A diplomacia nigeriana falou. E falou alto.
O resto é ruído de quem perdeu o rumo e tenta ganhar manchete à custa da mentira.
12/11/2025


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