Por: Fernando Casimiro
O nosso Povo não deve continuar a aceitar promessas irrealistas e, ou, prejudiciais ao Estado e às futuras gerações, mas vantajosas para os usurpadores e dilapidadores do Tesouro Público e das riquezas naturais do nosso Chão Pátrio, pomposamente anunciadas, em jeito de manifesto de propaganda política, tendo em vista as eleições legislativas agendadas para 10 de Março próximo.
Que ninguém apoie, sem analisar minuciosamente, programas que visem o endividamento do nosso Estado, nas múltiplas formas apresentadas, sobretudo, através dos jogos de interesses e de interesseiros encobertos na vulgarizada "Mesa redonda de doadores para a Guiné-Bissau".
O nosso País deve começar uma nova legislatura, com políticas públicas realistas e com base nas receitas internas, que não sendo de um País rico, têm que servir para a preparação, elaboração, estruturação e implementação do Orçamento Geral do Estado.
Só em último recurso se deveria recorrer a empréstimos (que nada têm a ver com financiamentos/investimentos) sejam quais forem as suas designações (na maioria das vezes, enganosas, porquanto encapotadas), devidamente apresentados pelo Governo, discutidos, debatidos em sede própria, quiçá, na Assembleia Nacional Popular, para aprovação ou não, tendo em conta o Orçamento Geral do Estado apresentado, entre as receitas e as despesas do Estado.
Por que é mais importante continuar a falar do resgate dos fundos prometidos aquando da realização da mesa redonda de doadores em Bruxelas no ano de 2015 chegados até aqui, com as dificuldades de sempre, mas sem endividamentos que pesariam sobre o Estado e quando o País deve criar primeiro, condições estruturais e institucionais, políticas, financeiras, económicas e sociais, sólidas, transparentes e autónomas, capazes de garantir a fiscalização, funcionalidade e responsabilização do sector económico-financeiro, sobretudo, protelando a sua relação com as raízes da corrupção, do branqueamento de capitais, em suma de negócios ilícitos e prejudiciais ao Interesse Nacional?
Por acaso, em que situação está o badalado caso do resgate a alguns Bancos privados na Guiné-Bissau, através de fundos financeiros concedidos ao País para aplicações em Projectos de Desenvolvimento Social, e que foram abusivamente utilizados para outros fins...?!
Alguém foi responsabilizado?
Quem beneficiou com esses fundos?
É chegada a hora de, àqueles que de facto querem dirigir a Guiné-Bissau, alegando capacidades, conhecimentos, inteligência, patriotismo e compromisso, se exigir Programas de governação assentes em Políticas Públicas realistas, transparentes e funcionais, tendo em conta o que temos, o que produzimos, em suma, o que encaixamos e transformamos em receitas e o que gastamos como despesas, e não, os negócios antecipados, em nome da Guiné-Bissau, feitos antes das eleições, com A, B, C, D etc., visando apoios financeiros, logísticos, "diplomáticos", entre outros, para uma vitória eleitoral, a priori, comprometida com dívidas em nome do Estado e em benefício de um punhado de usurpadores e dilapidadores do Tesouro Público e das riquezas naturais da Guiné-Bissau de Todos os Guineenses.
Positiva e construtivamente, Guiné ka na maina!
Didinho 05.01.2019
sábado, 5 de janeiro de 2019
Não devemos permitir que o nosso Povo continue a ser enganado, manipulado, traído e sacrificado, por um punhado de interesseiros que se perfilam como políticos, mas que na verdade, não passam de autênticos usurpadores e dilapidadores do Tesouro Público e das riquezas naturais da Guiné-Bissau de Todos os Guineenses!
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MÃOS À MASSA, ILUSTRE, E DEIXA TANTA MANDA-BOCA
ResponderEliminarTodo o contido neste simples discurso político (artigo?) cá comentado, pode ser legítimo, na ideia do seu autor, engajando em primeiro lugar, e isso é normal, só ele. OK! Sendo assim portanto, indispensável se põe esta seguinte interrogação, também muito legítimo.
Porque é que este nosso Ilustre conterrâneo não põe suas mãos à massa? Pôr as mãos à massa, criando ou participando na criação do instrumento ou instrumentos que lhe permita fabricar este género do seu “grande melhor programa”, dotado de todas estas caraterísticas descritas neste seu mais um discurso político. Porque não faz isso?
Pois, alguns dos seus outros colegas de trincheira no decorrer desta presente situação de crise ainda em curso, colegas que ainda não estavam nisso em como grandes “chefes”, já aí estão. Já criaram seus instrumentos, a saber: “Movimento Guineense para o Desenvolvimento” (Úmaro Djau); “Movimento para a Alternância Democrática” (Braima Camará); “Frente Patriótica de Salvação Nacional” (Baciro Djá); “Movimento JOMAV e Botche Candé” (Botche Candé). Etc… Está bom! Agora o povo Eleitor está aguardar os seus programas.
Que o nosso Ilustre conterrâneo, autor deste discurso político cá comentado, também vá fazer isso. Que ponha as mãos à massa. Fabricando este género do seu “grande melhor programa” e indo então convencer o povo Eleitor de ser aquele seu o melhor de todos os outros. Ponto. Para que assim pare de estar aí (que se desculpe lá o autor deste preste comentário), sempre a mandar a boca, “de outros que devem fazer isso e aquilo”, etc. Chega. Estamos na Democracia.
Obrigado.
Pela honestidade intelectual, infalível...
Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita