© iStock
Por LUSA 24/01/22
A mulher de um candidato presidencial na Coreia do Sul ameaçou "prender todos os jornalistas" críticos do seu marido caso ele chegue ao poder, o segundo escândalo para este candidato no espaço de uma semana, foi hoje divulgado.
"Se eu chegar à Casa Azul (sede da Presidência da Coreia do Sul), vou colocá-los a todos na prisão", assegurou Kim Keon-hee, mulher do candidato do partido conservador Poder ao Povo (PPP), Yoon Suk-yeol, e aspirante à função de primeira-dama sul-coreana, em declarações a um jornalista.
Este último gravou os comentários, que hoje foram tornados públicos após uma batalha legal.
Nas gravações, Kim Keon-hee afirmou que a comunicação social crítica do seu marido seria provavelmente processada caso o candidato presidencial chegasse ao poder.
"A polícia vai acusá-los, com a nossa ordem ou não", apontou.
Trata-se do segundo escândalo a atingir Yoon Suk-yeol no espaço de uma semana.
A primeira polémica ocorreu em 18 de janeiro, quando o PPP se distanciou dos comentários de Kim Keon-hee em defesa de Ahn Hee-jung, um ex-candidato presidencial que está preso há três anos por ter abusado da sua secretária.
O gestor de campanha do candidato disse hoje que o partido estava a "tentar descobrir o melhor caminho a seguir", após os comentários da possível futura primeira-dama.
Yoon Suk-yeol está a disputar as eleições com o candidato do Partido Democrata, Lee Jae-myung.
A eleição presidencial está marcada para março.
O partido tentou repetidamente bloquear a publicação destas gravações, recorrendo aos tribunais.
Todos os pedidos foram negados pelas instâncias.
Os comentários de uma mulher que pode vir a ser a próxima primeira-dama do país "refletem as suas opiniões (...) e, portanto, estão sujeitas ao interesse público e à fiscalização", decidiu o Tribunal Federal de Justiça, na semana passada.
Sem comentários:
Enviar um comentário