sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Gâmbia: Centenas de pessoas protestaram contra “taxa alarmante” de mortes maternas


© e-Global Notícias em Português  25/09/2020 às 8:08

Centenas de ativistas e apoiantes dos direitos das mulheres da Gâmbia manifestaram-se pedindo o fim das mortes maternas. Mais de uma dúzia de mães gambianas morreram no parto nas últimas semanas.

A marcha foi organizada pela Mbama Care Foundation em parceria com Gambian Women’s Lives Matter e começou a partir do Westfield Monument até ao edifício Alliance Franco na Avenida Kairaba. As mulheres agitaram faixas com a hashtag “Gambian Women’s Lives Matter” (A vida das mulheres gambianas é importante).

Mai Ahmad Fatty, líder do Congresso Moral da Gâmbia, que se juntou à marcha, disse que o setor de maternidade do país precisa de melhorias consideráveis para reduzir significativamente as mortes maternas nos hospitais.

“Um governo que é consciente e defende o povo não pode ignorar esta ação massiva realizada para exigir uma melhor prestação de cuidados no setor de saúde do país. Um governo insensível é o único tipo de governo que vai ignorar a situação dos seus cidadãos quando eles estão a morrer em massa, em circunstâncias que poderiam ser evitadas”, disse.

Lamin Kinteh, que perdeu o filho e a esposa durante o parto, compareceu na marcha para mostrar solidariedade às mulheres gambianas. Kinteh instou o governo a resolver urgentemente a falta de serviços de qualidade no setor de saúde do país.

“Embora alguns dos setores de saúde materna tenham médicos e enfermeiras profissionais para ajudar as mulheres durante o trabalho de parto, não têm os materiais necessários para fazer o seu trabalho”, apontou.

ENVOLVIMENTO DE FATOUMATTA BAH BARROW

A questão também atraiu a atenção da primeira-dama Fatoumatta Bah Barrow, que recentemente publicou na sua página oficial do Facebook que “nenhuma mulher deve morrer ao dar a vida. Gravidez e parto são ocasiões especiais que trazem felicidade para uma família marcando um novo começo, no entanto, continuam a estar ligados a mortes infelizes e tristeza em muitos países, incluindo o nosso”, escreveu.

A primeira-dama prometeu um esforço para envolver as autoridades competentes e encontrar meios de resolver este problema.


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