sábado, 5 de julho de 2025

Imigração e nacionalidade? Marcelo espera que se compatibilizem posições... O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na sexta-feira, durante uma visita a Cabo Verde, esperar que os partidos compatibilizem posições sobre imigração e nacionalidade, após o início do debate sobre os temas no Parlamento.

Por LUSA 

"A minha ideia é esta: é um tema em que todos os partidos vão fazer os possíveis e impossíveis para tentar encontrar uma solução que compatibilize as preocupações que justificam as iniciativas legislativas com uma visão estratégica geral do país", referiu, na sexta-feira, após chegar ao arquipélago para uma visita até domingo, por ocasião dos 50 anos de independência.

"Os países de língua oficial portuguesa", em particular, são uma "fraternidade e comunidade muito importante", acrescentou.

"Vamos esperar. Acredito que, provavelmente, a seguir ao verão, surja o resultado do trabalho parlamentar", altura em que será encaminhado para Belém, disse.

"Só nessa altura é que me posso pronunciar", referiu ainda -- dando a mesma resposta quando questionado sobre eventuais inconstitucionalidades nas propostas legislativas, como apontado pelo constitucionalista Jorge Miranda.

Iniciativas do Governo de alteração aos diplomas da nacionalidade e da imigração baixaram na sexta-feira à fase de especialidade, sem serem votadas na generalidade, bem como projetos-lei do Chega sobre as mesmas matérias.

O Governo pediu que se tente assegurar consenso com os partidos da oposição.

A proposta de lei do Governo de alteração ao diploma da nacionalidade quer aumentar o período de permanência em Portugal exigido para a obtenção da cidadania (de cinco para 7 ou 10 anos, consoante se trate de cidadãos lusófonos ou não lusófonos).

O Governo prevê, ainda, a possibilidade da perda da nacionalidade para os naturalizados há menos de 10 anos e que sejam condenados a pena de prisão efetiva igual ou superior a 5 anos pela prática de crimes graves. 

Quanto à atribuição de nacionalidade originária a descendentes de estrangeiros residentes em Portugal, passa a exigir-se a residência legal durante o período de três anos.

Já o projeto-lei do Chega, que também passou à especialidade, propõe "a perda da nacionalidade adquirida por naturalização ou quando tenham dupla nacionalidade, nos casos em que o indivíduo pratique atos que atentem gravemente contra a soberania, a segurança nacional ou os princípios essenciais do Estado de Direito".

Na lei de estrangeiros, o Governo pretende restringir o visto para procura de trabalho "a atividades altamente qualificadas", limitar o acesso ao reagrupamento familiar e alterar as condições para a concessão de autorização de residência aos cidadãos nacionais de Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Apreendidas cerca de 30.000 unidades de medicamentos ilegais em Portugal... Cerca de 30.000 comprimidos, cápsulas e outras apresentações individuais de medicamentos ilegais foram apreendidos em Portugal na operação Pangea XVII, que decorreu em 90 países, e os fármacos para a disfunção erétil continuam no topo da lista.

Por LUSA 

De acordo com o Infarmed, em Portugal, as autoridades impediram a entrada de 29.225 unidades de medicamentos ilegais, com um valor superior a 74.000 euros.

Foram controladas em Portugal 675 encomendas, das quais 146 foram apreendidas durante a operação, que decorreu entre dezembro de 2024 e maio deste ano.

Os medicamentos para a disfunção erétil continuam a liderar as apreensões, representando cerca de 60% do total registado durante a operação, seguidos dos suplementos alimentares, que corresponderam a cerca de 33% das apreensões, muitos dos quais "sob suspeita de conterem substâncias ativas cuja utilização é exclusiva de medicamentos", explica o Infarmed.

"A triagem é feita com base na suspeita de falsificação do medicamento", disse à Lusa Ana Rita Martins, Unidade de Inspeção do Infarmed.

Em Portugal, a operação envolveu a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e a Polícia Judiciária (PJ).

Se a apreensão dos medicamentos falsificados ou a devolução dos que não estão autorizados a circular em Portugal decorre ao abrigo da legislação em vigor, já a criminalização de quem coloca estes fármacos no mercado é mais dificil de conseguir.

Em declarações à Lusa, o inspetor Afonso Sales, coordenador de investigação criminal na Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ explicou que o código penal português já tem um artigo relativo à corrupção de substâncias alimentares ou medicinais que prevê sanções penais, contudo, "tem de haver um perigo concreto para a vida".

"Nessa perspetiva, Portugal também aderiu em 2011 à Convenção MEDICRIME, relativa à contrafação de medicamentos (...) e estamos agora a trabalhar no sentido de introduzir um crime concreto na nossa jurisdição penal, para poder penalizar a contrafação dos medicamentos por si", acrescentou o responsável, que falava à Lusa durante uma ação de controlo em Portugal.

O responsável relatou ainda que, tal não se consegue atualmente "com a mera contrafação ou o transporte" e, por isso, as autoridades tentam "ir por outro tipo de crime" ou até mesmo "tipificar na lei antidoping para o desporto".

Em declarações à Lusa, o inspetor João Faria, do gabinete nacional da Interpol - promotora da operação Pangea -, contou que as autoridades têm detetado "várias ligações de nomes que aparecem, não só em Portugal, como 'fornecedores', que também aparecem noutros países".

"É um trabalho que está a ser feito e que é fundamental para poder identificar possíveis redes", acrescentou.

Confirmando que depois da pandemia aumentou o acesso e a compra via internet deste tipo de produtos, Manuela Manta, da AT, afirma: "As pessoas tendem a encomendar cada vez mais este tipo produtos e isso reflete-se nos resultados".

A operação anual Pangea, que vai na 17.ª edição, visa a apreensão e dissuasão do comércio de medicamentos ilícitos, que representam uma ameaça à segurança do consumidor, incluindo medicamentos contrafeitos e fármacos desviados das cadeias de abastecimento legais e reguladas, que acabam por ser também uma fonte de rendimento para grupos transnacionais de crime organizado.

Em Portugal, os controlos decorreram na Alfândega do Aeroporto de Lisboa (incluindo a Delegação Aduaneira das Encomendas Postais), local onde os funcionários da AT, Infarmed e PJ trabalharam em conjunto, e na Alfândega do Aeroporto do Porto.

De acordo com o comunicado divulgado pela Interpol, a Pangea XVII levou à apreensão de 50,4 milhões de doses de medicamentos ilícitos, no valor de 65 milhões de dólares, à detenção de 769 suspeitos e ao desmantelamento de 123 grupos criminosos a nível mundial, os maiores valores da história da operação.

A operação contou com o apoio adicional da Europol, da Organização Mundial das Alfândegas, da Organização Mundial de Saúde, do Conselho Internacional de Controlo de Estupefacientes, das agências nacionais reguladoras da saúde e do Instituto de Segurança Farmacêutica.


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Cabo Verde celebra hoje 50 anos de independência... Cabo Verde celebra hoje 50 anos de independência e recebe quatro chefes de Estado para as cerimónias oficiais, a par de um programa cultural alargado.

Por LUSA 

Marcelo Rebelo de Sousa e Sissoco Embaló (Guiné-Bissau) serão os dois presidentes lusófonos presentes, Diomaye Faye representará o vizinho mais próximo, Senegal, enquanto o Grão-Duque Henrique chefiará a delegação do Luxemburgo, um dos principais parceiros de cooperação e onde há uma grande comunidade de emigrantes cabo-verdianos.

Amina Mohammed, secretária-geral adjunta das Nações Unidas, também deverá estar presente, assim como a primeira-ministra de Moçambique, Maria Benvinda Levy, segundo fonte ligada às comemorações.

O programa cerimonial arranca às 09:00 (11:00 em Lisboa) com a tradicional deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, seguindo-se uma sessão solene na Assembleia Nacional, onde vão intervir representantes das bancadas parlamentares e o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.

Durante a tarde, haverá um desfile das forças de segurança e para as 18:00 (20:00 em Lisboa) está agendada uma sessão evocativa com a intervenção de todos os chefes de Estado convidados para as celebrações, em frente ao Quartel Jaime Mota, no centro histórico da capital.

Um programa paralelo de atividades, iniciado na sexta-feira, inclui espetáculos musicais, conferências, exposições, mostras de cinema, um festival gastronómico e uma feira do livro, que se prolonga até dia 13.

A independência de Cabo Verde foi declarada a 05 de julho de 1975, numa cerimónia no Estádio da Várzea, na atual baixa da cidade da Praia, colocando fim ao regime colonial português no arquipélago.

Kyiv matou mais de 230 mil combatentes russos nos últimos 6 meses... As forças ucranianas mataram mais de 230 mil combatentes russos e destruíram mais de 1.300 tanques no primeiro semestre do ano, adiantou na sexta-feira o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrskyi.

Por LUSA 

A informação foi divulgada pelo comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas na rede social Facebook e citada pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

"Nos primeiros seis meses de 2025, as Forças de Defesa da Ucrânia já neutralizaram mais de 230 mil ocupantes russos, 1311 tanques e 2885 veículos blindados inimigos", pode ler-se.

Syrskyi endereçou também palavras de gratidão a "todos os defensores ucranianos pelo seu desempenho de combate eficaz e profissional".

As perdas totais da Rússia em combate na guerra contra a Ucrânia, de 24 de fevereiro de 2022 a 04 de julho de 2025, totalizaram aproximadamente 1.024.210 militares, incluindo 1.120 mortos ou feridos em 03 de julho, de acordo com a Ukrinform.

A linha da frente registou na sexta-feira 136 confrontos, com as forças russas lançam 42 ataques no setor de Pokrovsk, Donetsk, ainda segundo a agência de notícias.

Oito batalhas neste setor ainda estão em curso, adiantou o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas, isto numa atualização operacional publicada no Facebook.

"Hoje (sexta-feira), as forças russas lançaram quatro ataques com mísseis e 55 ataques aéreos, utilizando 15 mísseis e lançando 74 bombas guiadas. Além disso, mobilizaram 1.436 drones kamikazes e realizaram 4.496 ataques de bombardeamento contra as nossas posições e áreas povoadas", pode ler-se no comunicado.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.


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O secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, suspendeu a entrega de armamento à Ucrânia, alegando preocupações com as reservas dos EUA, mas autoridades citadas pela estação NBC garantem que a ajuda militar não comprometeria as Forças Armadas norte-americanas.


Trump diz que enviará cartas a 12 países com notificação de tarifas... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que seu governo enviará cartas, "provavelmente a 12" países, com os quais não chegou a um acordo comercial, para notificá-los das tarifas que pretende impor.

Por LUSA 

"Assinei cartas e serão enviadas na segunda-feira, provavelmente doze", disse o Presidente a bordo do Air Force One, numa troca de impressões com a comunicação social que o acompanhou esta madrugada até à Base Aérea de Andrews, procedente de Iowa.

Na viagem, Trump detalhou alguns planos que tinha anunciado no mês passado, de enviar cartas a dezenas de países em vez de entrar em negociações.

O Presidente dos Estados Unidos vai enviar cartas a uma dúzia de países notificando-os dos direitos aduaneiros que pretende aplicar à entrada dos respetivos produtos nos Estados Unidos, e espera que os países que vierem a ser abrangidos estejam "totalmente cobertos" e notificados até 09 de julho, data em que termina a trégua de 90 dias após a qual imporá os chamados "direitos recíprocos".

O Governo norte-americano começará a cobrar esses direitos em 01 de agosto.

"O valor das taxas varia entre 60 a 70% e 10 a 20%", disse Trump sobre as taxas que irá propor nessas cartas, que serão mais elevadas, em alguns casos, do que as que anunciou a 02 de abril, que apelidou de "Dia da Libertação".

Mais tarde, Trump, que inicialmente disse que as cartas começariam a ser enviadas a partir desta sexta-feira, retificou e disse que o que fez foi assinar algumas dessas missivas que "serão enviadas na segunda-feira" e que "provavelmente [serão] 12".

O Presidente recusou-se a especificar quais os países ou regiões que irão receber essas cartas na segunda-feira, mas disse que iria revelar os destinatários nesse dia.

No início de junho, Trump abriu a porta à extensão do prazo para novos acordos comerciais e disse que a sua Administração enviaria cartas com acordos elaborados pelos Estados Unidos, que os países poderiam aceitar ou rejeitar.

"Podemos fazer o que quisermos. Podemos prolongá-lo (o prazo de 09 de julho), podemos encurtá-lo. Gostaria de o encurtar. Eu gostaria de o encurtar. Gostaria de enviar cartas a toda a gente: "Parabéns! Vão pagar 25%", disse há uma semana num evento na Casa Branca.

Até agora, Washington chegou a acordos comerciais com o Reino Unido, a China e o Vietname, enquanto negoceia com mais de uma dúzia de parceiros, incluindo a União Europeia e o Japão.

O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, tem enviado mensagens mais cautelosas do que Trump, sugerindo, há uma semana, que poderia prolongar o prazo de negociação para alguns parceiros até setembro.

Entretanto, um tribunal federal decidiu em maio que Trump não tem autoridade para aplicar "ilimitadamente" a lei histórica que está na base das suas tarifas "recíprocas", mas um tribunal de recurso permitiu-lhe, em junho, impô-las enquanto o caso está a ser decidido.


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As autoridades do Texas subiram para "cerca de 24" o número de mortos e dezenas estão desaparecidos, incluindo 20 raparigas que estavam num campo de férias, após fortes chuvas que causaram inundações repentinas nas montanhas daquele estado norte-americano.


Central nuclear de Zaporíjia recupera energia externa... A central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, ocupada pelas tropas russas desde 2022, recuperou a energia externa ao fim de três horas e meia, embora a situação no local continue "extremamente delicada", frisou o diretor da AIEA, Rafael Grossi.

© Andriy Varyonov/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images  Por LUSA 

Zaporíjia, a maior central nuclear da Europa, perdeu a ligação à rede elétrica exterior, obrigando-a a ativar os seus geradores de emergência a diesel, tinha alertado a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Foi a nona vez desde o início da guerra que a central ficou sem energia externa e a primeira desde o final de 2023, detalhou Grossi, numa mensagem na rede social X.

"A central depende agora dos seus geradores de emergência a diesel, o que sublinha a extrema precariedade da situação da segurança nuclear", salientou o diplomata argentino.

Embora os seis reatores da central estejam desligados, os seus sistemas de arrefecimento e segurança ainda precisam de uma fonte de energia estável para o arrefecimento e outras tarefas essenciais.

Pelas 20:00 (hora de Lisboa), a AIEA adiantou que a energia tinha sido restabelecida, mas Grossi observou que a situação da segurança nuclear na Ucrânia é "extremamente delicada".

A AIEA, que mantém uma missão permanente em Zaporíjia desde setembro de 2022 e envia também equipas para outras centrais nucleares ativas, desempenha um papel fundamental na monitorização e na proteção das instalações nucleares ucranianas desde o início da invasão russa.

No caso de Zaporíjia, Grossi tem exigido repetidamente uma zona desmilitarizada para evitar qualquer tipo de incidente nuclear, mas a sua proposta não foi atendida.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.


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Saúde: Medicamentos semelhantes ao Ozempic podem tratar enxaquecas crónicas... Num estudo piloto com 31 pacientes com IMC alto e enxaquecas frequentes ou crónicas, os participantes que receberam uma injeção diária do agonista do GLP-1, liraglutida, apresentaram significativamente menos dores de cabeça intensas.

© Shutterstock  por Mariana Moniz  noticiasaominuto.com 

Medicamentos vendidos sob marcas como Ozempic, Wegovy e Saxenda tornaram-se famosos pelos seus benefícios na perda de peso, mas isso é apenas a ponta do iceberg do que estas injeções podem potencialmente fazer.

Originalmente projetados para tratar diabetes tipo 2, os agonistas do GLP-1 (é uma substância que se liga a um receptor celular e o ativa, desencadeando uma resposta biológica) também mostraram benefícios inesperados para a saúde do coração, cérebro, fígado e rins - e agora, ao que parece, da cabeça, aliviando enxaquecas num novo estudo publicado na Headache.

Num estudo piloto com 31 pacientes com IMC alto e enxaquecas frequentes ou crónicas, os participantes que receberam uma injeção diária do agonista do GLP-1, liraglutida, apresentaram significativamente menos dores de cabeça intensas. Após 12 semanas, o número de dias com enxaqueca por mês diminuiu de uma média de 19,8 dias para apenas 10,7 dias – uma redução de quase metade.

Perda de peso, idade, sexo e uso de outros medicamentos ao mesmo tempo não alteraram significativamente os resultados.

"As nossas descobertas mostram que a liraglutida pode ser eficaz no tratamento de enxaqueca crónica ou de alta frequência sem resposta em pacientes com obesidade, e que esse efeito é independente da perda de peso", concluíram os autores, citados pelo Science Alert, que são da Universidade de Nápoles, em Itália.

"Isto sugere que os mecanismos que impulsionam a eficácia do liraglutida na prevenção da enxaqueca podem operar independentemente dos efeitos metabólicos significativos".

Estudos adicionais com coortes maiores e um grupo de controlo são necessários para verificar esta hipótese. Mas agonistas do GLP-1, como a liraglutida e possivelmente até mesmo o seu parente de ação mais duradoura, a semaglutida, podem ser uma via promissora para futuros tratamentos da enxaqueca.

Estima-se que as enxaquecas afetem de 14 a 15 por cento da população global, e ainda assim os poucos medicamentos que existem não funcionam para todos.

"Um número considerável de pacientes ainda enfrenta uma necessidade não atendida, especialmente quando os medicamentos preventivos se mostram ineficazes", escreve uma equipa de cientistas liderada pela neurologista Simone Braca.

Os participantes do estudo piloto atual tiveram enxaquecas que não responderam a outros tratamentos, o que significa que a liraglutida funcionou onde outros medicamentos não funcionaram.

Os agonistas do GLP-1 diminuem o apetite e ajudam a regular o açúcar no sangue, imitando uma hormona natural do corpo, chamada peptídeo - semelhante ao glucagon-1, libertado após as refeições. É por isso que esses medicamentos são tão eficazes no controlo do diabetes tipo 2 e do ganho de peso.

Mas os receptores de GLP-1 existem em todo o corpo, em diversos tecidos e órgãos. O facto de a liraglutida e medicamentos similares terem efeitos generalizados fora do pâncreas faz sentido. Ainda assim, os cientistas estão a tentar descobrir quais são esses efeitos e se eles ajudam ou prejudicam.

Nos últimos anos, estudos mostraram que a liraglutida e outros agonistas do GLP-1 podem reduzir significativamente a pressão intracraniana no cérebro - um possível gatilho para enxaquecas.

O estudo piloto atual é pequeno e não investigou os mecanismos por trás do alívio da enxaqueca pela liraglutida, nem mediu diretamente a pressão intracraniana entre os participantes.

No entanto, Braca e seus colegas suspeitam que a redução da pressão no crânio esteja a desempenhar um papel na redução da enxaqueca. Em estudos recentes com animais, os agonistas do GLP-1 reduziram o fluido no sistema nervoso central, diminuindo assim a pressão intracraniana.

"Estas descobertas fornecem uma base para ensaios em larga escala que visam investigar mais a fundo o papel dos agonistas do GLP-1R no tratamento da enxaqueca", concluíram Braca e a sua equipa.


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Com um B-2 a voar nos céus e rodeado dos seus maiores aliados, Trump finalmente ratificou a "big, beautiful bill"

Donald Trump ratifica "big, beautiful bill" (AP Photo/Julia Demaree Nikhinson)  Por  cnnportugal.iol.pt

É a celebração pela qual o presidente Donald Trump tem estado à espera.

Depois de semanas a persuadir os republicanos a apoiarem a sua mega-proposta de lei - apesar das preocupações persistentes sobre os cortes no Medicaid, a expansão do défice e as armadilhas políticas - Trump assinou a medida como lei no relvado sul da Casa Branca na tarde de sexta-feira.

Trump transformou o tradicional piquenique de 4 de julho numa celebração da independência do país e da sua vitória no Congresso, aproveitando a fanfarra do dia para saudar a vitória legislativa mais decisiva do seu segundo mandato. As festividades incluíram um sobrevoo de um B-2 - uma alusão aos recentes ataques dos militares às instalações nucleares iranianas - e mais tarde haverá um espetáculo de fogo de artifício no National Mall.

Foi tudo como Trump imaginou quando, há semanas, estabeleceu o prazo de 4 de julho para a aprovação da lei. Até alguns dos seus próprios aliados consideraram que o prazo era demasiado ambicioso. Mas o controlo férreo de Trump sobre o seu próprio partido, combinado com o que um responsável da Casa Branca descreveu como um esforço “omnipresente” do presidente para conseguir a adesão dos republicanos, culminou com a aprovação do projeto de lei na Câmara esta quinta-feira, com apenas duas deserções do Partido Republicano.

Em muitos aspetos, o evento marca a recompensa de semanas de esforço do presidente e da sua equipa para fazer com que o projeto de lei fosse aprovado. Trump convidou os membros do Congresso para o evento, que contou também com a presença de famílias de militares, convidados habituais para o piquenique do Dia da Independência.

Noutros aspetos, porém, o momento é apenas o início dos esforços de Trump para vender o seu projeto de lei a um público americano que, segundo as sondagens, continua cético quanto ao seu conteúdo.

O projeto de lei prolonga os cortes fiscais aprovados por Trump em 2017, durante o seu primeiro mandato, e cria novos cortes, com um custo total de 4,5 biliões de dólares. Também aumenta o financiamento para a aplicação da lei da imigração e para a defesa.

Membros republicanos do Congresso apertam a mão do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, depois de este ter assinado o projeto de lei da agenda do presidente Donald Trump. (Julia Demaree Nikhinson/AP)

Para pagar as novas despesas e a diminuição das receitas fiscais, a medida reduz 1 bilião de dólares do Medicaid, juntamente com cortes na assistência alimentar. No entanto, de acordo com uma análise do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), esta medida acrescentará 3,3 biliões de dólares ao défice federal, o que não inclui o custo do serviço da dívida.

Muitos republicanos temiam que os cortes do projeto de lei nos programas da rede de segurança social, como o Medicaid e as senhas de alimentação, pudessem abri-los a ataques políticos antes das eleições intercalares do próximo ano.

De acordo com o CBO, quase 12 milhões de americanos poderiam perder a cobertura de saúde em resultado das alterações introduzidas no projeto de lei nos programas governamentais. Outras análises apontam para um número mais elevado, tendo em conta os novos encargos burocráticos para os beneficiários provarem a sua elegibilidade.

Os democratas já começaram a apontar para as esmagadoras recompensas fiscais do projeto de lei para os americanos ricos, acusando Trump de estar a retirar benefícios aos pobres para recompensar os seus apoiantes ricos.

Alguns dos aliados de Trump admitiram que têm de recuperar o atraso na transmissão do que consideram ser os benefícios do projeto de lei, incluindo a eliminação de impostos sobre as gorjetas e o reforço do dinheiro para a agenda de aplicação da lei da imigração de Trump. Trump disse na quinta-feira que queria que os republicanos enviassem mensagens sobre o assunto durante a campanha de meio de mandato.

“Nem um único democrata votou em nós e penso que devemos usá-lo na campanha que se aproxima das intercalares, porque temos de os derrotar”, disse Trump.

A história recente está repleta de presidentes que, depois de utilizarem as maiorias do Congresso para fazer aprovar legislação importante destinada a polir o seu legado, lamentaram mais tarde não terem feito o suficiente para vender a lei ao público americano - depois de os membros do seu partido terem pagado o preço nas urnas.

Bombardeiro B-2 e dois F-35 sobrevoam a Casa Branca a 4 de julho de 2025 (AP Photo/Evan Vucci)

Para Trump, no entanto, o projeto de lei que assinou esta sexta-feira tem menos a ver com ajudar os republicanos a ganhar e mais com o seu próprio legado. O presidente americano apresentou o pacote como a codificação das promessas que fez aos eleitores durante a campanha eleitoral e utilizou-o para pontuar aquilo a que chamou o início de presidência mais bem-sucedido da história.

O sobrevoo desta sexta-feira dos bombardeiros B-2 - utilizados para lançar bombas contra as instalações nucleares iranianas no mês passado - sublinha a sequência de dias importantes marcados pela aprovação do projeto de lei de Trump.

Para além dos ataques ao Irão, Trump conseguiu convencer os aliados da NATO a gastar mais em defesa numa cimeira de líderes na semana passada; assegurou uma importante vitória no Supremo Tribunal que expande os seus poderes executivos; e gerou um novo impulso para um cessar-fogo em Gaza que poderia materializar-se numa questão de dias.

Um dia antes da sua celebração do 4 de julho, Trump congratulou-se com a série de vitórias.

“Estas devem ter sido as melhores duas semanas”, disse ele. “Alguém já teve duas semanas melhores?”

sexta-feira, 4 de julho de 2025

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido calorosamente em Cabo Verde pelo seu homólogo, Presidente José Maria Neves, e pela comunidade local, para participar das celebrações oficiais dos 50 anos da independência do país.


Presidência da República da Guiné-Bissau

ILAÇÃO SOBRE O CASO MMS... baseando em quê que o dito MMS tiveram ousadia e coragem de caçar e confrontar publicamente as seguranças da escolta presidencial em Lisboa?

Se estão descontes com o actual regime a melhor opção é esperar nas urnas para sancionar o regime através do voto.

Não sou a favor da violência, mas ha situações em que a violência torna legítima éste caso de agressão dos elementos de mms por parte dos agentes da segurança presidencial é um deles.

Não vejo nenhum motivo de cidadãos vestidos de um Movimento terem ousadia de confrontar uma alta equipa de segurança encarregados de proteger o chefe de estado durante a sua alta missão na diaspora.

A psicologia disse bem claro que a" situação provoca a reacção". os elementos de MMS criaram uma situação em que os agentes da segurança presidencial tiveram que reagir agredindo fisicamente um dos elementos do MMS o Marios g, depois da fuga covarde dos seus elementos.

O MMS espero que já aprenderam este grande lição e espero que da próxima vez vão saber Como quando e quem devem confrontar.


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Agressão… contra Embaixador Hélder Vaz👇

Alemanha admite fornecer mísseis Patriot ao Governo de Kyiv... Porta-voz do Governo alemão admitiu a aquisição quando foi questionado sobre a possibilidade da comprar de mísseis Patriots (fabrico norte-americano) aos Estados Unidos para fornecer a Ucrânia.

Por LUSA 

O Governo alemão disse hoje que considera adquirir sistemas de defesa aérea Patriot para fornecer a Ucrânia, depois de os Estados Unidos terem suspendido a entrega de algum armamento a Kyiv.

Segundo a agência France-Presse (AFP), o porta-voz do Governo alemão admitiu a aquisição quando foi questionado sobre a possibilidade da comprar de mísseis Patriots (fabrico norte-americano) aos Estados Unidos para fornecer a Ucrânia.

"Há várias formas de colmatar o défice de [mísseis] Patriots (...) Posso dizer-lhe que estão a decorrer intensas discussões sobre este assunto", disse o porta-voz do executivo de Berlim.

Washington anunciou a suspensão de alguns fornecimentos de armas à Ucrânia, incluindo mísseis para sistemas de defesa aérea Patriot e munições de artilharia de precisão.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia pediu aos Estados Unidos para reconsiderar a decisão sobre o apoio bélico à Ucrânia, país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022.

Kremlin anuncia que vai prosseguir com guerra na Ucrânia: "Continuamos"... A Rússia anunciou hoje ser impossível alcançar de imediato os objetivos na Ucrânia pela via diplomática, pelo que vai prosseguir com a guerra, um dia após uma conversa telefónica entre os presidentes russo e norte-americano.

Por LUSA 

"Preferimos fazê-lo por meios diplomáticos. Mas, enquanto isso não for possível, continuamos com a operação militar especial", disse o porta-voz do Kremlin (Presidência), Dmitri Peskov, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, falaram ao telefone na quinta-feira, mas sem qualquer avanço na questão da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Peskov disse aos jornalistas que o Kremlin tomou nota das declarações de Trump sobre a falta de progressos na Ucrânia, após a conversa com Putin.

"Tomamos nota de todas as declarações do Presidente Trump", afirmou Peskov, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Trump disse na quinta-feira que estava infeliz por não terem sido feitos progressos nas conversações de paz na Ucrânia durante a conversa telefónica com Putin.

"Tivemos uma chamada. Foi bastante longa e falámos sobre muitas questões, incluindo o Irão. Também falámos sobre a guerra com a Ucrânia e não estou satisfeito com isso, não estou satisfeito com isso", disse Trump aos jornalistas.

Quando os jornalistas insistiram, Trump acrescentou: "Não, não fizemos qualquer progresso com eles".

O Kremlin anunciou na quinta-feira que Trump tinha pedido a Putin o fim das hostilidades na Ucrânia, mas o líder russo respondeu que não se desviaria dos seus objetivos.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato republicano afirmou que acabaria com a guerra na Ucrânia em 24 horas quando fosse novamente Presidente dos Estados Unidos, cargo que exerce desde 20 de janeiro.

Peskov acrescentou hoje que Putin também disse a Trump que Moscovo espera chegar a acordo com Kyiv sobre a data da terceira ronda de negociações diretas entre as partes, depois das realizadas em Istambul (Turquia).

A conversa telefónica, que durou quase uma hora, ocorreu pouco depois de Washington ter decidido suspender algumas remessas de armas para a Ucrânia, na sequência de uma revisão das despesas militares dos Estados Unidos.

O anterior telefonema entre os dois líderes, que já tiveram pelo menos seis este ano, ocorreu em 14 de junho, coincidindo com o 79.º aniversário do Presidente dos Estados Unidos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra sem fim à vista e que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.

Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.


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Trump quer organizar um combate de UFC na Casa Branca... O Presidente norte-americano diz que o evento vai realizar-se a propósito das celebrações dos 250 anos da independência dos Estados Unidos.

Por sicnoticias.pt 04 jul.2025

O Presidente Donald Trump disse na quinta-feira que está a pensar organizar um combate da UFC nos terrenos da Casa Branca, com mais de 20.000 espetadores, para celebrar os 250 anos da independência americana.

"Temos lá muito terreno", disse Trump, um entusiasta da UFC (Ultimate Fighting Championship, empresa norte-americana de promoção de artes marciais mistas) que assistiu a vários dos seus combates de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) nos últimos meses e é amigo íntimo de Dana White, CEO da empresa detida pelo TKO Group Holdings, uma subsidiária maioritariamente detida pela Endeavor Group Holdings.

Trump anunciou a ideia no Iowa, durante o arranque de um ano de festividades para celebrar o 250º aniversário da América, a 04 de julho de 2026.

O Presidente republicano também anunciou um festival no National Mall, em Washington, e uma competição atlética com atletas de escolas secundárias de todo o país.

"Assim, todos os nossos parques nacionais, campos de batalha e locais históricos vão ter eventos especiais em honra do América 250. E eu até acho que vamos ter uma luta de UFC", disse Trump.

"Penso nisso no terreno da Casa Branca. Temos lá um monte de terreno", disse, acrescentando que seria uma "luta completa" com 20.000 a 25.000 pessoas na assistência.

Um porta-voz da Casa Branca revelou não ter pormenores a partilhar para além do anúncio do Presidente.

Recentemente, Trump desfrutou de ovações em pé e assentos ao lado de várias gaiolas onde se realizam os combates da UFC, incluindo uma aparição imediatamente após sua reeleição em 2024 e outra no mês passado, em que se sentou ao lado de White para assistir a duas lutas do campeonato.

Os combates da UFC inserem-se numa competição com regras mínimas, em que os lutadores recorrem a diferentes disciplinas das artes marciais.

"Positivo". Reconhecimento dos talibãs pela Rússia é "marco histórico"... O regime talibã classificou hoje como uma decisão "corajosa e histórica" o reconhecimento formal por parte da Rússia do seu governo como legítima autoridade do Afeganistão, considerando que o gesto estabelece "um precedente positivo".

Por LUSA 

"Esta decisão realista da Federação da Rússia será lembrada como um marco importante na história das relações bilaterais e estabelecerá um precedente positivo para outros países", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros talibã, Mawlawi Amir Khan Muttaqi, em comunicado.

Muttaqi considerou que, com este primeiro passo, "teve início o processo de reconhecimento formal" do governo talibã e expressou a expectativa de que "este processo continue".

A reação de Cabul surge após Moscovo ter-se tornado hoje a primeira potência mundial a conceder reconhecimento diplomático oficial ao governo dos talibãs, rompendo com o consenso internacional mantido desde que os islamistas regressaram ao poder, em agosto de 2021.

No mesmo comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão classificou o gesto como "histórico para o fortalecimento das relações entre o Afeganistão e a Rússia".

O chefe da diplomacia talibã reiterou que o "Emirado Islâmico do Afeganistão procura relações positivas, construtivas e respeitosas com todos os atores globais" e defendeu que "chegou o momento de o Afeganistão desempenhar o seu papel essencial como elo de ligação entre a Ásia Central e a Ásia do Sul".

Atualmente, os talibãs mantêm missões diplomáticas em, pelo menos, 14 países, incluindo Turquia, China e Paquistão, mas a Rússia é o primeiro Estado a reconhecer formalmente o regime.

Em dezembro de 2024, o Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou uma lei que retirou os talibãs da lista de organizações terroristas da Rússia, um passo prévio considerado essencial para permitir o reconhecimento oficial.

Os talibãs tinham sido incluídos nessa lista em 2003, acusados de utilizarem métodos terroristas e de manterem ligações com grupos armados ilegais ativos na Chechénia.

Nos anos anteriores à retirada militar dos Estados Unidos e à tomada de Cabul pelos talibãs, em 2021, a Rússia já tinha iniciado contactos com o grupo e chegou a receber delegações talibãs em Moscovo por várias vezes.


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Drones? "Este é o maior número que o inimigo já usou num único ataque"... Os ataques de hoje de madrugada da Rússia à Ucrânia foram os maiores desde o início da guerra em 2022, disse hoje o porta-voz da Força Aérea Ucraniana.

Por LUSA 

"O inimigo atacou com um grande número de 'drones' (...). Este é o maior número que o inimigo já usou num único ataque", disse Yuri Ignat à televisão ucraniana.

Para Kyiv, estes ataques mostram o "desprezo" de Putin pelos EUA e pela paz.

De acordo com fonte militar, a Rússia lançou esta madrugada 11 mísseis e 539 'drones', incluindo dispositivos de ataque não tripulados Shahed e réplicas, contra a Ucrânia, num ataque que começou logo após uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

As defesas aéreas ucranianas conseguiram neutralizar 478 dos 'drones' e mísseis no ataque, que visou principalmente Kyiv.

O Presidente dos Estados Unidos ligou ao seu homólogo russo e depois do telefonema disse que estava "infeliz" com conversa, que não resultou em "nenhum progresso" na direção de uma solução negociada para acabar com a guerra.


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A Rússia lançou esta madrugada 11 mísseis e 539 drones, incluindo dispositivos de ataque não tripulados Shahed e réplicas, contra a Ucrânia, num ataque que começou logo após uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Religião e política influenciam crença em desinformação sobre saúde... As pessoas mais religiosas e com ideologias políticas de direita são mais propensas a aceitar tratamentos alternativos, bem como mais suscetíveis a aceitar teorias da conspiração e desinformação sobre saúde, concluiu um estudo da investigadora Catarina Santos.

Por LUSA 

Em entrevista à agência Lusa, a investigadora do ISCTE e autora do estudo "O papel das crenças conspiracionistas e pseudocientíficas na previsão da adesão a tratamentos alternativos", afirmou que "as pessoas mais religiosas e que são de direita são mais propensas a aceitar tratamentos alternativos (...) portanto há traços de personalidade que podem levar as pessoas a ser mais propensas a aceitar teorias da conspiração".

Catarina Santos começa por explicar que a pseudociência é tudo o que "sob a capa da credibilidade da ciência, vende coisas que não têm prova científica, sejam elas tratamentos ou pseudo medicamentos, que acabam por querer tomar o lugar dos procedimentos científicos já estabelecidos". 

Neste sentido, "a pseudociência, um tipo específico de desinformação, abrange uma série de áreas da saúde, tendo a grande marca de afastar as pessoas dos tratamentos que são, efetivamente, eficazes para as questões que as assolam". 

"A desinformação em saúde é tudo o que leva as pessoas a pensar que sabem algo sobre um determinado assunto, baseado em factos que não existem ou em crenças que não são realistas e não [são] verdadeiras", afirmou a académica. 

Ademais, a investigadora detalhou que "a informação que é transmitida pode ser verdadeira, no entanto, a forma como o indivíduo interpreta essa informação pode levar o próprio a estar desinformado", apontando a falta de sentido crítico e de literacia sobre os temas, como uma possível justificação. 

"Há características individuais e pessoais que podem levar a uma maior tendência a crer na desinformação. As pessoas com menos literacia para uma determinada área têm uma maior tendência a crer na desinformação", acrescentou.

Em matéria da aceitação de desinformação em contexto de consulta médica, "as pessoas tendem a preferir os tratamentos convencionais aos alternativos", enquanto "uma pessoa que acredita numa teoria da conspiração tende a acreditar noutro tipo de coisas semelhantes", afirmou.

"As pessoas que pensam que sabem mais sobre as coisas são as que intuitivamente mais aderem [a estas teorias] porque não utilizam o seu espírito crítico (...) é a confiança que têm no seu conhecimento que as leva a aceitar coisas que não compreendem devidamente", explicou a investigadora.

Além disso, "se a informação é dada por um médico e se existe confiança na ciência, é normal aceitar melhor o tratamento convencional", sendo que o estudo desenvolvido pela académica concluiu que "as crenças conspiratórias e a falta confiança na ciência influenciam significativamente as decisões de tratamento. A abordagem destas crenças é crucial para combater a desinformação sobre saúde e incentivar a adesão a cuidados médicos baseados em provas", rematou.


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quinta-feira, 3 de julho de 2025

🎙️ Armando Arlete, candidato à presidência do Comité Olímpico da Guiné-Bissau pela Lista Branca, apresenta à imprensa o seu manifesto eleitoral. 🗳️ Com eleições marcadas para sábado, Arlete defende uma liderança comprometida, transparente e visionária para transformar o desporto nacional.

 Armando Arlete vai confrontar-se a Lista Inclusiva, lideranda por Eugénio de Oliveira Lopes. O vencedor das eleições deste sábado vai substituir Sérgio Mané.

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Presidente da Guiné-Bissau vai reúnir-se com Donald Trump em Washington

Por  Tv Voz do Povo/Tidjane

O PR Umaro Sissoco Embaló, vai reunir-se na próxima quarta-feira, 9 de julho, com o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, para discutir oportunidades de investimento e cooperação económica.

Fontes governamentais em Bissau adiantaram hoje à Lusa que Sissoco Embaló será recebido por Trump juntamente com os Presidentes do Gabão, da Mauritânia e do Senegal. Está igualmente previsto um almoço entre o chefe de Estado norte-americano e os quatro líderes africanos.

Segundo as mesmas fontes, o Presidente guineense, que se encontra de passagem por Portugal, deverá seguir viagem para os Estados Unidos no domingo, 7 de julho.

Recorde-se que os Estados Unidos encerraram a sua embaixada em Bissau na sequência do conflito político-militar de 1998. Desde então, as autoridades guineenses têm vindo a manifestar interesse na reabertura da missão diplomática norte-americana na capital.

Antes de partir para os Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló deverá marcar presença, este sábado, 5 de julho, nas celebrações do 50.º aniversário da independência de Cabo Verde, onde está previsto que intervenha na cerimónia solene.

In(Lusa)