13 de dezembro de 2015

Isabel dos Santos rejeita seu nome na lista dos mais corruptos do mundo

Empresária diz que seus negócios são transparentes e auditados.


A empresária angolana Isabel dos Santos reagiu à inclusão do seu nome na lista dos 15 mais corruptos do mundo colocada em votação pela Transparência Internacional.


Em comunicado da empresa do grupo da filha do Presidente angolano Fidequity enviado à imprensa, lê-se que os investimentos da empresária em Angola ou em Portugal são “transparentes e têm sido realizados através de transacções baseadas no princípio de plena concorrência”.

“Devido ao seu envolvimento, enquanto accionista e/ou gestora, com um conjunto de empresas/instituições financeiras angolanas e europeias, está sob o rigoroso escrutínio de vários reguladores”, diz o comunicado que realça que Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada que representa unicamente os seus próprios interesses.

A Fidequity reitera que as transacções de Isabel dos Santos baseiam-se no princípio da concorrência e envolvem entidades externas, “tais como reputados bancos e escritórios de advogados”.

No comunicado divulgado dois dias depois de Isabel dos Santos ter sido incluída pela Transparência Internacional numa lista dos 15 mais corruptos do mundo, a Fidequity garante que os investimentos da empresária “têm sido apresentados com máxima transparência com empresas baseadas nas leis europeias e cotadas em bolsa”.

O Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, que também tem ligação a Angola, através do BES Angola, lidera a lista elaborada pela Transparência Internacional a partir de 383 candidaturas que chegaram àquela organização através dos seus parceiros em vários países.

Como critérios foram estabelecidos o uso da posição de último beneficiário em operações de offshore ou em participações de sociedades anónimas, abusos de direitos humanos e escala da corrupção envolvida.

A votação para a eleição do mais corrupto do mundo iniciou-se a 9 de Dezembro, Dia Internacional contra a Corrupção, e termina a 9 de Fevereiro de 2016 através do site www.unmaskthecorrupt.org.

A fase seguinte será um debate sobre a forma como punir o corrupto mais votado.

Além do BES e de Isabel dos Santos, a lista em votação integra também a petrolífera brasileira Petrobras, o presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) e o político da República Dominicana Félix Bautista.

Os antigos presidente da Tunísia, Ben Ali, do Panamá, Martinelli, do Egipto, Mubarak, e da Ucrânia, Yanukovych, a empresa governamental chinesa de infraestruturas, o estado norte-americano de Delaware, por permitir o registo anónimo de empresas, a fundação da Chechénia Akhmad Kadyrov, a corrupção sistémica nas instituições no Líbano e a junta governamental da Birmânia são outros dos 15 casos "mais simbólicos da grande corrupção".

A Transparência Internacional é uma organização não governamental que, a nível mundial, tem denunciado e combatido a corrupção.

VOA


Sem comentários:

Enviar um comentário