terça-feira, 16 de setembro de 2025

Assembleia de Lisboa defende revisão do atual plano de apoio a sem-abrigo

Por LUSA 

A Assembleia Municipal de Lisboa defendeu hoje a revisão do atual plano para as pessoas em situação de sem-abrigo, para garantir uma distribuição equilibrada das respostas sociais por todas as freguesias, evitando concentrações excessivas como a verificada no Beato.

A recomendação para que a câmara reveja o Plano Municipal para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2024-2030 foi aprovada por unanimidade, no âmbito da apreciação de uma petição de moradores e comerciantes do Beato, que se queixam do impacto social e económico da concentração de sem-abrigo na freguesia.

Em representação dos cerca de 800 peticionários, Pedro Antunes disse que o Beato tem assistido, "principalmente no último ano", a partir do momento em que encerrou a resposta de apoio no Quartel de Santa Bárbara, em Arroios, à "concentração excessiva inaceitável" de sem-abrigo na freguesia, com a instalação do centro de alojamento de emergência na ala norte da antiga Manutenção Militar. 

 Indicando que o Beato "concentra mais 25% das soluções de alojamento" para pessoas em situação de sem-abrigo, apesar de o seu território ser 2% da área total de Lisboa, entre as 24 freguesias lisboetas, o peticionário manifestou preocupação com situações de comportamentos problemáticos, degradação do espaço público, insegurança e zonas mais sujas.  

O presidente da Junta de Freguesia do Beato, Silvino Correia (PS), disse que a petição é consequência do "descontentamento geral" quanto à concentração das respostas de acolhimento num território já com "profundas carências económicas, sociais e estruturais", sublinhando que, desde logo, manifestou relutância perante a intenção da câmara de instalar "mais de uma centena de pessoas em condição de sem-abrigo na ala norte da antiga Manutenção Militar". 

 "As soluções devem ser descentralizadas por toda a cidade, evitando a concentração apenas num local como é o caso da freguesia do Beato", defendeu, considerando que a câmara, sob liderança PSD/CDS-PP, cometeu "um grave erro estratégico".

  Além da revisão do atual plano municipal, os deputados municipais querem que a câmara implemente medidas urgente de limpeza, segurança e requalificação urbana nas zonas mais afetadas, garanta o acompanhamento especializado em saúde mental e adições e invista em equipamentos e infraestruturas na freguesia do Beato, nomeadamente escolas, espaços desportivos e sede da junta.

 Na reunião, a assembleia apreciou ainda uma petição sobre o centro de saúde do Bairro da Boavista, em Benfica, tendo decidido recomendar à câmara que reafirme o compromisso com a manutenção do espaço no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), assegurando que a sua gestão não seja transferida para entidades externas, incluindo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.  

A recomendação foi aprovada com os votos contra de PSD, IL, Aliança e CDS-PP, a abstenção do Chega e os votos a favor de BE, Livre, PEV, PCP, PS e dois deputados independentes dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre). 

 Foi também discutida uma petição pela abertura e funcionamento da residência para idosos que a Câmara de Lisboa protocolou com a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), na freguesia da Ajuda, que foi inaugurada em abril, mas continua de portas fechadas.  

Por unanimidade, a assembleia viabilizou uma recomendação para que a câmara resolva o problema da residência para idosos, com capacidade para 40 utentes. 

 Os deputados municipais apreciaram ainda uma outra petição que defende o encerramento dos bares Vago e Lisa na Rua das Gaivotas, na freguesia da Misericórdia, que resultou na aprovação, por unanimidade, de uma recomendação para que sejam constituídas equipas multidisciplinares para poderem intervir "quer em ações prévias aos licenciamentos de estabelecimentos de diversão noturna e definição dos respetivos horários, quer em ações de fiscalização e eventual aplicação de medidas coercivas". 

Ministro dos Transportes acompanha obras de dragagem no Porto de Bissau

O Ministro dos Transportes , Sr. Marciano Silva Barbeiro, realizou nesta terça-feira uma visita ao Porto de Bissau para acompanhar os trabalhos de dragagem em curso na área do cais.  

A intervenção tem como principal objetivo melhorar a eficiência das operações portuárias, reduzindo o tempo de descarga dos navios e criando condições para que mais embarcações possam atracar de forma simultânea, aumentando assim a capacidade operacional do Porto.  

Durante a visita, o Ministro destacou a relevância da obra para a economia nacional e para o setor marítimo. “Estamos a trabalhar para evitar convulsões sociais e, graças à magistratura do Presidente da República, em colaboração com o Governo, está a ser possível realizar este trabalho”, sublinhou.  

O processo de dragagem representa um passo significativo na modernização das infraestruturas portuárias do país, reforçando o compromisso do Governo em criar melhores condições logísticas e de comércio marítimo.  

No final da visita, o Ministro frisou ainda que “este é apenas o início de um conjunto de melhorias que irão garantir maior competitividade ao nosso setor portuário, beneficiando diretamente a população e impulsionando o desenvolvimento nacional.

Bissau, 16 de setembro de 2025

PR Sissoco Embalo recebe PM Braima Camara após tratamento médico _Dakar

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Israel bombardeou porto no Iémen após apelar à evacuação do local .... O bombardeamento ocorreu pouco depois de o porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, ter avisado que as forças de Israel iam atacar Hodeida "nas próximas horas".

Por LUSA 
Aviões israelitas bombardearam hoje o porto da cidade de Hodeida, na costa do mar Vermelho do Iémen, após Israel ter apelado à evacuação imediata da infraestrutura antes do ataque, anunciaram os rebeldes hutis.

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, afirmou num comunicado que as defesas aéreas do grupo tinham enfrentado a aviação israelita, sem precisar quaisquer resultados.

A televisão Al Masirah, controlada pelo movimento xiita, confirmou que os bombardeamentos atingiram o porto de Hodeida, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O bombardeamento ocorreu pouco depois de o porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, ter avisado que as forças de Israel iam atacar Hodeida "nas próximas horas".

Adraee apelou na altura "a todos os presentes e aos navios atracados" para que abandonassem o porto imediatamente.

Pouco depois do anúncio dos rebeldes, o Exército israelita disse ter atingido uma infraestrutura militar dos hutis no porto de Hodeida.

"Há pouco, as Forças de Defesa de Israel atingiram uma infraestrutura militar pertencente ao regime terrorista dos hutis no porto de Hodeida, no Iémen", disse o Exército num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo as autoridades israelitas, o porto estaria a ser usado pelos rebeldes "para o transporte de armas fornecidas pelo regime iraniano, com o objetivo de realizar ataques contra o Estado de Israel e os seus aliados".

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pela ofensiva do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, os hutis pró-iranianos multiplicaram os disparos de mísseis e drones contra território israelita.

Visaram também navios comerciais ligados a Israel, ao largo do Iémen, alegando agir em solidariedade com os palestinianos.

Em resposta, Israel lançou várias vagas de ataques aéreos mortais no Iémen, atingindo portos, incluindo o de Hodeida, centrais elétricas e o aeroporto internacional de Sana.

Um ataque israelita contra uma reunião em Sana em 28 de agosto matou o chefe do governo dos hutis, Ahmad Ghaleb al-Rahwi, nove ministros e mais duas pessoas.

Israel anunciou em 10 de setembro novos bombardeamentos contra "alvos militares" dos huthis em Sana e na província de Jawf (norte), que, segundo os rebeldes, provocaram 46 mortos.

No dia seguinte, o Exército israelita afirmou ter intercetado um míssil lançado a partir do Iémen.

Os rebeldes controlam atualmente vastas áreas do Iémen, em guerra desde 2014.

O governo iemenita reconhecido internacionalmente mantém-se instalado em Aden, a principal cidade do sul.


Leia Também: Centenas no funeral de 31 jornalistas iemenitas mortos por Israel 


O Ex-Presidente da República, José Mário Vaz, recebeu nesta terça-feira, 16 de setembro de 2025, em sua residência, audiências separadas com alguns partidos e líderes políticos, para debater a situação sociopolítica do país.

Radio TV Bantaba

Eleições: SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DÁ TRÊS DIAS À COLIGAÇÃO PLATAFORMA REPUBLICANA - NÔ CUMPU GUINÉ PARA CORRIGIR IRREGULARIDADES

Rádio Sol Mansi  16.09.2025

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reunido em sessão plenária, exigiu à coligação PLATAFORMA REPUBLICANA - NÔ CUMPU GUINÉ a correção urgente de várias irregularidades formais no seu processo de inscrição para as eleições legislativas e presidenciais marcadas para o dia 23 de novembro de 2025.

Segundo o despacho n-01/2025 do plenário do STJ, foi identificada uma disparidade no número de partidos integrantes da coligação, enquanto o Acordo Político menciona 16 partidos, o requerimento oficial apresentado ao tribunal refere apenas 14. Esta incoerência deve ser justificada ou corrigida.

Além disso, segundo o despacho, a corte suprema solicita a apresentação de documentos essenciais que ainda não foram entregues, nomeadamente, bandeira (versão colorida), símbolo, sigla e plano de distribuição de mandatos da coligação, certidão de anotação das resoluções finais do último congresso ordinário do PRS (Partido da Renovação Social), um dos principais partidos da coligação, certidão de inscrição e resoluções finais do último congresso do Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB), lista nominal dos órgãos competentes de todos os partidos signatários do acordo da coligação.

No documento, o supremo ordena que o mandatário da coligação seja notificado imediatamente e que todas as pendências sejam sanadas no prazo de três (3) dias, sob pena de indeferimento legal da inscrição da coligação para as eleições de novembro.

Esta decisão do Supremo surge num momento de grande movimentação política no país, com várias coligações e partidos a posicionarem-se estrategicamente para disputar os próximos escrutínios legislativos e presidenciais. A exigência de regularização pode ser um teste à organização e solidez interna da PLATAFORMA REPUBLICANA - NÔ CUMPU GUINÉ.

🇬🇼🤝🇧🇮🎙️Declaração Conjunta à imprensa, dos dois Chefes de Estado, Umaro Sissoco Embalo e Évariste Ndayishimiye.

Cientistas revelam que ser muito magro é pior do que ter excesso de peso... Um novo estudo apresentado durante o congresso da Associação Europeia para o Estudo de Diabéticos revelou que ser muito magro pode ser pior para a saúde e aumenta o risco de mortalidade.

Por LUSA 

Durante o recente congresso da Associação Europeia para o Estudo de Diabéticos, qua aconteceu em Viena, na Áustria, foi apresentado um estudo que revelou que ser muito magro pode ser pior do que ter excesso de peso.

O estudo acompanhou mais de 85 mil pessoas durante cinco anos. Durante esse tempo, 7.555 pessoas acabaram por morrer. Dos participantes, 81,4% eram mulheres e tinhas uma idade média de 66,4 anos no início do estudo.

Os cientistas revelam que pessoas com excesso de peso ou ligeiramente obesas não tinham mais probabilidade de morrer em comparação com pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) saudável.

"Este é um fenómeno às vezes chamado de ser metabolicamente saudável ou gordo, mas em forma", revelam os especialistas. Por outro lado, pessoas com peso mais baixo, com um IMC de 18,5 ou menos, tinham 2,7 vezes mais probabilidade de morrer.

Mesmo assim, pessoas numa faixa mais inferior ao considerado saudável, com IMC de 18 ou 20, tinham duas vezes mais probabilidade de morrer. "Uma possível razão para os resultados é a causalidade reversa: algumas pessoas podem perder peso por causa de uma doença subjacente", diz Sigrid Bjerge Gribsholt, uma das autoras do estudo.

“Nestes casos, é a doença, e não o baixo peso em si, que aumenta o risco de morte, o que pode fazer parecer que ter um IMC mais alto é protetor. Como os nossos dados vieram de pessoas que estavam a fazer exames por motivos de saúde, não podemos descartar isso completamente”, revelou a especialista.

Revelou ainda que "é possível que pessoas com IMC mais alto que vivem mais possam ter certas características de proteção que influenciam os resultados". Ainda assim, a conclusão que apresentam diz respeito ao facto de pessoas com baixo peso correm um maior risco de morte.

Contudo… Gordura abdominal aumenta risco de doenças cardíacas, revelam cientistas

Cientistas alertam que o excesso de gordura abdominal, também conhecida como gordura visceral, pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas. Este tipo de gordura, que envolve órgãos internos, é especialmente perigoso e tende a aumentar com a idade devido a fatores como metabolismo mais lento e alterações hormonais.

Um novo estudo, publicado no European Heart Journal, determinou que quantidades excessivas de gordura visceral contribuem para o envelhecimento mais rápido do coração e dos vasos sanguíneos, o que é o maior fator de risco para doenças cardíacas.

Para chegar a essas descobertas, cientistas do Laboratório de Ciências Médicas do Conselho de Investigação Médica (MRC) de Londres analisaram os dados de saúde de 21.241 participantes do Biobank do Reino Unido, de acordo com um comunicado de imprensa, citado pelo Best Life.

Utilizando imagens detalhadas do coração e dos vasos sanguíneos de cada participante, juntamente com imagens de corpo inteiro do volume e da distribuição da gordura corporal, a equipa consultou um modelo de inteligência artificial para determinar a sua "idade cardíaca" em comparação com a idade real.

VISITA DE ESTADO DE SUA EXCELÊNCIA ÉVARISTE NDAYISHIMIYE, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO BURUNDI À GUINÉ-BISSAU

Trump exige 15 mil milhões de dólares ao jornal New York Times por difamação... A acusação visa também quatro jornalistas do New York Times, de acordo com documentos judiciais consultados pela Associated Press. O processo refere que os acusados publicaram as declarações com conhecimento da falsidade das declarações.

Por Sicnoticias 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um processo de difamação contra o jornal norte-americano New York Times, exigindo uma indemnização de 15 mil milhões de dólares (perto de 12,7 mil milhões de euros).

A acusação visa também quatro jornalistas do New York Times, de acordo com documentos judiciais consultados pela Associated Press.

O processo interposto no Tribunal Distrital dos Estados Unidos na Florida cita vários artigos e um livro escrito pelos jornalistas do jornal, publicados antes das eleições de 2024, afirmando que constituem "difamação intencional e maliciosa" do New York Times.

O processo refere ainda que os acusados publicaram as declarações com conhecimento da falsidade das declarações.

Questionada, esta terça-feira, pela Associated Press sobre o processo, a direção jornal New York Times não respondeu.

Jornal transformou-se num "porta-voz" do Partido Democrata e da "esquerda radical"

Donald Trump afirmou na segunda-feira, através das redes sociais, que o New York Times transformou-se num "porta-voz" do Partido Democrata e da "esquerda radical".

Trump criticou e já processou outros órgãos de comunicação social, nomeadamente, o Wall Street Journal a quem pediu uma indemnização de 10 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros).

O processo contra o jornal do magnata Rupert Murdoch foi interposto em julho, depois de o Wall Street Journal ter publicado uma reportagem sobre as supostas ligações entre Donald Trump e o empresário Jeffrey Epstein, envolvido em vários escândalos sexuais, e que se suicidou numa cadeia de Nova Iorque em 2019.  


ONU conclui: Israel está a cometer "crime de genocídio" em Gaza... Relatório da Organização das Nações Unidas conclui que o presidente e o primeiro-ministro israelita são responsáveis por um crime de genocídio e que estado nada fez para "punir esta ação".

© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images   noticiasaominuto.com   16/09/2025 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o presidente do país, Isaac Herzog e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant "incentivaram um crime de genocídio" na Faixa de Gaza. Esta é a conclusão de investigadores da ONU que publicaram o resultados da sua investigação num relatório publicado esta terça-feira, 16 de setembro. 

A Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU "estes três governantes "incitaram ao genocídio e que as autoridades israelitas não tomaram medidas contra eles para punir essa incitação", noticia a ABC.

Assim, conclui-se que a "responsabilidade recai sobre o Estado de Israel".

A comissão, encarregada de investigar a situação dos direitos humanos nos territórios palestinianos ocupados, publica esta conclusão quase dois anos após o início da guerra em Gaza.

Recorde-se que a guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.

Gaza "em chamas"

Esta conclusão surge também numa altura em que se intensificaram os ataques militares israelitas em Gaza, com o objetivo de retirar da região toda a sua população. Ainda esta manhã, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou a determinação em continuar a ofensiva na Faixa de Gaza, após intensos ataques aéreos do exército israelita na Cidade de Gaza e arredores durante a noite.

"Gaza está em chamas. As Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla em inglês] estão a atacar com punho de ferro as infraestruturas terroristas", disse o ministro.

"Os soldados [das IDF] estão a lutar bravamente para criar as condições necessárias para a libertação dos reféns e a derrota do [movimento islamita palestiniano] Hamas", acrescentou Katz.

"Não cederemos nem recuaremos até que a missão esteja concluída", acrescentou o ministro, na rede social X.

Ataques intensificaram-se nos últimos dias

O Exército israelita lançou na segunda-feira à noite uma série de intensos ataques aéreos contra a Cidade de Gaza, enquanto os seus tanques avançam lentamente em direção para uma invasão terrestre da capital, segundo informaram fontes locais.

Os ataques mataram pelo menos quatro pessoas no sul da Cidade de Gaza e pelo menos outras oito no norte da capital do enclave, ferindo mais de 40, segundo o jornal Filastin, controlado pelo Hamas.

As forças israelitas estão a atacar com dureza a cidade, já sitiada, com helicópteros, drones e robôs carregados de explosivos, enquanto as suas tropas vão ganhando terreno em diferentes zonas em redor da urbe, especialmente pelo noroeste, descreve fontes à agência de notícias espanhola EFE.

[Notícia em atualização]


Ministro da Defesa de Israel diz que "Gaza está em chamas"... O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou hoje a determinação em continuar a ofensiva na Faixa de Gaza, após intensos ataques aéreos do exército israelita na Cidade de Gaza e arredores durante a noite.

© ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images    Lusa   16/09/2025 

"Gaza está em chamas. As Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla em inglês] estão a atacar com punho de ferro as infraestruturas terroristas", disse o ministro.

"Os soldados [das IDF] estão a lutar bravamente para criar as condições necessárias para a libertação dos reféns e a derrota do [movimento islamita palestiniano] Hamas", acrescentou Katz.

"Não cederemos nem recuaremos até que a missão esteja concluída", acrescentou o ministro, na rede social X.

O Exército israelita lançou na segunda-feira à noite uma série de intensos ataques aéreos contra a Cidade de Gaza, enquanto os seus tanques avançam lentamente em direção para uma invasão terrestre da capital, segundo informaram fontes locais.

Os ataques mataram pelo menos quatro pessoas no sul da Cidade de Gaza e pelo menos outras oito no norte da capital do enclave, ferindo mais de 40, segundo o jornal Filastin, controlado pelo Hamas.

As forças israelitas estão a atacar com dureza a cidade, já sitiada, com helicópteros, drones e robôs carregados de explosivos, enquanto as suas tropas vão ganhando terreno em diferentes zonas em redor da urbe, especialmente pelo noroeste, descreve fontes à agência de notícias espanhola EFE.

Nessa zona, os tanques israelitas vão avançando e recuando para ganhar terreno pouco a pouco, indicaram as mesmas fontes, embora não seja claro se conseguiram cruzar os limites da cidade.

"Relatos de fortes ataques aéreos israelitas no noroeste da Cidade de Gaza surgem enquanto se aproxima uma operação terrestre", informou o jornal israelita Times Of Israel.

Já o jornal Haaretz afirmou que "milhares [de pessoas] fogem de Gaza enquanto as Forças de Defesa de Israel, realizam extensos ataques.

Desde que Israel anunciou os seus planos de invadir e ocupar a Cidade de Gaza, os bombardeamentos aumentaram contra a capital do território, com dezenas de mortes a cada dia, mas também demolições e a destruição de qualquer tipo de infraestruturas.

No domingo, o Exército israelita derrubou pelo menos cinco torres da cidade de grande altura e na segunda-feira fez o mesmo com uma sexta.

Na semana passada, o Exército israelita declarou toda a Cidade de Gaza como "zona de combate perigosa" e instou os seus residentes a deslocarem-se para a nova "zona humanitária", perto de Jan Yunis, anunciada no sábado, apesar de já estar saturada de deslocados.

Estima-se que na cidade restem pelo menos 650 mil pessoas - segundo os últimos números do Exército israelita - de cerca de um milhão que viviam naquela em meados de agosto, quando Israel anunciou a sua intenção de invadir a capital.


Veja Também: Reconhecimento do Estado da Palestina neste momento "é a premiação do terrorismo"

A comentadora da CNN Portugal Helena Ferro de Gouveia admite, porém, que a solução de dois Estados é a única solução que permite a paz na região.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, recebeu esta tarde o seu homólogo do Burundi, Évariste Ndayishimye, que se encontra em Bissau para uma Visita de Estado de três dias.

Por  Presidência da República da Guiné-Bissau
O programa oficial teve início com um jantar restrito entre os dois Chefes de Estado, marcado pela cordialidade e espírito de cooperação.

Para amanhã, está previsto um encontro bilateral entre as delegações dos dois países, que culminará com a assinatura de acordos de cooperação em diversos domínios.

A agenda inclui ainda uma visita à Fortaleza de Amura, onde o Presidente do Burundi prestará homenagem aos heróis nacionais Amílcar Cabral e General João Bernardo Vieira.

Esta Visita de Estado consolida os laços de amizade e cooperação entre Bissau e Gitega, abrindo novas perspetivas de colaboração entre a Guiné-Bissau e o Burundi.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Lenta recuperação da camada de ozono mantém humanidade exposta a perigos... A associação ambientalista Zero alertou hoje para a lenta recuperação da camada de ozono, com a humanidade a continuar exposta a níveis elevados de radiação UV, com "impactos sérios na saúde, na agricultura e nos ecossistemas".

© Getty Images   Lusa   15/09/2025

"Apesar nos avanços" para diminuir os gases que o prejudicam, "o buraco de ozono continua preocupante" e este ano já atingiu cerca de 20 milhões de quilómetros quadrados, o dobro da área da Europa, refere a associação em comunicado. 

O documento foi divulgado na véspera do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono, que se assinala na terça-feira com o mote "Da Ciência à Ação Global", pretexto para a Zero salientar a urgência de transformar o conhecimento científico em ações concretas.

"A camada de ozono, sendo um escudo vital da Terra que filtra a radiação ultravioleta (UV) e protege os seres vivos, os ecossistemas e as culturas alimentares, exige que a evidência científica seja transformada em ação concreta, por meio de políticas públicas, práticas industriais e escolhas sociais que acelerem a transição para soluções mais sustentáveis e de baixo impacto climático", indica a associação.

Os progressos lentos, decorrentes nomeadamente do Protocolo de Montreal (um acordo mundial em vigor desde 1989 para proteger a camada de ozono eliminando a produção e uso de substâncias prejudiciais, os chamados CFC e HCFC), só devem levar à total recuperação da camada por volta de 2066, diz a Zero.

No comunicado, a associação reconhece os benefícios do Protocolo de Montreal mas diz que são precisas medidas adicionais.

Em Portugal, exemplificam os responsáveis da Zero, já existem fluidos de refrigeração naturais que evitam os CFC e HCFC (clorofluorcarboneto e hidroclorofluorocarboneto, gases refrigerantes que na atmosfera destroem a camada de ozono). Mas a falta de "uma estratégia clara compromete a adoção massiva destas soluções", apontam.

E acrescentam que o caminho para a preservação da camada de ozono e para a mitigação das alterações climáticas exige medidas concretas e urgentes, como apoios ao uso de fluidos de refrigeração naturais, travar o comércio ilegal de substancias nocivas ou melhorar a recolha dos resíduos de equipamentos de refrigeração, como os frigoríficos.

Em 1994, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o 16 de setembro como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono, assinalando a data da assinatura, em 1987, do Protocolo de Montreal.

A 16 de setembro de 2009, a Convenção de Viena (sobre proteção da camada de ozono) e o Protocolo de Montreal tornaram-se os primeiros tratados na história das Nações Unidas a alcançar a ratificação universal.

O ozono ocorre naturalmente na estratosfera, o chamado ozono bom, e protege a vida na Terra da radiação UV do sol.

Mas na baixa atmosfera, a troposfera, é criado por reações químicas entre poluentes dos escapes dos automóveis, vapores de gasolina e outras emissões, e aí em concentrações elevadas é tóxico para pessoas e plantas. É o ozono mau.


UA reafirma importância da democracia para a paz e a estabilidade de África... O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf, reafirmou hoje, Dia Internacional da Democracia, a importância fundamental deste regime, do estado de direito e da boa governação para a paz, estabilidade e desenvolvimento do continente.

© Lusa  15/09/2025

Segundo um comunicado publicado no site da UA, que tem sede em Adis Abeba, Etiópia, Youssouf recordou os quadros normativos adotados pelo bloco, em particular a Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governação, que continua a ser o instrumento de referência "que orienta os Estados-Membros nos seus esforços para consolidar instituições democráticas e promover a participação cidadã".

Neste dia simbólico, Youssouf frisou o compromisso inabalável da União Africana em apoiar os seus Estados-membros e os povos de África na realização da democracia.

Apesar da normativa da UA, alguns países membros registaram nos últimos anos um retrocesso da democracia, com a quebra da ordem constitucional como consequência de golpes de Estado perpetrados por militares.

Desde 2020, pelo menos cinco países da África Ocidental e Central sofreram golpes de Estado: Mali, Níger, Burkina Faso, Guiné-Conacri e Gabão.

Gabão é o único que voltou a ter um governo civil após a realização de eleições.


Chegada à Bissau Évariste Ndayishimye, Presidente da República do Burundi para visita de Estado, de três dias.

O Presidente da República do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, recebeu esta manhã desta segunda-feira (15.09) em audiência o Primeiro-ministro da Guine-Bissau Braima Camara que expressou publicamente a sua profunda gratidão pela forma atenciosa como foi acolhido e tratado no Hospital Militar Principal de Dakar.


O Secretário Executivo Adjunto e Coordenador do Departamento de Educação Cívica e Formação do Eleitorado da CNE, Idriça Djaló, presidiu esta segunda-feira (15.09) a abertura da formação destinada aos formadores dos Animadores Cívicos Eleitorais. O ato contou com a participação do Movimento Nacional da Sociedade Civil.

Cerca de 50 civis mortos em ataques no Burkina Faso desde maio... Grupos extremistas mataram cerca de 50 civis em três ataques no norte do Burkina Faso desde maio, informou hoje a Human Rights Watch (HRW), pedindo ao regime militar que garanta melhor proteção à população.

©  Lassana Bary/Twitter   Lusa   15/09/2025

O Burkina Faso, governado há quase três anos por uma junta, é prejudicado pelos ataques mortais de grupos armados terroristas afiliados à Al-Qaida e ao Estado Islâmico. 

"O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), afiliado à Al-Qaida, atacou a cidade de Djibo, na região do Sahel, em 11 de maio, e a vila de Youba, na região norte, no dia 03 de agosto, matando pelo menos 40 civis", disse a HRW num comunicado.

"O Estado Islâmico do Sahel (EI) atacou um comboio civil que entregava ajuda humanitária à cidade sitiada de Gorom Gorom, na região do Sahel, em 28 de julho, matando pelo menos nove civis", acrescentou.

Os habitantes da aldeia de Youba explicaram à HRW que os extremistas quiseram "punir a comunidade local por não ter obedecido às instruções do GSIM de abandonar algumas colheitas" .

Numa resposta à HRW no dia 15 de agosto, o GSIM assegurou "nunca ter como alvo intencionalmente civis", mencionando "alegações infundadas", ou "no máximo, incidentes causados por balas perdidas", dos quais dizem não ter conhecimento.

A pesquisadora da HRW especialista no Sahel Ilaria Allegrozzi estima que "as autoridades devem garantir uma melhor proteção a todos os civis em perigo".

Ao assumir o poder no final de setembro de 2022, o chefe da junta, o capitão Ibrahim Traoré, prometeu restabelecer a segurança em poucos meses, mas os ataques - que visam soldados e civis - não diminuíram.

A HRW pede que as autoridades "investiguem os abusos, particularmente aqueles cometidos pelos militares e milícias aliadas, e processem judicialmente os responsáveis".

A ONG observa que "o Governo tem cada vez mais atacado civis durante operações" antiterroristas.

O exército buukinabé e os seus auxiliares civis, os Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), são regularmente acusados por ONG, incluindo a HRW, de cometer massacres de civis.

A organização Acled, que contabiliza as vítimas de conflitos no mundo, relata mais de 26 mil pessoas mortas em ataques terroristas - civis e militares - desde 2015 no Burkina Faso, sendo mais de metade nos últimos três anos.


Subida do mar e calor extremo ameaçam milhões de pessoas na Austrália... Milhões de australianos estarão em risco devido ao aumento do nível do mar nas próximas décadas, e as mortes por insolação poderão multiplicar-se, se o aquecimento global não for limitado, alertou um relatório publicado pelo Governo australiano.

© Lusa   15/09/2025 

A primeira Avaliação Nacional de Riscos Climáticos (NCRA, na sigla em inglês), publicada hoje pelo Governo australiano, descreve um futuro de impactos severos, desde ondas de calor extremas até inundações e secas, se a poluição climática proveniente do carvão, petróleo e gás não for drasticamente reduzida. 

Até 1,5 milhões de australianos estarão em risco devido à subida do nível do mar em 2050 e até 3 milhões em 2090, destaca o texto.

"As alterações climáticas irão alterar o nosso modo de vida. As mudanças na Austrália não ocorrerão de forma gradual ou linear", assinala o documento, que alerta para pontos de não-retorno capazes de provocar alterações abruptas.

O estudo modela três cenários: com aumentos de temperatura de 1,5ºC, 2ºC e 3ºC e conclui que, no pior dos casos, as mortes por calor extremo podem quintuplicar: até 440% mais em Sydney, 260% em Melbourne, 300% em Perth ou 420% em Darwin.

"O relatório deixa claro que todo o país tem muito em jogo. O custo de não agir sempre superará o de agir", afirmou o ministro para as Alterações Climáticas, Chris Bowen, na apresentação da avaliação, que acompanhou um plano de adaptação com medidas para proteger as comunidades mais vulneráveis.

O impacto económico também será enorme, com perdas de produtividade de até 423 mil milhões de dólares australianos (238 mil milhões de euros) até 2063, além de um gasto com desastres quase sete vezes maior em 2090 e uma queda no valor das propriedades de mais de 600 mil milhões de dólares (340,8 mil milhões de euros) em 2050.

O relatório alerta também para um aumento sem precedentes das ondas de calor marítimas, que poderão durar meio ano com um aquecimento de 3ºC, e para inundações costeiras, que duplicarão para 1,5 milhões as pessoas expostas em 2050 e para 3 milhões em 2090.

Todos os australianos estarão expostos a maiores riscos climáticos, com um aumento mais rápido e significativo em Queensland, Tasmânia, Nova Gales do Sul e Território da Capital Australiana.

A subida do nível do mar e o aumento de fenómenos extremos ameaçam inundar e danificar infraestruturas costeiras e comunidades em zonas baixas, incluindo grandes cidades e territórios externos, o que poderá deixar 597.000 pessoas diretamente em risco de inundações até 2030.

As comunidades remotas, já vulneráveis devido às comunicações limitadas e cadeias de abastecimento fracas, verão a situação agravar-se no futuro, com custos de transporte que poderão duplicar em algumas regiões de Queensland, Austrália Ocidental e Território do Norte.

A avaliação de riscos foi publicada na mesma semana em que o Governo do primeiro-ministro Antony Albanese divulgará a meta de redução de emissões para 2035, bem como as recomendações da Autoridade de Mudanças Climáticas, uma estratégia nacional para alcançar a neutralidade de carbono e roteiros específicos para seis setores-chave da economia.


Timor. Polícia afasta estudantes com gás lacrimogéneo junto a Parlamento... Uma manifestação de estudantes universitários de Timor-Leste foi hoje dispersa com gás lacrimogéneo pela polícia, depois de os estudantes começarem a atirar pedras contra o Parlamento.

© Lusa   15/09/2025

Os estudantes manifestavam-se contra as regalias dos deputados do Parlamento nacional, incluindo contra a aprovação da compra de novas viaturas, num valor superior a três milhões de dólares. 

O protesto ocorreu ao mesmo tempo que decorre no hemiciclo, a abertura da terceira sessão legislativa da sexta legislatura.

Presente no hemiciclo está o Presidente timorense, José Ramos Horta, bem como um grupo de eurodeputados que iniciou hoje uma visita ao país.

Os estudantes de várias universidades timorenses juntaram-se na Universidade Nacional Timor Lorosae, em frente ao parlamento nacional, às primeiras horas de manhã, em Dili, depois de a polícia timorense ter pedido para que o protesto fosse realizado em Tais Tolu, a cerca de seis quilómetros da capital timorense.

Os estudantes recusaram realizar o protesto nesse local.

"Não há solução. A manifestação vai continuar durante três dias", gritava um estudante, acrescentando que não vão desmobilizar, mesmo que atirem gás lacrimogéneo.

Depois de afastado da frente do Parlamento, o grupo de estudantes em protesto voltou a juntar-se em frente ao estabelecimento de ensino universitário, onde o protesto continua.


domingo, 14 de setembro de 2025

Pela primeira vez em mais de uma década, uma proposta do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi chumbada pelo seu Comitê Central.

Por Radio Voz Do Povo

Comitê Central do PAIGC rejeita proposta do líder e confirma António Patrocínio Barbosa da Silva como Diretor Nacional de Campanha

Pela primeira vez em mais de uma década, uma proposta do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi chumbada pelo seu Comitê Central.

Reunido no passado dia 13 de setembro, no Salão Nobre Amílcar Cabral, em Bissau, o órgão deliberativo do partido analisou a situação política interna face aos desafios eleitorais, incluindo a definição da estratégia para as Eleições Gerais de 23 de novembro próximo.

Entre os principais pontos da agenda esteve a escolha do Diretor Nacional de Campanha. A Direção Superior do PAIGC submeteu à apreciação do Comitê Central a proposta de nomear Geraldo Martins, vice-presidente e ex-primeiro-ministro, para o cargo.

A proposta, contudo, foi rejeitada pela maioria dos membros, com exceção da região de Biombo, que votou favoravelmente. Todas as outras regiões, bem como a Diáspora e o Setor Autónomo de Bissau (SAB), manifestaram-se contra a indicação.

Assim, o Comitê Central decidiu confirmar António Patrocínio Barbosa da Silva, atual Secretário Nacional do partido, como Diretor Nacional de Campanha para as Eleições Gerais de novembro.

Resultados da votação:

A favor de António Patrocínio Barbosa da Silva: Quinara, Tombali, Bafatá, Oio, Bolama, Gabú, Cacheu, Diáspora e SAB (09 votos).

A favor de Geraldo Martins, considerado candidatodo DSP obteve apenas 1 voto: Biombo (01 voto).

Com este resultado, António Patrocínio Barbosa da Silva continuará a liderar a estratégia eleitoral dos libertadores nas eleições de 2025, num desfecho que marca uma rara derrota política para a liderança do PAIGC.


O Presidente da República, regressou esta tarde à Guiné-Bissau, após cumprir uma importante agenda em Paris, França... Durante a visita, e a convite da Direcção da Polícia Internacional de Combate ao Crime, Interpol, o Chefe de Estado visitou a sede da organização e manteve um encontro de trabalho com o Presidente Ahmed Nasser Al-Raisi e o Secretário-Geral Valdecy Urquiza. A Guiné-Bissau é membro da Interpol desde 1992 e continua a desempenhar um papel fundamental no combate ao crime organizado em África.

Ainda em Paris, o Presidente da República, reuniu-se com a vibrante comunidade da Diáspora guineense em França, num momento simbólico e de grande significado. O encontro reforça os laços de pertença, união e compromisso entre a Nação e os seus filhos no exterior.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Simões Pereira regressa a Guiné-Bissau como candidato à presidência... O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, anunciou hoje que vai regressar à Guiné-Bissau e que é candidato a candidato a Presidente da República.

© Lusa  noticiasaominuto.com 14/09/2025

Simões Pereira fez o anúncio, em Lisboa, em Portugal, num encontro com a diáspora guineense, e explicou depois, em declarações à Lusa, que regressará a Bissau "esta semana", referindo-se à semana que se inicia na segunda-feira, sem avançar ainda uma data concreta.

A decisão do regresso surge a pouco mais de dois meses das eleições gerais, presidenciais e legislativas, marcadas para 23 de novembro, e depois de nove meses consecutivos de ausência Do país.

Domingos Simões Pereira tem passado a maior parte dos últimos dois anos fora da Guiné-Bissau, depois de ter sido deposto do cargo de presidente da Assembleia Nacional Popular, imediatamente a seguir à dissolução do parlamento pelo presidente da república, Umaro Sissoco Embaló, em dezembro de 2023.

O líder do PAIGC e da coligação PAI-Terra Ranka afastada do poder com a dissolução do parlamento, disse que fez, neste período de ausência, um périplo por vários países africanos e europeus, que incluiu encontros com entidades como a ONU e a UE, para informar a comunidade parceira da Guiné-Bissau sobre o regime em vigor no país.

Simões Pereira disse à Lusa que "não estaria a ser sincero" se dissesse não temer pela própria segurança no regresso a Bissau, mas considerou ter um compromisso político com o povo guineense de se colocar ao serviço da nação.

O presidente do PAIGC adiantou que vai apresentar-se no sábado, 20 de setembro, ao comité central do partido como candidato a candidato a presidente da república.

Se esta disponibilidade for aceite, será também apresentada a proposta de candidatura à coligação PAI-Terra Ranka, com a qual venceu com maioria absoluta as legislativas de junho de 2023 e se tornou presidente da Assembleia Nacional Popular, entregando o cargo de primeiro-ministro a Geraldo Martins.

Sobre as legislativas de 23 de novembro, em simultâneo com as presidenciais, Simões Pereira disse à Lusa que vai apresentar aos órgãos do partido um nome, que se escusou a divulgar, para primeiro-ministro, no caso de vitória eleitoral.

Garantiu ainda que os partidos da coligação PAI-Terra Ranka continuam unidos, mantendo-se em aberto a possibilidade de concertação para as eleições com a coligação API Cabas Garandi, opositora do Presidente Umaro Sissoco Embaló, para quem Simões Pereira perdeu as presidenciais de 2019, depois de uma disputa judicial.

O líder do PAIGC considerou que será "falta de coragem" do atual chefe de Estado, que já anunciou a recandidatura, "se continuar a utilizar subterfúgios para que não haja" este confronto eleitoral.

"A nossa candidatura é no sentido de devolver a paz e tranquilidade", afirmou, considerando que os últimos cinco anos "têm sido catastróficos", com "repressões, agressões e ultimamente assassinatos".

A expulsão recente da comunicação social portuguesa é para Simões Pereira mais uma mostra do que considera "défice democrático" e que "se alinha com tudo que tem vindo a ser construído na Guiné-Bissau".

"Como esses órgãos têm alguma liberdade, não podem lá estar nas eleições", apontou.

Simões Pereira afirmou prometer aos guineenses uma postura que "contrasta com os últimos cinco anos de agressão ao povo e exploração dos recursos naturais".

O presidente da república, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que Domingos Simões Pereira pode regressar à Guiné-Bissau "sem nenhum problema", em declarações à comunicação social guineense, no regresso de uma viagem a Paris, em que foi condecorado pela Interpol, a organização internacional da polícia criminal, pela cooperação no combate à criminalidade.

Embaló disse que quer Simões Pereira nas eleições presidenciais para o derrotar novamente e acrescentou que quem perder deverá aceitar os resultados das urnas sem contestação.

No quadro das eleições agendadas para 23 de novembro, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) já aprovou, também, a candidatura do líder Nuno Gomes Nabiam a presidente da república.

Se Nuno Nabiam avançar será a terceira vez que se candidata à presidência da República da Guiné-Bissau, com a indicação do partido de poder negociar acordos de coligação eleitoral com outras forças partidárias.


Kyiv reivindica dois ataques contra rede ferroviária russa... Kyiv reivindicou hoje duas operações contra a rede ferroviária na Rússia, informou uma fonte militar ucraniana, em declarações à agência France-Presse (AFP).

© Presidência da Ucrânia   Lusa   14/09/2025

De acordo com a mesma fonte, que pediu anonimato, os serviços de inteligência GUR, em cooperação com unidades do exército, levou a cabo uma primeira ação no sábado na região russa de Oriol e uma segunda no domingo de manhã na região de Leninegrado. 

Segundo os serviços ucranianos, estas operações causaram pelo menos três mortos.

As declarações surgem após dois descarrilamentos registados na madrugada de domingo na região de Leninegrado (oeste da Rússia), que provocaram a morte de um maquinista e perturbaram significativamente o tráfego ferroviário, segundo o governador regional, Alexander Drozdenko.

"Na plataforma de divulgação Telegram, o governador da região, Alexandre Drozdenko, disse que as operações de resgate estão em curso depois do descarrilamento de uma locomotiva numa estação no distrito de Gatchina, na região de Leninegrado, no noroeste do país, onde se situa a cidade de São Petersburgo (a região manteve o nome anterior da cidade).

"O maquinista do comboio morreu. Ficou preso na cabine e morreu na ambulância, após ter sido retirado dos destroços", afirmou, citado pela agência France-Presse (AFP).

Numa mensagem anterior, o governador apontou que um comboio de mercadorias que transportava 15 vagões-cisterna vazios também descarrilou numa secção da via, mais a sul, sem causar vítimas.

"Os investigadores estão a estudar a hipótese de uma possível sabotagem", disse o governador.

A rede ferroviária russa tem sido várias vezes afetada por descarrilamentos, explosões e incêndios, que as autoridades atribuem a sabotagem ucraniana.


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A Rússia lançou um míssil balístico e 58 drones na última noite contra a Ucrânia, tendo as forças de defesa de Kyiv conseguido abater ou neutralizar 52, informou hoje a Força Aérea ucraniana em comunicado.


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Pelo menos 14 soldados do Níger morreram na semana passada numa emboscada... Pelo menos 14 soldados do Níger foram mortos por homens armados na semana passada numa emboscada numa região crítica no país, administrado militarmente, disse hoje o ministro da Defesa num comunicado.

© Balima Boureima/Anadolu via Getty Images   Lusa   14/09/2025 

Este foi o mais recente de uma série de ataques de militantes, que estão em ascensão na nação da África Ocidental. 

O ataque ocorreu na região de Tillabéri na quarta-feira, afirma o comunicado, transmitido pela televisão estatal RTN no sábado à noite, precisando que se seguiu ao desdobramento de uma unidade militar nos arredores de Tillabéri, com base informações secretas sobre um roubo em andamento por uma gangue de homens armados em motocicletas.

"Esta tentativa de roubo acabou por ser um isco destinado a atrair a patrulha para uma emboscada," disse Salifou Mody, o ministro da Defesa.

Vários grupos de militantes que visam tanto civis como militares operam no Níger, incluindo uma afiliada do grupo do Estado Islâmico.

A região de Tillabéri faz fronteira com o Mali e o Burkina Faso --- dois outros países que enfrentam insurgências crescentes --- e têm sido um ponto crítico para ataques terroristas na última década.

O Governo militar do Níger assumiu o poder em 2023, depois de depor o Governo democraticamente eleito do país, prometendo conter a crescente disseminação de ataques.

No entanto, os dados mostram que os ataques aumentaram --- algo que também se aplica ao Mali e ao Burkina Faso, onde os militares também assumiram o poder em golpes.

De acordo com um relatório da Human Rights Watch no início deste mês, o Estado Islâmico intensificou os ataques contra civis desde março de 2025.

A Human Rights Watch, com sede em Nova Iorque, documentou pelo menos cinco ataques em Tillabéri, onde o grupo de militantes IS Sahel supostamente matou "mais de 127 aldeões e fiéis muçulmanos, e incendiou e saqueou dezenas de casas".