segunda-feira, 10 de março de 2025

Entrega dos prémios e certificados aos participantes do Carnaval 2025, sob o lema "Diversidade cultural um fator de unidade nacional".

Radio Voz Do Povo 

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo,Recebeu esta manhã agência de Gestão de cooperação entre Guiné-Bissau 🇬🇼 e Senegal 🇸🇳.

Gaitu Baldé

O relatório médico sobre a criança encontrada morta e esquartejada na localidade de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, confirma a retirada do rim direito e do coração, disse o administrador do setor, José Costa.

Por  Agência Lusa

 "Criança estava sem rim da parte direita e sem coração”. Menor encontrada morta e esquartejada na Guiné-Bissau

Relatório médico confirma retirada de órgãos da criança. Polícia Judiciária da Guiné-Bissau está no terreno a investigar

O relatório médico sobre a criança encontrada morta e esquartejada na localidade de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, confirma a retirada do rim direito e do coração, disse o administrador do setor, José Costa.

A mais alta autoridade do Estado a nível regional esclareceu, também, que ainda não foram capturadas pessoas suspeitas daquele crime.

 A menina foi dada como desaparecida na sexta-feira à tarde e nas primeiras horas de sábado foi encontrada morta, enterrada e esquartejada.

Em declarações à rádio comunitária Kassumai de São Domingos, localidade a 25 quilómetros da fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal, o administrador no setor considerou como “falsas as informações postas a circular nas redes sociais”.

“Até agora ninguém foi detido por causa deste caso triste”, disse José Costa, desmentindo informações postadas nas redes sociais de guineenses, entre sábado e domingo, segundo as quais três pessoas teriam sido capturadas no Senegal, suspeitas do crime.

O administrador de São Domingos contou como soube do caso, nomeadamente o que diz o relatório do pessoal médico do hospital do setor sobre o estado em que foi encontrado o corpo da menina.

“De acordo com o relatório médico, a criança estava sem rim da parte direita e sem coração”, afirmou José Costa.

O responsável pede a colaboração dos moradores do bairro de Tchetibinhin, onde vivem os pais da criança, mas também exortou para que cessem as especulações que, disse, não ajudam a Polícia Judiciária nas investigações.

José Costa reforçou ainda o desmentido sobre a alegada detenção de três pessoas suspeitas do crime ao afirmar que o Governo do setor de São Domingos “está em contacto permanente com as autoridades do Senegal e da Gâmbia” sobre o assunto.

“As informações falsas sobre a detenção de pessoas só podem estar a contribuir para despistar, estamos a falar de um assunto doloroso para toda a gente”, observou o administrador de São Domingos.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos está a acompanhar o caso e apontou, no domingo, que existem indícios do crime de tráfico de órgãos. 

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau está no terreno a investigar o sucedido. 

Soares Sambu, Ministro da Economia, Plano e Integração Regional preside a cerimônia de Lançamento da Atualização Cartográfica no âmbito do quarto (4⁰) recenseamento geral da população.

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Conferência de imprensa, Altos Dirigentes do "(APU-PDGB)" Assembleia do Povo Unido Partido Democrático da Guiné-Bissau.


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domingo, 9 de março de 2025

Após a cerimônia de quebra de jejum nas regiões de Bafatá e Gabú, no quadro do mês sagrado do Ramadã o ministro do Interior faz balanço

Radio Voz Do Povo

O apoio do Presidente da República aos fiéis muçulmanos para o mês sagrado de Ramadão chegou ao sul do país. O lider do PRS, o deputado da Nação Félix Nandungue é um dos portadores da mensagem do Chefe de Estado e, já entregou em Buba o açúcar destinado aos muçulmanos da região de Quinará, como forma de minimizar as dificuldades na procura deste importante produto neste período de jejum.

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Radio Voz Do Povo

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo recebeu esta manhã população de Bula norte de país.

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Gaitu Baldé

A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou mais de 100 drones no sábado à noite sobre Kyiv e numerosas regiões ucranianas, enquanto os russos reclamaram ter tomado uma aldeia ucraniana numa ofensiva na região transfronteiriça de Kursk.

© Getty Images    Lusa  09/03/2025 
Rússia lança mais de 100 drones e reclama ter tomado aldeia ucraniana

A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou mais de 100 drones no sábado à noite sobre Kyiv e numerosas regiões ucranianas, enquanto os russos reclamaram ter tomado uma aldeia ucraniana numa ofensiva na região transfronteiriça de Kursk.

Esta vaga de ataques russos segue-se a ataques no leste e nordeste da Ucrânia na sexta-feira e no sábado, que mataram pelo menos 14 pessoas.

A força aérea ucraniana afirmou que a Rússia lançou 119 drones durante a noite.

Um dos ataques, com uma bomba planadora - um engenho sem orientação, mas com asas dobráveis que lhe permitem planar depois de ser largado -, atingiu edifícios residenciais na cidade de Druzhkivka, na região de Donetsk, onde a linha da frente está agora perto de várias cidades importantes.

Foram feridas 12 pessoas, incluindo uma rapariga de 15 anos, e danificados blocos de apartamentos de vários andares e um café.

Outros 71 drones russos foram abatidos numa dúzia de regiões e em Kiev, enquanto outros 37 não causaram danos. A força aérea ucraniana afirmou que os drones causaram danos em seis regiões, sem dar quaisquer pormenores.

Por seu lado, a Rússia afirmou que, no sábado, os ucranianos lançaram 131 drones sobre a região de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, e que 101 deles tinham sido abatidos.

O governador da região, Vyacheslav Gladkov, afirmou que ninguém ficou ferido nos ataques.

O Ministério da Defesa russo afirmou num comunicado que as suas forças "libertaram" a pequena aldeia de Novenke, na região de Sumy, perto da fronteira com a região russa de Kursk.

Esta declaração confirma as informações segundo as quais o exército russo terá montado uma grande ofensiva na região de Sumy.

No sábado, Kiev negou qualquer avanço importante das forças de Moscovo nesta região, afirmando que o seu exército estava a destruir grupos de soldados que tentavam atravessar a fronteira.

A Rússia ocupou brevemente partes da região de Sumy no início da sua ofensiva, em 2022.

Em agosto do ano passado, a Ucrânia lançou uma incursão na região de Kursk, apoderando-se de território considerado por Kiev como uma potencial moeda de troca em eventuais negociações de paz. Mas, desde então, a Rússia recapturou mais de dois terços deste território.

A Rússia também disse que as suas forças retomaram a aldeia russa de Lebedevka na região de Kursk, onde afirmou que estava "a continuar a derrotar unidades ucranianas".

Ao retomar Lebedevka, as tropas russas estão prestes a retomar a cidade de Sudzha, controlada pelos ucranianos, a cerca de 10 quilómetros de distância.

Acredita-se que os recentes ataques russos tenham cortado as rotas de abastecimento das tropas ucranianas na região de Kursk, embora Kiev não tenha confirmado esta informação.

Estas operações ocorrem enquanto os Estados Unidos congelaram as entregas de ajuda à Ucrânia, que deverá manter conversações com responsáveis norte-americanos na Arábia Saudita na terça-feira.

Washington afirmou que procura chegar a acordo sobre um cessar-fogo e um "quadro" para um acordo de paz, depois de ter congelado o fornecimento de armas e bloqueado o acesso dos ucranianos a relatórios dos serviços secretos e imagens de satélite.


A segunda atualização dos cadernos eleitorais arranca hoje em todo o território nacional. O registo terá a duração de dois meses e, visa aqueles vão completar 18 anos até 22 novembro, aqueles que perderam os cartões e aqueles que nunca se recensearam ou aqueles que mudaram de residência

Radio Voz Do Povo

Estados Unidos: "Aliança de predadores". Analistas alertam para "putinização" da América

© Kevin Lamarque/Reuters   Lusa   09/03/2025 

A proximidade entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, está a redefinir a geopolítica mundial, levando analistas a alertar para a "putinização" da América.

A capa da edição desta semana da revista francesa Le Point mostra uma imagem de Donald Trump acompanhada do título 'O Homem de Moscovo', sugerindo que os presidentes norte-americano e russo fizeram uma "aliança de predadores".

Nessa edição, num longo artigo de opinião, o conhecido filósofo Bernard Henri-Lévy argumenta que Trump abandonou a Ucrânia, que assim fica rendida à invasão russa iniciada em 2022, sem capacidade de prolongar a resistência, a menos que a Europa "seja capaz de construir uma força de dissuasão credível", assumindo que perderam um aliado em Washington.

Diversos analistas europeus olham para a condescendência de Trump perante o Kremlin como sinal de início de uma nova ordem mundial, em que os europeus deixaram de poder contar com o "guarda-chuva militar e nuclear" dos Estados Unidos, mas, mais do que isso, deixaram de ter um parceiro fiável do outro lado do Atlântico.

Na mesma linha de Henri-Lévy, a jornalista Anna Applebaum considera que Trump anunciou o "fim do mundo do pós-Segunda Guerra Mundial", num artigo divulgado na revista The Atlantic, avisando os aliados europeus dos EUA de que Trump está muito mais próximo de Putin do que de Bruxelas.

Para estes analistas, o maior perigo não é a admiração de Trump por Putin, mas sim a transformação de Trump numa figura semelhante a Putin, com a centralização da autoridade, o favorecimento de aliados e a transferência de decisões para mãos privadas.

A "putinização" da América, termo usado por Garry Kasparov -- ex-campeão mundial de xadrez e dissidente russo - descreve a forma como Donald Trump parece estar a adotar táticas semelhantes às de Vladimir Putin no exercício do poder.

Esta imitação não se manifesta apenas na admiração expressa por Trump em relação a Putin, mas também em ações concretas que minam as instituições democráticas e favorecem um estilo de governação mais autoritário.

"Trump demonstra um desprezo pelas alianças tradicionais e uma inclinação para o isolacionismo, espelhando a abordagem de Putin na política externa russa", explicou à agência Lusa Michael Stuart, investigador de Relações Internacionais do Hunter College, de Nova Iorque.

Para este analista, um dos aspetos mais notórios é a forma como Trump procura enfraquecer as instituições estatais que possam representar um obstáculo ao seu poder.

Esta estratégia visa tornar o Governo norte-americano impotente face ao poder privado, permitindo que Trump e os seus aliados internos -- nomeadamente as figuras relevantes do movimento 'Make America Great Again' (MAGA) ou os oligarcas tecnológicos - ajam sem grande escrutínio ou responsabilização.

Em termos de política externa, Trump parece também adotar a linha de Putin de procurar aliados alternativos, quando percebe que pragmaticamente deve romper com anteriores tratados internacionais ou parcerias de longa data.

"Depois de Trump atacar o México, o Canadá, a Dinamarca, a União Europeia [UE] e a NATO, agora foi a vez de atacar o Japão", lembra Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana, referindo-se às recentes críticas do Presidente dos Estados Unidos sobre o pacto de segurança com Tóquio, que considerou não estar a ser recíproco.

"Eis mais um exemplo de como Trump procura fragilizar um inimigo de um aliado de Putin. Neste caso, os rivais da China", argumenta Stuart.

Trump tem manifestado repetidamente comentários positivos e de admiração em relação a Putin, o que lhe valeu críticas de ser "brando com a Rússia".

Apesar de o Presidente norte-americano ter criticado a condução da guerra na Ucrânia por parte de Putin, a sua postura geral sugere uma convergência de interesses e uma vontade de cooperar.

Putin, por sua vez, expressou apoio à alegação falsa de Trump de que ele, e não Joe Biden, foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de 2020.

O Presidente russo também elogiou a coragem de Trump quando um atirador tentou assassiná-lo no ano passado.

A guerra na Ucrânia tem sido um ponto central nas relações entre Trump e Putin.

Trump tem defendido repetidamente a necessidade de um acordo rápido para acabar com o conflito, independentemente dos termos, numa atitude que contrasta com a dos aliados europeus, que insistem na necessidade de garantir a soberania ucraniana e a integridade territorial.

O Presidente norte-americano chegou mesmo a culpar a Ucrânia pelo início da guerra, ecoando a narrativa do Kremlin, o que gerou indignação na Ucrânia e entre os seus aliados, que temem que Trump esteja disposto a fazer concessões significativas a Putin para garantir um acordo rápido.

Esta mudança brusca na política externa dos EUA representa um desvio significativo de décadas de postura agressiva em relação à Rússia, levantando questões sobre o futuro dos laços transatlânticos e a segurança europeia.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, já alertou a UE para se preparar para um potencial pesadelo envolvendo a Rússia, especialmente após o cancelamento da ajuda militar dos EUA a Kiev.

Macron apelou à Europa para que pensasse no seu futuro, caso os laços com os EUA se rompam sob a liderança de Trump, sublinhando que o futuro da Europa não deve ser decidido em Washington ou Moscovo.

Também na Alemanha, após a recente subida do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) para o segundo lugar, p vencedor das eleições federais, o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, declarou que a Europa, confrontada com uns EUA cada vez mais hostis, deve tomar o seu destino nas suas próprias mãos.

Para diversos analistas, Trump procura ser visto como um líder capaz de resolver conflitos de forma rápida e decisiva e Putin pode ajudá-lo a alcançar esse objetivo, especialmente no que diz respeito à guerra na Ucrânia, mostrando-se disposto a negociar e a ceder em algumas questões.

Ao mesmo tempo, ao trabalhar em conjunto com Putin, Trump pode elevar o estatuto da Rússia como um ator global importante na resolução de problemas internacionais, como a situação no Médio Oriente e esse reconhecimento pode ser visto como um sucesso diplomático para Trump.

Trump encontra eco na visão de Putin sobre a importância da história e da grandeza das nações, o que valida a sua própria busca por restaurar a grandeza dos Estados Unidos.


Leia Também: Mais de metade dos alemães (59%) e dos britânicos (56%) consideram o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, "ditador", opinião partilhada por 47% dos polacos, de acordo com uma sondagem hoje publicada.


Leia Também: Rússia não quer acabar com a guerra e fez "um dos ataques mais brutais" 

Na conferência de imprensa realizada ontem, 7 de Março 2025, o Presidente do Partido da Unidade Nacional-PUN, Idriça Djaló, apresentou os seguintes factos:

1-  O clima actual de degradação da situação política e de crescente tensão que se sente na Guiné-Bissau, resulta da crise pos eleitoral das presidenciais de 2019;

2- O recurso interposto para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pelo candidato derrotado, Domingos Simões Pereira,  abriu caminho para um longo contencioso só dirimido pelo STJ a 4 de Setembro de 2020 (10 meses depois);

3- O STJ produziu um Acórdão declarando que a reclamação submetida pela candidatura derrotada, não deveria ter sido recebida pois não respeitou a lei eleitoral que prevê que todas as reclamações devem ser apresentadas inicialmente nas mesas de assembléia de voto, de seguida nas Comissões Regionais de Eleição- CRE, subindo dali para a CNE e tendo como última etapa o Supremo Tribunal de Justiça;

4- O Supremo Tribunal de Justiça tendo aceite receber a reclamação sem cumprir as formalidades atrás enumeradas, provocou a suspensão da proclamação dos resultados eleitorais e consequentemente do processo de tomada de posse do novo presidente;

5- O mesmo STJ que tinha indeferido liminarmente o pedido do MADEM nas eleições legislativas de 2019, devido à falta de cumprimento do processo de reclamação em cascata, estranhamente aceita o pedido do candidato do PAIGC que também não cumpriu as formalidades impostas na lei;

6- A candidatura de Domingos Simões Pereira ao submeter o pedido ao STJ tinha pleno conhecimento do funcionamento dessa lei pois foi o seu partido- o PAIGC - quem a elaborou e aprovou na Assembléia Nacional Popular, praticando assim um acto que configura o crime de litigancia de má fé;

7- O Acórdão nr. 6/ 2020 do STJ veio colocar um fim ao contencioso eleitoral, após o qual, a candidatura derrotada reconheceu formalmente a vitória do candidato eleito, Umaro Sissoco Embaló.

Em face do exposto, o Presidente do PUN,  Idriça Djaló, fez as constatações seguintes:

- O contencioso eleitoral teve um efeito suspensivo, interrompendo o processo que deveria conduzir à tomada de posse do candidato vencedor;

- A tomada de posse do presidente eleito foi feita à revelia da lei e por essa razão, ilegal;

- Os actos subsequentes praticados pelo presidente eleito, (nomeadamente a demissão do governo legítimo da X Legislatura, a nomeação de um novo governo, entre outros),  foram igualmente ilegais;

- Os partidos representados na Assembléia Nacional Popular deveriam ter exigido uma tomada de posse de acordo com as formalidades previstas na Constituição da República;

- O Supremo Tribunal de Justiça deveria ser responsabilizado pela crise instalada e pelo risco de um conflito de dimensões imprevisíveis no País;

- A candidatura derrotada "ofereceu" assim ao seu adversário um tempo adicional ( 10 meses) de mandato presidencial;

- Os apoiantes do candidato vencedor, especificamente,  Nuno Gomes Nabian, Braima Camara e Alberto Nambeia, garantiram a tomada de posse ilegal do presidente eleito em troca de assumirem o governo, também de forma ilegal, praticando um acto grave de conspiração para a subversão da ordem constitucional ou golpe de estado institucional.

Estranha-se por isso que o Presidente do PAIGC e os seus aliados, tendo recusado reconhecer a tomada de posse ilegal do presidente eleito, só o reconhecendo efectivamente no término do processo do contencioso eleitoral no dia 4 de Setembro de 2020; 

- Vem agora invocar a data de 27 de Fevereiro de 2025 como o término do mandato presidencial, ignorando propositadamente o Acórdão de 4 de Setembro, pelo qual é diretamente responsável. 

Esta e outras situações demonstram a necessidade urgente de procurar soluções estruturantes para os problemas de desrespeito das leis por parte destas entidades políticas, da falta de uma gestão transparente e cuidadosa dos fundos públicos, do falhanço do funcionamento da justiça e da ausência de uma verdadeira cultura democrática por parte dos principais actores políticos da Guiné-Bissau. 

P. S. Para melhor esclarecimento, julgamos útil partilhar o Acórdão nr.6/2020, de 4 de Setembro 2020.

Feito em Bissau, aos 8 dias do mês de Março, pela Estrutura de Comunicação do PUN

Por Partido da Unidade Nacional- PUN

Notícias: Tragédia em Guiné-Bissau - Criança é Encontrada Morta

SUSPEITOS!... ASSASSINATO DE CRIANÇA NA CIDADE DE SÃO DOMINGO.  Por  GUINÉ NOW

Na manhã deste sábado, 8 de março, uma tragédia abalou a comunidade guineense com a descoberta do corpo de uma criança de sexo feminino. A menina havia desaparecido na sexta-feira, 7 de março, e o seu corpo foi encontrado em circunstâncias trágicas, com autoria desconhecida.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos manifestou profunda indignação e preocupações em relação ao crescente fenômeno do tráfico de seres humanos no país. A organização fez um apelo à comunidade guineense, ressaltando a necessidade de vigilância e solidariedade em tempos difíceis como este.

As autoridades locais estão investigando o caso, e a Liga está coletando informações para ajudar na busca por justiça. A comunidade é incentivada a colaborar com as investigações e a manter-se atenta a atividades suspeitas.

Esse triste evento destaca a urgência de ações efetivas para proteger as crianças e garantir a segurança de todos os cidadãos no país. A luta contra o tráfico de seres humanos e a promoção dos direitos infantis são, agora, mais relevantes do que nunca.

sábado, 8 de março de 2025

Governo da Guiné-Bissau Aumenta Preço Base da Castanha de Caju para 410 Francos CFA por Quilograma

O Presidente da República GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO deseja um bom 8 de março dia internacional das mulheres e à todas mulheres de mundo em particular Guineenses.

Gaitu Baldé

Hoje é o Dia da Mulher. Como podem os pais educar para a igualdade?

Com 
noticiasaominuto.com  08/03/2025

Para a psicóloga Carolina de Freitas Nunes, diretora clínica da CogniLAB, é na educação que reside a mudança. Por isso, em Dia Internacional da Mulher, lança um desafio a todos os pais: ensinar meninas e meninos que o género não os define, nem no presente, nem no futuro.

A igualdade de género começa em casa. "Os pais têm um papel essencial na construção da perceção dos filhos sobre igualdade de género e na desconstrução de estereótipos" - quem o diz é a psicóloga Carolina de Freitas Nunes, diretora clínica da CogniLAB, em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala este sábado, 8 de março.

Refere também que cabe aos pais a criação de "um ambiente livre de rótulos", que incentive a liberdade de escolha, "sem dividir atividades, brinquedos ou responsabilidades com base no género". "Frases como 'isso é coisa de menina' ou 'homens não choram' devem ser evitadas, reforçando uma mentalidade mais aberta e igualitária", acrescenta.

Apesar dos avanços, continua a verificar-se um fosso acentuado entre homens e mulheres. Qual o papel dos pais nas gerações futuras?

A educação para a igualdade exige a desconstrução de crenças enraizadas, o desenvolvimento da empatia e da autonomia, assim como a promoção de relações equilibradas. Ensinar as crianças a expressar emoções sem estereótipos, fortalecer a autoestima feminina e incentivar a cooperação masculina são passos essenciais. Também é necessário desconstruir 'microagressões', promover exemplos positivos e ensinar sobre respeito e consentimento.

A mudança ocorre quando questionamos padrões automáticos e valorizamos as capacidades humanas acima das imposições de género.

Enquanto psicóloga, o que recomenda que seja feito por parte dos pais, para que estes consigam transmitir aos filhos a mensagem de que o género não deve ser uma condicionante? 

Os pais têm um papel essencial na construção da perceção dos filhos sobre igualdade de género e na desconstrução de estereótipos. Por isso, devem construir um ambiente livre de rótulos, incentivando a liberdade de escolha sem dividir atividades, brinquedos ou responsabilidades com base no género. E o exemplo é fundamental. As crianças aprendem a observar os outros. Como tal, é importante que vejam os pais a partilhar tarefas e a respeitar as escolhas um do outro. Também devem estimular a autoestima e a autonomia, encorajando os rapazes e as raparigas a acreditarem no próprio potencial sem limitações impostas pela sociedade.

Frases como 'isso é coisa de menina' ou 'homens não choram' devem ser evitadas, reforçando uma mentalidade mais aberta e igualitária. Além disso, apresentar referências diversas em diferentes profissões e incentivar o respeito e a equidade desde cedo são fundamentais para que rapazes aprendam a valorizar raparigas como iguais e vice-versa. O apoio às escolhas individuais, seja no desporto, na educação ou nas preferências pessoais, permite que cada criança explore livremente os seus interesses sem medo de julgamentos. Os primeiros exemplos sobre igualdade nascem dentro de casa. 

Educar ambos o género para a equidade previne padrões tóxicos nas relações interpessoais e cria um ambiente onde a igualdade é natural e partilhada, em vez de ser vista como um privilégio concedido ou uma imposição social

Como valorizar o papel da mulher, sem cair no erro de desvalorizar o do homem?

Valorizar a mulher sem desvalorizar o homem exige equilíbrio, promovendo oportunidades iguais sem transformar a questão num confronto. A igualdade amplia direitos sem substituir um pelo outro, incentivando colaboração em vez de competição. É essencial educar para o respeito mútuo, destacando modelos de equidade e reconhecendo o papel dos homens na desconstrução de desigualdades. A verdadeira equidade não exclui ninguém, mas assegura que todos tenham as mesmas oportunidades e sejam respeitados pelo que são.

Devemos focar-nos apenas nos meninos? 

Não. A educação para a igualdade deve envolver tanto meninos como meninas. A construção de relações saudáveis e equilibradas depende da participação de ambos. Focar apenas nos meninos pode criar a perceção de que a desigualdade de género é um problema exclusivo da sua conduta, enquanto focar apenas nas meninas pode reforçar a ideia de que elas precisam de adaptar-se ao invés de promoverem mudanças estruturais.

Qual a abordagem mais eficaz?

É ensinar todos a reconhecer e questionar estereótipos, promovendo o desenvolvimento de empatia, respeito mútuo e autonomia. Além disso, educar ambos o géneros para a equidade previne padrões tóxicos nas relações interpessoais e cria um ambiente onde a igualdade é natural e partilhada, em vez de ser vista como um privilégio concedido ou uma imposição social.

E quanto às meninas? O que fazer?

A educação para a igualdade deve capacitar as meninas a desenvolver autoestima, autonomia e pensamento crítico, sem as sobrecarregar com a responsabilidade de se adaptarem às desigualdades existentes. É essencial que os pais consigam fortalecer a autoconfiança, incentivando-as a reconhecer o próprio valor sem dependerem de validação externa. Também é importante ensiná-las sobre os direitos e limites, garantindo que aprendem a expressar opiniões, recusar situações desconfortáveis e estabelecer fronteiras saudáveis.

A promoção da autonomia emocional e financeira ajuda a criar independência nas decisões, enquanto o pensamento crítico permite que questionem padrões culturais que reforçam papéis de género limitadores. Além disso, é preciso incentivar o apoio mútuo entre mulheres, ao invés da competitividade baseada em padrões externos. Prepará-las para identificar e evitar relações tóxicas também é essencial, ajudando-as a diferenciar dinâmicas saudáveis de relações abusivas. O foco deve ser garantir que cresçam confiantes e livres para fazerem escolhas baseadas no seu verdadeiro potencial e não em normas impostas pela sociedade.

O Governo norte-americano liderado por Donald Trump rejeitou na sexta-feira a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, considerando "um programa de governação global suave que é inconsistente com a soberania dos EUA".

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images  Lusa  08/03/2025

 Governo Trump rejeita metas de sustentabilidade da ONU para 2030

 O Governo norte-americano liderado por Donald Trump rejeitou na sexta-feira a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, considerando "um programa de governação global suave que é inconsistente com a soberania dos EUA".

Esta posição foi declarada por Edward Heartney, conselheiro da Missão dos EUA junto das Nações Unidas, num discurso perante a Assembleia Geral do organismo. 

Edward Heartney considerou a agenda 2030 "um programa de governação global suave que é inconsistente com a soberania dos EUA e adverso aos direitos e interesses dos americanos".

Em 2015, Obama comprometeu os EUA com as metas da ONU para 2030, mas Trump está agora a rejeitá-las.

As 17 "metas de desenvolvimento sustentável" incluíam acabar com a pobreza, alcançar a igualdade de género e enfrentar urgentemente as alterações climáticas.

Outras incluíam o fornecimento de água potável e saneamento para todas as pessoas, educação de qualidade para todas as crianças e a promoção de uma boa saúde e crescimento económico.

De acordo com a agência Associated Press (AP), a rejeição por parte dos EUA é uma das primeiras --- senão a primeira --- de qualquer país aos 17 objetivos que foram adotados por unanimidade por todas as 193 Estados-membros da ONU, com o objetivo de eliminar a fome global, proteger o planeta, garantir a prosperidade a todas as pessoas e promover a paz.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou ODS, incluem também a disponibilização de água potável e saneamento a todas as pessoas e educação de qualidade a todas as crianças, promovendo ao mesmo tempo a boa saúde, o trabalho digno e o crescimento económico para todos.

Nas eleições presidenciais de novembro, que deram ao Presidente Donald Trump um segundo mandato, Heartney tinha sublinhado que "os esforços globalistas como a Agenda 2030 e os ODS perderam nas urnas" para o governo dos EUA, que se concentrou principalmente nos americanos.

"O Presidente Trump também estabeleceu uma correção de rumo clara e tardia sobre a ideologia de `género' e climática, que permeia os ODS", sublinhou Heartney.

Trump disse que o governo norte-americano só vai reconhecer dois sexos, masculino e feminino, e manifestou-se contra as pessoas transgénero e os seus direitos.

Os ODS sublinham que se aplicam a todos, em todo o lado, e que "não deixarão ninguém para trás", mas não mencionam especificamente as pessoas LGBT.

Quanto ao clima, Trump promoveu mais perfurações de petróleo e gás e retirou os EUA do acordo climático de Paris de 2015 para combater o aquecimento global, e disse que iria retirar os EUA de outros pactos climáticos.

Os ODS exigem uma ação urgente para combater as alterações climáticas e os seus impactos, referindo que o planeta Terra está "à beira de uma calamidade climática".

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em reação ao anúncio dos EUA, disse que todos os 193 Estados-membros da ONU votaram em 2015 pelos ODS e concordaram em trabalhar em conjunto para cumprir a Agenda 2030, que é "o caminho para superar as divisões, restaurar a confiança e construir solidariedade".

Continua a ser o princípio orientador da ONU "promover um mundo de paz, prosperidade e dignidade para todos" e "um futuro melhor, mais saudável, mais seguro, mais próspero e sustentável", realçou o porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.


PAI - TERRA RANKA E API - CABAS GARANDI COMUNICADO CONJUNTO Bissau, 07.03.25




sexta-feira, 7 de março de 2025

Ucrânia recebe do Reino Unido os primeiros ativos russos congelados

© Thierry Monasse/Getty Images  Lusa  07/03/2025

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que o Reino Unido lhe entregou ativos russos congelados no valor de 752 milhões de libras (895 milhões de euros), com Moscovo a denunciar uma "grave violação" do direito internacional.

A entrega foi feita um dia depois de a Bélgica, país onde se encontra a maior parte destes ativos na Europa, ter manifestado as suas reticências.

Trata-se da primeira entrega a partir do território britânico no âmbito da iniciativa do G7, explicou o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, numa mensagem na conta pessoal na rede social Telegram.

"Utilizaremos os fundos para reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia. Agradecemos ao Governo do Reino Unido e aos nossos parceiros do G7 por este mecanismo que faz com que os fundos russos funcionem para a Ucrânia", afirmou.

Shmigal mostrou-se confiante de que todos os ativos detidos pela Rússia noutros países continuarão a entrar nos cofres ucranianos num futuro próximo.

"[Que] sejam confiscados e transferidos para benefício do nosso Estado", escreveu.

Embora um número crescente de Estados-membros da União Europeia (UE) se tenham manifestado de acordo com a entrega à Ucrânia os ativos russos congelados, a Bélgica alertou para os riscos económicos e jurídicos que tal decisão implica.

Em consequência das sanções impostas pela UE, a Euroclear acumula pagamentos de cupões bloqueados e reembolsos devidos a entidades sancionadas, com um balanço que, no final de junho de 2024, ascendia a 207.000 milhões de euros, dos quais 173.000 milhões correspondem a ativos russos sancionados.

Por seu lado, Moscovo denunciou a transferência e considerou-a como uma "grave violação do direito internacional" e avisou que o Reino Unido terá de dar explicações e devolver o que agora "distribui tão alegremente".

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, observou que as autoridades britânicas serão forçadas a recuar e comparou esta medida às "decisões absurdas" da anterior administração norte-americana, liderada por Joe Biden, relativamente à guerra na Ucrânia, que o atual residente na Casa Branca, Donald Trump, teve de reverter.

"Isso prejudicará a confiança no sistema financeiro britânico para sempre, porque o que aconteceu destrói o princípio da inviolabilidade da propriedade em que todo o sistema financeiro global se baseia", disse Volodin.

Volodin defendeu a capacidade da Rússia de responder na mesma moeda e confiscar todos os bens e propriedades britânicos. Desconhece-se o valor dos bens e propriedades britânicas em território russo.


Leia Também: O presidente norte-americano, Donald Trump, considerou hoje que é mais fácil lidar com a Rússia do que com a Ucrânia nos esforços para colocar um fim à guerra e reiterou confiar no homólogo norte-americano, Vladimir Putin.

Nova dinâmica. Alto Comissariado para a peregrinação HAJJ 2025

Por  Gaitu Baldé 

Idriça Djaló, Presidente do Partido da Unidade Nacional "PUN", defende diálogo como solução para a crise política que abala o país. Político falava hoje 07-03-2025, durante uma conferência de imprensa realizada num dos hotéis de Bissau.

Por CAP GB 

Reações: Líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses "PTG", Botche Candé, do Vice-Presidente do Movimento para Alternância Democrática "MADEM-G15", Marciano Silva Barbeiro, do Presidente do Partido da Renovação Social "PRS", Félix Blutna Nandungue e do Partido da Unidade Nacional "PUN", Idriça Djaló, congratulam com a decisão do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

CAP GB

O Presidente da República, reuniu-se com partidos políticos para definir a data das eleições presidenciais e legislativas antecipadas. A maioria das formações políticas compareceu, com exceção da coligação PAI TERRA RANKA e do partido APU-PDGB.






Decreto presidencial: Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anuncia eleições gerais para o dia 23 de Novembro de 2025.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, marcou hoje para 23 de novembro eleições gerais, presidenciais e legislativas.  

Sissoco era acusado de não querer realizat eleições, os opositores entendem que este não quer largar o poder.

 



Veja Também: Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló ausculta  partidos políticos no quadro da marcação da data para realização das eleições legislativas e presidenciais. A auscultação conjunta visa todas as formações políticas legalmente constituídas 

Kyiv utiliza pela primeira vez caças franceses Mirage 2000: A Ucrânia utilizou pela primeira vez os aviões de combate franceses Mirage 2000 durante a noite de quinta-feira em que pelo menos 58 mísseis e 194 'drones' russos foram projetados contra o país.

© Reuters  Lusa  07/03/2025 

Os cinco aviões de combate Mirage 2000 foram entregues à Ucrânia pela França no mês passado.

Em comunicado, a Força Aérea ucraniana afirmou ter abatido pelo menos 134 alvos, incluindo 34 mísseis e 100 'drones', numa altura em que a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos faz temer em Kiev um enfraquecimento das capacidades de defesa aérea.

Desenvolvido nos anos 1970, a França produziu até ao momento cerca de 600 caças Mirage 2000 exportando aparelhos para o Brasil, Egito, Grécia, Índia, Peru, Qatar, Taiwan e Emirados Árabes Unidos. 

Declarações do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, antes da leitura do decreto presidencial N°06/2025 que anunciou a data das eleições gerais no dia 23 de Novembro deste ano. De lembrar que, PAIGC e APU-PDGB, não marcaram presença no encontro que decorreu no Palácio da República.

Por  CAP GB

Oposição guineense recusa diálogo mediado pelo PR

Baciro Djá, líder da API - Cabas Garandi (esq), e Domingos Simões Pereira, líder da PAI - Terra Ranka (dir). (Foto de Arquivo)

VOA News   março 07, 2025

Coligações que reúnem os principais partidos do país defendem mediação da CEDEAO

Bissau — As coligações Plataforma da Aliança Inclusiva-Terra Ranka (PAI-TR) e a Aliança Patriótica Inclusiva - Cabaz Garandi anunciaram na quarta-feira, 5, que não vão se engajar em qualquer processo de diálogo promovido pelo Presidente da República, fora do quadro da mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“A iniciativa da CEDEAO em promover um roteiro consensual para a realização de eleições inclusivas e pacíficas em 2025, num prazo de 90 dias, nos termos da lei, é um passo fundamental para restaurar a ordem democrática”, disseram aquelas coligações numa carta enviada ao presidente da comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray.

Os principais partidos do país reunidos naquelas organizações acrescentaram que o “prolongamento inconstitucional” do mandato presidencial e a dissolução do Parlamento “agravaram significativamente a crise política e institucional na Guiné-Bissau”.

As coligações reafirmaram que “a resistência do regime a este processo evidencia a sua intenção de se perpetuar no poder a qualquer custo, em clara violação dos princípios democráticos e dos direitos fundamentais dos cidadãos”.

Na segunda-feira, 3, o Presidente da República disse ter expulso a missão da CEDEAO por ter alterado os seus objetivos, confirmando o que tinha informado a missão da CEDEAO em comunicado ao deixar o país.

"Não voltará cá nunca mais, este país tem regras”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, reiterando que a Guiné-Bissau “não é uma república das bananas".

A missão da CEDEAO deve emitir um comunicado com o resultado da sua missão.

Enviado de Trump diz que ucranianos "estavam a pedi-las" após suspensão de ajuda dos EUA

Kacper Pempel/Reuters   SIC Notícias  07 mar. 2025

O Governo republicano anunciou a suspensão esta semana, depois de a reunião de sexta-feira passada entre Donald Trump e o seu hómologo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca.

O enviado especial do Presidente norte-americano à Ucrânia e à Rússia declarou esta quinta-feira que a suspensão da ajuda militar e de informações de Washington já está a ter impacto na Ucrânia, comentando que os ucranianos "estavam a pedi-las".

"A melhor maneira de descrevê-lo é dizer que é como bater com uma tábua no focinho de uma mula", disse o tenente-general na reserva Keith Kellogg, num evento do Conselho de Relações Externas, acrescentando: "Conseguimos chamar a atenção deles".

Segundo o responsável, a Ucrânia foi "bem avisada" pela Casa Branca antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenar esta semana uma pausa na assistência militar dos Estados Unidos e na partilha de informações com Kiev.

O Governo republicano anunciou a suspensão esta semana, depois de a reunião de sexta-feira passada entre Trump e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca, aberta à comunicação social, se ter transformado numa sessão pública de insultos e ameaças de Trump ao homólogo ucraniano, com o vice-presidente norte-americano, JD Vance, a juntar-se ao Presidente nas acusações de desrespeito e ingratidão dirigidas ao seu convidado.

Kellogg disse que ficou claro para os ucranianos, antes da reunião de sexta-feira passada na Sala Oval, que as conversações se centrariam na assinatura de um acordo importante sobre minerais.

O acordo, que as duas partes ainda não assinaram, daria aos Estados Unidos acesso a depósitos de terras raras na Ucrânia que seriam valiosas para a indústria aeroespacial, de veículos elétricos e indústria médica norte-americana.

Responsáveis do Governo Trump afirmaram que o acordo económico aproximaria os Estados Unidos e a Ucrânia e faria com que o Presidente russo, Vladimir Putin, pensasse duas vezes antes de considerar uma ação maligna contra a Ucrânia no futuro.

Zelensky vinha pressionando a Casa Branca para lhe dar garantias explícitas de segurança, sem êxito.

De acordo com Kellogg, as conversações de sexta-feira passada correram mal, porque Zelensky pressionou Trump - que está a tentar desempenhar o papel de intermediário para mediar a paz entre a Ucrânia e a Rússia - a ficar do lado de Kiev.

Encontro na Casa Branca envolto em polémica

Zelensky abandonou na sexta-feira prematuramente a Casa Branca, após um confronto verbal com Donald Trump na Sala Oval, em que o Presidente norte-americano, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de "abandonar" a Ucrânia se este não fizesse concessões à Rússia.

Trump declarou, num discurso proferido na terça-feira perante o Congresso, que Zelensky lhe tinha escrito para dizer que agradecia o apoio dos Estados Unidos ao seu país na guerra com a Rússia e que a Ucrânia está pronta para negociar um acordo de paz com a Rússia o mais rápido possível e aceitará o acordo de minerais com os Estados Unidos para facilitar isso.

Embora Trump tenha dito que "apreciou" receber a carta, não se pronunciou sobre se ela afetará ou não a sua política em relação à Ucrânia.

A suspensão da partilha de informações dos Estados Unidos com a Ucrânia prejudicará a capacidade desta para se defender de ataques russos em curso contra alvos militares e civis, segundo uma avaliação do Instituto para o Estudo da Guerra.

O grupo de investigação disse que a suspensão total da partilha de informações de Washington com Kiev também permitirá às forças russas intensificar os seus ataques à retaguarda ucraniana com 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e mísseis, afetando milhões de civis ucranianos e o crescimento da indústria de Defesa da Ucrânia.