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Notícias ao Minuto 28/01/22
O país tem tomado várias medidas para incentivar à escolaridade, mas não tem conseguido aplicá-las eficazmente.
As autoridades da Tanzânia vão fazer buscas e deter os pais das crianças que faltem à escola na capital a partir da próxima semana, avisou, esta sexta-feira, o comissário regional de Dodoma.
O anúncio foi feito depois de um discurso de Antony Maka, o comissário regional da região de Dodoma, duas semanas depois do início do ano académico, acrescenta a BBC.
Perante a fraca adesão às aulas - apenas 67 dos 165 alunos da escola visitada pelo comissário apareceram às aulas - Maka pediu aos pais para respeitarem o investimento feito no país.
"Não podemos construir escolas, colocar mesas nas salas de aulas, para depois não levarem os vossos filhos à escola. Farei uma busca detalhada a partir das 16h00, de porta a porta, para deter os pais", avisou.
Segundo a BBC, o governo acredita que muitos pais colocam os filhos a fazer pequenos trabalhos domésticos ou alguns biscates, acabando por fomentar o abandono escolar.
Não é a primeira vez que uma autoridade na Tanzânia toma esta decisão. Em 2015, a Tanzânia tornou o acesso ao ensino primário e secundário gratuito, na tentativa de aumentar os níveis de escolaridade no país, e avisou que a escolaridade seria obrigatória, mas não tem conseguido aplicar as penas previstas.
A Tanzânia é também dos países do mundo com maior taxa de gravidez na adolescência, tornando-se difícil, especialmente para as raparigas, continuar a frequentar a escola.
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