segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

China garante apoio a Pyongyang após novo lançamento de míssil balístico

© Reuters

POR LUSA  18/12/23 

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, garantiu hoje o “firme apoio” do seu país à Coreia do Norte, após Pyongyang ter lançado um novo míssil balístico intercontinental, algo criticado por Seul, Tóquio e Washington.

A China, que partilha uma fronteira comum com a Coreia do Norte, é o principal parceiro político e económico do país, alvo de uma série de sanções internacionais.

“Diante da turbulência internacional, a China e [a Coreia do Norte] sempre se apoiaram firmemente e confiaram uma na outra”, disse Wang Yi, durante uma reunião em Pequim com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Pak Myong Ho.

De acordo com um comunicado da diplomacia chinesa, Wang Yi disse que "a amizade tradicional” entre os dois países “é um ativo valioso".

Estes comentários foram divulgados depois de a Coreia do Norte ter lançado hoje um míssil balístico intercontinental (ICBM), o quinto disparado por Pyongyang este ano.

No sábado, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte avançou que Pak Myong Ho trocou “opiniões sobre o fortalecimento das relações bilaterais em 2024” com o seu homólogo chinês, Sun Weidong, em Pequim.

Os dois responsáveis discutiram em particular “questões de interesse comum e (...) o reforço da cooperação estratégica entre os dois países”, indicou a KCNA.

Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano confirmou ter detetado "um míssil balístico de longo alcance lançado da zona de Pyongyang para o mar do Leste [nome dado ao mar do Japão nas duas Coreias] por volta das 08:24" (23:24 de domingo em Lisboa).

Horas depois, a presidência da Coreia do Seul condenou “de forma veemente” o lançamento, que ocorre depois de Pyongyang ter lançado outro míssil balístico de curto alcance, no domingo, e marca o 27.º teste de armamento só este ano.

Num comunicado divulgado após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, Seul acusou o Norte de criar “uma grave ameaça à paz e segurança da península coreana e da comunidade internacional”.

Os Estados Unidos e o Japão também condenaram o lançamento.

"Estes lançamentos, tal como os outros lançamentos de mísseis balísticos efetuados por Pyongyang este ano, violam várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA à agência de notícias France-Presse (AFP), quando ainda era domingo naquele país.

Os lançamentos "representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e comprometem a segurança regional", acrescentou o comunicado.

O Japão também reagiu negativamente, admitindo que os últimos dois lançamentos de mísseis norte-coreanos constituem "uma ameaça para a paz e a estabilidade na região".

"Condenamos firmemente" estes lançamentos, notou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sublinhando que os disparos violam igualmente as sanções contra Pyongyang adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A China, que partilha uma fronteira comum com a Coreia do Norte, é o principal parceiro político e económico do país, alvo de uma série de sanções internacionais.

“Diante da turbulência internacional, a China e [a Coreia do Norte] sempre se apoiaram firmemente e confiaram uma na outra”, disse Wang Yi, durante uma reunião em Pequim com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Pak Myong Ho.

De acordo com um comunicado da diplomacia chinesa, Wang Yi disse que "a amizade tradicional” entre os dois países “é um ativo valioso".

Estes comentários foram divulgados depois de a Coreia do Norte ter lançado hoje um míssil balístico intercontinental (ICBM), o quinto disparado por Pyongyang este ano.

No sábado, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte avançou que Pak Myong Ho trocou “opiniões sobre o fortalecimento das relações bilaterais em 2024” com o seu homólogo chinês, Sun Weidong, em Pequim.

Os dois responsáveis discutiram em particular “questões de interesse comum e (...) o reforço da cooperação estratégica entre os dois países”, indicou a KCNA.

Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano confirmou ter detetado "um míssil balístico de longo alcance lançado da zona de Pyongyang para o mar do Leste [nome dado ao mar do Japão nas duas Coreias] por volta das 08:24" (23:24 de domingo em Lisboa).

Horas depois, a presidência da Coreia do Seul condenou “de forma veemente” o lançamento, que ocorre depois de Pyongyang ter lançado outro míssil balístico de curto alcance, no domingo, e marca o 27.º teste de armamento só este ano.

Num comunicado divulgado após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, Seul acusou o Norte de criar “uma grave ameaça à paz e segurança da península coreana e da comunidade internacional”.

Os Estados Unidos e o Japão também condenaram o lançamento.

"Estes lançamentos, tal como os outros lançamentos de mísseis balísticos efetuados por Pyongyang este ano, violam várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA à agência de notícias France-Presse (AFP), quando ainda era domingo naquele país.

Os lançamentos "representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e comprometem a segurança regional", acrescentou o comunicado.

O Japão também reagiu negativamente, admitindo que os últimos dois lançamentos de mísseis norte-coreanos constituem "uma ameaça para a paz e a estabilidade na região".

"Condenamos firmemente" estes lançamentos, notou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sublinhando que os disparos violam igualmente as sanções contra Pyongyang adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.



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domingo, 17 de dezembro de 2023

CHADE: Votação no referendo à nova Constituição do Chade decorreu sem incidentes

© Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

A votação no referendo à nova Constituição do Chade, no continente africano, decorreu hoje sem incidentes, depois de uma parte significativa da oposição e da sociedade civil ter apelado ao boicote.

As urnas abriram às 7 horas (hora local) e encerraram às 17 horas (hora local), mas algumas assembleias de voto prolongaram o horário para lá do estabelecido.

Os resultados oficiais provisórios do referendo deverão ser anunciados no dia 24 de dezembro, devendo depois o Supremo Tribunal validá-los no dia 28.

Apesar de os resultados só serem divulgados no final de mês, o sim deverá vencer, depois de o poder militar, que governa o país, ter financiado e liderado uma campanha nesse sentido, estabelecendo um regime em que o chefe de Estado concentra a maior parte do poder.

Já grande parte da oposição, que defendeu o não e o federalismo, apelou ao boicote ao referendo, apesar de várias intimidações e ameaças.

"Cada boletim de voto colocado na urna é mais um passo em direção à estabilidade e prosperidade do nosso país", afirmou o Presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby.

Na capital daquele país africano, a mobilização eleitoral parecia bastante limitada, segundo constaram jornalistas da Agence-France Press (AFP).



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Jovens de moda preocupados com o desemprego jovem na Guiné-Bissau


 Radio TV Bantaba

Israel alega ter descoberto o maior túnel do Hamas perto da fronteira

© Lusa

 POR LUSA   17/12/23 

O exército israelita anunciou hoje que descobriu o maior túnel do Hamas, com cerca de quatro quilómetros de comprimento e a 50 metros de profundidade situado, em Erez, na fronteira a norte do enclave palestiniano.

"Milhões de dólares foram gastos neste túnel, centenas de toneladas de cimento e muita eletricidade. Em vez de gastar todo esse dinheiro, o cimento ou a eletricidade em hospitais, escolas, habitações ou outras necessidades dos habitantes de Gaza", disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelita, em declarações proferidas no interior do túnel.

As declarações foram feitas a um pequeno grupo de meios de comunicação, incluindo a agência de notícias espanhola EFE.

Hagari mostrou uma das bocas de saída do túnel e vários metros do seu interior, onde se escondeu sob a areia a magnitude e a solidez deste projeto, que levou anos a ser concretizado.

Este túnel é considerado uma das principais estruturas que permitiram os ataques em solo israelita, ataques que causaram mais de 1.200 mortos e 240 pessoas raptadas.

"Este foi até agora o segredo mais bem guardado de Yahya Sinwar, mas nós descobrimo-lo e tornamo-lo público", disse Hagari, referindo-se ao chefe do grupo islâmico Hamas dentro da Faixa de Gaza.

Yahya Sinwar é considerado o mentor do ataque de 7 de outubro, o maior massacre de civis já ocorridos em Israel e o maior massacre de judeus desde o Holocausto.

Israel afirma que foi o seu irmão, Mohamed Sinwar, quem liderou e supervisionou a construção deste túnel e mostrou aos jornalistas vídeos gravados pelo grupo, encontrado pelo Exército israelita durante a sua ofensiva terrestre no enclave, nos quais é visto num veículo a circular dentro do túnel.

Embora não o tenham confirmado oficialmente, esta semana a aviação israelita lançou panfletos sobre as cidades de Gaza e Khan Younis - reduto da família Sinwar -, nos quais oferece recompensas financeiras aos habitantes de Gaza por fornecerem informações sobre o paradeiro de altos comandantes do Hamas.

Hagari prometeu derrotar o Hamas e destruir toda a sua infraestrutura de túneis, onde dizem que estão escondidos os seus principais comandantes, incluindo os irmãos Sinwar, embora provavelmente também mantenham lá alguns dos 129 reféns que permanecem cativos dentro do enclave.

Estima-se que cerca de 20 já tenham morrido.

"Este é o Hamas. Levará algum tempo para derrotar o Hamas, mas vamos conseguir apanhar Sinwar e os terroristas que participaram no ataque de 07 de outubro. Vamos encontrá-los seja acima ou debaixo de solo (...) Temos duas missões neste guerra: destruir o Hamas e resgatar nossos reféns", disse Hagari.

O túnel recentemente revelado, dentro do qual foram encontradas inúmeras armas, é uma peça-chave da extensa rede de túneis do Hamas, equipado com betão armado, eletricidade, ventilação, esgotos, redes de comunicação e estradas para o tráfego de veículos.

O exército de Israel assegura que, desde o início da ofensiva terrestre na Faixa, em 27 de outubro, foram encontrados numerosos túneis, sob hospitais, escolas e outras infraestruturas civis, como o hospital Shifa, na Cidade de Gaza.

A boca de saída deste túnel, com mais de três metros de diâmetro, foi descoberta num enorme buraco cavado pelas tropas israelitas na superfície, a apenas 400 metros da passagem de Erez, que liga o norte da Faixa a Israel.



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Nova constituição vai a votos no Chade dividindo militares e oposição

Os chadianos já começaram a votar no referendo sobre a Constituição. AFP - DENIS SASSOU GUEIPEUR

Por:  RFI  17/12/2023

A nova constituição no Chade está a ser votada hoje, com a junta militar a ser favorável ao "Sim", já que este é um texto que defende o Estado unitário, e o "Não" é defendido pela oposição, que defende o federalismo como a melhor maneira de administrar o país que desde 2021 está sob o controlo dos militares.

O referendo que decorre hoje no Chade pode ser o primeiro passo para a restituição da ordem constitucional e democrática no país que vive desde 2021 sob o comando de uma junta militar liderada pelo Presidente de transição General Mahamat Idriss Deby Itno. Assim, este referendo é visto como um momento-chave para uma futura realização de eleições presidenciais e legislativas livres, algo que não acontece nas últimas décadas neste país da África Central.

No entanto, muitos consideram que nova Constituição não muda muito face ao que vigorava no país até à morte em Abril de 2021 do Presidente Idriss Deby Itno, com o filho a ser escolhido pelos militares para a substituir no poder. Este é um texto fundamental que continua a defender a unidade nacional e que a oposição vê como uma maneira de legimitimar Mahamat Idriss Deby Itno no poder.

Para esta oposição, censurada no actual regime militar, o voto deve ser "Não", apelando mesmo a um boicote nacional ao escrutínio. Os partidos na oposição defendem uma gestão "federalista" e mais liberdade para as autoridades locais face ao Estado central.

Muitos opositores abandonaram entretanto o país depois de mais de 300 jovens que se manifestavam pacificamente em outubro de 2022 terem sido mortos pelos militares. Desde aí, mais de 1.000 opositores foram presos.

Quando chegou ao poder, o General Mahamat Idriss Deby Itno prometeu uma transição de 18 meses, mas o prazo foi alargado para mais dois anos, cristalizando no poder esta dinastia, com o pai a ter permanecido durante mais de 30 anos como Presidente do Chade.

As urnas de votação vão estar abertas até às 16:00 horas locais e os resultados deste referendo devem ser conhecidos no dia 24 de Dezembro.

DICAS E TRUQUES DE LAVANDARIA: As cascas de ovo deixam as roupas manchadas como novas. Ora aprenda!... Este truque é tão, mas tão simples que até parece mentira. Vai testar?

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   17/12/23 

Diga adeus às manchas na roupa. É que, segundo o Informe Brasil, há um truque bastante simples que pode ajudá-lo a salvar aquela peça de que tanto gosta. Só precisa de cascas de ovo. Sim, leu bem.

Tantas vezes ignoradas, as cascas contêm componentes de cálcio e minerais que ajudam a eliminar as manchas nas roupas. O melhor de tudo: funcionam bem em qualquer tecido e os resultados são imediatos.

Numa panela bem grande, comece por ferver água e adicione 10 cascas de ovos. De seguida, coloque a roupa na panela e comece a mexer delicadamente com uma colher de pau. Deve ser cuidadoso e rápido durante este procedimento, pois a mancha desaparecerá instantaneamente. No entanto, se deixar a roupa por muito tempo, pode acabar por remover completamente a cor da peça.

Por fim, basta retirar a roupa da água e enxaguá-la com água fria.


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Bubacar Turé é o novo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Turé foi eleito este domingo no quinto congresso ordinário da LGDH com 69 % dos votos contra 31% de Vitorino Indeque. Bubacar Turé substituiu no cargo Augusto Mário da Silva após dois mandatos_ oito anos . A reunião magna da LGDH juntou durante dois dias 75 delegados sob o lema “a LGDH face aos Desafios de Consolidação da Democracia e do Estado de Direito Democrático”.


Por Radio Voz Do Povo

Preso por alta traição cientista de armamento hipersónico russo

© Lusa

POR LUSA   17/12/23 

Vladislav Galkin, um cientista da Universidade Politécnica de Tomsk, na Sibéria, especializado num ramo indiretamente ligado ao armamento hipersónico, foi preso por alta traição, informa o portal T-invariant.

Galkin foi detido pelo Serviço Federal de Segurança russo (FSB) e preso por ordem de um tribunal de Novosibirsk, a principal cidade da Sibéria, ao abrigo do artigo 275 do Código Penal.

O homem detido é coautor de vários artigos com Valeri Zveguintsev, diretor do Instituto de Mecânica Teórica e Aplicada de Novosibirsk, que também foi detido sob a mesma acusação em abril de 2023.

O portal T-invariant, que denuncia uma campanha contra todos os cientistas que trabalham em questões hipersónicas, afirma que estes cientistas, na sua maioria idosos, são "presas fáceis" para o FSB, uma vez que oferecem pouca resistência durante a investigação.

"Não há dúvida de que todos estes casos estão relacionados com a hipersónica (...) (O Presidente Vladimir) Putin ordenou há vários anos que se protegessem as tecnologias russas mais avançadas da hipersónica. E os chekistas puseram-na em prática", afirma Ivan Pavlov, diretor da organização de defesa dos direitos humanos Piervi Otdel (Primeiro Departamento).

Os resultados da sua investigação foram utilizados no desenvolvimento dos mísseis hipersónicos Kinzhal, Sarmat, Avangard e Tsirkon, que, segundo Putin, são capazes de escapar ao escudo de defesa antimíssil dos EUA.

No total, foram detidas 16 pessoas no departamento siberiano da Academia das Ciências da Rússia, conhecido pelos seus especialistas em física e matemática.

Um destes, Dmitry Kolker, de 54 anos, especialista em ótica quântica, morreu sob custódia em Moscovo, pouco depois de ter sido detido por agentes do FSB, por sofrer de cancro em fase terminal.

O Kremlin declarou que as acusações contra os cientistas siberianos eram "muito graves", depois de ter recebido uma carta aberta em que os seus colegas denunciavam a perseguição da comunidade científica.

"Cada um deles é conhecido por nós como patriotas e pessoas honestas, incapazes de cometer aquilo de que são suspeitos pelos órgãos de investigação", dizia a carta.

A caça às bruxas lançada pelas forças de segurança entre a comunidade científica russa para evitar o vazamento de segredos de Estado intensificou-se com a revelação do novo armamento hipersónico da Rússia em 2018, mas disparou com o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022.



Leia Também: Putin avisa Finlândia que terá problemas com a Rússia por aderir à NATO

Putin avisa Finlândia que terá problemas com a Rússia por aderir à NATO

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou hoje a Finlândia que a "relação amigável" entre os dois países poderá passar a ter "problemas" após a adesão do país nórdico à NATO.

"Não havia problemas. Agora, haverá. Vamos criar o distrito militar de Leningrado (noroeste) e concentrar ali unidades militares. Eles precisavam disso? É simplesmente um absurdo", disse Putin em declarações ao programa de televisão Moscou.

O líder russo referiu que todas as disputas territoriais entre os dois países foram resolvidas em meados do século XX, razão pela qual lamentou que "a Finlândia tenha sido arrastada para a NATO".

"Tínhamos relações muito boas e cordiais", insistiu.

Moscovo pretende reforçar o seu flanco noroeste, especialmente a região que rodeia a segunda cidade do país, São Petersburgo, que fica a apenas cerca de 300 quilómetros da capital finlandesa, Helsínquia.

Os especialistas consideram que a entrada finlandesa na Aliança Atlântica é um dos maiores erros de cálculo de Putin ao lançar a sua campanha militar na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Esta semana o Kremlin já alertou que o envio de tropas dos EUA para o território finlandês será uma ameaça óbvia para a Rússia.

A Finlândia e os Estados Unidos chegaram a um acordo de cooperação que permitirá às tropas norte-americanas utilizar 15 bases militares no país nórdico, informou na quinta-feira o governo finlandês.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês explicou em comunicado que esta medida irá reforçar a defesa do país nórdico, permitindo a presença e treino de forças norte-americanas e o armazenamento de material de defesa no seu território.

A Finlândia, o país da União Europeia com a maior fronteira com a Rússia (1.340 quilómetros), optou por abandonar a sua tradicional política de neutralidade após o início da campanha militar russa na Ucrânia e completou a sua entrada na NATO, em tempo recorde, em abril.

Moscovo ameaçou com contramedidas, incluindo "técnicas-militares".

Helsínquia fechou a fronteira com a Rússia em novembro e reabriu-a esta semana, mas voltou a fechá-la 24 horas depois devido ao aumento do número de migrantes do Oriente Médio.

As autoridades do país nórdico acusam Moscovo de recorrer a métodos de "guerra híbrida" semelhantes aos utilizados há dois anos pela Bielorrússia na fronteira com a Polónia.



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VLADIMIR PUTIN: Moscovo não tem "nenhum interesse" em lutar contra os países da NATO

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje à televisão estatal que o seu país não tem "nenhum interesse" em lutar contra países da NATO, nem geopolítica, nem económica, nem militarmente.

"Toda a NATO não pode deixar de compreender que a Rússia não tem nenhum motivo, nenhum interesse, nem geopolítico, nem económico, nem político, nem militar em lutar com os países da NATO", disse em declarações ao programa "Moscovo. Kremlin. Putin".

Putin sublinhou que isto inclui os Estados Unidos, a quem chamou "o único dono da NATO", uma vez que o bloco militar é "o seu quintal".

"Não temos disputas territoriais com eles, nem temos qualquer desejo de estragar as relações com eles", sublinhou, afirmações que foram publicadas no Telegram por Pavel Zarubin, o apresentador do programa.

O Kremlin está interessado "em desenvolver relações" com estes países, que apoiaram a Ucrânia na sua guerra com a Rússia desde o início.

Putin considerou um "disparate soberano" as acusações do Presidente dos EUA, Joe Biden, de que a Rússia está a preparar-se para atacar a Aliança Atlântica.

"Penso que o Presidente Biden também compreende que se trata apenas de uma figura de estilo para justificar a sua política errática em relação à Rússia", afirmou.

Olhando para o passado, Putin acusou o Ocidente de procurar a desintegração da Federação Russa após a dissolução da União Soviética em 1991.

Desta forma, a Rússia "não terá peso nem voz e não poderá defender os seus interesses nacionais como o faz o Estado russo unido", afirmou.

"Terão de encontrar um terreno comum connosco, pois terão de nos ter em conta", insistiu o líder russo, que garante que o mundo está a mudar e que o Ocidente está a deixar de ser a única potência hegemónica.

Admitiu também ter pecado por "ingenuidade" nos primeiros anos do seu mandato à frente do Kremlin, ao pensar que os antigos inimigos da URSS compreenderiam que a Rússia é outro país, que o "antagonismo ideológico" tinha acabado e que era preciso renunciar à política de "confrontação".

Putin, que está no poder desde 2000 e que receberá hoje o apoio do partido do Kremlin para a sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de 2024, assegurou esta semana, na sua primeira grande conferência de imprensa após a guerra, que não haverá paz na Ucrânia até que a Rússia atinja os objetivos que estabeleceu em fevereiro de 2022.



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Londres e Berlim por um cessar-fogo "duradouro" mas não imediato em Gaza

© Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   16/12/23 

O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, e a sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, consideram que há "uma necessidade urgente" de um "cessar-fogo duradouro" na Faixa de Gaza, mas opõem-se à suspensão de hostilidades geral e imediata.

"Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preparar o caminho para um cessar-fogo duradouro, que conduza a uma paz duradoura. Quanto mais cedo melhor, a necessidade é urgente", escrevem os dois ministros num artigo conjunto publicado no Sunday Times. "Muitos civis foram mortos", lamentam.

No entanto, acrescentam: "Não pensem que pedir agora um cessar-fogo geral e imediato, na esperança de que se torne permanente de uma forma ou de outra, seja o caminho a seguir".

Isto equivaleria a "ignorar porque é que Israel é forçado a defender-se: o Hamas atacou Israel de uma forma bárbara e continua a disparar foguetes para matar cidadãos israelitas todos os dias. O Hamas deve depor as armas", advogam.

Uma resolução não vinculativa foi adotada na terça-feira na assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), apelando a um "cessar-fogo humanitário imediato" em Gaza. O Reino Unido absteve-se.

Nos últimos dias, a administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, pressionou as autoridades israelitas para que passassem para uma fase menos intensa da sua ofensiva, a fim de proteger melhor os civis.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no seu 71.º dia, foi desencadeada por um ataque sangrento e sem precedentes perpetrado pelo movimento islâmico palestiniano em 07 de outubro em solo israelita a partir da Faixa de Gaza.

Segundo Israel, 1.139 pessoas, a maioria civis, foram mortas neste ataque e cerca de 250 foram sequestradas e levadas para Gaza. Cerca de 129 reféns permanecem em Gaza, incluindo corpos, segundo o exército.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, bombardeando o território palestiniano, sitiando-o e realizando, desde 27 de Outubro, uma vasta operação terrestre.

O Ministério da Saúde do Hamas informou na sexta-feira que 18.800 pessoas morreram em bombardeios israelitas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes.


Botche Cande informando aos seus de uma nova aliança política no país!

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Tensão entre o Governo e Presidência da República continua em Cabo Verde

Primeiro Ministro participa na Cimeira da Democracia a convite do Presidente norte-americano Joe Biden, 29 março 2023 © facebook Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva

Por: Odair Santos  RFI.FR  16/12/2023   

Em Cabo Verde, a tensão entre o Governo e a Presidência da República continua, com o chefe de Estado a considerar a situação normal, dizendo que estes incidentes ajudam a aumentar a literacia sobre a Constituição. 

A falta de acerto de posições em matérias importantes para a vida do país e na arena internacional tem aumentado a tensão entre o Governo e a Presidência da República. Depois de algumas trocas de comunicados entre o chefe do executivo e do chefe de Estado, o Presdiente José Maria Neves, abordado pela imprensa, considerou como "importante" a tensão existente porque ajuda a ampliar o debate sobre os poderes do Presidente e do Governo.

“Esta tensão num país como Cabo Verde é importante porque acaba por aumentar a literacia da constituição. Hoje as pessoas começam a perguntar quais são os poderes do Presidente e os do Governo.E esse debate é enriquecedor e por outro lado mostra que as instituições estão a funcionar e que é preciso melhorar a cultura política-institucional dos diferentes atores políticos e a praticar a democracia que é um espaço de divergência mas também de construção de entendimentos sobre o essencial” disse José Maria Neves.

Muito mais contido, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, também abordado pela imprensa sobre a tensão entre o Governo e Presidência da República disse que as relações acontecem na normalidade constitucional.

“Nunca houve relações fora daquilo que é relações institucionais. É claro que os procedimentos são os que acontecem na normalidade constitucional. E isto é importante para o país” disse Ulisses Correia e Silva.

A abstenção de Cabo Verde sobre cessar-fogo em Gaza foi duramente criticada por José Maria Neves que tem reclamado do governo articulação com a presidência. Entretanto, alguns analistas avançam que o executivo de Ulisses Correia e Silva tem seguido a Constituição da República, que diz que quem dirige a política interna e externa do país é o Governo.


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sábado, 16 de dezembro de 2023

Líderes do G7 ponderam utilização de ativos russos para a reconstrução da Ucrânia

Reunião G7 em Hiroshima (AP)

Por  CNN Portugal   16/12/23

A apreensão dos ativos russos congelados poderia constituir uma fonte alternativa de financiamento para Kiev, sobretudo tendo em conta os enormes custos previstos para a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra

Os líderes do G7 estão a ponderar formas de utilizar ativos russos congelados no Banco Central Russo para financiar a reconstrução da Ucrânia, numa altura em que os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE) não conseguem chegar a um consenso para enviar mais ajuda financeira para Kiev.

A informação é avançada pelo Financial Times, que teve acesso a um documento da administração norte-americana no qual Washington defende a utilização de parte dos 300 mil milhões de dólares em ativos russos congelados para ajudar a financiar a reconstrução da Ucrânia. Os EUA consideram mesmo que este é um passo "coerente com a lei internacional".

O G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, composto pelos líderes da Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a UE) está a estudar esta hipótese numa altura em que Washington e Bruxelas falharam acordos para enviar novos pacotes de ajuda financeira à Ucrânia, no valor de mais de 100 mil milhões de euros.

A apreensão dos ativos russos congelados poderia constituir uma fonte alternativa de financiamento para Kiev, sobretudo tendo em conta os enormes custos previstos para a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra.

A Ucrânia tem vindo a apelar aos líderes europeus para que acelere o plano para usar ativos congelados russos destinados à reconstrução do país, por considerar ser "justo" que seja a Rússia a pagar pelos danos.  "É preciso acelerar a discussão. A Rússia tem de pagar e é por isso que entendemos que os bens congelados devem ser usados para tal, é justo que paguem por todos os danos", declarou a primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia ucraniana, Yuliia Svyrydenko, em novembro passado.

Até agora, a maioria dos líderes do G7 tem-se recusado a tomar essa medida, receando a fuga de alguns investidores estrangeiros em ativos russos.

Os EUA nunca apoiaram publicamente a utilização de ativos russos para a reconstrução da Ucrânia mas, nas últimas semanas, assumiram, em privado, uma posição que o Financial Times descreve como "mais assertiva", argumentando nos comités do G7 que existe uma forma de confiscar os ativos russos "coerente com a lei internacional".

"Os líderes do G7 e outros Estados especialmente afetados poderiam confiscar os ativos russos como uma contra-medida para levar a Rússia a pôr fim à sua agressão", refere-se num documento de discussão da administração norte-americana que circulou nos comités do G7, citado pelo Financial Times.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, diz estar confiante de que existe "uma via legal" para confiscar os ativos russos e sugeriu que o Reino Unido e os EUA poderiam agir em conjunto nesse sentido, caso os outros aliados do G7 não o aprovem.

"Tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias", declarou, na passada quinta-feira, numa comissão parlamentar britânica, acrescentando que estava a "insistir muito" na proposta no âmbito do G7.

Os líderes europeus, sobretudo a Alemanha, a França e a Bélgica, têm-se mostrado relutantes em dar esse passo, invocando preocupações jurídicas, como a proteção de que os ativos soberanos beneficiam ao abrigo da lei internacional. A maior parte dos 300 mil milhões de euros de ativos do Estado russo está na Europa.

Mas uma fonte ocidental citada pelo Financial Times garante que existem "definitivamente conversas em curso" no seio do G7 e um "consenso crescente" a favor da utilização dos ativos soberanos russos para a reconstrução da Ucrânia. "A questão que se coloca é a seguinte: cabe apenas aos cidadãos e aos tesouros ocidentais pagar a guerra ou o Kremlin também deve ser responsabilizado?", questionou a mesma fonte.

De acordo com o jornal norte-americano, os EUA defendem que a invasão russa da Ucrânia significa que a apreensão de ativos pode ser "prosseguida como uma contra-medida legal pelos Estados que foram prejudicados pela violação do direito internacional pela Rússia".

A UE congelou cerca de 19 mil milhões de euros a oligarcas russos nos primeiros meses da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Além disso, o Ocidente bloqueou um total de 300 mil milhões de dólares em reservas de ouro e divisas do Banco Central da Rússia.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MADAGÁSCAR 🇬🇼🇲🇬

  Presidência da República da Guiné-Bissau

UNITA condena tentativa de Golpe de Estado na Guiné-Bissau!

Fonte: Estamos a Trabalhar

Acabei de ouvir narrativas jurídicas absolutamente brilhantes...

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo

Acabei de ouvir narrativas jurídicas absolutamente brilhantes. 

Como é sabido, o Edmundo Mendes, que é um jurista competente que no passado recente critiquei sem qualquer dúvida, o extraordinário Professor acabou de travar uma mentira paigcista, pois o (decreto presidencial n° 70/2023) face aos ««Artigo 94° 1-e 69 n°1 al. a) ambos da CRGB não têm caráter sancionatória, mesmo que o Paigc recorrer STJ não vai mudar nada porra nenhuma, por quê? Porque são artigos dinâmicos, quer dizer, são artigos abertos e que requerem interpretações do ambiente politico Nacional. Como eu disse dias atrás, ou domina-se a jurisprudência na Guiné-Bissau ou vive-se eternamente em discussões e interpretações inférteis que não se traduzem em nada do Direito moderno! 

O dito Professor Português afirmou o facto falso e olhando apenas para limite temporal, pelo que em limite circunstancial justifica SIM o decreto Presidencial. Porém, podemos afirmar de o decreto Presidencial é manifestamente Constitucional, dito isto, os argumentos que se refere à Constituição pelos catedráticos portugueses não guardam coerência com o atual ambiente político na Guiné-Bissau. Em suma: é ilícita a dita narrativa português que afirmou de que estamos perante uma violação flagrante da Constituição, relativo à ilegalidade do decreto da dissolução do Parlamento. Como é que os catedráticos portugueses iam argumentar o atentado à Integridade Nacional, quando não se trata do cumprimento da Ordem Constitucional aonde Pr é o garante? 

Concluindo 

Dou os Parabéns ao Dr. Edmundo Mendes por ter conseguido dizer tudo o que era preciso, pois falou com uma prova do que é a maturidade jurídica e elevado conhecimento do Direito Constitucional,argumentou com verdade contra a mentira paigcista. O Paigc será derrotado até ao limite da vergonha.

Sábado, 16 de dezembro

12:12. 

Juvenal Cabi Na Una.

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Cientistas descobrem fenómeno surpreendente que pode estar a abrandar os efeitos das alterações climáticas

Um novo relatório, que utiliza dados recolhidos na estação climática do Pyramid International Laboratory/Observatory no Monte Evereste, concluiu que o aquecimento das temperaturas está a provocar os chamados ventos catabáticos, ventos frios que são criados pelo fluxo de ar que desce (ISTA)
Por cnnportugal.iol.pt, 16/12/23  

Os glaciares dos Himalaias estão a derreter rapidamente, mas um novo relatório mostra que um fenómeno surpreendente na cordilheira mais alta do mundo pode estar a ajudar a abrandar os efeitos da crise climática global.

Quando o aquecimento das temperaturas atinge certas massas de gelo de grande altitude, desencadeia uma reação surpreendente que sopra ventos frios e robustos pelas encostas, segundo o estudo publicado a 4 de dezembro na revista Nature Geoscience.

O aquecimento do clima cria uma maior diferença de temperatura entre o ar circundante sobre os glaciares dos Himalaias e o ar mais frio diretamente em contacto com a superfície das massas de gelo, explicou Francesca Pellicciotti, professora de glaciologia no Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria e principal autora do estudo.

"Isto leva a um aumento da troca de calor turbulenta na superfície do glaciar e a um maior arrefecimento da massa de ar à superfície", afirmou a investigadora num comunicado de imprensa.

À medida que o ar fresco e seco da superfície se torna mais frio e mais denso, afunda-se. A massa de ar desce pelas encostas até aos vales, causando um efeito de arrefecimento nas zonas mais baixas dos glaciares e nos ecossistemas vizinhos.

Com o gelo e a neve da cordilheira a alimentar 12 rios que fornecem água doce a quase dois mil milhões de pessoas em 16 países, é importante descobrir se os glaciares dos Himalaias conseguem manter este efeito de arrefecimento autopreservador, uma vez que a região enfrenta um provável aumento das temperaturas nas próximas décadas.

Diagrama esquemático do arrefecimento do ar nas imediações dos glaciares dos Himalaias à medida que estes reagem ao aquecimento global (ISTA)

Derretimento dos glaciares

Um relatório de junho, anteriormente abordado pela CNN, mostrou que os glaciares dos Himalaias derreteram 65% mais rapidamente na década de 2010, em comparação com a década anterior, o que sugere que o aumento das temperaturas já está a ter impacto na região.

"O principal impacto do aumento da temperatura nos glaciares é o aumento da perda de gelo, devido ao aumento do degelo", afirmou Fanny Brun, investigadora do Institut des Géosciences de l'Environnement em Grenoble, França. Refira-se que a cientista não participou neste estudo.

"Os principais mecanismos são o prolongamento e a intensificação da época de degelo. Estes mecanismos provocam o adelgaçamento e o recuo dos glaciares, dando origem a paisagens deglaciadas que tendem a aumentar ainda mais a temperatura do ar devido a uma maior absorção de energia pela superfície", afirmou Brun.

Os cientistas são aqui fotografados a discutir as descobertas durante uma visita de estudo. Da esquerda para a direita: Nicolas Guyennon (IRSA-CNR), Francesca Pellicciotti (ISTA) e Thomas Shaw (ISTA)

Essa absorção de energia à superfície é determinada por algo designado por efeito albedo. As superfícies claras ou "brancas", como a neve limpa e o gelo, refletem mais luz solar (albedo elevado) do que as superfícies "escuras", como a terra que fica exposta à medida que os glaciares recuam, o solo e os oceanos (albedo baixo). De um modo geral, Brun disse que este fenómeno é interpretado como um ciclo de feedback positivo, ou seja, um processo que potencia uma mudança, mas que, de um modo geral, é pouco estudado e difícil de quantificar.

No entanto, na base do Monte Evereste, as medições das médias globais de temperatura pareciam curiosamente estáveis em vez de estarem a aumentar. Uma análise atenta dos dados revelou o que estava realmente a acontecer.

"Enquanto as temperaturas mínimas têm vindo a aumentar de forma constante, as temperaturas máximas à superfície no verão têm vindo a descer de forma consistente", afirmou Franco Salerno, coautor do relatório e investigador do Conselho Nacional de Investigação de Itália, ou CNR.

No entanto, mesmo a presença destes ventos refrescantes não é suficiente para contrariar totalmente o aumento das temperaturas e o degelo dos glaciares devido às alterações climáticas. Thomas Shaw, que faz parte do grupo de investigação ISTA com Pellicciotti, afirmou que a razão pela qual estes glaciares estão a derreter rapidamente é complexa.

"O arrefecimento é local, mas talvez ainda não seja suficiente para ultrapassar o impacto maior do aquecimento climático e preservar totalmente os glaciares", afirmou Shaw.

Pellicciotti explicou que a escassez geral de dados em áreas de elevada altitude em todo o mundo foi o que levou a equipa de estudo a centrar-se na utilização dos registos únicos de observação do solo numa estação nos Himalaias.

"O processo que destacámos no artigo é potencialmente de relevância global e pode ocorrer em qualquer glaciar do mundo em que se verifiquem as condições necessárias", afirmou.

O novo estudo constitui uma motivação convincente para a recolha de mais dados a longo prazo e a grande altitude, que são extremamente necessários para comprovar as novas descobertas e os seus impactos mais vastos, afirmou Pellicciotti.

Tesouro de dados

Localizada a uma altitude glaciar de 5.050 metros, a estação climática do Laboratório/Observatório Internacional Pyramid situa-se ao longo da encosta sul do Monte Evereste. O observatório tem registado dados meteorológicos detalhados há quase 30 anos.

Foram essas observações meteorológicas granulares que Pellicciotti, Salerno e uma equipa de investigadores utilizaram para concluir que o aquecimento das temperaturas está a provocar os chamados ventos catabáticos.

Os ventos frios, criados pelo ar que flui para baixo, ocorrem normalmente em regiões montanhosas, incluindo os Himalaias.

A estação climática do
Pyramid International Laboratory/Observatory
no Monte Evereste regista dados meteorológicos
de hora a hora há quase três décadas (ISTA)

"Os ventos catabáticos são uma caraterística comum dos glaciares dos Himalaias e dos seus vales e, provavelmente, sempre ocorreram", disse Pellicciotti. "O que observamos, no entanto, é um aumento significativo da intensidade e da duração dos ventos catabáticos, o que se deve ao facto de as temperaturas do ar circundante terem aumentado num mundo em aquecimento".

Outra coisa que a equipa observou foi o aumento das concentrações de ozono ao nível do solo, associado a temperaturas mais baixas. Esta evidência demonstra que os ventos catabáticos funcionam como uma bomba capaz de transportar o ar frio das altitudes mais elevadas e das camadas atmosféricas para o vale, explicou Pellicciotti.

"De acordo com o estado atual dos conhecimentos, os glaciares dos Himalaias estão a ter um desempenho ligeiramente melhor do que a média dos glaciares em termos de perdas de massa", afirmou Brun.

Perda de glaciares na Ásia vs. Europa

Brun explicou que nos Himalaias Centrais, em média, os glaciares diminuíram cerca de 9 metros nas últimas duas décadas. 

"Este valor é muito inferior ao dos glaciares da Europa, que diminuíram cerca de 20 metros no mesmo período, mas é superior ao de outras regiões da Ásia (por exemplo, a região de Karakoram) ou da região do Ártico", afirmou Brun.

Compreender durante quanto tempo estes glaciares são capazes de contrariar localmente os impactos do aquecimento global pode ser crucial para enfrentar eficazmente o nosso mundo em mudança.

"Acreditamos que os ventos katabáticos são a resposta de glaciares saudáveis ao aumento das temperaturas globais e que este fenómeno pode ajudar a preservar o permafrost e a vegetação circundante", afirmou o coautor do estudo Nicolas Guyennon, investigador do Conselho Nacional de Investigação de Itália.

No entanto, é necessária uma análise mais aprofundada. A equipa de estudo pretende agora identificar as características glaciares que favorecem o efeito de arrefecimento. Pellicciotti afirma que não existem estações terrestres de longo prazo para testar esta hipótese noutros locais.

"Mesmo que os glaciares não se consigam preservar para sempre, podem preservar o ambiente à sua volta durante algum tempo", disse. "Assim, apelamos a abordagens de investigação mais multidisciplinares para convergir esforços no sentido de explicar os efeitos do aquecimento global."

Um relatório separado em 2019 descobriu que mesmo no caso mais otimista, em que o aquecimento global médio foi limitado a apenas 1,5 graus Celsius (2,7 graus Fahrenheit) acima das temperaturas pré-industriais, a região do Himalaia perderia pelo menos um terço de suas geleiras.

Russia e Ucrânia denunciam ataques mútuos com 'drones' durante a noite

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA   16/12/23 

As defesas antiaéreas russas derrubaram esta noite 32 'drones' inimigos durante um ataque massivo contra a anexada península da Crimeia, informou hoje o Ministério da Defesa da Rússia, enquanto a Ucrânia anunciou ter sido também atacada com 30 aparelhos.

"O ataque terrorista" de Kyiv, como é definido no comunicado militar, foi perpetrado com aparelhos não tripulados.

'Drones' ucranianos atacaram também vários distritos da região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, afirmou o governador, Román Staravoit, no Telegram.

O ataque causou danos em oito casas, que sofreram prejuízos de vária ordem, e numa fábrica de compressores na estação ferroviária da cidade de Dmitriev.

Também ficou afetada a linha elétrica que alimenta uma fábrica no distrito de Zheleznodorozhki, considerada um dos maiores produtores de mineral de ferro do espaço pós soviético.

Durante um ato organizado pelos caminhos de ferro da Rússia, o Presidente russo, Vladímir Putin, chamou a atenção, na sexta-feira, para se prestar especial atenção à segurança da rede ferroviária, face às sabotagens ucranianas.

A Força Aérea ucraniana, por seu lado, afirmou ter repelido durante a noite um novo ataque russo com 'drones', tendo abatido 30 dos 31 engenhos lançados sobre várias regiões do país.

"No total, 31 'drones' de ataque Shahed-136/131 foram lançados durante a ofensiva que os ocupantes lançaram em diferentes regiões da Ucrânia ", indicou a Força Aérea, em comunicado.

O ataque visou, entre outros alvos, a capital, Kyiv, a região meridional de Kherson e ainda a ocidental de Khmelnytsky, todas frequentemente atacadas pela Rússia.

As autoridades russas reportaram a morte de uma pessoa nos bombardeamentos noturnos ucranianos, na parte ocupada da região de Kherson, no sul do país.

O governador da região russa de Belgorod, Viatcheslav Gladkov, deu conta de 41 ataques ucranianos nas últimas 24 horas, sobre este território fronteiriço e frequentemente visado.

Na sexta-feira à noite, o Exército russo indicou que tinha repelido um ataque com 26 'drones' ucranianos no espaço de duas horas, sobre a Crimeia, península anexada em 2014.

Poucas horas antes foi a região russa de Koursk a ser visada por seis 'drones'.

Este tipo de ataque tornou-se quase diário nos dois lados do confronto e o número de engenhos utilizados aumenta cada vez mais.


É preciso que o Presidente da Coligação PAI - Terra Ranka acorde e desperte para a realidade presente e assuma seus erros e suas responsabilidades face às sucessivas crises políticas e institucionais, de 2015 aos dias de hoje, na Guiné-Bissau, ao invés de se julgar imaculado, e atribuir culpas e responsabilidades aos outros...

Por Fernando Casimiro  

"Constituição da República da Guiné-Bissau 

ARTIGO 103°

O Governo é politicamente responsável perante o Presidente da República e perante a Assembleia Nacional Popular."

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Não percebo como é que o Presidente da Coligação PAI  - Terra Ranka continua convencido de que nada mudou na estrutura da organização do poder político na Guiné-Bissau, depois do decreto-presidencial que anunciou a dissolução da Assembleia Nacional Popular e a consequente demissão do então Governo constitucional suportado pela Coligação.

Não é a opinião/visão, do Presidente da Coligação, que é também Presidente do PAIGC e da Assembleia Nacional Popular, sobre o juízo da inconstitucionalidade do ato de dissolução, que vai anular o decreto-presidencial de dissolução da Assembleia Nacional Popular.

Outrossim, o decreto-presidencial que reconduziu o anterior Primeiro-ministro, Geraldo Martins, não tem nada a ver com nenhuma "ponte" institucional entre o Presidente da República, o Governo e a Assembleia Nacional Popular, tendo em conta os resultados das eleições legislativas ganhas pela Coligação PAI - Terra Ranka, como pretende fazer crer o Presidente da Coligação. 

Antes da dissolução da Assembleia Nacional Popular, havia um Governo constitucional que, ao abrigo do ARTIGO 103° da Constituição da República da Guiné-Bissau era "politicamente responsável perante o Presidente da República e perante a Assembleia Nacional Popular."

Depois da dissolução da Assembleia Nacional Popular, o Presidente da República indigitou Geraldo Martins como Primeiro-ministro (não por via dos resultados eleitorais que deram a vitória à Coligação nas últimas eleições legislativas), como pretende fazer entender o Presidente da Coligação, mas por iniciativa própria, tendo em conta o Governo de iniciativa presidencial (que não é Constitucional), e que passará a ser politicamente responsável apenas perante o Presidente da República e não perante a Assembleia Nacional Popular.

É preciso que o Presidente da Coligação PAI  - Terra Ranka acorde e desperte para a realidade presente e assuma seus erros e suas responsabilidades face às sucessivas crises políticas e institucionais, de 2015 aos dias de hoje, na Guiné-Bissau, ao invés de se julgar imaculado, e atribuir culpas e responsabilidades aos outros. 

Não percebo como é que se insiste nos mesmos erros do passado, assentes na provocação e confrontação política e institucional, ao ponto de não se conseguir manter e valorizar a conquista do poder obtido nas urnas!

Pelos vistos há algo ou alguém que minimiza o exercício do Poder através da Assembleia Nacional Popular e do Governo, enquanto Órgãos de Soberania, numa sustentação de legitimidade constitucional, por via das eleições legislativas.

Tem que haver barulho, porque da Agenda do Poder, quer queiramos, quer não, o Absolutismo é o limite do Poder na Guiné-Bissau, e está no exercício do cargo de Presidente da República. 

A obsessão pelo Absolutismo do Poder vai continuar a promover mais crises políticas e institucionais num País onde a ambição desmedida de alguém pode pôr em causa as conquistas coletivas, mas sobretudo, a paz, a estabilidade e o Bem-Estar Comum. 

Didinho 16.12.2023

GUINÉ-BISSAU: A UE manifestou hoje a sua preocupação pelos acontecimentos que se registam na Guiné-Bissau desde a noite de 30 de novembro, que diz estar a acompanhar de perto e que classifica como sendo "uma situação difícil".

© Lusa

POR LUSA   16/12/23 

 UE está preocupada com crise política na Guiné que diz estar a acompanhar

A UE manifestou hoje a sua preocupação pelos acontecimentos que se registam na Guiné-Bissau desde a noite de 30 de novembro, que diz estar a acompanhar de perto e que classifica como sendo "uma situação difícil".

"Nesta difícil situação, a UE condena veementemente todas as formas de violência e todas as tentativas de perturbação da ordem constitucional", lê-se num comunicado assinado pelo Alto Responsável da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell.

A Guiné-Bissau vive momentos de tensão política desde o passado dia 01 quando elementos das Forças Armadas se envolveram em confrontos, na sequência de uma ação da Guarda Nacional que retirou das celas da Polícia Judiciária dois membros do Governo investigados por alegada corrupção.

De regresso ao país, vindo de uma missão no estrangeiro, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado e responsabilizou o parlamento por ser foco da desestabilização do país.

Sissoco Embaló dissolveu o parlamento e demitiu o Governo saído das eleições e na terça-feira reconduziu Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro de um novo executivo, ainda por formar, mas que disse ser de iniciativa presidencial.

"Exortamos todas as partes interessadas a contribuírem, através de um diálogo inclusivo, para pôr termo à crise política no pleno respeito do Estado de direito e do processo democrático", salienta a UE no comunicado.

Josep Borrell acrescenta que os 27 subscrevem o apelo saído da recente cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "para que se respeite plenamente a Constituição" guineense "e se proceda a um inquérito transparente sobre os diversos acontecimentos, em conformidade com a lei".

Na última cimeira da CEDEAO, realizada em 10 de dezembro, o Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que preside à organização, disse ser preciso proteger "a democracia", reiterando "tolerância zero da CEDEAO às mudanças inconstitucionais de Governo".

"A Guiné-Bissau deu um passo importante na consolidação da sua democracia e estabilidade com a realização de eleições legislativas calmas, pacíficas e altamente participativas no dia 04 de junho, cujos resultados foram posteriormente aceites por todos os principais líderes políticos. O país deve prosseguir nesta via", frisa-se no comunicado assinado por Borrell.

O Alto Representante manifesta total solidariedade "com o povo da Guiné-Bissau e com todas as suas instituições democráticas, e reitera o seu empenhamento em continuar a apoiar os esforços de consolidação da democracia e da estabilidade e a colaborar com todas as partes interessadas".


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