segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Guiné Bissau. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe a entrega de 20 viaturas doadas pela República Popular da China, um feito inédito e de grande relevância para o país.

Esta conquista é fruto da cooperação e amizade entre as nações, reforçadas pela recente visita de Estado do nosso presidente à China.

 Presidência da República da Guiné-BissauRadio Voz Do Povo 

A Guiné-Bissau vai receber 6,75 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) do Banco Africano de Desenvolvimento para a reforma das finanças e da administração públicas, incluindo um novo código de contratação pública, anunciou hoje a instituição financeira.

© Lusa   04/11/24 

 Guiné-Bissau vai receber 6,1 milhões de dólares do BAD para reformas

A Guiné-Bissau vai receber 6,75 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) do Banco Africano de Desenvolvimento para a reforma das finanças e da administração públicas, incluindo um novo código de contratação pública, anunciou hoje a instituição financeira.

"O pacote financeiro será utilizado para implementar o Programa de Reforma da Administração Pública e das Finanças", que tem como objetivo "apoiar a administração da Guiné-Bissau e reforçar a resiliência económica através do aumento da sustentabilidade orçamental (reforço da mobilização de receitas internas e controlo das despesas públicas) e da melhoria do controlo e da transparência das finanças públicas", lê-se num comunicado do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Com o valor de 6,75 milhões de dólares, o programa visa "reduzir os vetores de fragilidade económica que travam o desenvolvimento através da melhoria da sustentabilidade orçamental, incluindo o alargamento do espaço orçamental, o controlo da massa salarial e o reforço do controlo e da transparência", disse o diretora-geral adjunto para a África Ocidental, Joseph Ribeiro, citado no texto.

O valor agora aprovado apoiará também a revisão e a adoção de um novo código para os contratos públicos que seja "sensível às questões de género e ao clima", detalha o BAD.

Um dos objetivos neste ambito é a "introdução de uma quota, de preferência entre 5% e 10%, para os contratos públicos adjudicados a empresas geridas por mulheres ou nas quais as mulheres detenham mais de 50% das ações".

A subvenção aprovada pela BAD pretende também apoiar o projeto do governo sobre "o regime geral de isenções tendo em conta os aspetos ambientais", com o objetivo de acabar com as "numerosas isenções concedidas numa base discricionária".

Pretende ainda "reforçar o imposto sobre as telecomunicações, em colaboração com as autoridades e em conformidade com a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que favorecerá a aplicação de um imposto sobre as chamadas recebidas e as transferências de dinheiro através das redes de telefonia móvel".


O economista-chefe do Banco Mundial defende que os países africanos devem aumentar os gastos na educação apesar da elevada dívida pública, que pode ser recomprada investindo depois as poupanças nesse setor.

© Lusa   04/11/24 

 Países africanos devem gastar mais em educação reinvestindo poupanças

O economista-chefe do Banco Mundial defende que os países africanos devem aumentar os gastos na educação apesar da elevada dívida pública, que pode ser recomprada investindo depois as poupanças nesse setor.

"Os países podem experimentar recomprar a dívida, aproveitando as taxas de juro mais baixas, e investir as poupanças na educação", disse Andrew Dabalen em entrevista à agência Lusa no final dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que decorreram em Washington.

Os países, defendeu, "podem poupar gastando mais, garantindo uma despesa controlada, disciplinada, e podem movimentar verbas de um lado para o outro dos seus orçamentos, por exemplo redirecionando o dinheiro que dão a subsídios poluentes, como os combustíveis ou o querosene, que de qualquer das maneiras também beneficiam mais os mais ricos".

Dabalen defendeu, em entrevista à lusa, a importância de apostar na educação para garantir uma base sólida para um crescimento económico mais alargado, e salientou que "a recompra da dívida através de 'buybacks' ou 'debt swaps' para investimentos na educação pode compensar a longo prazo", referindo-se a recompra de dívida beneficiando de juros mais baratos, e a emissões de dívida que está direcionada apenas para investimentos na Educação.

O economista-chefe do Banco Mundial referiu ainda que o principal problema dos países africanos em termos dos sistemas educativos já não é a dificuldade no acesso, mas sim a falta de resultados.

"Houve um progresso notável na questão do acesso; há alguns anos, o mais preocupante era as dezenas de milhões de crianças que não estavam na escola, mas desde então muitos foram trazidos para o sistema, e o acesso já não é o principal problema", afirmou, admitindo, ainda assim, que nas zonas remotas ou de conflito essa situação ainda é uma realidade.

Mas a maior crise na educação em África, apontou, é a crise de aprendizagem: "Os resultados na aprendizagem são críticos porque são a base da produtividade que vai permitir à região crescer", disse Dabalen no final da reuniões que decorreram na última semana de outubro em Washington.

Uma criança que nasce agora, fundamentou, ao chegar aos 18 anos, só terá 40% da produtividade que tem uma criança que tenha tido acesso a saúde, educação e a nutrição.

Questionado sobre quais a principais medidas que os governos devem implementar para garantir melhores resultados na educação, Dabalen elencou a formação, a responsabilização e o financiamento.

"É possível dar a volta à situação da educação, os professores podem aprender mais, e nalguns países já está a ser dada formação aos professores para melhorar a sua qualidade e garantir melhores resultados; depois, é preciso investir em sistemas controláveis, os decisores políticos precisam de responsabilizar os intervenientes através de um sistema de monitorização e avaliação", disse o economista-chefe do Banco Mundial.

Por último, disse, há a questão do financiamento: "Os países precisam de gastar mais em Educação, porque é impossível ter os resultados que queremos quando há mais estudantes a entrar no sistema do que a sair, por isso a despesa per capita tem de subir", afirmou, concluindo que uma das maneiras de canalizar mais verbas é envolver o setor privado para "expor os formados à necessidade de aplicarem o seu conhecimento na prática".


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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter havido "melhorias significativas" na entrega, por parte dos seus aliados, de material militar prometido a Kiev, depois de várias semanas de apelos da Ucrânia.

© Leon Neal/Getty Images   Por Lusa  04/11/24 

 Zelensky anuncia melhorias no fornecimento de armas pelos aliados

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter havido "melhorias significativas" na entrega, por parte dos seus aliados, de material militar prometido a Kiev, depois de várias semanas de apelos da Ucrânia.

"Houve melhorias significativas no fornecimento dos parceiros, com um aumento das entregas de pacotes de apoio", escreveu Zelensky nas suas redes sociais, destacando particularmente o ritmo de entrega de "material de artilharia".

O chefe de Estado ucraniano tem alertado, nas últimas semanas, para os atrasos dos aliados de Kiev no envio de material para o exército ucraniano, tendo avisado, na semana passada, que apenas 10% do total da ajuda militar aprovada pelos Estados Unidos (o principal país doador) para 2024 chegou à Ucrânia.

Zelensky atribuiu o progresso da Rússia na frente de combate no decorrer deste ano, que tem sido modesto mas constante, ao ritmo lento da execução dos carregamentos de armas aprovados para Kiev.

A melhoria nas entregas foi hoje anunciada depois de Zelensky ter-se reunido em Kiev com a sua liderança militar, que o informou da situação na frente oriental e no 'oblast' (região administrativa) russo de Kursk, onde as tropas ucranianas ocupam parte do território depois de terem surpreendido os russos com uma operação transfronteiriça que teve início a 06 de agosto.

Na reunião, Zelensky foi também atualizado pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, sobre a situação do fornecimento de 'drones' ao exército ucraniano.

"Ordenei ao ministro da Defesa que aumentasse ainda mais as encomendas de 'drones' ucranianos para apoiar as operações correspondentes", disse Zelensky, referindo-se aos esforços para fornecer ao exército mais dispositivos não tripulados de fabrico ucraniano.

No sábado, Zelensky tinha apelado aos aliados para pararem de "espiar" e tomarem medidas concretas antes que as tropas norte-coreanas destacadas na Rússia cheguem ao campo de batalha.

Zelensky levantou hoje a possibilidade de um ataque preventivo ucraniano contra os campos onde as tropas norte-coreanas estão a ser treinadas e disse que Kiev conhece a sua localização, mas lembrou que a Ucrânia não pode fazê-lo sem a permissão dos aliados para usar armas de longo alcance fabricadas no Ocidente.

A administração norte-americana, presidida por Joe Biden, disse na quinta-feira que cerca de 8.000 soldados norte-coreanos estão em Kursk e preparam-se para ajudar o Kremlin (presidência russa) na luta contra as tropas ucranianas nos próximos dias.

Líderes ocidentais descreveram o envio de tropas norte-coreanas como uma escalada significativa que também poderá abalar as relações na região Indo-Pacífico e abrir a porta a transferências de tecnologia de Moscovo para Pyongyang que poderiam aumentar a ameaça representada pelo programa de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte.


Espanha: Aeroporto de El Prat inundado. Barcelona a 'vermelho' devido ao mau tempo

@Onaycler   Por Notícias ao Minuto   04/11/24 

O Ministério dos Transportes e da Mobilidade Sustentável anunciou que foi "criado um comité de crise" no aeroporto para "acompanhar as repercussões das fortes tempestades que hoje se fazem sentir", sendo que "algumas zonas dos terminais estão a ser afetadas". 

O Aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat encontra-se inundado devido à passagem do fenómeno meteorológico DANA pela Catalunha, esta segunda-feira.

“150 l/m² [de precipitação] já se acumulou no aeroporto de El Prat em apenas cerca de quatro horas. A tempestade está agora a deslocar-se para nordeste. O aviso vermelho continua em vigor para a costa de Barcelona”, escreveu a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), na rede social X (Twitter).

O organismo colocou o litoral de Barcelona em alerta vermelho pelo mau tempo, tendo dado conta de que há "perigo máximo de chuvas torrenciais".

Entretanto, pelo menos 17 voos foram desviados e outros 50 foram cancelados devido à chuva forte, além de se terem registado atrasos, de acordo com a operadora Aena.

O Ministério dos Transportes e da Mobilidade Sustentável anunciou que foi “criado um comité de crise” no aeroporto para “acompanhar as repercussões das fortes tempestades que hoje se fazem sentir”, sendo que “algumas zonas dos terminais estão a ser afetadas”.

Recorde-se que o número de mortos nas cheias em Espanha subiu para 217, segundo os balanços mais recentes das autoridades, que são ainda provisórios.

O temporal e as inundações de terça-feira atingiram sobretudo a região de Valência, onde estão confirmados 213 mortos. Na região vizinha de Castela La Mancha, as autoridades regionais confirmaram três mortos e há uma vítima mortal na Andaluzia, no sul de Espanha, segundo o governo autonómico.

O leste de Espanha foi atingido na terça-feira por um temporal que causou, provavelmente, as maiores inundações da Europa neste século, disse no sábado o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que reconheceu haver uma "situação trágica" na região de Valência.



Workshop virtual da CEDEAO sobre a revisão do anteprojecto do Acto Adicional revisto A/SA.1/01/10 sobre a protecção de dados pessoais na CEDEAO

 www.ecowas.int  04 Nov, 2024

A Direção de Economia Digital e Postal da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) organizou com sucesso um workshop online no dia 21 de outubro de 2024 para rever o Anteprojeto do Ato Adicional revisto A/SA.1/01/10 relativo à protecção de dados pessoais na CEDEAO.

O objectivo deste workshop foi aperfeiçoar o anteprojecto da Lei Complementar revista, tendo em conta as recomendações do workshop anterior, que foi realizado no dia 15 de Julho em Abuja. Este esforço visa garantir uma protecção sólida dos dados pessoais no espaço da CEDEAO.

A reunião foi marcada por apresentações do Grupo DPSE, discussões sobre os contributos dos Estados-membros e validação de disposições e recomendações. Os principais participantes incluíram representantes da Direcção de Economia Digital e Correios da Comissão da CEDEAO, ministérios da economia digital dos Estados Membros da CEDEAO, autoridades de protecção de dados dos Estados Membros da CEDEAO e o Grupo DPSE.

Adoptada em 2010, a Lei Adicional da CEDEAO sobre a Protecção de Dados Pessoais constitui um quadro regional crucial para a protecção de dados. A sua revisão é necessária para fazer face aos desafios colocados pela digitalização e pelas tendências globais em matéria de proteção de dados. Este workshop faz parte dos esforços do Quadro de Política de Dados da União Africana para reforçar a protecção de dados em África.

O ato adicional revisto proporcionará um quadro sólido para proteger os dados pessoais, promover o crescimento da economia digital e garantir a privacidade. Este projecto é realizado em cooperação com a União Europeia e o Ministério Federal Alemão para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (BMZ), no âmbito da iniciativa Governação de Dados em África implementada com o apoio da GIZ-Union African.

Comissão Sindical dos Trabalhadores da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau, indignada com o incumprimento do acordo feito entre ele e a Direção Geral da mesma empresa...

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 Radio TV Bantaba

Gã-Tumani recebeu e homenageou Coordenadora Nacional de MADEM-G15 Adja Satu Camara


 Estamos a Trabalhar

domingo, 3 de novembro de 2024

Pelo menos 14 pessoas, das quais várias crianças, morreram hoje num campo de refugiados no Uganda após um raio ter atingido uma igreja improvisada na qual se abrigavam, segundos as autoridades locais, citadas pela agência France-Presse (AFP).

© Nicholas Kajoba/Anadolu via Getty Images   Por Lusa  03/11/24 

 Raio atinge campo de refugiados no Uganda e mata 14 pessoas

Pelo menos 14 pessoas, das quais várias crianças, morreram hoje num campo de refugiados no Uganda após um raio ter atingido uma igreja improvisada na qual se abrigavam, segundos as autoridades locais, citadas pela agência France-Presse (AFP).

De acordo com a agência, cerca de meia centena de pessoas refugiaram-se uma igreja do campo de refugiados de Palabek, no norte do Uganda, no sábado à noite, quando uma violenta tempestade se abateu sobre a região.

As mortes ocorreram quando um raio atingiu o telhado de metal da igreja improvisada, incluindo de cinco raparigas e nove rapazes com idades entre os 14 e os 18 anos, disse à AFP William Komech, funcionário distrital da região de Lamwo, no norte do país.

Os refugiados eram sobretudo da comunidade Nuer do Sudão do Sul.

"O Governo está a trabalhar com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e outras agências para prestar a assistência necessária aos sobreviventes", disse à AFP Hillary Onek, ministra dos Refugiados e da Preparação para Catástrofes do Uganda.

O Uganda sofreu várias mortes relacionadas com raios nos últimos anos. Em 2011, um raio atingiu uma escola primária, matando pelo menos 18 alunos e nove adolescentes.


Mais de 3.300 pessoas receberam a cidadania russa por participarem na invasão lançada por Moscovo contra a Ucrânia, anunciou hoje o Kremlin.

© Lusa  03/11/24 

 Mais de 3.300 pessoas receberam cidadania russa por invasão à Ucrânia

Mais de 3.300 pessoas receberam a cidadania russa por participarem na invasão lançada por Moscovo contra a Ucrânia, anunciou hoje o Kremlin.

"Desde o início do ano, de acordo com o decreto do Presidente da Federação Russa, 3.344 cidadãos estrangeiros adquiriram cidadania" por estes motivos, afirmou a porta-voz do Ministério do Interior russo, Irina Volk.

A mensagem, citada pela agência noticiosa Efe, foi partilhada pela porta-voz na plataforma Telegram.

O Presidente russo, Vladimir Putin, emitiu em 04 de janeiro deste ano um decreto que simplificou a atribuição de cidadania russa aos estrangeiros que assinaram um contrato para servir as Forças Armadas do país durante o conflito, a que chama de "operação militar especial".

O procedimento também se aplica a familiares diretos -- pais, filhos e cônjuges -- de estrangeiros que tenham servido nas forças russas desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.


Leia Também: Força Aérea ucraniana intercetou 66 drones de 96 lançados pela Rússia

PR guineense diz ser inaceitável haver "mais oficiais" que soldados

© Lusa    Por Mussá Baldé    Notícias ao Minuto   03/11/24 

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que o país "tem mais oficiais" nas forças de defesa e segurança "do que soldados", uma situação que considerou ser inaceitável nos esforços de desenvolvimento.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas à margem de uma visita e almoço com os oficiais do Ministério do Interior, em Bissau.

"Hoje temos mais oficiais que soldados. Como é que isso é possível", questionou Umaro Sissoco Embaló, que disse estar a combater aquela realidade no sentido de a mudar.

O chefe de Estado afirmou que o país conheceu vários Presidentes da República desde o fim do conflito político-militar de 1998/99, mas que nenhum "teve a coragem de atacar o problema", que diz agora enfrentar por ter sido oriundo das Forças Armadas.

Embaló cumpriu o Serviço Militar Obrigatório nos anos de 1990.

O Presidente guineense disse ser necessário um diálogo para mudar aquele paradigma, ao mesmo tempo que é preciso encorajar os cidadãos a retomarem a confiança no país.

Sissoco Embaló afirmou que a diáspora guineense "é a mais perdida", onde, disse, existem cidadãos que "falam mal do país".

O Presidente observou ainda que guineenses, sobretudo os que vivem na diáspora, "insultam as autoridades", mas avisou que vai se manter no poder "até dois mil e trinta e tal", enquanto o poder for conquistado através do voto do povo, notou.

"Enquanto eu for Presidente, nem o chefe do Estado-Maior (das Forças Armadas) será assassinado, nem chefes dos ramos (das Forças Armadas) serão assassinados. Quem duvidar que tente, haverá consequência", sublinhou, referindo-se a eventuais golpes de Estado.

O chefe de Estado defendeu que "as pessoas sabem hoje qual é a correlação de forças" que existe no país, onde, frisou, deve existir ordem e disciplina

"Existe só um chefe neste país", afirmou, referindo-se a si próprio.

O chefe de Estado guineense disse ter ficado "agradavelmente surpreendido" ao constatar que existem no Ministério do Interior cinco jovens acabados de chegar ao país após se formarem na Escola Superior da Polícia de Segurança Pública (PSP) em Portugal.

"Devem ser aproveitados como professores até nas nossas universidades, têm condições para lá lecionarem. Quando fizermos um recrutamento de novos polícias essa gente poderá capacitar os novos polícias", observou Sissoco Embaló.


Leia Também: Presidente guineense anuncia adiamento das legislativas de 24 de novembro

Governo do Ruanda afirma que "não há tropas ruandesas em Maputo"

© Victoria Jones/PA Images via Getty Images   Por Lusa   03/11/24 

A porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, afirmou hoje que as forças armadas ruandesas não têm tropas em Maputo, nas operações que tentam controlar as manifestações pós-eleitorais, contrariando várias mensagens que circulam há vários dias.

"<span class="news_bold">Não há tropas ruandesas em Maputo. As Forças de Segurança do Ruanda estão posicionadas apenas na província de Cabo Delgado, em operações conjuntas com as forças moçambicanas contra combatentes extremistas islâmicos que têm aterrorizado os residentes na província", escreveu Yolande Makolo, na sua conta oficial na rede social X, numa resposta a uma mensagem de outro utilizador.

"Isso é uma mentira", afirmou ainda, na resposta à mesma mensagem, sobre os rumores que circulam em Maputo sobre a mobilização de forças ruandesas e blindados para a capital, face às manifestações que continuam a realizar-se, de contestação aos resultados eleitorais.

Uma força de mais de 2.000 militares do Ruanda, que começou a ser reforçada em abril último, combate desde 2021 os grupos terroristas que operam há sete anos na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, protegendo nomeadamente a aérea em que francesa TotalEnergies tem um empreendimento para explorar gás natural, após acordo entre os dois governos.

Maputo registou hoje o primeiro dia sem tumultos, após três dias consecutivos de manifestações, essencialmente de apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e intervenções das forças policiais, que recorreram sempre a disparos de gás lacrimogéneo para dispersar.

A capital moçambicana viveu assim o primeiro dia de alguma normalidade desde quarta-feira, após dias consecutivos com corte de ruas e avenidas com contentores do lixo, pneus a arder e arremesso de pedras por parte de manifestantes, travados pelas autoridades.

Nos subúrbios, todos os mercados funcionam com elevada procura, até anormal para um domingo.

Venâncio Mondlane apelou a uma greve geral e manifestações durante uma semana em Moçambique, a partir de 31 de outubro, e marchas em Maputo em 07 de novembro.

O candidato presidencial designou esta como a terceira etapa da contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de outubro, que se segue aos protestos realizados nos passados dias 21, 24 e 25 de outubro, que provocaram confrontos com a polícia, de que resultaram pelo menos 10 mortos, dezenas de feridos e 500 detidos, segundo o Centro de Integridade Pública, uma organização não-governamental moçambicana que monitoriza os processos eleitorais.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em 24 de outubro a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975), na eleição a Presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirmou não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.



Presidente da República Umaro Sissoco Embaló fala à imprensa depois da sua visita ao Ministério do Interior.

 Radio Voz Do Povo

Força Aérea ucraniana intercetou 66 drones de 96 lançados pela Rússia... A Força Aérea Ucraniana informou hoje que intercetou 66 drones, dos 96 lançados pela Rússia durante a noite.

© Lusa   03/11/24  

"Drones russos foram abatidos em 12 das 25 regiões da Ucrânia, incluindo Kyiv, onde o alarme aéreo durou 11 horas. 27 drones desapareceram dos radares e um entrou no espaço aéreo bielorrusso", informou a Força Aérea Ucraniana.

Segundo as autoridades municipais, todos os drones que visavam a capital foram intercetados, mas os seus fragmentos e explosões danificaram vários edifícios residenciais.

Nenhuma vítima foi relatada até agora.

Os drones russos estão constantemente a mudar de tática, viajando em altitudes muito baixas para evitar grupos móveis de defesa aérea, disse a administração da cidade de Kyiv.

De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no total, a Rússia lançou quase 500 drones Shaded, de fabrico iraniano, mais de 900 bombas guiadas e 30 mísseis contra a Ucrânia só esta semana.

A maioria destes ataques foram contra alvos civis e infraestruturas críticas, sublinhou. Segundo Zelensky, todos estes ataques teriam sido impossíveis se a Ucrânia tivesse tido apoio suficiente do mundo.

O líder ucraniano insistiu na importância de tomar decisões políticas que arruínem a vontade de lutar da Rússia, dando à Ucrânia a capacidade de atacar alvos militares russos com mísseis de longo alcance.

"As sanções devem aumentar e ser eficazes. Qualquer plano para evitá-las é um crime contra as pessoas e o mundo", sublinhou Zelensky, observando que a capacidade da Rússia de escapar às sanções também fortalece os regimes do Irão e da Coreia do Norte e, portanto, representa uma ameaça global.


Leia Também: As autoridades de Taiwan afirmaram hoje ter detetado perto da ilha 37 aviões e 'drones' chineses, incluindo aviões de combate, no quadro de voos de treino de "longo alcance" efetuados por Pequim.

Reunião com Oficiais do Ministério de Interior

PARTE 01

PARTE 02

  Presidência da República da Guiné-Bissau

Detenção de Homem com 8 kg de Cocaína no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira

Por  Polícia Judiciária da Guiné-Bissau 

Na madrugada de ontem, a Polícia Judiciária deteve um homem no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, após descobrir 8 kg de cocaína escondidos num fundo falso de duas malas de porão. O indivíduo, de dupla nacionalidade guineense e espanhola, preparava-se para embarcar num voo da Royal Air Marrocos com destino a Espanha.

O detido será apresentado ao Ministério Público na próxima segunda-feira, para o primeiro interrogatório judicial e a consequente aplicação da medida de coação. A investigação continua a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Droga, que procura determinar as origens da droga e eventuais conexões com redes de tráfico.

Este caso ressalta a relevância das medidas de segurança nos aeroportos, que são essenciais para o combate ao tráfico de drogas.

Fala África: Superando barreiras para a participação juvenil nos processos de decisão

Cremilda Macuácua participou de consultas regionais e diálogos continentais organizados pela União Africana sobre a Nova Agenda para a Paz.
Por voaportugues.com 

Em um continente onde a juventude constitui uma maioria e representa uma força vital para o desenvolvimento, a inclusão desses jovens nos processos de paz e segurança é um imperativo transformador. Em entrevista ao Fala África, Cremilda Macuácua, uma pesquisadora social e comunicadora e líder ativa nessa área, falou sobre os principais desafios e soluções para que os jovens africanos assumam um papel mais central nas decisões que moldam o futuro de seus países.

Para Macuácua, a África Austral carrega um legado de resiliência, mas também enfrenta barreiras estruturais que dificultam a participação juvenil. “A voz dos jovens permanece marginalizada, muitas vezes devido à falta de educação e conhecimento sobre paz e segurança,” comentou ela, acrescentando que fatores como desemprego, pobreza e desconfiança em relação às instituições políticas também desmotivam a juventude a se envolver.

A percepção de corrupção nas instituições e o preconceito geracional reforçam essa distância, limitando a contribuição dos jovens nos processos de paz.

Frente a esses obstáculos, Cremilda destacou a importância das Consultas Regionais e Diálogos Continentais promovidos pela União Africana em cooperação com parceiros internacionais, que buscam soluções inovadoras para ampliar a participação juvenil. Uma das propostas emergentes é a criação de Conselhos de Juventude para a Paz, os quais, segundo Cremilda, “irão colaborar com embaixadores de paz em várias regiões africanas,” promovendo um ambiente mais inclusivo para que jovens influenciem positivamente os processos de segurança e paz.

A inovação tecnológica também foi mencionada como uma ferramenta poderosa, especialmente nas redes sociais. Macuácua relembrou o caso de Cabo Delgado, em Moçambique, onde a hashtag #CaboDelgadoTambémÉMoçambique ajudou a mobilizar apoio internacional contra os ataques terroristas. Para ela, o uso das mídias digitais permite uma ação coordenada que amplia o impacto dos jovens em questões cruciais.

Além das tecnologias, Cremilda enfatizou a necessidade de plataformas de diálogo intergeracional. Segundo ela, essas plataformas são essenciais para que a experiência dos mais velhos seja transmitida aos jovens, facilitando uma cooperação que fortaleça o engajamento em políticas de paz. Ela apontou o exemplo de Burundi, que tem liderado iniciativas bem-sucedidas de envolvimento juvenil, com o apoio direto do governo.

Ao concluir, Cremilda deixou uma mensagem inspiradora aos jovens: “É preciso identificar uma causa e envolver-se nela. Não se pode participar em assuntos de grande escala sem saber o que se está defendendo. Conheçam as políticas nacionais e globais e cooperem com outros jovens, porque em conjunto é possível solucionar diversos problemas.” Com esse apelo à ação, Macuácua busca motivar a juventude africana a transformar desafios em oportunidades, construindo um futuro de paz e estabilidade para o continente.

DSP é um desesperado preso numa ilusão que o levou a erro vultoso... Ele é um talentoso clássico no teatro político.

Segundo DSP, se não houver eleições legislativas no dia 24 de novembro e se até o dia 27 de fevereiro ainda não houver um novo Presidente da República, isso significa que estamos caminhando para um abismo e permitindo que a anarquia governe a Guiné-Bissau! 

Nestes últimos cinco anos e meio da minha vida, DSP tem se mostrado verdadeiramente um grande talento no teatro político. DSP participou ativamente em atividades de gangues para alterar a ordem constitucional, assumindo um papel de liderança fracassada e corrupta. E agora quer impor o quê? Quem tentou um golpe de Estado e falhou?! É o Paigc, se ISTO FOR FATO, quem alterou ordem Constitucional no País? É muita coincidência sobre conversa de espuma entre DSP e comandante da Guarda Nacional! E que agora quer afirmar como o MAIOR LÍDER POPULAR do país….

O GV afirmou que não tem condições para organizar as eleições, provavelmente por razões financeiras. Vale lembrar que DSP ordenou ao seu ministro das Finanças que desviasse 6 bilhões, o que contribuiu para a situação atual do país.

Minha posição em relação às suas contradições, especialmente quando falam sobre moral para discutir a normalidade democrática, é de total ceticismo. Por que DSP não cobrou do primeiro-ministro do seu próprio partido, o PAIGC, no caso Rui Duarte de Barros? É responsabilidade do GV organizar as eleições, não do Presidente. Aliás, o GV é liderado pelo Paigc e temos vários membros do Paigc no mesmo GV. 

DSP, a situação atual exige autoridade moral — algo que você não possui.

Concluindo: mandato do Presidente começou jurídicamente quando STJ julgou como improcedente o falso contencioso eleitoral. Porém, o Presidente vai sair da presidência da República só quando temos um novo Presidente eleito democráticamente, por quê? Porque completar 5 anos não é sinônimo de sair da Presidência. Sem vácuo do Poder, nenhum Presidente da ANP vai ocupar Presidência da República.

Povo Guineense é dono do poder e sabe o deve e precisa ser efetivamente feito. politicamente DSP é sempre um político egoísta. 

Sunday 3 November

01:06.

Inglaterra- London. 

Juvenal Cabi Na Una.

sábado, 2 de novembro de 2024

Youtuber de vida selvagem morre após picada de cobra; conheça Dingo Dinkelman... Sul-africano ficou um mês em coma induzido após ser picado por uma mamba-verde e morrer no sábado (26)

Youtuber de vida selvagem Dingo Dinkelman morre, aos 44 anos, após ser picado por cobra venenosa Youtuber de vida selvagem Dingo Dinkelman morre, aos 44 anos, após ser picado por cobra venenosa • Instagram/ Dingo Dinkelman

Fernanda Pinottida   CNN   01/11/2024 

O youtuber e produtor de conteúdo sobre vida selvagem Graham “Dingo” Dinkelman morreu no último final de semana, aos 44 anos, após ter sido picado por uma mamba-verde, espécie de cobra venenosa, em setembro.

Dingo ficou um mês em coma induzido no hospital enquanto seu corpo tentava se recuperar do choque anafilático causado pelo veneno da cobra.

A morte foi confirmada por uma nota publicada em nome de sua esposa, Kirsty Dinkelman, nas redes sociais do youtuber.

“No sábado, 26 de outubro de 2024, depois de passar um mês na UTI em coma induzido após uma picada de cobra, o paladino da vida selvagem sul-africano, sensação do YouTube e nosso dedicado homem de família, Dingo ‘Graham’ Dinkelman (44) faleceu”, diz a nota no Instagram.

“Embora Dingo fosse conhecido por seu envolvimento com cobras e outros répteis, sua compaixão se estendia a todas as criaturas. Havia um lugar especial em seu coração para os mamíferos africanos, seus favoritos eram elefantes, rinocerontes e leões, bem como nossa própria girafa, Elliot. Mas foi realmente seu amor por sua família que sempre esteve por trás de seu propósito, motivação e paixão”, acrescenta o texto.


“Como ele disse uma vez: ‘Minha paixão, minha vocação, a razão pela qual fui colocado na face desta Terra, é ajudar as pessoas a se conectarem com os animais. Sempre acreditei que precisamos converter os não convertidos – alcançar pessoas que não têm absolutamente nenhuma experiência com a natureza e a vida selvagem, que têm medo de cobras e medo de se sujar, e fazê-las se apaixonar pela conservação‘”, acrescenta o comunicado.

“Compartilhando sua paixão por todas as criaturas, continuaremos seu legado, promovendo a conservação e continuando a compartilhar seu senso de admiração e admiração com o mundo”, diz o texto.

Quem foi Dingo Dinkelman?

Graham “Dingo” Dinkelman nasceu em Pietermaritzburg, na África do Sul. Sua família influenciou em seu interesse pelos animais selvagens desde cedo, já que seu pai trabalhava para a autoridade local de conservação da vida selvagem.

Dingo atuava pela conservação e produzia conteúdos aventureiros em seu canal no YouTube e para as redes sociais, alcançando mais de 3 milhões de espectadores por mês. Ele também era responsável, junto com sua família, por um santuário animal localizado em KwaZulu-Natal, na África do Sul.

Ele era frequentemente comparado a Steve Irwin, naturalista australiano que ganhou fama ao redor do mundo com seu programa “O Caçador de Crocodilos” e que morreu aos 44 anos após ser atingido pelo ferrão de uma raia em seu coração.

Dingo deixa para trás sua esposa, Kirsty Dinkelman, e três filhos pequenos: Taylor, 14, Maddy, 12, e Rex Dinkelman, 9. Recentemente, eles haviam começado um novo canal no YouTube intitulado “The Dinkelmans”, para mostrar a rotina da família com os animais.

A Coreia do Norte, o Irão e a China apoiam a guerra da Rússia na Ucrânia. Surgiu um "novo eixo"?

Vladimir Putin e Xi Jinping (Getty Images)  Por  Cnnportugal.iol.pt, Análise de Simone McCarthy

Os milhares de soldados norte-coreanos que, segundo os serviços de inteligência dos EUA, chegaram à Rússia este mês para treino, geraram preocupação de que possam ser destacados para reforçar a linha de frente de Moscovo na Ucrânia.

A presença destas tropas também alarmou os EUA e os seus aliados, que receiam que a crescente coordenação entre países anti-Ocidente esteja a criar uma ameaça de segurança muito mais ampla e urgente – uma situação em que parcerias de conveniência evoluem para laços militares declarados.

Centenas de drones iranianos também fizeram parte do ataque de Moscovo à Ucrânia, e no mês passado os EUA disseram que Teerão enviou mísseis balísticos de curto alcance ao país em guerra.

Entretanto, a China foi acusada de abastecer a máquina de guerra russa com quantidades substanciais de bens de “uso duplo”, como microeletrónica e máquinas-ferramentas, que podem ser usados para fabricar armas. Na semana passada, os EUA penalizaram, pela primeira vez, duas empresas chinesas por fornecerem sistemas de armas completos. Todos os três países negaram estar a dar esse apoio.

Ao avaliar a cooperação emergente, um grupo apoiado pelo Congresso que avalia a estratégia de defesa dos EUA apelidou a Rússia, China, Irão e Coreia do Norte, este verão, de “eixo de parcerias malignas em crescimento”.

O receio é que uma animosidade partilhada contra os EUA esteja a levar esses países a trabalharem juntos – ampliando a ameaça que qualquer um deles isoladamente representa para Washington ou os seus aliados, não apenas numa região, mas talvez em várias partes do mundo ao mesmo tempo.

“Se (a Coreia do Norte) é co-beligerante, a sua intenção é participar nesta guerra em nome da Rússia. Isso é um problema muito, muito sério, e terá impacto não só na Europa — terá também impacto no Indo-Pacífico,” disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na quarta-feira, na primeira confirmação dos EUA da presença de tropas norte-coreanas na Rússia.

'Impulsionados por uma estratégia de sobrevivência'

Décadas após o eixo de potências da Alemanha nazi, Itália fascista e Japão imperial, e a coligação anti-Ocidente estridente da era da Guerra Fria – e anos depois de George W. Bush apelidar os inimigos dos EUA, Irão, Iraque e Coreia do Norte de “eixo do mal” – há uma perceção de que um novo alinhamento perigoso está em ascensão, com a guerra de Putin como catalisador.

Esse alinhamento reuniria duas potências nucleares antigas, um estado que se acredita ter desenvolvido um arsenal de ogivas nucleares ilegais, a Coreia do Norte, e o Irão, que os EUA dizem ser capaz de montar uma arma nuclear em questão de semanas.

A parceria militar da Coreia do Norte com a Rússia agora liga o conflito quente e exaustivo na Europa a um período especialmente tenso no conflito frio na Península Coreana, já que o líder norte-coreano Kim Jong Un elevou as suas ameaças ao Sul, com o qual permanece tecnicamente em guerra.

Após a descoberta da presença norte-coreana na Rússia, a Coreia do Sul afirmou que poderia considerar fornecer armas à Ucrânia, onde o aliado dos EUA ainda não forneceu armas diretamente.

Para a Coreia do Norte, onde o líder Kim Jong-Un apelou ao aumento do programa nuclear ilícito do país, há pouco a perder em enviar o que se acredita serem milhões de munições de artilharia, mísseis balísticos de curto alcance e, mais recentemente, tropas para a Rússia.

Em troca, a isolada e economicamente fragilizada Pyongyang provavelmente recebeu alimentos e outros bens essenciais – e possivelmente apoio para desenvolver a sua capacidade espacial, o que também poderia ajudar o seu programa de mísseis sancionado.

A importância da guerra de drones na Ucrânia também levou a Rússia a procurar o Irão para aquisição – aprofundando uma aliança de segurança que remonta a 2015 e à guerra na Síria, quando ambos apoiaram o regime de Bashar al-Assad.

Para Teerão – sobrecarregado por sanções pesadas do Ocidente e envolvido no crescente conflito no Médio Oriente com Israel, apoiado pelos EUA – fornecer armas à Rússia pode potencialmente impulsionar o seu setor de defesa, enquanto os laços com Pequim e Moscovo lhe dão cobertura diplomática.

O líder chinês Xi Jinping, que declarou uma parceria “sem limites” com Putin semanas antes da invasão, afirmou neutralidade no conflito e tem evitado que empresas chinesas forneçam ajuda letal direta.

No entanto, a China tem preenchido lacunas na procura russa por outros bens, incluindo produtos que os EUA e outros consideram de uso duplo, e beneficiado da energia russa com desconto. Pequim defende o seu “comércio normal” com a Rússia. A China também continuou a expandir exercícios militares conjuntos e laços diplomáticos com um país que considera um parceiro-chave na luta contra o Ocidente em fóruns internacionais.

Mas mesmo que estes quatro países tenham as suas próprias motivações para cooperar uns com os outros individualmente, especialmente no contexto da guerra da Rússia, há limites claros em qualquer coordenação mais ampla, confiança mútua e até mesmo interesse em trabalharem juntos – pelo menos por agora, dizem os observadores.

“Estas são relações bilaterais impulsionadas pela estratégia de sobrevivência de cada país, pelo menu geopolítico do dia ou da década e pela crise com que estão a lidar,” disse Alex Gabuev, diretor do Carnegie Russia Eurasia Center em Berlim.

“São regimes autoritários … e todos veem os EUA como um adversário comum. Esse é o laço que os mantém juntos, mas se podemos falar de um grau de coordenação (entre os quatro) … acho que estamos muito longe disso,” disse ele.

Isso coloca a questão premente de saber se esses alinhamentos atuais podem perdurar para além da guerra na Ucrânia e evoluir para uma coordenação plena entre as quatro nações.

O fator China

Os restos de um míssil não identificado, que as autoridades ucranianas afirmam ter sido fabricado na Coreia do Norte, são vistos no local de um ataque russo em Kharkiv, na Ucrânia, a 2 de janeiro. Sofiia Gatilova/Reuters

Um fator chave para o desenvolvimento de qualquer alinhamento adicional é a China, dizem os observadores – de longe o jogador mais poderoso do grupo, o principal parceiro comercial da Rússia, Coreia do Norte e Irão, e o país visto pelos EUA como o seu principal adversário.

À medida que as divisões com Washington se aprofundaram, Pequim intensificou os esforços para desafiar a liderança global dos EUA e moldar uma ordem internacional que favoreça a China e outras autocracias.

O papel da Rússia nesse esforço foi evidente esta semana na sua cidade de Kazan, onde Xi e Putin destacaram o compromisso com a construção de um mundo “mais justo” à margem de uma cimeira do grupo BRICS, cuja adesão trabalharam para expandir este ano.

Os dois países trouxeram o Irão para esse círculo diplomático e também em grande parte apoiaram Teerão no conflito no Médio Oriente, onde os seus representantes estão a lutar contra Israel. A China, a Rússia e o Irão realizaram quatro exercícios navais conjuntos desde 2019, e a China é, de longe, o maior comprador de energia do Irão.

Ao mesmo tempo, o Irão, fortemente sancionado, deixou de ser o “estado favorito para a política do Médio Oriente da China” à medida que Pequim constrói relações com os países mais ricos do Golfo, segundo Jean-Loup Samaan, investigador no Instituto do Médio Oriente da Universidade Nacional de Singapura.

Pequim também gere cuidadosamente a sua relação com a Coreia do Norte – que depende quase inteiramente da China economicamente e diplomaticamente. Os líderes chineses são amplamente vistos como cautelosos com o crescente alinhamento Kim-Putin e com o potencial de uma Coreia do Norte fortalecida causar problemas e atrair mais atenção dos EUA para a região.

Questionado sobre o movimento das tropas norte-coreanas para a Rússia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse quinta-feira que “não tem informações sobre isso.”

Embora pratique o seu próprio comportamento agressivo no Mar do Sul da China e em relação a Taiwan, a ilha democrática que Pequim reclama, a China pode não querer parecer apoiar abertamente essas parcerias e prejudicar os esforços para se apresentar como um líder global responsável.

“Rússia, Coreia do Norte, Irão é o tipo de grupo com o qual a China menos se quer associar abertamente,” disse Tong Zhao, investigador na Carnegie Endowment for International Peace.

A China tem sido “desesperada para esclarecer que não é uma aliança trilateral com a Rússia e a Coreia do Norte,” e também “tem mais opções do que esses países … e prefere trabalhar com um número maior de países” para competir com o Ocidente, disse ele.

‘Um risco real’

Um barco militar iraniano patrulha antes do início de um exercício naval conjunto do Irão, Rússia e China no Oceano Índico, em maio. Exército iraniano via AP

Visto do Ocidente, no entanto, a recusa da China em cortar as linhas económicas para uma Coreia do Norte que desafia as sanções da ONU e para uma Rússia que ameaçou o uso de armas nucleares na Ucrânia é frequentemente vista como um apoio aberto a esses regimes.

Em julho, a Comissão da Estratégia de Defesa Nacional, um grupo independente encarregado pelo Congresso de avaliar a estratégia de defesa dos EUA, disse que a parceria da China e da Rússia “se aprofundou e ampliou” para incluir uma parceria militar e económica com o Irão e a Coreia do Norte.

“Este novo alinhamento de nações contrárias aos interesses dos EUA cria um risco real, senão uma probabilidade, de que um conflito em qualquer lugar possa tornar-se numa guerra multi-teatro ou global,” afirmou.

A China insistiu repetidamente que a sua relação com a Rússia é de “não aliança, não confrontação e não direcionada contra terceiros.”

A NATO também, nos últimos anos, tem intensificado as relações com aliados e parceiros dos EUA na região da Ásia-Pacífico, com uma reunião de ministros da Defesa na semana passada, pela primeira vez com a presença da Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul.

A curto prazo, as parcerias de armas da Rússia também abrem a porta para que o Irão e a Coreia do Norte possam potencialmente obter e produzir as tecnologias de armas sensíveis de Moscovo e até mesmo enviá-las para todo o mundo, de acordo com Zhao, da Carnegie.

A dinâmica atual também aumenta o risco de que futuros conflitos – incluindo um em que a China esteja no centro e não a Rússia – vejam uma coordenação entre os quatro, segundo alguns analistas.

Por exemplo, num possível conflito no Mar do Sul da China ou em relação a Taiwan, há debate sobre se Pequim gostaria que a Coreia do Norte ou a Rússia desempenhassem um papel em criar uma distração no Norte da Ásia.

Mas alguns especialistas também alertam contra a ideia de que esse “eixo” ou tal futuro seja uma conclusão precipitada – já que esses relacionamentos permanecem oportunistas, em vez de baseados numa profunda aliança ideológica ou confiança.

Por um lado, é possível que se possa incentivar “um comportamento mais moderado” por parte da China, o que poderia reduzir esse potencial, segundo Sydney Seiler, conselheiro sénior no Center for Strategic and International Studies em Washington.

Mas, como os aspetos parecem hoje – “o risco é suficientemente presente” para que os EUA possam enfrentar um futuro em que a conflagração envolva vários desses países, disse