quarta-feira, 2 de outubro de 2024

África. O financiamento europeu em matérias de saúde em África aumentou, mas a ajuda é "mal coordenada" no terreno, alertou o Tribunal de Contas Europeu (TCE), num relatório hoje divulgado.

© Wikimedia Commons/ Euseson    Por Lusa  02/10/24 

Ajuda europeia para saúde em África aumentou, mas é "mal coordenada"

O financiamento europeu em matérias de saúde em África aumentou, mas a ajuda é "mal coordenada" no terreno, alertou o Tribunal de Contas Europeu (TCE), num relatório hoje divulgado.

De acordo com o relatório "Apoio financeiro da UE aos sistemas de saúde em países parceiros selecionados -- Objetivos estratégicos gerais seguidos, mas questões de coordenação e sustentabilidade afetam intervenções", apresentado hoje na cidade do Luxemburgo, a ajuda europeia em matérias de saúde "é mal coordenada no terreno" e há "falhas na distribuição de equipamentos e de medicamentos".

Segundo o tribunal, "a eficácia dos projetos apoiados pode ser posta em causa pela fraca coordenação e por riscos para a sustentabilidade [dos mesmos]".

Para chegar a estas conclusões, o TCE analisou, em concreto, a ajuda prestada em projetos em três países africanos: Burundi, República Democrática do Congo - que faz fronteira com Angola - e Zimbabué -- país vizinho de Moçambique.

De um modo geral, "estes projetos abrangiam áreas como os cuidados de saúde gratuitos, a formação dos profissionais de saúde e a reconstrução de centros de saúde", disse.

Entre vários problemas, após as investigações, os auditores destacaram "a má análise das necessidades e a fraca coordenação ao nível distrital, que, por vezes, resultaram em prateleiras vazias nas clínicas ou em equipamento pouco utilizado devido a ações duplicadas", mas também a inadequação nas doações dos materiais, pois também foi verificado que alguns aparelhos deixaram de ser usados por avarias, devido à fraca manutenção, e a uma dificuldade local em resolvê-las.

"A ajuda da UE totalizou mais de três mil milhões de euros em cada um dos dois períodos de programação [de apoios] anteriores (2007-2013 e 2014-2020) e mais de dois mil milhões de euros foram atribuídos no início de 2024 para o período atual (2021-2027)", frisou.

De acordo com o TCE, a ajuda bilateral a países parceiros tem vindo a diminuir, mas o apoio a iniciativas globais tem vindo a aumentar, nomeadamente desde a pandemia da covid-19.

"Detetámos vários problemas no apoio da UE aos sistemas de saúde dos países parceiros selecionados", alertou um membro do TCE, George-Marius Hyzler, responsável por esta auditoria, citado em comunicado pela instituição.

"É urgente usar as verbas da UE de forma mais eficaz, mas, sobretudo, é preciso melhorar a forma como se atribui o dinheiro, garantir que os custos de gestão são razoáveis - devido ao facto de parceiros de execução subcontratarem outras pessoas - e resolver os problemas ao nível da sustentabilidade dos projetos porque, por exemplo, ainda não há estratégias claras de transição e saída após a ajuda dos doadores diminuir", acrescentou.

Segundo o TCE, em alguns casos, os custos de gestão eram quase o dobro do montante atribuído a ações em áreas como a saúde materna ou infantil e a nutrição.

Outra questão levantada por esta análise do TCE é o incumprimento dos países beneficiários em matéria de alocação de recursos orçamentais para os sistemas de saúde.

"De acordo com os dados mais recentes da União Africana (2021), apenas dois países africanos - África do Sul e Cabo Verde - cumpriram a meta da Declaração de Abuja de afetar anualmente, pelo menos, 15% dos orçamentos nacionais ao setor da saúde", lamentou.

Por isso, os países beneficiários africanos permanecem dependentes da ajuda internacional, frisou.

Por fim, o TCE lamentou a falta de visibilidade dada ao apoio europeu, frisando que "raramente as populações visadas sabiam que a ajuda era prestada pela UE, em especial nos casos em que as verbas são acrescentadas às de outros doadores".

O apoio da UE na área da saúde em países parceiros contribui para o principal objetivo da política de desenvolvimento da união: "reduzir a pobreza extrema e, um dia, eliminá-la por completo", indicou.

"A pobreza extrema pode ser tanto uma causa como uma consequência da falta de cuidados de saúde", declarou.

O apoio da UE no domínio da saúde aos países parceiros assenta no artigo 168.º, nº 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que estabelece que "[a] União e os Estados-Membros fomentarão a cooperação com os países terceiros e as organizações internacionais competentes no domínio da saúde pública", concluiu.


MADEM-G15 OPERAÇÃO SAB!...


Leopold Sedar Domingos 

Declaração do advogado dos detidos caso de 01 de fevereiro de 2022


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Liga Guineense dos Direitos Humanos e Familiares do antigo Ministro das Finanças Sulemane Seide em Conferência de Imprensa.


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Braima Camarà coordenador de uma ala de MADEM-G15 em conferência de imprensa


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Milhares de iranianos concentraram-se hoje nas ruas de Teerão para comemorar o ataque de terça-feira com mísseis contra Israel, embora a grande maioria da população tenha demonstrado indiferença, segundo relatou a agência noticiosa espanhola EFE.

© ATTA KENARE/AFP via Getty Images      Por Lusa  02/10/24 

 Milhares nas ruas de Teerão para comemorar ataque contra Israel

Milhares de iranianos concentraram-se hoje nas ruas de Teerão para comemorar o ataque de terça-feira com mísseis contra Israel, embora a grande maioria da população tenha demonstrado indiferença, segundo relatou a agência noticiosa espanhola EFE.

Com cânticos de "morte a Israel" e "morte à América", os manifestantes reuniram-se na Praça Imam Hussein, onde também se ouviram frases de apoio ao "Eixo da Resistência", uma aliança informal anti-israelita liderada por Teerão e que integra os libaneses do Hezbollah, os palestinianos do Hamas, os Huthis do Iémen e as milícias xiitas do Iraque.

"Haniyeh, Hassan, o vosso caminho continua", cantavam os manifestantes, referindo-se aos líderes mortos do Hamas (Ismail Haniyeh) e do Hezbollah (Hassan Nasrallah).

A multidão agitava as bandeiras do Irão e dos seus aliados Hezbollah, Líbano e Palestina, bem como as fotografias de Nasrallah, segundo os relatos da agência noticiosa estatal IRNA.

A manifestação ocorreu um dia depois do lançamento de cerca de 200 mísseis, incluindo mísseis hipersónicos, segundo o regime de Teerão, contra o território israelita, em resposta aos assassinatos de Nasrallah, do general de brigada da Guarda Revolucionária iraniana Abbas Nilforushan, e de Haniyeh. Da parte de Israel foi estimado o disparo de 180 mísseis.

Apesar desta concentração na capital do Irão, e de acordo com a EFE, a grande maioria dos iranianos viveu o dia com aparente normalidade e com uma certa despreocupação no rescaldo dos ataques.

"Por agora estou a viver normalmente, a fazer as compras de rotina e na cidade até está tudo normal e parece que não aconteceu nada", disse Mahan, uma dona de casa de 58 anos, que estava num supermercado cheio de clientes no norte de Teerão.

Ainda assim, expressou receio sobre as consequências do ataque contra Israel.

"Acho que teria sido melhor se o Irão não tivesse atacado Israel", disse a mulher, em declarações à EFE.

Israel prometeu punir o Irão pelos mísseis disparados contra o seu território na terça-feira à noite, ameaçando ainda com uma resposta ainda mais forte se o país voltar a ser visado.

O bombardeamento iraniano de terça-feira foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

Os israelitas têm bombardeado redutos dos xiitas libaneses do Hezbollah, incluindo ataques violentos no sul de Beirute na madrugada de hoje.

Desde o mês passado, Israel divergiu a atenção da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 contra o seu território pelo movimento islamita palestiniano Hamas, para proteger a sua fronteira norte com o Líbano, onde o exército de Telavive combate o Hezbollah.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.


Leia Também: O ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett defendeu hoje um ataque ao Irão que destrua as instalações nucleares daquele país e paralise o seu regime, um dia depois do lançamento de 200 mísseis iranianos contra Israel.


Leia Também: Uma das vítimas de ataque em Telavive deu corpo para proteger filho bebé... Mãe defendeu filho de 9 meses e acabou morta em ataque em Telavive, esta terça-feira. 


Leia Também: Bases aéreas israelitas atingidas por mísseis iranianos sem danos...   O exército israelita informou hoje que "vários mísseis" disparados terça-feira pelo Irão contra Israel caíram em bases aéreas do país, mas sem causar quaisquer danos.  


A Juventude da Renovação Social_JRS visitou hoje a Juventude do Partido dos Trabalhadores Guineenses_JTG. Após o encontro, as duas estruturas de juventude integrantes da Plataforma Republicana destacam a necessidade de criação da Plataforma Juvenil Republicana para os futuros embates eleitorais.


Radio Voz Do Povo


Israel declara António Guterres 'persona non grata'

© Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images  Por Lusa   02/10/24 

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou hoje ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.

"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", disse Katz num comunicado.

Terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.

"Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X.

A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel.

"Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados", declarou a Guarda Revolucionária do Irão num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA.

Este anúncio iraniano surgiu depois de o Exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.

Guterres já se tinha manifestado "extremamente preocupado" com a escalada do conflito no Líbano, pedindo respeito pela "soberania e integridade territorial" deste país, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute.


Leia Também: O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, congratulou-se hoje com o ataque de terça-feira contra Israel e ameaçou que o Irão vai tomar medidas "muito mais esmagadoras" se o exército israelita responder.

México. Claudia Sheinbaum é primeira mulher presidente do México em 200 anos

© CARL DE SOUZA/AFP via Getty Images  Por Lusa  02/10/24 

Claudia Sheinbaum foi hoje empossada no Congresso como presidente do México, após o que os congressistas gritaram a forma feminina do cargo: "Presidenta!", uma novidade nos 200 anos de história do país.

Esta cientista, de 62 anos, que se tornou política, recebeu um país com vários problemas imediatos, como uma economia anémica, programas de construção inacabados, uma dívida pública em alta e a conhecida cidade de Acapulco devastada por um furacão.

Na altura, declarou: "Agora é o tempo da transformação. Agora é o tempo das mulheres".

Sheinbaum ganhou as eleições, em junho, com cerca de 60% dos votos, a aproveitar a popularidade no seu antecessor no cargo e mentor político, Andrés Manuel López Obrador.

Prometeu continuar as políticas dele, mesmo a que reforçam o poder dos militares e enfraquecem o conjunto de contrapoderes e de fiscalização do sistema político.

López Obrador foi empossado há seis anos, quando declarou "Para o bem de todos, primeiro os pobres".

Sheinbaum prometeu a continuidade das suas políticas populares.

Apesar as suas declarações de continuidade, Sheinbaum é uma personalidade muito diferente do antecessor: uma cientista cautelosa e universitária de esquerda, em contraste com o estar amigável e de homem comum cultivado por López Obrador.

Sheinbaum não herda uma situação fácil.

Os carteis de traficantes de droga reforçaram o seu controlo sobre grande parte do país e a sua primeira viagem como presidente vai ser à instância turística de Acapulco, na costa do Oceano Pacífico, a sofrer os efeitos de uma inundação grave.

Atingida agora pelo furacão John, que causou 17 mortos nas suas redondezas, Acapulco ainda não tinha recuperado dos efeitos do furacão Otis, em outubro de 2023.

Por outro lado, relações com o vizinho do Norte esperam pelo resultado eleitoral de novembro para saber como vão evoluir.

Mas já há áreas identificadas onde Sheinbaum pode tentar mudar a direção do país. Por exemplo, é doutorada em engenharia de energia e tem defendido a necessidade de responder às alterações climáticas.

Jennifer Piscopo, professora de Género e Política na Royal Holloway University de London, que tem estudado a América Latina desde há décadas, disse que o México ao eleger uma mulher como presidente mostra que as raparigas também podem conseguir ter sucesso em ermos políticos, mas que também pode criar expectativas irrealistas.

"Mulheres primeiro é um símbolo importante, mas não ganham um poder mágico", disse, acrescentando que, "especialmente quando os desafios de governação são tão grandes, esperar soluções mágicas do dia para a noite pode gerar um desapontamento generalizado".


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terça-feira, 1 de outubro de 2024

MADEM-G15: Braima Camara volta a carga contra o Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo


 Radio Voz Do Povo 

"O Irão fez um erro grave esta noite e vai pagar o preço", diz Netanyahu

© Reuters.    Por Lusa   01/10/24 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.

"O regime iraniano não compreende a nossa determinação em nos defender e responsabilizar os nossos inimigos", frisou o governante, num discurso em vídeo.

"Há pessoas em Teerão que não compreendem isto. Vão compreender. Vamos cingir-nos ao que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós atacamos", garantiu Netanyahu.

Já o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sublinhou na rede social X que "o Irão não aprendeu a lição".

"Quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado", frisou.

Israel solicitou hoje à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano, com o seu embaixador no organismo, Danny Danon, a prometer responder ao ataque do Irão.

"O Irão vai sentir as consequências dos seus atos e vai ser doloroso", observou, depois de sublinhar que o Irão "mostrou ao mundo a sua verdadeira face: a de um Estado terrorista".

Estão em curso intensas consultas no Conselho de Segurança para convocar uma reunião de emergência que o Irão também solicitou no sábado, após a vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano, mas a reunião não se realizou, noticiou a agência Efe.

Danon pretende que tal reunião do Conselho termine "com uma condenação clara e inequívoca do Irão", enquanto por outro lado criticou o secretário-geral, António Guterres, pela sua reação dececionante pouco depois de tomar conhecimento do ataque iraniano contra Israel.

"Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada", quando recordou que neste caso um Estado-membro atacou outro Estado-membro com mísseis balísticos, o que não foi explicitamente condenado por Guterres.

O Irão lançou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.

"Os Estados Unidos apoiam Israel totalmente, totalmente, totalmente", frisou o Presidente Joe Biden aos jornalistas, acrescentando que as discussões com Israel estavam "em curso", sobre como responder aos iranianos.

O ataque do Irão acontece numa altura em que o Médio Oriente se encontra mergulhado numa situação explosiva e os apelos a um cessar-fogo no Líbano e em Gaza continuam sem resultados.

Um porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, referiu que o Irão disparou "aproximadamente o dobro dos mísseis" face ao seu ataque anterior contra Israel, em abril.


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O Ministério da Defesa russo planeia recrutar nos próximos meses cerca de 20.000 homens presos preventivamente face à falta de soldados na guerra com a Ucrânia, avançou hoje o portal de investigação russo Important Stories (iStories).

© Vladimir Smirnov\TASS via Getty Images  Notícias ao Minuto  01/10/24 

 Ucrânia. Rússia vai recrutar 20 mil presos preventivos, diz portal russo

O Ministério da Defesa russo planeia recrutar nos próximos meses cerca de 20.000 homens presos preventivamente face à falta de soldados na guerra com a Ucrânia, avançou hoje o portal de investigação russo Important Stories (iStories).

Estes homens representarão cerca de 40% do número total de arguidos - cerca de 60.000 - que aguardam julgamento nas prisões russas, segundo uma fonte da defesa citada pelo 'media' independente. 

Um grupo de oficiais militares encarregue de recrutar soldados profissionais terá de selecionar os arguidos que estão em condições e dispostos a assinar contratos para combater na Ucrânia.

Dois advogados confirmaram ao iStories que as administrações dos centros de detenção provisória estão disponíveis para colaborem neste processo.

De acordo com a Defesa russa, cada prisão pode fornecer cerca de 100 homens. Segundo os dados disponíveis, existem 210 centros de detenção provisória em todo o país, o que significa que este processo de recrutamento tem um potencial de cerca de 20.000 soldados.

No primeiro ano de guerra na Ucrânia, o grupo mercenário Wagner, conotado com o Kremlin (presidência russa), recrutou cerca de 50.000 prisioneiros, a maioria dos quais morreu, desapareceu, desertou ou foi presa, de acordo com organizações de direitos humanos.

Os que regressaram da frente de batalha foram perdoados, de acordo com o falecido fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que calculou esse número em cerca de 5.000.

Na altura, os peritos da ONU alertaram para o facto de o recrutamento de condenados, que também teria lugar nas prisões dos territórios ocupados pelas tropas russas na Ucrânia, poder constituir um crime de guerra.

O Presidente russo, Vladimir Putin, está relutante em convocar uma nova mobilização de reservistas, após as críticas registadas aquando do anúncio da mobilização de setembro de 2022, que levou ao êxodo de centenas de milhares de russos para o estrangeiro.

A assinatura de contratos por parte dos voluntários caiu fortemente no primeiro semestre do ano, embora tenha aumentado bastante após a incursão surpresa ucraniana na região fronteiriça russa de Kursk em agosto passado, pelo que Putin se viu obrigado a aumentar o número de soldados do exército russo para 1,5 milhões.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: Pelo menos seis pessoas morreram e três ficaram feridas hoje num aparente ataque de artilharia russa a um mercado da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, indicaram as autoridades.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló, realizou hoje uma visita às obras de reabilitação do Aeroporto Osvaldo Vieira.


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  Radio Voz Do Povo  / Presidência da República da Guiné-Bissau

“Em vez de” estar numa Conferência de Imprensa populista e marquetológica, o corrupto devia ter decência e coragem para se apresentar livremente perante um juíz de instrução criminal, porque ninguém mais tem tempo para ouvir distração de SEMPRE...

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo

O pânico alastrou

Deu-se oficialmente o início para espetáculo político vergonhoso. 

“Em vez de” estar numa Conferência de Imprensa populista e marquetológica, o corrupto devia ter decência e coragem para se apresentar livremente perante um juíz de instrução criminal, porque ninguém mais tem tempo para ouvir distração de SEMPRE.

- O papagaio ocidental em Bissau Guineense, falou hierarquicamente com narrativas vazias. E, mudou de “tópicos para tópicos” sem dizer absolutamente NADA, porém, o balaço entre (mesa redonda até Presidência do Ex- Presidente), não passa de simples folclore em busca de afinidade de povo. Afirmou de que SIM possibilitou o Geraldo Martins para negociar financiamento da operação de cessão de créditos no Banco, pois, porque não? Ele julga-se dono exclusivo de toda a Guiné-Bissau! Alegou que depois foi demitido do cargo, que bom ouvir isso, ninguém mais lembrou o que (Califa Seidi), disse enquanto líder da bancada parlamentar do PAIGC sobre dinheiro que recebeu e transferiu para quem? Quem é o autor moral deste crime contra povo Guineense?

Passamos os 12 anos na mesma narrativa e fugir da justiça, mesmo assim, fala em nome do povo e da Justiça!!! É neste horrível cenário politico- que corrupto fala em salvar democracia e restabelecer Constituição da República…. 

Até aos dias de hoje, ele é coadjuvado pelos fanáticos sem consciência nacional. 

O Paigc foi e ainda é raiz de todos os furtos nos cofres públicos. Por quê que o Ministro das Finanças tendo oportunidade soberana na ANP não disse que no caso de 6 biliões, os conselheiros do Pr milhões deste dinheiro ?! É o foragido da justiça quem vai dizer isso hoje?!! Será que os advogados não sabiam disso? DSP é um homem confuso. 

Concluindo: O DSP é um fala barato, inseguro e grande aldrabão por excelência!

Por que razões não responde à justiça?

O que ele tem feito na Imprensa foi um espetáculo paigcista de vulgaridade de demagogia. São argumentos válidos apenas para movimentos ultra extremistas fascistas e neonazistas. 

Então show não faltará…

Tuesday 1 October

14:56.

Inglaterra- London 

Juvenal Cabi Na Una.

Em preparação para as eleições legislativas de novembro, o Presidente Umaro Sissoco Embaló reuniu-se esta manhã com representantes dos partidos Madem G15, PRS, PTG e APU-PDGB.

O encontro reafirma a importância do diálogo para o fortalecimento da democracia e o progresso do nosso país.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, convocou esta terça-feira, 1 de outubro, uma audiência com os partidos políticos com assento parlamentar, destacando-se a ausência da coligação eleitoral PAI TERRA RANKA neste encontro marcado pelo chefe de Estado.

Declarações dos partidos políticos com assento no parlamento após encontro separado com o presidente da República Umaro Sissoco Embaló.👇👇👇

Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embaló recebe em audiência a Coordenação do MADEM-G15 👇

PR Umaro Sissoco Embaló recebe em audiência o Presidente do PRS,  Félix  Nandungue 👇

Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló,recebe em audiência a direção superior do Partido dos Trabalhadores Guineenses, PTG. 👇

Nuno Gomes Nabiam, Presidente da APU-PDGB, recebido pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.👇


Conferência de imprensa Domingos Simões Pereira Presidente do PAIGC e coordenador de Coligação PAI Terra Ranka.

 Radio TV Bantaba 

Jimmy Carter completa 100 anos. Jimmy Carter, nascido a 1 de outubro de 1924, é o primeiro Presidente dos Estados Unidos a atingir os 100 anos de idade.

Kane Farabaugh, da VOA, esteve na Geórgia para reportar sobre este marco histórico. A narração é de Mayra de Lassalette 


Pelo menos 25 mortos em incêndio num autocarro escolar na Tailândia... As equipas de salvamento encontraram dezenas de corpos carbonizados e vários feridos depois de um embate após despiste ter incendiado o autocarro.

© X/Reprodução Chaudhary Parvez  Notícias ao Minuto  01/10/24 

Um incêndio num autocarro que transportava alunos da escola Wat Khao Phaya, em Uthai Thani, Banguecoque, na Tailândia, matou pelo menos 25 estudantes, avança a Reuters, citando fonte do governo. Entre os vários feridos, 16 foram hospitalizados.

Para já, a polícia não consegue ainda confirmar o número certo de feridos.

O fogo, segundo o jornal local The Nation Thailand, começou depois de um dos pneus do autocarro ter rebentado.

O veículo descontrolou-se e embateu numa barreira metálica, tendo o embate provocado um incêndio que rapidamente consumiu todo o autocarro. Na viatura viajavam 42 alunos e alguns professores que iam a caminho de Ayutthaya em visita de estudo. 

O acidente aconteceu por volta das 12h20 (6h20 em Portugal Continental) e os bombeiros precisaram de uma hora para apagar o fogo.

Nesta visita de estudo estavam a ser utilizados três autocarros.


Leia Também: Padre britânico morre após noite de drogas e sexo em reitoria na Bélgica...   Padre estava na Bélgica por causa da visita do Papa ao país. 

Israel iniciou ataques terrestres "limitados e direcionados" contra Hezbollah

©Lusa  Notícias ao Minuto  01/10/24 

As Forças Armadas de Israel (IDF) confirmaram que iniciaram esta noite ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".

"Estes alvos estão localizados em aldeias perto da fronteira e representam uma ameaça imediata para as comunidades israelitas no norte de Israel", frisaram as IDF, numa nota na rede social Telegram.

A incursão terrestre, que começou "há algumas horas" após decisão política, está a ser realizado "com base em informações precisas contra alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".

"As IDF estão a operar de acordo com um plano metódico estabelecido pelo Estado-Maior e pelo Comando do Norte, para o qual os militares das IDF treinaram e se prepararam nos últimos meses", destacaram ainda as forças israelitas na mesma nota.

A Força Aérea israelita e a artilharia das IDF estão a apoiar as forças terrestres com ataques precisos contra alvos militares na área, detalhou ainda.

"As IDF continuam a operar para atingir os objetivos da guerra e estão a fazer tudo o que é necessário para defender os cidadãos de Israel e devolver os cidadãos do Norte de Israel às suas casas", sublinharam ainda.

Aguardava-se na noite de segunda-feira uma incursão terrestre israelita no sul do Líbano, depois de Israel ter informado os Estados Unidos sobre operações terrestres limitadas contra o Hezbollah no país vizinho.

Antes da confirmação da incursão terrestre, foram registados, na segunda-feira à noite, "bombardeamentos de artilharia pesada" contra o sul do Líbano.

O grupo xiita libanês emitiu também um comunicado à noite, afirmando que atingiu tropas israelitas destacadas na fronteira, embora não tivesse confirmado qualquer incursão terrestre.

As IDF já tinham declarado "zonas militares fechadas" três localidades fronteiriças em torno da fronteira com o Líbano, Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte de Israel.

Fonte oficial militar libanesa tinha referido à AFP, sob condição de anonimato, que o Exército libanês reposicionou e reagrupou as suas forças no sul do país.

Por outro lado, os subúrbios a sul de Beirute, um bastião do movimento xiita Hezbollah, registaram pelo menos seis explosões na segunda-feira noite, momentos depois das forças israelitas terem pedido aos residentes para saírem das suas casas para usa segurança.

Israel tem lançado na última semana uma vaga de ataques aéreos mortíferos contra bastiões do Hezbollah no Líbano no início deste mês.

O Hezbollah começou a disparar 'rockets' contra o norte de Israel em 08 de outubro, dizendo que o fazia em apoio do seu aliado Hamas, um movimento islamista palestiniano em guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, dia do seu ataque sem precedentes em solo israelita.


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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.

© Lusa  Notícias ao Minuto  30/09/24 

 Costa do Marfim aumenta preço do quilo de cacau para nível recorde

A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.

"O Governo decidiu um aumento de 20%", afirmou Kobenan Kouassi Adjoumani, numa cerimónia em Abidjan, capital da Costa do Marfim, país que é o primeiro produtor mundial de cacau. 

Em abril, o preço de compra da colheita intermédia - que se prolongou até setembro - foi fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), um montante já histórico. Em 2023, o preço era de 1.000 francos CFA (1,8 euros) por quilo.

A Costa do Marfim vende as suas sementes de cacau antecipadamente e o preço de compra é fixado pelo Governo. Este facto torna-o menos vulnerável às flutuações do mercado - tanto para cima como para baixo - do que noutros países, como os Camarões, um produtor mais pequeno, onde o sistema é liberalizado.

O cacau da Costa do Marfim representa 45% da produção mundial (mais de 2 milhões de toneladas) e 14% do PIB daquele país da África Ocidental.

No Gana, país vizinho e segundo maior produtor mundial, onde o preço também é fixado pelo Governo, as autoridades colocaram igualmente o preço em cerca de 1.800 francos CFA em meados de setembro, o que representa um aumento de 45% para a campanha de 2024/2025, visando, nomeadamente, combater o contrabando.

Os preços mundiais do cacau dispararam ao longo do ano passado, ultrapassando os 10.000 dólares (cerca de 9.000 euros) por tonelada em Nova Iorque no início do ano. Em Londres, o preço para entrega em setembro de 2024 aumentou cerca de 170% no espaço de um ano.

A principal razão para este aumento é a queda da produção mundial de cacau, que se deve, na Costa do Marfim e no Gana, a condições climatéricas desfavoráveis, que afetaram as colheitas.

Hoje, o ministro da Agricultura da Costa do Marfim anunciou também um aumento do preço de compra do café, fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), contra 900 francos (1,3 euros) no ano passado.

Adjoumani acrescentou que os produtores de cacau e de café beneficiarão igualmente de uma cobertura sanitária universal gratuita (CMU), paga pelo Conseil Café-Cacao (Conselho do Café-Cacau), organismo responsável pela regulamentação destes dois setores.

Segundo o Governo, o setor do cacau na Costa do Marfim assegura cerca de um milhão de empregos e a subsistência de 5 milhões de pessoas.


Guiné-Bissau. Presidente Sissoco recebe partidos políticos

 Por: Rádio Capital Fm

Bissau - (30.09.2024) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe esta terça-feira, 1 de Outubro, em audiência, os partidos políticos com assento parlamentar, sem especificar o teor da agenda.

Na agenda na posse da CFM, Sissoco recebe Domingos Simões Pereira, líder da Coligação PAI-TERRA RANKA, Adja Satu Camará, líder  de uma ala do MADEM-G15, Félix Nandunguê, líder também de uma da ala do Partido da Renovação Social, Botche Candé, do PTG, Nuno Gomes Nabiam, de APU-PDGB, e representante do Partido Unido Social Democrática.

As Direções do MADEM-G15 e do PRS lideradas pelo Braima Camará e Fernando Dias, respetivamente, não foram convocadas para o encontro desta terça-feira.

Licença definitiva: FÓRUM DOS ÓRGÃOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL CONSIDERA “DESENQUADRO” O VALOR DE DEZ MILHÕES DE F.CFA FIXADO PELO GOVERNO

Por  O DEMOCRATA  30/09/2024 

O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país, Casimiro Jorge Cajucam, afirmou que o valor estipulado pelo governo guineense de dez milhões de francos CFAs para emissão de licenças aos órgãos de comunicação social privados “está desenquadrado da realidade económica dos órgãos privados”.

O Fórum dos órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau foi recebido, esta segunda-feira, 30 de setembro de 2024, em audiência, pelo ministro da comunicação social, Florentino Dias, com quem disse ter analisado a medida do governo guineense para a emissão de licenças aos órgãos no país.

A saída do encontro, Casimiro Jorge Cajucam frisou que o Fórum está satisfeito com a abertura do ministro de tutela, que disse ter prometido criar facilidades para que esse caso não seja um problema aos órgãos de comunicação social.

“O ministro Florentino Dias foi muito aberto e cordial com o Fórum. Evocou as razões por que essa medida foi adotada, mas garantiu criar facilidades para que essa decisão não seja um problema aos órgãos de comunicação. Garantiu-nos que o executivo está a ponderar fazer um retoque no valor fixado”, precisou, realçando a disponibilidade e abertura do ministro para que os órgãos privados possam, pelo menos, no futuro funcionar já com um Alvará definitivo e estarem juridicamente protegidos pela lei   no exercício das suas funções     

Casimiro Jorge Cajucam disse acreditar no bom senso do governo e espera que a decisão que vai ser tomada não vai dificultar, nem o governo, nem os órgãos de comunicação social, razão pela vai o Fórum deverá nos próximos dias reportar aos diretores de diferentes órgãos os consensos os sinais encontrados no primeiro encontro com o novo ministro.

“Nos próximos tempos, faremos uma comunicação formal que será entregue ao ministro para que, junto com a sua equipa  e o governo no seu todo, possam fazer um trabalho eficaz  e que não prejudique nenhuma parte”, prometeu.

O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país lamentou o valor fixado, uma vez que muitos órgãos não conseguem garantir nem sequer subsídios aos seus colaboradores, que por sinal trabalham em regime de voluntariado.

“Significa que nem todos órgãos estarão em condições de arcar com esse valor, porque tudo e mais alguma ginástica que possam fazer será apenas no sentido de angariar fundos para pagar os dez milhões de francos CFAs”, sublinhou.

O governo determinou que, doravante, os órgãos de comunicação social privados devem requerer as licenças de emissão no valor de dez milhões de francos CFAs.

Por: Filomeno Sambú

Morreram sete altos comandantes e oficiais do Hezbollah. Quem são eles?

© ATTA KENARE/AFP via Getty Images    Por  Notícias ao Minuto  30/09/24 

Em pouco mais de uma semana, a intensificação dos ataques israelitas no Líbano provocou a morte de sete comandantes e oficiais do grupo militante do Líbano Hezbollah, incluindo o líder do grupo - Hassan Nasrallah.

A ofensiva israelita sob o Líbano já causou cerca de 1.000 mortes. Entre elas estiveram sete membros com cargos de notoriedade no Hezbollah, aponta a Associated Press. Quem são eles? 

Hassan Nasrallah (na foto). Era líder do Hezbollah desde 1992 e viu o grupo crescer até se tornar uma das principais forças paramilitares no Médio Oriente. O Hezbollah entrou na arena política do Líbano e, ao mesmo tempo, participou em vários conflitos locais. O grupo teve um papel fulcral na manutenção do presidente sírio Bashar Al Assad no poder.

Nabil Kaouk. O anterior  chefe adjunto do Conselho Central do Hezbollah, morreu no sábado passado num ataque aéreo de Israel. Juntou-se ao grupo nos seus primórdios, na década de 1980, tendo servido como comandante militar no sul do Líbano de 1995 a 2010.

Ibrahim Akil. Era um alto comandante que dirigia as Forças Radwan - elite do Hezbollah - e era também membro do mais alto órgão militar - o Conselho da Jihad -. Há anos que constava na lista de procurados pelos Estados Unidos por fazer parte do grupo que levou a cabo o atentado de 1983 contra a Embaixada dos EUA em Beirute e orquestrou um sequestro de reféns alemães e americanos.

Ahmad Wehbe. O ex-comandante das Forças de Radwan desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do grupo desde a sua formação há quase duas décadas. Morreu juntamente com Akil num ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute.

Ali Karaki. Liderou a frente sul do Hezbollah, desempenhando um papel central no conflito que está hoje em curso. Os Estados Unidos descreveram-no como uma figura importante na liderança do Hezbollah.

Mohammad Surour. Era o chefe da unidade de drones do Hezbollah, que foi usada pela primeira vez no atual conflito com Israel. Sob o seu comando, o Hezbollah conseguiu enviar drones explosivos e de reconhecimento em Israel.

Ibrahim Kobeissi. Liderava a unidade de mísseis do Hezbollah. O exército israelita afirma que Kobeissi planeou o rapto e o assassínio de três soldados israelitas na fronteira norte em 2000, cujos corpos foram devolvidos numa troca de prisioneiros com o Hezbollah quatro anos mais tarde.

Leia Também: A agência da ONU para os refugiados palestinianos disse que um importante comandante do Hamas morto no Líbano hoje era um dos seus funcionários, suspenso desde que surgiram alegações das suas ligações ao grupo em março.

Leia Também: Telavive lançou fortes bombardeamentos e ataques aéreos em várias cidades e aldeias do sul do Líbano, perto da fronteira com Israel. Mais cedo Israel tinha pedido aos residentes de Dahiyeh para abandonarem as suas casas.

Leia Também: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que não há "nenhum lugar no Médio Oriente" que não possa ser alcançado por Israel, enquanto o seu Exército bombardeia alvos do Hezbollah no Líbano.

Putin promulga recrutamento de mais 130.000 pessoas para o Exército

© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images   Por Lusa  30/09/24 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que ordena o recrutamento de cerca de 133 mil pessoas para o serviço militar, entre outubro e dezembro, para reforçar a preparação militar da população em plena guerra.

"De 01 de outubro a 31 de dezembro de 2024, 133 mil cidadãos da Federação Russa com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, que não estejam na reserva e estejam sujeitos ao serviço militar, serão convocados para o serviço militar", refere o documento hoje assinado pelo Presidente russo.

O vice-chefe da Direção Principal de Organização e Mobilização do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Vladimir Tsimlyanski, esclareceu que estes recrutas não serão enviados para a área da "operação militar especial", um eufemismo pelo qual Moscovo se refere à invasão da Ucrânia.

O período de treino militar na Rússia é de 12 meses.

Durante a campanha de recrutamento da primavera passada, cerca de 150 mil russos foram convocados para o serviço militar obrigatório, segundo a agência russa Interfax.

No final de fevereiro de 2022, o Presidente Putin ordenou a invasão da Ucrânia, iniciando assim uma guerra cujo desfecho permanece incerto e na qual os avanços de ambos os lados parecem estar estagnados nas mesmas posições quase desde o início das hostilidades.



Guiné-Bissau. Colectivo de Advogados de PAIGC em Conferência de Imprensa "sobre o "Processo Resgate".

Por Lusa / Radio Voz Do Povo    30/09/24 

O coletivo de advogados do PAIGC considerou hoje que a reabertura do chamado "Processo Resgate" aos bancos visa apenas impedir o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, de concorrer às eleições que se avizinham na Guiné-Bissau.

O secretário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) juntou hoje o coletivo de advogados numa conferência de imprensa, em Bissau, para reagir à reabertura do processo anunciada a 26 de setembro pelo Procurador-Geral da República.

Em causa está um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos cfa (cerca de 55 milhões de euros), contraído pelo Governo, em 2015, quando Domingos Simões Pereira era primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

O caso foi alvo de vários processos em tribunal que resultaram em arquivamento, sendo que apenas um deles chegou a julgamento, tendo como arguido o então ministro das Finanças, Geraldo Martins, que foi absolvido.

Para Octávio Lopes, do coletivo de advogados do PAIGC, "esta tentativa de reabertura do processo não se pode dissociar do momento e do contexto político" com a aproximação de eleições, nomeadamente legislativas anunciadas para 24 de novembro e presidenciais reclamadas para este ano, mas que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que termina o mandato em fevereiro, só quer marcar para o final de 2025.

"Era necessário reabilitar, ressuscitar algum instrumento, sob a capa de processo, que pudesse permitir essa decisão final de o impedir de participar nas eleições", afirmou o advogado para quem "o modo inconfesso, a razão não assumida deste processo, o fim último visado deste processo é tão e só impedir o engenheiro Domingos Simões Pereira de se apresentar como candidato presidencial nas próximas eleições presidenciais".

Os advogados consideraram que "é pouco expectável que assim seja, porque, independentemente de alguns atos isolados de magistrados identificados", creem e mantêm "a confiança no poder judicial no seu todo".

Para o jurista, trata-se de "um processo 'kafkiano', em que o visado nunca foi notificado, não tem conhecimento técnico deste processo, foi investigado, foi julgado e condenado sem que nunca tivesse qualquer intervenção no processo".

Os advogados do PAIGC entendem que o empréstimo que deu origem a este processo, que se arrasta há anos pelos tribunais guineenses, foi uma "medida política para que, resultado dessa maior disponibilidade financeira e de tesouraria, o Governo estivesse em condições de melhor atender aos setores sociais de maior fragilidade, quer seja a educação, quer seja a saúde".

"É esta a orientação política que o primeiro-ministro dá ao ministro das Finanças, em estrito cumprimento do programa do Governo. O que sucede é que o Ministério Público avoca a si a competência de proceder à fiscalização política do mérito da decisão de orientação do primeiro-ministro", argumentou.

A intervenção do Ministério Público é interpretada pelos advogados como uma "violação do princípio da separação de poderes" e, por isso, inconstitucional, na medida em que pretende exercer "funções de fiscalização política que a Constituição confere ao parlamento".

O que disseram entender como a "judicialização das questões políticas", o que terá como resultado o que denominam de "um governo de juízes".

"Vão acabar por ser os juízes, o poder judicial no seu todo, a manter-se esta prática inconstitucional, a decidir sobre o mérito das questões políticas, se o investimento na educação é oportuno ou é conveniente, se o investimento na saúde é prioritário, se o investimento nas infraestruturas deve anteceder ou suceder ao investimento na Justiça", concretizou Octávio Lopes.

"Não é esta a função do poder judicial, não é este o mandato constitucional do poder judicial e muito menos atribuições e funções constitucionais do Procurador-Geral da República", afirmou.


Leia Também: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana afastou hoje o cenário de "enchimento de urnas" nas eleições gerais de outubro, como receia a oposição, assinalando que partidos e eleitorado estão atentos à forma como vai decorrer o escrutínio.